Kimi Ni Hi Wo Tsuketai Nosa escrita por Cherry13


Capítulo 6
Baby sitter


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a Winry-Chan, obrigada por apoiar.



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— Amigos? Essa é a fossa de um homem... O que ela vai querer agora?! Pintar as unhas e fazer compras! - Seus resmungos foram interrompidos quando percebeu um par de olhos azuis o olhando fixamente - O que foi?

— Eu é que pergunto. - Falou sua noiva - Você está aí desde que chegou, resmungando sei lá o que, você está bem, Roy?

E aí que ele sabe que a coisa está mal, quando até sua noivinha sem cérebro percebe que tem alguma coisa errada.


— Sim..., eu estou bem. Talvez...

— O que aconteceu?

— Nada. Hum... posso fazer uma pergunta?

— Claro, o que você quer saber?

— Você acha que eu, sei lá, é... perdi o meu... charme? - A ruiva soltou uma leve risada que permaneceu por algum tempo, coisa que deixou Roy um poco irritado. Será que ele não tinha mas nenhum charme e era até engraçado fazer essa pergunta? - Do que você está rindo?!

— Que pergunta estranha. Achei que você fosse falar alguma coisa mais séria.

— O que?! Isso é muito sério! Seríssimo! Como você pode rir de uma coisa dessas? - Isso a fez rir mais ainda, mas segurou a risada ao ver a cara do noivo.

— Depois eu é que sou estranha... mas, bem, vamos conferir. Levanta.

— Conferir? Levantar? - Estava confuso.

— Anda logo!

— Tá bom, calma. - Ele fez o que ela pediu.

— Vamos lá, abre a boca e diz "A" - Então ele o fez. - Interessante...

— O que? O que?

— Nada não, só tava fazendo você perder tempo mesmo.

— Rebeca!

— Brincadeirinha, relaxa. Royzinho, você continua o mesmo, eu não sei de onde você tirou essa ideia boba.

— Tudo bem, hoje eu vou acreditar em você, mas só porque eu estou com cansado demais para discutir.

...

...

...


— Hey cambada!- Hughes invadiu a sala. Normal - Coronel Roy Mustang em carne e osso? O que você está fazendo aqui? - Isso não era normal, não ás dez da manhã.

— Essa é a minha sala - Falou sem tirar os olhos dos papéis que assinava.

— Você não devia estar em casa dormindo?

— Nem me lembre, mas agora eu vivo com o medo constante de levar um tiro

— Hum, que seja. Vamos falar de coisas importantes agora. Hoje é meu aniversário de casamento com a minha maravilhosa Gracia e eu tenho um trabalinho para vocês

— Lá vem... - Resmungou o Coronel.

— Continuando, a Gracia prometeu para uma amiga que ia cuidar dos filhos dela hoje, porque ela esqueceu que era nosso aniversário, como ela pode fazer isso?! Esquecer?!

— Continua!

— Resumindo, eu preciso que você cuida das crianças.

— Puxa, eu adoraria, mas tenho trabalho, que pena. - Disse irônico.

— Mas é uma missão oficial, eu consegui a autorização.

— Como você fez isso? - Uma nota quase imperceptível de raiva começava a se formar na garganta do moreno.

— Hahaha, eu posso ter distorcido um pouco os fatos, quem sabe. Mas isso não importa.

— Mesmo assim eu não vou poder ir, eu tenho um encontro com a Alice, é verdade, aqueles fofoqueiro ali ouviram minha conversa com ela ontem no telefone

— Isso é verdade. - Concordou Breda.

— Por que o senhor não chama uma babá? - Fuery sugeriu.

— Babá?! Ficou doido? Babás não são seguras. Não importa como você vai fazer para ir, mas esteja lá ao meio dia em ponto.

Roy lançou um olhar para seus subordinados, que logo entenderam o que ele queria

— Não conte comigo pra isso. - Havoc foi curto e grosso.

— Estamos com ele - Os outros concordaram com a cabeça.

— Como?! Mas vocês devem me seguir! - Estava indignado.

— Eu não vou cuidar de criança. - Falou Fallman como se fosse óbvio.

— Que moral, hein, coronel. - Brincou Fuery.

— Se não quer que eu te frite, é melhor ficar quieto. - Ele passou a mão nervosamente pelo cabelo - Quem vai me ajudar, então?


A porta se abriu e Riza entrou com mais um tanto de papéis nos braços. Todos a olharam e... nem precisa explicar. Sobrou para ela.


... ... ...



— Entenderam tudo direitinho? - Falou Gracia na porta de casa.

— Sim... tudinho. - Disse um Roy muito animado.

— E não precisam se preocupar, a Elisia está na casa da avó e só volta amanhã, um a menos. - Maes disse empolgado.

— Que maravilha...

— Bom, acho que é só isso. Trisha, a mãe das crianças vem buscá-los às sete. Até mais! - Maes acenou com o braço e saiu ocm a esposa.

— Sete... Nós vamos ficar aqui até as sete horas da noite!? Maes Hughes, você me paga por isso!

— É melhor entrarmos, coronel, as crianças estão lá.



Eles entraram na casa, muito bem arrumada por sinal. Pelo menos parecia que as crianças não eram bagunceiras. Na sala viram dois menininhos loirinhos e fofos sentados no sofá vendo desenho.

— Eles são tão bonitinhos. - Disse Riza encantada.

— Humpf, bonitinhos, eu não confio em criaturinhas com menos de um metro.

— Coronel - Falou em tom de repreensão

— Tá, tá. Vamos logo ver as coisas.

— Posso saber qual o nome de vocês? - Perguntou a mulher carinhosamente. - O garoto que parecia ser o mais velho disse que chamava Edward e o outro, Alphonse.

— Vocês vão cuidar de nós? - Perguntou o mais novo.

— Sim - Edward não tirava os olhos de Roy, ele percebeu isso - O que foi?

— Você não parece muito responsável. - Edward concluiu.

— Hãm? Eu sou muito responsável!

— Sei...

— Acho que o senhor não tem como contestar. - Falou Riza.

— O que você quer dizer com isso tenente?

— O que parece?


...

— O que nós temos que fazer exatamente? - Perguntou o Coronel confuso.

— Bem que você disse - Sussurrou Alphonse para o irmão.

— Crianças, nós vamos ficar na cozinha, se precisarem de alguma coisa nos chamem. - A tenente disse.

— Tudo bem

— Viu só coronel, eles são uma graça.

— Uma graça? Aquele cotoco me chamou de irresponsável.

— Mas o senhor é.

— É, mas...

— Mas...?

— Esquece esse assunto. Cara... que tédio...Ah e se a gente...

— NÃO. - Foi curta e grossa.

— Chata... ah e se...

— NÃO.

— Tá, então...

— NÃO.

— Ah, qual é, você nem sabia o que eu ia falar.

— Eu sei sim.

— Mas...

— Coronel, que parte o senhor não entendeu, o "N" ou o "ÃO"?

— Isso é que é uma fora, hein, tio! - Disse Edward chegando de repente.
— Ei! Quando você chegou aqui mini projeto de gente?

— Agorinha, mais ou menos.

— E onde está seu irmão? Porque você não está vendo desenho com ele?

— Ele sumiu. - Disse simplesmente.

— Sumiu? Você não viu para onde ele foi?

— Não, mas da última vez que ele sumiu a mamãe achou ele lá no telhado.
— No telhado?! - Roy e Riza se entreolharam e foram procurar o garoto.

— Mas ele pode só ter caído na privada mesmo! Esses dois aí nem me ouvem.

— Ed, com quem você tá falando?

— Al! Você tá aí! Onde você foi?

— No banheiro.

— "Será que eu aviso ou não que o Al apareceu?" Vamos brincar por aqui mesmo, Al.


...


— Viu só, tenente, crianças não são confiáveis. É só virar as costas que elas vão para o telhado.

— Nós nem sabemos se ele está lá mesmo, vamos procurar direito.

E nesse "procurar direito" foram 2 horas de sobe, desce, abre armário, olha debaixo do tapete (Nota do Roy/ Nunca se sabe onde essas coisas minúsculas se escondem).

— Argh, criança malígna! Onde ele se meteu?! - Estressou-se Riza.

— Eu só consigo pensar em um lugar - O chefe lançou um olhar para o teto e depois para a subordinada. - Eu mereço...

Os dois foram até o quintal e colocaram a escada encostada na parede para poder chegar no telhado.

— Ahan, então,primeiro as damas.

— Boa tentativa, mas eu não vou subir aí.

— Não se fabricam mais subordinados como antigamente... - O moreno foi subindo a escada, mas ela não era grande o suficinte e ele teve que pular em uma árvore próxima, para poder chegar perto do telhado.

— Coronel, acho que não dá para se aproximar mais, é melhor descer!

— Se eu for um pouco mais para a ponta do galho talvez... - CROK - Ah, droga, droga, agora nããaaaaaaa! - E foi uma queda daquelas.

— Coronel! O senhor está bem?

— Caramba! Ele se machucou?

— Eu não sei... Alphonse?!

— Ah, é, esqueci de avisar que ele tinha aparecido. - Edward conseguiu conter o riso.

— Garoto, se eu não estivesse com a cara no chão!

— Sorte a minha que você está, né. Hein? Tia do exército?

...

...

...


— Riza! Acorda...

— Ai, minha cabeça.

— Eu caio e você desmaia. O que aconteceu?

— Graças a Deus! O senhor está bem, acho que o choque veio um pouco tarde.

— Hum, então você ficou preocupada comigo? - Roy fez uma de "suas caras".

— Cla-claro, se acontecesse alguma coisa com o senhor eu poderia ser demitida por não ter feito meu trabalho direito, óbvio

 Tá bom - Disse sem ser convencido - Vamos, temos que dar banho nas pestes. Ainda acha eles fofos?

— Acho que tenho que repensar isso.



...

...

...



— Vamos, crianças, hora do banho.

— Banho não! Eu não gosto de água. - Resmungou Al.

— Por favor, vai ser legal - Riza forçou um sorriso, não muito bem sucedido.

— Tudo bem... mas só se você me pegar! - O loirinho saiu correndo.

— Eba! Tô no jogo! - Animou-se Ed.

— Ei! Aonde vocês vão?!

— Você não me pega, lalalala!

— Vem logo aqui! - Roy saiu correndo atrás de Alphonse e Riza cercou Edward.

— Você não tem como escapar, é melhor se render, Edward - O pequeno pensou um pouco e decidiu concordar.

— Tudo bem - Mas ele se agarrou na perna de Riza, parecendo um macaquinho - Quero ver você me levar até lá em cima desse jeito.



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— Al, você é um menino muito legal não é? - O Mustang tentava persuadi-lo.

— Sou.

— Então, você não quer ser legal e limpo?

— Mas eu não gosto de água.

— Mas as garotas gostam de caras cheirosos, como você vai conquistar elas assim?

— Eca! Garotas tem piolho!

— Mas se você não tomar banho vai virar um porquinho com rabo e orelha de porco, você quer isso? Não, não chora não! Para, é mentirinha, porquinho... você acreditou nisso?

Mas o choro ficou maior ainda.

— Coronel o que o senhor fez? - Riza havia conseguido subir as escadas segurando Ed de cabeça para baixo e com uma fita na boca.

— Eu só disse que ele ia virar um porquinho se não tomasse banho.

— E você falou isso para uma criança de 5 anos?

— E você está segurando uma criança pelos pés com uma fita na boca!

— Isso é diferente!

— Claro! É bem mais doentio!

— Pelo menos eu contrlo a situação!

— Se você não fizesse isso , talvez tivesse que dar um tiro para ele te escutar!

— Isso porque vocês são iguais, eu também pareço sua babá!

— Chega!!! Vamos logo pra esse banho! - Irritou-se Alphonse.

— Deixa que eu faço isso.

— Mnmmnmn! -Ed tentava falar.

— Ah, desculpe, eu já tiro isso da sua boca.


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A mãe dos dois veio buscá-los um pouco antes da hora, então eles já voltavam para o quartel, mas o clima no carro estava um pouco pesado.

— Tenente... me desculpe, eu não devia ter gritado com você.

— Não, a culpa foi minha, senhor.

— Acho que nós dois estávamos estressados. Aquelas crianças eram o inferno.

— Tem razão, acho que eu tenho que concordar com a sua teoria de não confiar em criaturas com menos de um metro.

— Claro e nada disso teria acontecido se você tivesse aceito as minhas idéias iniciais e se você não fosse uma péssima babá.

— Eu sou uma péssima babá, senhor "porquinho"?

— Mas sabe, mesmo com tudo isso, acho que poderia ter sido pior se eu não estivesse com você - Riza virou o rosto para a janela para que ele não a visse corada. Tarde demais.

— "Talvez essa batalha não esteja completamente perdida"


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Notas finais do capítulo

Obrigada quem leu, reviews são muitíssimo bem vindos



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