Kimi Ni Hi Wo Tsuketai Nosa escrita por Cherry13


Capítulo 16
Missão de Resgate


Notas iniciais do capítulo

Pessoas!
Parece que a história terminou, então, obrigada por me animarem todo o tempo com os Reviews. Agradeço todos que acompanharam a fic, muito obrigada.
Leiam as notas finais, por favor :D



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A loira atraía alguns olhares enquanto passava pelo corredor do hospital, tinha se esquecido que ainda vestia um baby doll, mas não estava ligando, sua mente parecia estar no piloto-automático, era hora de deixar tudo para trás e seguir em frente.

Ligou o motor do carro, mas demorou um pouco até perceber que ainda não estava andando.


— Esse é o caminho que você escolheu Riza, nada de voltar atrás. - Apertou o volante com força e acelerou.


...


— Bom dia, Bela Adormecida... que cara é essa? - Hughes olhava para seu amigo deitado.

— Como que cara é essa?! Eu acordo e a primeira coisa que eu vejo é um marmanjo!

— Como é ingrato. Já está se sentindo melhor?

— Que quarto é esse? - Disse olhando ao redor.

— Um quarto de hospital, é claro. Você não se lembra de nada?

— A última coisa que eu lembro foi do tombo... Ah, merda! Cadê a Riza?

— Não sei, mas parece que esteve aqui, provavelmente foi ela quem deixou meu número na recepção, segundo a descrição que me deram.


O moreno ficou ali deitado na cama, pensando. Não podia acreditar, como foi ser tão estúpido de cair!? Ele ia passar a noite com Riza Hawkeye! Provavelmente ela o achou um idiota, além disso, era sua última chance de fazê-la ficar e...


— Maes? Que horas são? - Perguntou sem emoção na voz.


— Seis e dez - Disse consultando o relógio, quando o amigo se sentou na cama em um pulo.

— Me empreste a chave do seu carro. - Ele já estava se levantando e indo em direção a porta.

— O que? O que vai fazer?

— Só me empreste!

— Mas você ainda tem que fazer alguns exames e...

— A chave, Maes!

— Ok, Ok - Tirou as chaves do bolso e jogou para o amigo - Mas tome cuidado com o meu carro, tem muitas fotos da Elysia nele. - Mas Roy já não estava ouvindo - Cara, a roupa...

— Depois a gente se fala.

— Mas Roy, a sua...

— Depois.

— Roy!! - Mas ele já tinha corrido porta afora. - A sua bunda está de fora...


...



Estava um pouco difícil carregar as malas e andar com Black Hayate entre a multidão de gente que havia na plataforma da estação, não sabia que era tão lotado a esta hora da manhã.

Foi se espremendo entre as pessoas, e tomando cuidado para a coleira não enrolar na bagagem dos outros, até que conseguiu um bom lugar para esperar o trem que partiria para a região Norte.

Ficou vendo a movimentação das pessoas enquanto esperava, mas uma coisa lhe chamou atenção no meio da multidão. Uma cabeleira comprida e ruiva que se movia rapidamente, e só parou quando chegou bem perto.


— Oi, Riza.

— Beca...

— Pare com essa cara de fuinha assustada, não é como se você nunca tivesse me visto. - Se sentou em sua mala rosa de rodinhas e sorriu.

— O que você está fazendo aqui? - Ainda estava surpresa, ela era a última pessoa que esperava ver.

— Eu vim falar com você, é claro.

— Falar? Comigo?

— Riza, querida, você não era tão lerda da última vez que nos vimos. - Jogou o cabelo para trás e encarou a prima séria - Então, você vai me dizer por que está agindo como uma criança medrosa?

— O que você quer dizer?

— Por que está fugindo, Riza? Não faz muito sentido, sabe, não tem muito tempo que você foi transferida para a Central e agora está indo para Briggs?

— Eu não estou fugindo! Eu só... Preciso recomeçar.

— E o Roy? - A loira pode sentir um pouco de amargura enquanto a prima pronunciava o nome.

— O que... Não é óbvio? Eu estou indo por causa dele.

— Achei que se amassem, pelo menos foi isso que eu fiquei sabendo, se lembra?

— É, eu me lembro, Rebeca! E é exatamente por isso que estou indo. - Estava perdendo a paciência, não podia só ir embora? - Desculpe, já falei isso para você antes, desculpe, desculpe, desculpe! Eu sei que foi errado, eu vou embora e nunca vou voltar a vê-lo.

— Idiota. O que está dizendo é que depois de tudo que me fizeram passar,você não vai ficar com ele?

— Não foi isso que eu dis...

— Rizie... Eu te conheço, eu sei o tipo de pessoa que você é, e não é o tipo que trairia a confiança de ninguém, e o Roy, é mulherengo, mas acabou te amando. Porque está complicando tudo? Você não vê?

— Eu não posso ficar com ele, era o seu noivo!

— Mas não é mais! Nós terminamos por vocês e agora você não vai ficar com ele, percebe que os três saíram perdendo? - Ela respirou e continuou mais calma - Olha, eu saí da minha casa assim que soube o que você ia fazer, só pra te falar isso, mas a vida é sua e a escolha também. - Cruzou os braços no peito e a encarou.


Nesse momento o trem chegou na plataforma, Riza não tinha mais tempo, ela só tinha que escolher embarcar ou ficar. Ela e a prima se olharam, e Rebeca balançou a cabeça compreendendo.

Riza tinha tomado uma decisão.


...



Roy corria desesperado, já estava na hora do trem partir, tinha que chegar antes dela embarcar. Algumas pessoas lançavam olhares curiosos enquanto passava, e a roupa do hospital era bem desconfortável, apesar de entrar um ventinho agradável.

A multidão estava se dissipando, o que era sinal de que estavam entrando nos trens. Por que tinha que ter tanta gente no caminho?! Mas pouco tempo depois avistou a plataforma 8, era ali que deveria ir.

Chegou ofegante, e nesse momento o trem estava partindo.


— Não... - Ficou olhando para o espaço vazio nos trilhos, se tivesse chegado só um pouco antes, alguns minutos.

— Né, ela foi mesmo. - Ele se virou surpreso com a voz familiar - Ah, qual é, será que todo mundo vai me olhar com essa cara?

— Rebeca... O que... Esquece - Ele suspirou - Você viu...se ela entrou?

— Positivo. É uma garota bem decidida, essa Riza, não é?

— Parece que sim - Ele tinha vontade de gritar, mas simplesmente continuou - O que está fazendo aqui?

— Estava tentando a fazê-la ficar, claro.

— Claro. - Repetiu como se fosse óbvio - Obrigada.

— Isso não foi por você. - Puxou a alça da mala e se virou para ir embora - Ah, quase me esqueci, seu bumbum está de fora - E voltou a andar.

— Meu... - Olhou para trás e descobriu a razão do ventinho. - WAAAAAAAHHHHH!!!!


...

....

..

.

... ...



Um mês havia se passado.

E nada tinha sido o mesmo na vida do Coronel. Parecia que nada que fizesse o faria feliz de novo, e era isso que não entendia. Ele, um homem que passou a vida cercado de mulheres, mas sem se apegar a nenhuma, podia, do nada, amar alguém que já o havia ameaçado de morte, o feito sofrer, ficar de joelhos, fazer as coisas mais idiotas e ridículas, como?! Aliás, o que ela tinha de tão especial? Era só uma mulher séria, que não o levava a sério, que tinha uma arma á mão em qualquer hora, com um sorriso lindo, na verdade ela era linda em qualquer hora, mesmo quando estava dando broncas... quem queria enganar afinal? Ele estava completamente apaixonado.


Queria chorar, gritar, quebrar qualquer coisa que estivesse no caminho todos os dias, durante o mês em que não a viu, e não podia mais ficar dessa forma. Por isso, nesse mesmo dia, começaria a resolver de uma vez por todas os seus problemas.

Ajeitou a farda, segurou firme os papéis na mão, e abriu a porta de sua sala.

Os subordinados bateram continência assim que o viram, mas não lhe deram o habitual olhar preocupado que agora era comum. Quase parecia que ele havia voltado a ser o velho Roy Mustang, com um olhar decidido e a sombra de um sorriso no rosto.

Havoc olhou para Breda, que deu ombros, também não sabia o que estava acontecendo.

Todos o observaram com um olhar apreensivo, e depois que se sentou e apoiou o queixo nas mãos cruzada, anunciou.


— Homens, preparem-se, nós temos uma missão.


..

.

...



Dois dias depois do ocorrido, a equipe do Mustang parava em frente ao forte de Briggs, no Norte.


— Wow, aqui é realmente frio - Disse Fuery esfregando as mãos protegidas por luvas.

— Só espero que isso seja rápido, aquela mulher me assusta. - Breda já sentia um arrepio na espinha.

— Claro, a "Muralha de Briggs" tinha que ser irmã do major, mesmo.

— Olivie Milla Armstrong é uma adorável mulher, se comportem, não podemos falhar. - Ralhou o Coronel.


Um momento depois, Um homem de pele morena, usando óculos para neve apareceu.


— Coronel Mustang, o Flame Alchemist, o senhor e sua equipe tem a permissão da General para entrar no forte. - Miles informou.


Os seis homens adentraram o local, e era realmente enorme. Seguiram diretamente para a sala da General-de-Divisão Armstrong, onde ela esperava sentada em sua mesa. Assim que passaram pela porta, bateram continência imediatamente.


— Há que devo a desgraça da sua visita, Mustang? - Disse Olivie sem fazer cerimônia, seu cabelo loiro caído no olho a dava um olhar mais mortal.

— Coronel Mustang, missão de resgate.

— Resgate, hein? E o que veio resgatar aqui no meu castelo? - Disse examinando o papel que ele apresentou assim que chegou - Primeira-Tenente Riza Hawkeye, e tem a assinatura do Furher, para que tantos homens então?

— Caso a resgatada ofereça resistência. - A mulher levantou uma sobrancelha.

— Hawkeye, tem sido muito útil desde que chegou, seria uma pena perdê-la, ainda mais para um desgraçado como você, mas parece que tomou as medidas necessárias - Disse apontando para a assinatura do Furher King Bradley.

— Parece que sim.

— E posso saber o motivo desse resgate?

— A tenente tem assuntos a tratar na Central, foi um grande mal entendido a vinda dela para cá.

— Ah, é mesmo? Parece que eu não tenho escolha. Major Miles, chame a Primeira-Tenente, fale para ela arrumar todas as suas coisas e vir aqui.

— Sim, senhora. - Respondeu prontamente Miles.

— Enquanto isso terei o desprazer da sua companhia para uma xícara de chá?


..

...

.



Riza andava pelo corredor logo atrás do Major Miles, que carregava sua mala. Por algum motivo seu coração batia forte, o que não acontecia há algum tempo. Não que estivesse reclamando, o trabalho no Forte ocupava todo o seu tempo, o que era ótimo, pois não queria nenhuma brecha para pensar, porque toda vez que isso acontecia, as lembranças voltavam, como se estivessem espreitando o tempo todo, e chorava a noite inteira. Infelizmente isso acontecia mais vezes do que gostaria.

Miles abriu a porta da sala da General–de-Divisão, será que seria demitida? Pensou.


— Primeira-Tenente Hawkeye se apresentando. - Bateu continência e em seguida todos os subordinados do Mustang também. Ela demorou a registrar a cena, até que seu olhar caiu em uma das cadeiras onde um homem de cabelos negros a encarava.

— Coronel.

— Tenente.

— Hawkeye, você deve estar querendo uma explicação, não? - Disse a General, fazendo a loira desviar o olhar do homem.

— Sim, senhora?

— Bom, você está voltando para a Central.

— Desculpe? Eu entendi direito?

— Sim, perfeitamente.

— Fiz alguma coisa errada, senhora? - Não, não, ele NÃO tinha feito isso!

— Não, você se saiu bem, mas parece que tem assuntos a resolver na Central. Tenho que buscar a autorização, esperem aqui, por favor.


Foi somente a General bater a porta atrás de si, que acabou o silêncio.

— O que você pensa que está fazendo aqui?! - Estressou-se com Roy.

— Te buscando é claro, não pensou mesmo que eu fosse te deixar aqui? - Ele não podia explicar a alegria desde que a viu entrando pela porta.

— Pois era isso que eu queria! - Ela se virou rapidamente para o lado - Ah, olá rapazes.

— Bem, o que está feito está feito, você vem comigo hoje. - Deu um de seus sorrisos travessos, e viu o olhar assassino que ela lhe lançou. Parecia que as coisas estavam voltando a seu lugar.

— Como você é chato, será que não pode simplesmente aceitar as coisas?

— Hmm, não parece uma boa idéia, eu prefiro ficar com você. - Antes que a mulher pudesse retrucar, a porta foi aberta.

— Aqui está o papel assinado, Mustang. - Olivie Armstrong anunciou. Ela se virou para Riza - Foi um prazer tê-la aqui, mesmo que por pouco tempo.

— Obrigada, senhora, espero ter sido útil.


Depois de mais uma sessão de continências, todos saíram, mas antes que Roy pudesse ir, a General o chamou.

— Mustang, posso perguntar uma coisa? O que é tão importante que você pessoalmente veio aqui, com uma assinatura do Furher e tudo, apenas para buscar a Primeira-Tenente?

— Ela tem um casamento para ir. - Falou sem rodeios.

— Um casamento?

— Comigo. - Bateu continência mais uma vez, e foi embora, deixando uma Olivie com um olhar surpreso.


...



Chegaram na Cidade Central à noite, mas o movimento ainda era grande, como sempre. Um mês se passou, mas nada parecia ter mudado.


— Hey! Tenente está de volta! - Havoc acendia um cigarro para comemorar.
— Acho que isso merece uma comemoração! Vamos sair para beber, com certeza! - Fallman emendava.

— Não se anime muito tenente, assim que voltar ao QG vai ver que está cheio de trabalho atrasado de novo. - Fuery avisou.

— Ah, cala a boca, cara! Vamos só beber. - Disse Breda seguido por um murmúrio de "apoiado" foi , e os quatro mais Black Hayate saíram agitados em busca de algum lugar para encher a cara, quer dizer, comemorar.


— Parece que eles esqueceram a convidada de honra - Disse rindo. Roy a observou rir, e percebeu que sentiu muito mais falta disso do que imaginou. - O que foi?

— Só checando para ver se não estou sonhando.

— Vamos testar. - Ela se aproximou e selou os lábios nos dele.

— É, com certeza é um sonho.

— Roy, obrigada por ir atrás de mim. - De primeira ela viu o rosto surpreso dele.

— Você não pode ter pensado que eu ia te deixar ir fácil assim - Ele acariciava o rosto dela com carinho, mas um sorriso malicioso brincava em seus lábios - O que acha de terminar aquela noite? - Disse sussurrando com a voz rouca no ouvido dela.

— Apoiado- Falou imitando os amigos.



..

...

.



Mal entraram na casa de Roy, e ele a levou direto para o quarto e a jogou na cama.

Enquanto se beijavam, ele lentamente tirava a farda dela, e ela acariciava o corpo dele por debaixo da roupa.

Cada pedaço de pele que ficava descoberta, era um beijo depositado, mal tinham começado, mas poderiam enlouquecer a qualquer momento. Já estavam praticamente despidos, exceto pelas roupas íntimas, o moreno observava cada detalhe do corpo da sua companheira, e ela aproveitava cada parte dele.


— Roy, espere um pouco.

— O que foi? - Perguntou alarmado, só faltava ela querer parar justo agora.

— Você notou?

— Que você é linda, notei.

— Estou falando sério, percebeu que nós passamos desde Briggs até aqui, e não aconteceu nenhum... Desastre?

— É mesmo. Bem, exceto no trem quando eu tentei te beijar, e o seu cachorro tentou me atacar de novo e nós esbarramos na mala daquele velhinho que caiu por cima do outro cara que derrubou o menininho com as bolinhas de gude, que rolaram e fizeram um monte de gente escorregar, aí fomos expulsos e tivemos que pegar o outro trem, mas fora isso, realmente, parece que as coisas estão dando certo.

— OK, talvez quase sem nenhum desastre.

— Nós vamos mesmo continuar falando? - Nisso abriu o soutien dela com uma mão, enquanto a outra a trazia para mais perto.

— Você não perde tempo.


Ela passava a língua suavemente pelos lábios dele o fazendo soltar um gemido, enquanto arranhava suas costas. Não aguentando mais, ele tomou a boca dela de uma vez por todas, e a despiu por completo.

— Agora, você verá que quero te incendiar. - Disse matador.



..

...

.



— O que pensa que está fazendo!? Você só sai daqui depois que terminar de assinar todos os papéis. - A primeira-tenente se estressava.

— Não deveria ser eu que decide isso? Sou o superior aqui, afinal. - O coronel estava indignado.

— Se as coisas ficassem por sua escolha, nós teríamos bebida alcoólica nos bebedouros e mulheres andando de mini saia por todo o QG. - Falou a frese toda sem se alterar - Se quiser sair daqui ainda hoje, termine logo isso. - Saiu da sala sem mais nenhuma palavra.

— Bem, parece que nós já sabemos quem é o homem da relação. - Breda ria com os amigos.

— Você quer ser rebaixado? - Roy O fuzilou com o olhar.

— Não, senhor.

— Então cale a boca.

— Cara, você anda tão nervoso ultimamente. - Todos arregalaram os olhos com a presença de Maes Hughes.

— Quando entrou aqui?

— Tá brincando? Estou aqui há um tempão, queria mostrar as fotos da minha Elisya, mas ver você sendo domado é muito interessante.

— Eu te bateria se você não tivesse me ajudado a conseguir a assinatura do Furher.

— Ouviram isso? - Se virou para os outros homens - Eu sou um melhor amigo muito bom, no final, fui eu quem fiz algo realmente útil.

— E tinha que fazer mesmo, depois do nada que você fez. - Havoc desdenhava.

— Ei! O que quer dizer?!


Quando viu que Fallman, Fuery e Breda já estavam apostando pra ver se saía ou não briga, o Coronel resolver intervir.


— Quietos, vocês! Querem saber o motivo de eu estar nervoso, então venham aqui.


Todos se aproximaram curiosos, e o observaram abrir a gaveta e retirar alguma coisa.

Quando ele mostrou o que era, todos arfaram surpresos.


— Não creio... - Fuery perdia o fôlego.

— Ele está brincando, né? - Fallman lançava olhares preocupados para os lados.

— Esse não pode ser o Roy Mustang que conhecemos. - Breda estava chocado.


Havoc e Hughes fechavam a boca escancarada um do outro.


— Parem com isso! Estão me deixando mais nervoso. - Roy fechou a caixa vermelha de veludo com um anel dentro, e guardou dentro da gaveta de novo.


— Você a vai pedir em casamento! - Hughes gritou.

— Fale mais baixo! - Lançou um olhar nervoso para a porta com medo de a Tenente entrar. - É o que eu pretendo, mas...

— Mas?

— Eu não consigo, sempre que eu vou falar... sei lá. E se ela não quiser? - Afundou na cadeira.

— Cara, depois de tudo que passaram, ela com certeza gosta de você também. Aliás, já tem uns três meses que voltaram do Norte, e estão aí, firme e forte.

— Coronel, é isso! O senhor vai ter que terminar essa papelada, e provavelmente vai ficar até depois do expediente, do jeito que é preguiçoso - Fallman ignorou a cara de indignação do superior - A tenente vai te esperar, para ter certeza de que não vai cabular o trabalho. Não vai ter mais ninguém no QG, ninguém para atrapalhar nem nada, o senhor pode falar com ela então, e se ela te der o fora, ninguém vai estar por perto para saber.


O Mustang absorveu a idéia por alguns minutos, até que finalmente falou.


— Você acha que ela vai me dar o fora?


Todos se apressaram em negar e bater em Fallman, mas ele realmente achou uma boa idéia.


— Bem, eu vou fazer isso!



..

.

...



Todos já haviam saído do QG, só restava o Coronel e a Tenente.

Roy estava mais nervoso que nunca, e Riza já tinha percebido isso, mas não quis incomodar. Ela estava tão absorta em pensamentos que se assustou quando ele anunciou que tinha terminado.

Levantou-se para buscar os papéis e guardar, e então ele segurou a mão dela, e a guiou até seu colo.


— O que você está... - Mas ela se calou com o olhar dele - O que foi?

— Riza. - Ele segurou no pescoço dela e encostou a testa na dela.

— Roy, o que foi?


Ele apertou a caixinha de veludo na mão, e respirou devagar. Riza o observou, sabia que queria falar alguma coisa. Observou os lábios dele, e via que ele abria e fechava como se fosse dizer e de repente perdesse a coragem.


— Riza, eu... - Ele podia sentir a caixinha machucando sua mão, de tão apertada. Era agora. - Eu... Eu te amo.


Ela o olhou surpresa, sabia que não era isso que ia dizer, mesmo assim, não pode evitar um arrepio que a percorria cada vez que ele dizia essas palavras.


— Eu também te amo. Muito.


Se beijaram apaixonados, e Roy guardou o seu "segredo" no bolso. Não era tão fácil como fazem parecer nos filmes. Mas o que importava isso agora? Eles estavam juntos, o mundo podia acabar que não se importaria.

Afinal ,enquanto se amassem, ele sempre podia tentar de novo.


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Notas finais do capítulo

Acabou mesmo? Sério? T.T Novamente, obrigada a todos que leram! CURIOSIDADES~ Kimi Ni Hi Wo Tsuketai Nosa, o título, significa "Você verá que quero te incendiar". Sugestivo? Mais um coisa! A história terá um epílogo, então aguardem. Kiss~