Aprendendo a Amar escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 21
Capítulo 20




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Na manhã seguinte, os Ramos e os Duarte apareceram cedo no apartamento do casal. Karina e Pedro cuidariam dos gêmeos enquanto João e Vicki acompanhariam o casal e Gabe até o fórum.

“A Vicki vai ficar com ele, e nós vamos encontrar o promotor. Ela não vai deixar a Bárbara chegar perto dele, podem ficar tranquilos.” Prometeu João, enquanto subiam as escadas. “Talvez peçam para ele entrar depois, mas espero que possamos resolver sozinhos.”

“Mamãe, se eles perguntarem...” Gabe chamou Jade, que se ajoelhou.

“Eu digo que você só quer ser amigo da Bárbara, pode deixar.” Prometeu a dançarina, beijando sua testa. “Agora vai brincar com a tia Vicki, logo eu e o papai voltamos.”

A jornalista levou o sobrinho para a cafeteria, enquanto o marido e o casal Duarte seguiam para a sala do promotor. Em frente à ela, encontraram Bárbara e Rita, que conversavam em voz baixa. Ao vê-los, a jovem mulher caçou algo com os olhos.

“Cadê o meu filho?”

“Meu filho está com a tia dele, esperando o fim desse circo de horrores.” Cobra rebateu, abraçando a esposa.

“Bárbara, por favor, nós conversamos ontem.” Rita pediu, segurando o braço da moça. “Se me permitir perguntar, Sr. Duarte, vocês conversaram com o Gabriel? Ele sabe o que aconteceu?”

“Sim, sra. Oliveira, ele sabe.” Concordou o lutador.

“E o que ele tem a dizer sobre o assunto? Ele gostaria de conhecer a Bárbara?”

“Lhe asseguro que ele não demonstrou o menor interesse.” Garantiu Jade.

“É porque você deve ter enchido a cabeça dele de mentiras.” Rosnou a outra.

“A Jade falou bem melhor de você do que o merecido, acredite. O Gabe não sabe metade do que você fez, e vai ser assim por um bom tempo. Agora, se me permite, nós viemos conversar com o promotor.” Cobra puxou a esposa e o irmão, que bateu à porta.

“Eu quero ver meu filho, ficar com ele, Rita.”

“Por favor, Bárbara, tenha calma. Logo tudo estará resolvido.”

O trio logo estava dentro da sala, sentado junto ao promotor. Logo de início, João já apresentou os relatórios da polícia, os documentos do juizado de menores e tudo que legitimava sua versão.

“Acredite, Duarte, eu não estou duvidando da versão de vocês. O relatório da polícia caiu na minha mão faz dias, assim como os documentos que você está me apresentando. Eu já encaminhei tudo para a juíza e ela reconhece que a versão da Bárbara é falsa, cheia de falhas e incoerências.”

“E mesmo assim ela está dando trela para isso? Qual o problema dessa mulher?” Questionou Jade, nervosa.

“Ela não sabe ser impessoal em casos assim, e isso é um problema. Mesmo após a sentença, podemos recorrer com outro juiz, alegando a falta de imparcialidade, mas até lá muita água vai rolar. O que eu digo a vocês, novamente, é que tentem o acordo logo agora e evitem um julgamento.” O homem, chamado Fernando Neves, os aconselhou.

“E qual é a proposta que elas estão fazendo, Neves?”

“Extraoficialmente, eu acho essa proposta insana. Para a sorte de vocês, a juíza também achou sem pé nem cabeça.”

“E o que é?”

“Ela quer a adoção do Gabriel pela Jade revogada, o que é impossível depois de tanto tempo, a não ser que a própria Jade abra mão da guarda do menino. Ela também quer guarda compartilhada, uma semana com cada; direito para sair com ele do país quando quiser, um pedido de desculpas público na mídia e uma pensão fixada em 15% do seu lucro mensal.” Ele leu tudo rapidamente, causando espanto.

“Que droga de advogado redigiu isso?” Se indignou João.

“Ela mesma, João. Os internos de clínicas de reabilitação são incentivados a estudar algo em busca de uma profissão. E para o nosso azar, ela escolheu um curso de direito à distância. Ela mesma está se representando, e com isso não tem travas.”

“Fernando, isso está me cheirando demais a armação.” Jade se manifestou, enquanto o marido segurava sua mão.

“Não só a você, Jade. Tudo isso tem gerado muito burburinho aqui dentro, e garanto que tudo a favor de vocês.”

“E o que a juíza julga incabível, Neves?” João tentava manter seu papel profissional.

“Bom, a revogação da adoção, como eu já disse, e a questão da liberdade para deixar o país com o menino. Isso é inconcebível em qualquer divórcio ou divisão de guarda, e qualquer um sabe disso. Ela também não acatou a ideia do pedido de desculpas, já que a versão da Bárbara não bate, mas não se mostrou tão oposta a divisão da guarda e a pensão.” Explicou o promotor, suspirando.

“Como? Ela achou algo nessa maluquice concebível?” Cobra se irritou.

“Em partes, Ricardo. Como vocês sabem, ela é a favor que a Bárbara volte a fazer parte da vida do filho. Como ela não pode revogar a adoção, é tudo muito complicado. O que ela pode pedir é o direito de ver o Gabriel; a princípio um dia na semana e um final de semana por mês, com a supervisão de um oficial da justiça. Posteriormente, elas esperam renegociar esse tempo.”

“Até parece.” O lutador bufou. “E essa história de pensão? Isso não é só quando o casal se divorcia e tal?”

“É mais uma proposta da juíza, Ricardo. A Bárbara saiu da clínica está se reestruturando.”

“Em outras palavras, sem emprego.” João debochou.

“Isso, João. Ela está vivendo de uma pensão do estado, morando em um apartamento sublocado próximo ao Catete, onde vocês viviam. O que está sendo proposto é uma ajuda de R$2.500 por mês, até que ela tenha emprego fixo e como se manter, manter uma casa e oferecer conforto ao Gabriel. Até lá, ela espera, vocês tenham feito um acordo vantajoso para as duas partes, e ele possa estar convivendo igualmente com vocês e a Bárbara.”

“Quantas décadas ela espera que essa garota demore para arranjar um emprego? Porque só quando meu filho tiver 18 anos eu vou aceitar que ele fique fora da minha casa.” Avisou Jade, nervosa.

“A Bárbara já sabe dessas novas condições?” Fernando negou. “E se nós não aceitarmos?”

“Bom, João, então nós vamos a audiência com a juíza.”

“Mas ela não vai impor essas mesmas condições de todo o jeito?”

“Infelizmente não, Ricardo. Como o João já deve ter explicado pelos casos da juíza Carmen, ela sempre acha brechas no sistema. Eu tenho medo que ela ache uma que revogue a adoção do Gabriel.”

“Mas você mesmo disse que isso é impossível.”

“Em um acordo, Ricardo, tudo muda em uma audiência com uma juíza. Eu sei que é duro, mas eu diria que vocês aceitassem o acordo.”

“Vocês sabem que eu tenho que concordar. O dinheiro não fará diferença, e vocês podem fazer um esforço para aguentar as visitas dela. Logo o Gabe vai ser entrevistado pela vara da família, para saberem a opinião dele e reavaliarem os períodos, e já percebemos a opinião dele. Os direitos de vocês continuam sendo os mesmos, vocês podem viajar com ele quando quiserem, ela apenas tem o direito de vê-lo algumas vezes.” João endossou Fernando, sorrindo ternamente para os dois.

“Tudo bem... Nós faremos o que for preciso.” Concordou Cobra, apertando a mão de Jade.

“Que bom, Ricardo. Agora me deem um momento... Vou chamar a Bárbara e a sra. Oliveira.”

Logo, as duas ocupavam seus devidos lugares na sala, ouvindo tudo que Fernando tinha a dizer. Ele explicou sobre as leis que invalidavam grande parte dos pedidos de Bárbara, e como haviam provas legais que contestavam sua versão dos fatos. Por fim, apresentou a proposta redigida pela juíza.

“Mas isso não é nem de longe o que eu pedi.”

“Porque não tinha sentido o que você pediu.” Jade murmurou.

“Doutor Neves, eu quero meu filho de volta, não simplesmente poder ver ele de vez em nunca. Eu sou a mãe dele.”

“Perante a justiça, a mãe do Gabriel é a Jade, srta. Borges. O processo de adoção foi correto e dentro da legalidade, concluído há vários anos.” O homem prosseguiu serenamente. “Essa proposta que a senhorita recebeu do acordo está sujeita a reavaliação com o tempo, com entrevistas periódicas com o Gabriel e visando sempre o melhor para ele.”

“Aceite, Bárbara, está de bom tamanho.” Garantiu Rita, sorrindo para ela.

“E esse valor? Eu pedi 15%, e isso está bem longe.”

“Achei que você só queria ser filho de volta.” Zombou Cobra, recebendo uma fuzilada.

“Eu quero tudo o que me foi tirado por vocês, Ricardo, e isso inclui uma vida digna. Eu não aceito esse acordo, Dr. Neves, pode esquecer. Eu quero tudo o que pedi, e não vou aceitar menos que isso. Pode ligar para a juíza Carmen... Nós vamos a julgamento!”


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Notas finais do capítulo

Heeello
Bom, eu to com sono, então não esperem muita coisa. Muita tensão, como sempre, né? Essa Ruiva é uma vadia, pqp... Eu não estudo direito, nem sei se as coisas realmente são assim. Eu pesquisei alguns casos, me baseei no que vejo nas novelas, e vamos por a licença poética em jogo, ok?
See you soon
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