Kimi Ni Hi Wo Tsuketai Nosa escrita por Cherry13


Capítulo 17
~Epílogo


Notas iniciais do capítulo

E finalmente... epílogo! Para fechar de uma vez por todas.



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— Eu cansei. Você está assim, agindo de forma estranha, há muito tempo. E sempre que tento falar sobre isso, muda de assunto ou se irrita, o que está acontecendo?


Nome: Riza Hawkeye

Idade: 26 anos

Estado Civil: Prestes a terminar um relacionamento

No Momento: Tentando não pegar a arma no seu cinto e dar um tiro em seu namorado


— Amor... Não é nada com que você precise se preocupar.


Nome: Roy Mustang

Idade: 30 anos

Estado Civil: Tentando salvar o seu relacionamento

No Momento: Sem sucesso ao inventar desculpas, e pronto para desviar de uma bala a qualquer momento



— Então por que você não olha para mim direito? - Ela queria manter a calma, mas parecia que tudo que guardou durante semanas queria sair.

— Eu estou olhando para você. - Suspirou, cansado. Seria difícil sair dessa. - Riza, fica calma... - Mas logo percebeu que disse a coisa errada.

— Eu. Estou. Calma. - Pontuou cada palavra, como ele podia dizer uma coisa dessas, quando ela estava juntando a força de cada fibra do seu corpo para não gritar. - Eu tentei ao máximo não chegar a esse ponto, então não me entenda como uma louca possessiva, ok? - Fez uma breve pausa e continuou - Tem outra mulher, não tem?

— É, tem mesmo... - Quando percebeu a burrada que estava dizendo, tentou consertar - Não, quer dizer, tem, mas não tem, entende? Não é esse tipo de mulher, é uma mulher que não é mulher... Não é um travesti! Ela é diferente...


Riza olhava para ele atônita. A resposta que queria ouvir não era nem de perto essa, suas entranhas estavam se contorcendo por dentro, e não sabia se era de raiva ou tristeza.

— "Ah, vamos lá! Só diga a verdade! Ela vai entender!" Riza, na verdade... é, eu... - Sua boca estava seca, e as palavras se embolavam na sua mente - É que...

— Não precisa dizer mais nada, e também não precisa me ligar. - Bateu a porta da casa do moreno e foi embora, decidida a não derramar sequer uma lágrima por ele.

— Eu tenho sérios problemas. - Disse passando a mão pelos cabelos negros.



OBJETIVO DA MISSÃO:

Fazer o, novamente, solteiro mais cobiçado da Central abandonar a velha fobia.


..

...

.



— Então foi isso que aconteceu, huh? Você é mais idiota do que eu pensava. - disse Hughes olhando maroto para o melhor amigo.


Depois de contar a trágica situação aos seus amigos, eles viravam mais uma rodada de bebidas.


— Cara, por que você não contou a ela? - Havoc tentava acender seu cigarro pela décima vez, o que estava sendo dificultado por Breda que ficava soprando "sem querer".

— Você acha que eu não queria dizer?! Mas toda vez que eu tento, travo.

— Velhos hábitos são difíceis de mudar, amigo.

— É, Fuery, mas esse não é o único problema.

— O que quer dizer? - Fallman se ajeitou na cadeira, parecia que a bebida estava fazendo efeito.

— Ela resolveu dar as caras.


Os amigos empalideceram na hora.


...


Riza andava de um lado para outro na sala da sua prima, que tinha se mudado definitivamente para a Central há alguns meses.


— Ele é um safado, mas não acho que esteja te traindo, você já viu a cara que ele te olha? - Rebeca estava ficando tonta de tanto olhar a prima rondando a sala. - Você pelo menos ouviu a explicação dele?

— Explicação? Ele praticamente jogou na minha cara que está saindo com outra!

— Pode ser tudo um mal entendido...

— Está defendendo ele?!

— Não... é só que... - A ruiva se lembrou do que Roy a disse alguns dias atrás, "Não conte nada para Riza!" - Eu gosto de comida chinesa.

— O que?

— Nada, nada. Rizie vamos ser sinceras. Você o ama, vai mesmo deixar que tudo acabe assim? E, apesar de ser um idiota, não vamos negar, ele é o melhor quando se trata de...

— Entendi, entendi. - Se jogou no sofá e respirou fundo - Eu odeio quando você resolve ser inteligente.


...


Depois de se despedir dos amigos, foi direto para casa, não queria ficar bêbado e fazer alguma coisa que se arrependesse depois.

Estava irritado, como podia ser tão covarde? Do que estava com medo afinal?

Sim, era verdade que andava estranho havia algum tempo, e suas desculpas só serviram para atrapalhar as coisas, mas como ela podia duvidar dos seus sentimentos?

E bem nesse momento crítico ela vinha, como sempre, sorrindo e trazendo uma bomba. Estava prevendo, isso não ia prestar.


Bateu a porta do carro com mais força do que deveria, e xingou de tudo que era possível o molho de chaves, pra que tinha tanta chave nesse troço?!

Entrou em casa bufando, e ao acender a luz, sua surpresa foi tanta que não saiu do lugar.


— Roy, querido, não vai me dar nem um beijinho de boas vindas?



.. ...

... .

. ..



Quase não dormiu a noite, e acordou bem cedo também, mas tinha se decidido, ia ligar para ele, e tentar resolver as coisas com calma.


— Está muito cedo, será que eu ligo mais tarde? O que você acha, Black? - O cachorro latiu, e pulou no colo dela - Tem razão, é um preguiçoso, tem que acordar mesmo. - Discou o número devagar, e ouviu chamar por pouco tempo, até ser tendido por uma voz de mulher.


— "Alô? Tem alguém?"

— Sim, o Roy está?

— "Ele está... ocupado agora. Quer deixar recado?"

— Só diga que a Riza ligou. - Colocou o telefone no gancho, sem mais esperanças. Mal tinha um dia que brigaram e já estava com outra.


Sem querer, uma lágrima escorreu por sua face.


...



— Já terminou com isso, Roy? - A mulher estava ficando impaciente.



A cena era vergonhosa. Mustang com o cabelo bagunçado, cara de sono, usando um avental rosa, cozinhando panquecas em formato de coração. Era nítida a veia que saltava em sua testa, além de chegar de surpresa ainda ficava exigindo as coisas!


— Calma, mãe! Não é fácil fazer esse formato!

— Olha como você fala com a mulher que fez panquecas a vida toda para você, agora que já é um homenzinho é hora de retribuir.

— Sim, senhora. - Sua veia daqui a pouco ia criar vida própria.


Sua adorável mãezinha não era fácil. Era claro que ia aparecer mais cedo ou mais tarde, disso sabia, só estava torcendo para que fosse bem mais tarde.

Ficou mais de uma hora falando sobre o rompimento dele com Rebeca Blanks, e como não avisou nada e ficou sabendo pela família dela, como o próprio filho faz as coisas e não avisa nada e blá blá blá. Segundo ela, não precisava se preocupar, já havia arranjado uma nova noiva para ele, e que morava na Central, o que facilitava muito as coisas.

Esse era o grande mal dela, vivia tentando casá-lo.


— Deve ter sido esse o motivo que fez Rebeca terminar com você, não tem nenhuma paciência. Vai ter que melhorar esse seu hábito, a sua doce noiva não vai te aguentar desse jeito.

— Mãe, eu já falei, eu tenho uma namorada.

— Amorzinho, essas garotas que você encontra nesses barzinhos e passa uma noite não servem para serem suas namoradas.

— Estamos juntos há seis meses, ok? - Respirou fundo. Será que ainda estavam juntos mesmo?

— Ai, ai, você me cansa, Roy. As panquecas estão prontas? - Ela ignorou o olhar mortal do filho. - É mesmo, uma garota te ligou, eu falei que estava ocupado, uma tal de Riza.

— Riza? - Ele largou a coisas como estavam - Por que não me passou o telefone? Como ela está, o que disse? - Pensou por um momento e juntou os pontinhos - Você disse a ela quem era?

— Não, porque diria...


Nem a deixou terminar de falar, passou correndo pelo quarto, pegou alguma coisa, e saiu de casa.


...


Roy tentava arrumar o cabelo antes que ela abrisse a porta, mas parecia que estava piorando.
Riza abriu a porta, e assim que viu quem era fechou na hora, mas ele conseguiu segurar antes.


— Vamos conversar.

— Eu não quero falar com você. Sai.

— Eu preciso te explicar as coisas, não é o que você está pesando.

— Não, é? Sério? Porque eu te ligo e o que ouço é uma mulher, muito animador, não acha?

— Riza, aquela é a minha mãe... ei, não me olha assim, é sério!

— Sai daqui agora. Cansei das suas mentiras. - Ela apontou a arma para ele, dessa vez não ia ter pena.

— O que você está fazendo com essa arma, mulher?!


O primeiro tiro passou no ar, a centímetros da orelha dele. O segundo rasgou a barra da calça, mas não acertou a pele.


— E que droga de avental rosa é esse?! Será que eu vou ter que me livrar dele também?!

— Não, o avental da mamãe não! Aquele dia, a mulher que eu estava falando era a minha mãe, só que eu estava nervoso, então eu me embolei...

— Nervoso por causa da sua mãe?

— Não, não só por causa dela, ela é só um pedaço da história, na verdade o que eu queria dizer naquela hora é que...bem.. é..., não foi assim que eu imaginei, você pode abaixar a arma? Por favor? - Ela abaixou, mas ele sabia que se quisesse, poderia acertá-lo em menos de um segundo. - Riza.. eu... vo-você não, não é assim.. bom, t-tem um... Ai! Cachorro maldito! - Black Hayate mordeu a mão dele, e pegou o que quer que fosse que segurava, e colocou aos pés de sua dona.


Riza abaixou para pegar o que quer que fosse, e seu coração parou assim que teve uma idéia do que era.


— Bom, acho que era isso que eu estava tentando dizer. Abra.


Ele a observou abrir a caixinha e descobrir uma linda aliança.


— Roy... - A loira estava sem fôlego.


Ele se aproximou tirou o anel, e colocou delicadamente no dedo dela.


— Riza Hawkeye, você aceita se casar comigo?

— Você é um inútil, sabia? Mas é o meu inútil. É claro que sim!


Se beijaram, e a partir desse momento, suas vidas estavam definitivamente se tornando uma.

Black Hayate olhou orgulhoso o seu trabalho. Missão comprida.


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Notas finais do capítulo

Então foi isso. REVIEWS São sempre bem vindos.
Bye bye!
Aguardem futuras fics...



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