Salvation escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais surpresas para os nossos evoluídos!

~Enjoy~



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Entorpecidos ainda pelo tranquilizante, os 6 jovens algemados eram transportados em uma grande van até onde eles temiam ser uma grande prisão com tortura ou experiências mortais. Logo que haviam rumores entre os Evoluídos, de que a DECOE (Departamento de Controle de Evoluídos) os apreendiam e faziam experiências genéticas para que pudesse ser descoberta a cura contra as habilidades. Raphael tentava utilizar suas habilidades a todo o momento, movimentando os braços e as mãos... Um dos oficiais notou tal ato. Sorrindo, ele disse.

– Acha mesmo que deixaríamos vocês com liberdade para usar seus dons, injetamos em cada um de vocês a LCC... Ou uma vacina que anula poderes temporariamente.

– Isso é injusto. Nós não podemos ser presos de tal maneira... - Crystal berra, se remexendo.

– Calada, ou serei obrigado a atirar mais tranquilizante em você.

Crystal encarou o policial como se quisesse tocar nele e causar aquelas dores terríveis nele. Ela gostaria de vê-lo gemer. Mas, estava algemada e nada poderia fazer, graças a tal de LCC.

Jason que ainda não demonstrara seus dons, despertava o interesse do comandante que o encarava friamente. Logan, Ellen e Dianne ainda estavam muito abalados pelo tranquilizante, por isso às vezes ficavam atordoados ou sonolentos. Mal conseguiam falar. Dianne fez uns gemidos engraçados que deixou um policial a ponto de rir, mas este manteve a seriedade quando o comandante o encarou de uma maneira mais fria que olhava Jason.

Jason notou que estava sendo fuzilado e arqueou uma sobrancelha como se dissesse, "O que está olhando?". O comandante entendeu o gesto do rapaz e dando um sorriso sínico, continuou olhando-o.

– Qual é? Quer tirar uma foto do Jay prá colocar no seu guarda-roupa, é só pedir? - Rapha criticou e debochou ao mesmo tempo - Tenho certeza que ele fará uma pose bem sexy para você.

Mas tal frase debochante lhe causou um murro no rosto que deixou seus amigos chocados. Ellen e Logan começaram a se despertar graças a isso. Dianne tentou, mas como foi a ultima a ter sido dopada, ainda se sentia sobre o controle da substância.

– Calado, evoluído. Ainda não falei com você. E os outros não me olhem como se não soubessem que eu faria isso, por favor.

– Então, já que está olhando prá mim... Eu gostaria de saber o motivo?

– Que audácia... Isso vai ser muito ruim prá vocês em Alkalia. Lá, não há tempo prá rebeldia.

– Alkalia, e o que é isso por acaso? - Ellen, questionou.

– Seu novo lar, minha cara telecinética. Aonde serão restaurados. "Aprenderão a conviver no mundo atual..."– e reproduziu com os dedos as aspas nessa frase.

– Por que só eu senti um tom irônico aí? - Crystal olhou o comandante, sugerindo sua frase final.

– Isso não lhe diz respeito. Garota entojada. – O comandante continuava reclamando de Crystal, parecia que a garota havia o incomodado grandiosamente.

Jason olhou Crystal como se sugerisse a ela o silêncio, Rapha e Logan não estavam falando também. Dianne entorpecida. E Ellen compreendeu o sinal de Jay, calando-se. O silêncio tomou a van, os policiais se entre olhavam e o comandante ainda fitava o jovem prudente, Jason. Gostaria de saber qual era sua habilidade, logo que as habilidades dentro dessa van eram todas grandiosas: Tinha uma telecinética, um eletrocinético, um rapaz que reproduzia tremores, uma garota com super-força, outra que causava dores em quem tocasse. O que será que ele poderia ter? Telepatia? Voo? Radiação?! Várias suposições foram deixando o comandante um tanto preocupado. Estaria Alkalia preparada para a habilidade de Jason O'Briel?

Ellen notou que o carro estava aumentando a velocidade. E ela começou a pensar consigo no que ela e os outros estavam fazendo a horas atrás.

Todos lá, na Candy Barry, a sorveteria mais deliciosa de Westering, Oklahoma. Estavam todos rindo, já que haviam passado pela escola sem serem notados. O último ano escolar foi semi-trágico, houve uma vez em que Dianne quase revelou sua força a todos, ou no dia em que Logan causou um blackout na escola inteira, Raphael em um certo momento de fúria abriu uma pequena fenda no campo de futebol da instituição de ensino. Ellen até recordou de que entre todos os outros, ela sempre foi a que mais os colocou em risco. Nunca teve controle sobre sua habilidade, vivia explodindo as coisas, arremessando objetos longe ou estilhaçando os frascos na aula de Química. Mas, ela se recorda também da união maravilhosa que eles criaram, uma espécie de vínculo de proteção e lealdade. Apesar das brigas entre Jay e Rapha ou Didi e Crystal, ela sempre soube que podia contar com os outros amigos e que eles não se separariam. Um sorriso cresce na nossa Evoluída quando ela se lembra de Logan, seu melhor amigo, aquele que conseguia manter seu controle telecinético, o cara que sempre lhe compreendeu e apoiou. Tal sorriso incomodou um dos DECOEs.

– Qual o motivo do riso?

– Acho que isso não lhe diz respeito. -Ellen retribui a ignorância e falta de educação que recebeu de todos ali.

O policial levanta a mão para acertar um tapa na cara da garota, mas é repreendido pelo comandante.

– Hey! Vamos nos comportar, por favor. Estamos chegando e temos que causar uma boa impressão. – Ele fuzila o oficial.

Ellen, inclina a cabeça e começa a relembrar dos últimos minutos na Candy Barry. Dianne e Rapha disputaram quem beberia o milkshake com maior velocidade e propriedade, e, para a surpresa de todos, Didi ganhou! E então, a mesma van que os estão transportando, parou em frente ao estabelecimento e inúmeros guardas desceram de dentro dela. Diziam com uma voz de ódio que havia uma denúncia e estavam atrás de Evoluídos. Ellen recorda que seu coração tremeu nesse momento e quando o detector de habilidades apitou ao passar perto de Logan. Todos levantaram da mesa e correram para longe dali. Jason avistou um beco e disse para todos adentrarem nele. Bem, ela termina suas lembranças ai, pois o resto não lhe agrada.

Cansado de tantas dúvidas, o comandante resolve interrogar Jason antes que cheguem.

– Bem, como sabem vocês fugiram quando o detector apitou para Logan Falkner. Raphael, Ellen, Dianne e Crystal Lake, apresentaram ter poderes. Mas quem me intriga é você Jason O'Briel? Qual seu poder?

– Eu não tenho poderes... - Jason sorri, acreditando em tal fato.

Diferente de todos, Jay era o único do grupo que nunca havia apresentado nenhuma habilidade, tanto que até agora nenhum dos outros entendem o motivo de Jay ter corrido junto com eles.

– O quê? Ele só pode estar de brincadeira. – O comandante começa a gargalhar, sendo acompanhado por seus oficiais.

– É verdade, Jay não tem poderes. Eu não sei por que fugiu conosco de vocês. Podem usar o detector nele, tenho certeza que não funcionará. - Ellen explica.

– Ok, se ele não tem poderes. Por que veio mesmo, ou melhor por que fingiu ter um?

– Por que não abandono meus amigos e prá ter convicção de que vocês tem preconceito até com quem está do lado dos mutantes.

– Olha como ele é humanista. - O comandante diz, enquanto retira do bolso um pequeno aparelho. Este ao passar perto de Dianne que estava ao lado, apitou e pôde-se notar que uma luz vermelha acendeu.

Ao sair de perto de Dianne o dispositivo, voltou a ter uma luz verde e o alerta cessou.

– Vamos descobrir então, se temos um evoluído ou apenas um mané, entre nós. - O comandante disse, levando o dispositivo até o jovem.

Jason fechou os olhos e abriu um sorriso, certo de que não se ouviria nada. No entanto, para a surpresa de todos os presentes e para a alegria do comandante o aparelho liberou sua sirene e sua cor vermelha surgiu. Jason era um Evoluído, mas como poderia ser? Ele nunca havia feito nada de anormal e agora teria fama de maluco, mentiroso ou mané, como o cara disse.

– Jay?! - Como num coro todos os outros 5, falaram simultaneamente.

– Mas, eu... Eu não entendo... Nunca demonstrei habilidade alguma... Como? Como pode ser? – Jason se surpreende.

Todos os DECOEs gargalhavam de tanta estupidez, não sabiam se acreditavam no garoto ou se o consideravam como louco. Certamente os dons de Jay estavam despertando e nem ele, seus amigos ou os DECOEs, faziam ideia do que era. O comandante não riu e sim, sentiu receio do que estava prá nascer.

O carro parou. A porta de trás da van se abriu e os jovens notaram que o dia havia amanhecido, então a luz forte do sol deixou eles um pouco ofuscados. Todos cobririam seus rostos e então seus olhos se adaptaram com a claridade.

– Vamos meus caros Evoluídos, hora de conhecer seu novo lar. - Um oficial disse saindo do veículo e puxando Crystal com certa brutalidade.

Então cada jovem foi puxado para fora por um DECOE.

Ao saírem eles avistaram o que parecia ser um tipo de internato ou um colégio interno. Um local que por fora era bem vistoso todo feito de material antigo, um tanto rústico. Na lateral direita podia se ver uma enorme mata fechada e um tanto mal cuidada... Tanto que plantas recobriam toda a estrutura do prédio na lateral direita. O lado esquerdo tinha um extenso gramado que podia se ver depois dele uma espécie de auditório, era vísivel também que o auditório não era uma parte separada do prédio, mas sim era uma parte distante. Eles notaram que em pontos estratégicos haviam torres de vigília e em cada uma havia pelo menos 3 guardas. Podia se ver que a parte frontal do prédio tinha uns 4 andares. O que estava atrás do prédio não se conseguia verificar. Ao olharem para a estrada, notaram que para entrar em Alkalia qualquer um precisava atravessar um grande portão. Era visível que o muro grandioso rodeava toda a estrutura de Alkalia, inclusive o auditório. Eles realmente se viram numa fortaleza.

– Podem ver bem, por que acho que demoraram a ver esse local, o céu ou até mesmo essa van novamente. Agora vamos, vocês tem que passar por uma rotina de exames e finalmente conhecer sua "vizinhança". - e ri mandando dando sinal para que todos eles fossem levados até o hall de entrada.

Atravessaram a porta principal que era de vidro, finalmente algo que não fosse de metal ou de um material bruto e bem revestido. Esperando por eles, estavam 4 pessoas vestidas com um jaleco branco. Duas mulheres, um homem e um senhor que parecia ser o líder dos outros 3.

– Evoluídos, vos apresento nossa equipe médica, não é toda a equipe, mas nosso principal médico está aqui. Dr. Edward Garner.

– Precisa parar com isso, Comandante Trevisk. - o médico sorriu e o comprimentou com euforia.

Os jovens se olharam receosos. Dianne por outro lado, agora mais desperta, ouviu o nome daquele no qual um dia ela gostaria de bater até estourá-lo. Comandante Trevisk, ela pensou.

O médico falou coisas ao comandante no ouvido. Então como não ouviria nada, Logan decidiu olhar ao redor... Viu que pregadas ao teto haviam placas indicatórias. Ele conseguiu ler uma, onde dizia "Sala de Primeiras Verificações", deduziu que eles teriam que passar por essa tal sala. O primeiro andar era até um local bonito, várias pessoas passavam de uma lado pro outro, geralmente médicos ou oficiais. Os Decom's sempre armados e os médicos do local, portando prontuários, pastas ou fichários de cada Evoluído instalado ali.

– Bem, eu me despeço de vocês. Estão em ótimas mãos agora... Cuide bem deles, Dr. - e dando uma ultima olhada em cada jovem, o comandante e sua corja de oficiais Decom saíram dali e pegaram o elevador. Dianne manteve seus olhos fixos até aparecer o número 4 no elevador.

– Quarto andar... - ela disse em um tom baixo.

– Vamos pessoal, eles precisam passar pela Sala de Primeiras Verificações. Aonde faremos exames, coletaremos amostras de DNA e injetaremos os chips de controle.

– Chips de controle? - Logan questinou... Porém, recebendo um olhar congelante de cada médico ele resolveu se calar.

Após uma hora na Sala de Primeiras Verificações, recebendo várias agulhadas e tendo que enfrentar coletas de sangue e DNA, eles estavam um tanto exaustos. A escolta foi os levando ainda no primeiro andar até um corredor onde não havia salas. Não havia janelas e sim duas grandes paredes e um teto fechado.

– Espera, não é um auditório o que havia no lado esquerdo e sim nossos dormitórios? E estamos indo prá lá? - Dianne falou, olhando para um dos oficiais.

– Auditório? - o cara riu.

– Qual o motivo da graça? – Ela questiona enquanto se aproximavam de uma grande porta, que era cercada por 4 guardas.

– É que vários mutantes tiveram conclusões diferentes sobre o que seria aqui, mas auditório é novidade.

– Que se dane... É ou não é, nossos dormitórios? - Dianne continuou.

Os outros amigos olharam para trás e riram da amiga, que como sempre era um poço de coragem. Até que o policial que escoltava Raphael disse.

– Vejam com seus próprios olhos... Abra. - ordenou a um dos Decom's para que abrisse a porta. A mesma era aberta com sensor de digitais.

Todos esse fatos não passaram imperceptíveis pelos olhos dos jovens. A porta foi se abrindo e eles enxergaram cerca de 120 jovens os fitando... Eles foram induzidos a entrar e então as portas se fecharam atrás deles.

Nenhum deles fitou o que havia atrás dos jovens que impediam a visão dos locais dentro do dormitório. Talvez haveria um refeitório ali, salas de recreação, bem isso vinha do imaginário de cada um.

Sendo secados por cada jovem lá dentro os 6 amigos, previam a morte ou talvez a um preconceito maior do que o que vinha dos Decom's, ou do mundo.

– Oi?! - Crystal disse meio receosa, levantando uma das mãos...

– Crystal?!! - Dianne repreendeu.

– O que? Alguém tinha que falar... - Porém, ela não conseguiu terminar a frase.

Pois, ficou surpresa quando notou que todos ali se prostraram para eles. O espanto foi geral, cada jovem se entre olhou estranhando totalmente. Ellen balançava a cabeça inconformada. Raphael e Jay fizeram cara de estranhamento, Logan ficou de boca aberta. Crystal arregalou os olhos, já Dianne depois de alguns segundos até que gostou e fez uma cara de prazer. Todos de joelhos prá recebê-los. Seria um privilégio? Ou algo arquitetado?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews?

E então, porque será que os moradores de Alkalia se prostraram diante dos 6 amigos? E qual será a habilidade do Jason? #AlguémChutaAlgumPalpite?

Até o próximo :*



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