Kimi Ni Hi Wo Tsuketai Nosa escrita por Cherry13
Notas iniciais do capítulo
Crianças! Mais um Cap, eu sei que demorou, então desculpe. Obrigada RafaSaxAlto e beequeen por se preocuparem com a postagem. Kiss~
— Transferida?!!! Como assim?! - Gritou o Mustang.
— Bom, senhor, normalmente transferida quer dizer...
— Eu sei o que quer dizer!
— Então porque fica perguntando e... err, que tal eu ficar quieto?
— Ótima idéia.
O coronel ficou resmungando enquanto andava de um lado para o outro atrás da mesa.
Como sempre, ele achou que as coisas não podiam ficar piores, mas aí sua querida Primeira- Tenente diz que vai ser transferida! Para o Quartel General do Norte! Por vontade própria!
— Bom, ela não pode ir, eu sou o superior dela e ela não tem minha permissão.
— Interessante o senhor falar isso, bem ela tem a permissão de uma pessoa acima do senhor. - Comentou "casualmente" Fallman.
— Quem? - Perguntou com os olhos brilhando de raiva.
— B-bem, não acho que isso seja relevante, senhor.
— Diga, Subtenente.
— O..é.. G-g...
— Ah, cara, ele vai descobrir mesmo! Foi o General-De-Brigada Hughes. Mas ele não sabia o que era, quer dizer, o senhor sabe como ele fica quando ele está falando da filinha e a Hawkeye se aproveitou dis...
Todos se calaram quando o viram ficar vermelho, depois roxo, aí um verde estranho, mas quando voltou a cor normal todos se afastaram.
—HUUUUUUUUGHEEEESSSS!!!!!
...
— Ouviu alguma coisa, Major? Bem, não importa, eu já lhe mostrei essas fotos da minha Elisia vendo TV?
...
Uma semana depois do o corrido, Roy perdoou o amigo, lê-se, espancou até a quase morte, e não tinha conseguido um jeito de fazer Riza desistir de sua decisão.
Todos os dias no QG eram seguidos de um clima estranho, ninguém sabia como agir, apesar do Coronel e a Tenente estarem se comportando como se nada estivesse acontecendo. Mas na sexta-feira, Roy enrolou na sala, e esperou até que todos saíssem para falar com ela sozinho, era sua última chance, no dia seguinte, o trem para o Norte partiria e levaria o seu amor.
— Riza...
— Sim, senhor?
— Você vai mesmo?
— Sim. Boa Noite, senhor. - Ela se virou para a porta, mas foi parada quando sentiu os braços dele a abraçando por trás.
— Por favor - Ele sussurrou no ouvido dela - Você não pode me deixar.
— Mas é o que eu vou fazer, então, por favor, não atrapalhe. - Se desvencilhou.
— Será que eu posso te levar até em casa?
— Não.
— Você sabe que eu vou mesmo assim, né?
— Eu sei disso. - Disse disfarçando um sorriso.
.
...
..
— Obrigada por me trazer. Agora vai embora, xô!
— É assim que você me trata depois que eu carinhosamente te acompanhei?
— Não parou de me encher um segundo!
— Ei! É o último dia que nós vamos nos ver sabia?!
— Então você devia criar uma memória mais agradável, não acha?!
— Você quer uma memória agradável? Então por que não me deixa entrar? - Disse lançando um de seus sorrisos.
— Haha, muito engraçado. Tchau.
— Eu não estou brincando. - Ele a agarrou pela cintura e a beijou. - Considere isso uma introdução.
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...
..
Rebeca estava de um lado para o outro no seu quarto, pegando as coisas espalhadas, era a segunda vez em tão pouco tempo que tinha que fazer as malas. Não que precisasse, é claro, um dia fora de casa não é muita coisa, mas segundo ela, nunca se sabe o que pode acontecer, pode chover, a roupa pode sujar, podia se perder e ficar presa em uma ilha com um canguru...
— Querida, o que você tem que fazer de tão urgente na Cidade Central? - Perguntou Jade Blanks.
— Eu já disse mãe, eu tenho que resolver umas coisas com a Riza.
— Mas que coisas são essas? Você está estranha desde que voltou para casa, até sua Tia percebeu.
— Isso é entre nós. Bem, tchau, eu tenho que ir logo, o último trem sai as 22:00, e não posso perder se quiser chegar lá de manhã.
Assim ela foi embora puxando a sua mala rosa de rodinhas e resmungando alguma coisa como "aquela idiota".
..
...
.
— Ok, eu não sei se você percebeu, mas nós ainda estamos no meio da rua. - Se afastou arfando, já tinha uns bons cinco minutos que ela e Roy estavam se agarrando na porta de casa.
— Então você está me convidando para entrar finalmente? - Ele a viu pensar por um momento, até que ela abriu a porta, dando espaço para ele passar.
Assim que a porta se fechou atrás deles, voltaram a se beijar como antes, mas o clima foi cortado pelo grito de Roy.
— Waaaaa!!! Tira! Tira de miiiim!!!
Black Hayate estava pendurado com os dentes agarrados no bumbum do moreno.
— Solta Hayate! - O cachorro obedeceu na hora.
— O que esse monstro queria!? - O cachorro não parava de mostrar os dentes e rosnar.
— Ele foi treinado para me proteger, deve ter achado que você estava me atacando.
— Que tipo de coisa você ensinou para esse bicho...
— Não se preocupe, ele não vai mais te morder. - Ela largou a bolsa no sofá - Vou tomar um banho.
— Vai me deixar sozinho com ele?!
— Vai ser bom para vocês se conhecerem melhor. Pode tomar um banho também se quiser. - Ela apontou para um banheiro próximo. - Tem toalhas no armarinho.
— Eu não posso tomar um banho com você?
— Não. - E bateu a porta do quarto.
— Blah, que dona malvada você tem. Acho que eu devia tomar um banho também, e acho bom você não ter deixado uma marca no meu bumbum perfeito!
...
Riza em vez de tomar logo seu banho, estava sentada na cama, batendo o pé nervosamente, enquanto tentava organizar os pensamentos.
Ela iria embora no dia seguinte para ficar longe do Mustang, mas o convidou para entrar depois que ele lhe trouxe para casa, o que é a mesma coisa que o convidasse para passar a noite com ela, isso porque ela estava indo embora para se afastar dele, o que a fazia chegar a conclusão que nada fazia sentido.
Ela respirou fundo várias vezes e pensou. "Vai ser só uma noite e depois disso nós nunca mais vamos nos ver"
...
— Essa é a minha chance, entende? É a minha última chance de faze-la mudar de idéia e ficar. E pode ter certeza, eu já fiz muitas garotas se renderem a mim depois de...você sabe. Ou talvez não você é só um cachorro. O que eu quero dizer é : Essa noite tem que ser perfeita.
Ele estava no chuveiro conversando com Hayate pelo vidro, que parecia muito mais interessado em rosnar, pelo visto ele ainda não tinha superado.
Ouviu a porta bater do lado de fora, pelo visto, Riza tinha terminado de tomar banho. Desligou o chuveiro e se secou apenas superficialmente, enrolando a toalha na cintura depois e saiu do banheiro.
Não demorou muito tempo para encontrá-la, estava na cozinha mexendo em alguma coisa na bancada. Se lembrou da última vez que esteve no local, quando displicentemente a roubou um beijo, mas dessa vez não seria tão bonzinho. Sem perda de tempo, a puxou para que ficassem frente a frente.
Ela se surpreendeu com o movimento repentino, mas se pegou olhando para o corpo definido dele, foi descendo o olhar e notou que ele estava apenas de toalha, mas parou imediatamente o que estava fazendo, quando percebeu que ele ainda a olhava.
— Não é muito gentil encarar as pessoas, moça.
— Então por que você faz isso o tempo todo?
— Você logo vai perceber que eu não sou um cara muito gentil. - Disse enquanto descia a alça da blusa dela e dava um mordidinha.
A loira prendeu a respiração e quando voltou a falar estava com a voz meio sem ar.
— Não quer beber alguma coisa? - Ele acenou com a cabeça enquanto a observava colocar o vinho nas taças.
Notou que ela estava com um baby doll, e o short curto de seda grudava nas pernas úmidas por ter saído do banho. Ele a queria. Mas com toda sua experiência, sabia que a paciência era fundamental.
Depois de alguns minutos, estavam conversando calmamente, enquanto bebiam o vinho, mas apesar do que parecia, Riza estava muito nervosa, "Errado! Errado!" Era o que sua consciência gritava, mas estava muito difícil resistir quando ele estava tão perto. Sabia que tudo iria pelos ares se ele encurtasse só um pouco a distância, então se era isso que ia acontecer, ela queria que fosse perfeito.
Como se lesse pensamentos, ele colocou a taça na mesa e foi para junto dela.
— Porque a gente não para logo com a brincadeira?
Colocando a mão por dentro da blusa dela, ele foi passando os dedos de leve pelas costas, provocando arrepios, ele ia beijá-la nos lábios, mas parou de repente.
— Ele vai ficar nos olhando? - Apontou para o cachorro que estava parado observando tudo.
— Vamos para o quar...- Antes que pudesse responder, todas as luzes se apagaram.
— O que está acontecendo? - Olhou pela janela e viu que tudo estava escuro também, pelo visto a luz tinha acabado no bairro todo.
— Melhor ainda, não vamos nem precisar de vendas. - Decidido a nada estragar a grande noite, ele continuou de onde parou.
As coisas estavam ficando cada vez mais quentes, então resolveram ir para o quarto para ficarem mais confortáveis.
— Cuidado para não cair, está muito escuro.
— Relaxa, acha mesmo que eu vou cair? - Dito e feito, ele esbarrou na mesa e por pouco não se estabacou, a única coisa foi a taça com vinho que caiu e se partiu no chão. - Essa foi por pouc... - Dessa vez não escapou, escorregou com tudo no vinho escorrido, mas não parou por aí, além de machucar o pé nos cacos de vidro, foi se levantar e escorregou mais uma vez, batendo a cabeça na quina da mesa na descida.
Riza não sabia o que fazer, ainda mais no escuro. Quando localizou o corpo caído e percebeu que estava desacordado se agitou ainda mais. Não conseguia ver um centímetro na sua frente no meio daquela escuridão, então tentar levantá-lo e por no sofá foi um sacrifício. Não conseguia nem mesmo fazer um curativo sem se atrapalhar, e a demora para recobrar a consciência a estava deixando preocupada, pois bater a cabeça era uma coisa séria. Num pensamento rápido, ela buscou um casaco a bolsa e o carregou com muito esforço para o carro.
— Certo. Sem pânico. É só levá-lo a um médico e está tudo resolvido. Ok. - Ela lançou um olhar para ele. - Oh, merda! Ele está só de toalha! - Isso foi um dilema, voltar ou não para buscar a roupa dele? No final ela decidiu que era melhor ir assim, além de ter que voltar e achar as coisas dele no escuro, ainda teria que vesti-lo, e isso não era uma boa idéia...
Foi a toda velocidade para o hospital mais próximo, um pouco mais a frente no caminho alguns militares estavam parando os carros.
Um deles, muito gordo e com um jeito estranhíssimo, estava farejando o ar com a cara amarrada. O carro dela foi o próximo a ser parado. O homem estranho se aproximou da janela.
— Como vai, senhorita? Percebi que estava dirigindo bem de pressa e de forma insegura.
— Sim, eu estou com pressa, preciso ir ao hospital.
— Hospital, hein...- Falou de forma suspeita - Está passando mal?
— Não. Será que poderia me deixar ir, é realmente urgente.
Mas ele não estava mais prestando atenção nela, e sim no banco de trás, onde Roy estava desacordado.
— Quem é esse?
— um amigo.
— É esse seu "amigo" que precisa ver o médico?
— Sim. Olha será que eu posso ir agora?
— Está nervosa, senhorita?
— É claro que estou nervosa! Ele está inconsciente!
— Pois eu acho que a senhorita está escondendo muita coisa! Quer mesmo que eu acredite que está indo ao hospital?! Pois vou dizer uma coisa, eu acho que na verdade você matou esse seu "amigo" e está fugindo!
— O que?! Isso é ridíc...
Foi cortada, porque novamente ele estava farejando o ar.
— Ora, ora, o que temos aqui? Andou bebendo vinho, senhorita?
— Sim
— Ahá! Então temos uma assassina bêbada fugindo! Isso explica sua forma perigosa de dirigir também. Tenho que pedir que apresente seus documentos e saia do carro, por favor. Não tente resistir.
Agora as pessoas prestavam atenção na situação, muito irritada, Riza abriu a bolsa para pegar os documentos, mas parou no meio do movimento. Por serem militares, obviamente trabalhavam no QG Central, e tanto ela como Roy sendo Coronel e Primeira- Tenente serem pegos juntos, de forma muito suspeita, com ela de baby doll e ele só de toalha não era uma boa coisa.
Demoradamente, Riza se virou para o homem que esperava de forma impaciente, sem tempo de pensar duas vezes, ela acelerou e fugiu da cena, antes que desse tempo de fazerem qualquer coisa, ou mesmo anotar a placa.
Estava muito nervosa e olhando para os lados, para ver se não a seguiram quando chegou ao hospital. Não demorou muito para que a atendessem, e esperou na recepção.
Um médico apareceu um tempo depois.
— Não se preocupe, não houve nada demais. Foi uma pancada forte, por isso o desmaio, mas não é nada com que se preocupar. Ele só vai acordar amanhã e vou precisar de outros exames, então ele deve passar a noite aqui. Pode ficar com ele ou ir para casa. É o quarto 206.
Ela esperou um pouco e foi ao quarto. Abriu a porta e o encontrou deitado, como se estivesse dormindo, ou talvez estivesse. Sentou-se na cadeira que havia do lado da cama e o observou.
— Porque as coisas sempre acontecem se forma desastrosa conosco? Parece que não é mesmo para ficarmos juntos... - Apoiou a cabeça no braço dele e fechou os olhos. Assim passaram a noite perfeita... Ou nem tanto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Talvez o próximo seja o último! Obrigada a quem continua acompanhando essa história bobinha*-*