Infiltrado Na Máfia escrita por TamY


Capítulo 2
A Primeira vista


Notas iniciais do capítulo

Olá...
Como estão? espero que bem!
Fic movida a comentario... então se querem logo o proximo capitulo, comente,mas comentem muito... as leitoras fantasmas não fiquem acanhadas e apareçam!
espero que gostem de mais esse capitulo... e deixo meu muito Obrigado as meninas que ja comentaram! Vocês são demais!
Boa Leitura!!



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===== Italia ===== Paulina Narrando =======

– Terá um segurança 24 horas com você! Papai disse me olhando seriamente, parecia irritado por alguma coisa,ultimamente ele estava sempre assim desde que mamãe morreu.

– Não preciso de um segurança... acho que aqui, nessa fortaleza estamos seguros o suficientes! Argumentei ignorando seu semblante serio. – e eu assim! Disse olhando para minha cadeira. – não ofereceria ameaça a ninguém! Disse usando a lógica, - porque iriam querer matar uma aleijada?

– simplesmente pelo fato de você ser minha filha! Respondeu me encarando. -preciso de alguém que cuide de você! Disse enquanto andava de um lado a outro. – tenho que me concentrar nos próximos meses e não posso ficar preocupado se você esta comendo ou se sai desse maldito quarto! Dizia em tom ríspido enquanto caminhava pelo cômodo sem me olhar.

– Acho que você quis dizer que terei uma Babá então... e não um segurança! Provoquei irônica.

– SE QUER CHAMA-LO ASSIM... POIS QUE CHAME! Explodiu me olhando seriamente. – Não vim aqui perguntar sua opinião ou discutirmos sobre o assunto, isso já esta decidido! Disse baixando seu tom e me olhando com os braços cruzados em forma irritada. –Terá um segurança!

– então porque veio aqui se não posso dizer minha opinião? Perguntei com a voz embargada pelo nó que apertava minha garganta.

– Maldição...esse Assunto esta Terminado! Disse me olhando com irritação que cheguei ate a me encolher um pouco sobre seu olhar severo. – Preciso voltar para meus assuntos de verdade! Disse seguindo ate a porta com passos largos.

– Quem o senhor vai executar hoje para conseguir o que deseja? Perguntei atrevida enquanto secava as lagrimas que molhavam meu rosto.

– quem for necessário para achar o assassino de sua mãe! Disse em tom quase mortal enquanto me olhava.

pensei que tinha chegado longe demais dessa vez... mas ele apenas saiu pela porta a batendo com força ao sair...

Fiquei ali, parada, olhando a porta fechada sem realmente vê-la... minha vontade era gritar, mas apenas chorei em silencio, era o que me restava, chorar... porque não tinha escolha, não tinha voz, era apenas uma marionete nas mãos do todo poderoso Erico Martinez... um homem que era para ser meu pai, que devia cuidar de mim agora que precisava mais que nunca de sua presença... mas estava obcecado por vingar-se dos homens que mataram minha mãe.

Não o culpava por querer achar os assassinos da mamãe, eu também queria saber quem são, queria vê-los pagar... mas não assim, não era como papai queria, não queria fazer vingança com minhas próprias mãos, talvez por isso não fosse uma de suas filhas favoritas.

–----- Flash Back --------

– Vamos La minha filha! Pedia papai incentivando eu e Paola a Atirar nos alvos a nossa frente.

– Não posso atirar neles! Disse olhando a arma prateada em minhas mãos. – não consigo! Disse o olhando com lagrimas nos olhos.

– Você tem de matá-lo... são só coelhos! Disse apontando para a bolinha branca a nossa frente.

– Não me fizeram nada! Argumentei enquanto tentava controlar minha respiração e acalmar meu coração que batia veloz em meu peito arrancando todo ar de meus pulmões.

– Aprenda uma coisa Paulina! Disse me olhando seriamente. – Não espere que te façam mal para agir... pode não ter a chance de se defender! Completou em tom seco. – Acabe com isso Paola! Disse

Só tive tempo de fechar os olhos e virar o rosto antes de ouvir o sol alto da arma disparando... uma, dua, três vezes e então para os inocentes coelhinhos acabou ali... me senti mal, muito mal... nunca poderia ser como o papai queria, não poderia tirar a vida de um ser inocente...nem mesmo para me defender...

Enquanto Papai abraçava Paola dizendo Palavras de elogios em seu tom o orgulho era evidente... eu fiquei ali, parada, sentindo o metal gelado da arma em minha mão...e em minha frente as bolinhas brancas já não estavam brancas assim... e em seus olhinhos não existia mais o brilho da vida, Apenas um cinza gelido... e enquanto olhava tudo as lagrimas escorriam por meu rosto embaçando minha visão e sem poder me sustentar mais cai sentada na grama ao lado dos pobres animais...

– Aprenda com sua irmã! Foi a ultima coisa que escutei meu Pai dizer antes de me encontrar sozinha ali.

–-----Fim do Flash Back -------

– Pode me impor suas vontades! Disse a mim mesma enquanto secava as lagrimas que escorriam por meu rosto. –Mas eu aceita-las é completamente diferente! Completei.

=== Dias depois === C.D Narrando. ====

– Vamos Lá mano! Disse Rodrigo com diversão enquanto me cutucava. – abre essa cara! Pediu sorrindo.

– Te odeio por me obrigar a isso! Disse irritado.

Por dias, neguei, por dias consegui me manter firme aos “pedidos” de Rodrigo... mas ele sabia como ser insistente, sabia como me chantagear e acabou me persuadindo a aceitar, era isso ou agüentá-lo pelo resto de minha vida com suas acusações de que eu o devia e o deixei na mão quando mais precisou de minha ajuda. Eu havia prometido a mim mesmo que nunca mais trabalharia para o FBI depois de tudo que aconteceu...

– Não estou vendo nenhuma algema em seus pulsos ou uma arma em sua cabeça! Debochou. – Você esta aqui por sua livre e espontânea vontade!

– Não vamos discutir sobre isso agora! Disse irritado. – Vamos logo antes que eu desista e nem entre nesse avião! Disse seguindo em frente e o deixando para trás.

– veja pelo lado bom... você nunca foi a Itália! Disse sorrindo enquanto corria para me acompanhar.

Suspirei cansado enquanto seguia pelos portões de embarque do aeroporto... dentro de longas horas estaria frente a frente do homem mais poderoso de toda Itália e me apresentaria como babá de sua filha... isso era humilhante... não conseguia imaginar como essa garota seria, provavelmente uma menina rica e mimada que só me daria trabalho, bufei ao me imaginar tomando conta de uma pirralha cheia de vontades...

– Vai passar a viagem inteira sem falar nada? Me questionou sentado a meu lado.

– o que quer que eu diga? Perguntei revirando os olhos.

Rodrigo não conseguia fica calado por muito tempo... e já imaginava que ele passaria a viagem inteira tagarelando sobre coisas que eu não tinha o menor interesse de saber...

– Não sei... qualquer coisa... que esta ansioso por conhecer a Itália! Sugeriu sorrindo.

– Por que não estaria? É a Itália afinal de contas! Perguntei em um suspiro enquanto pegava meus fones de ouvido na mochila e os colocava.

– porque a Itália pode se transformar em nosso tumulo se algo der errado! Ele disse pensativo...

– Você demeria pensar mais em sua esposa e filho antes de se arriscar dessa forma! Disse seriamente.

Ele tentou me dizer alguma coisa, mas não pude ouvi-lo e apenas fiz um gesto de que não estava o escutando... o cara a seu lado que se virasse com a falazada de Rodrigo...

Algumas longas horas depois já estávamos desembarcando em sua Capital, Roma... tinha que admitir era um lugar maravilhoso... e enquanto seguíamos de taxi ate a mansão do senhor Erico pude ver muito rapidamente a basílica de são Pedro... nosso destino era o Município III ... exatamente, Roma era dividida em Municípios e os municípios por sua vez eram divididos em bairros... tinha que comprar um mapa ou acabaria me perdendo por aqui e meu italiano não era dos melhores...

– estamos chegando! Rodrigo disse se mexendo desconfortável no banco do Taxi e me lançando um rápido olhar, parecia tenso, preocupado...

Não disse nada, não tinha o que dizer, agora estávamos em um caminho sem volta... apenas acenei positivamente enquanto avistávamos enormes portões fortemente guardados por homens armados ate os dentes... não pude deixar de lançar a Rodrigo um olhar perplexo, pelo jeito ele andou me escondendo mais algumas coisas...

Não pude deixar de me sentir patético com minha pistola automática muito bem guardada em minha cintura...

– O carro não pode entrar! Ele me informou quando paramos em frente ao enorme portão de aço. – aqui ficamos! Disse enquanto pagava ao taxista pela corrida e descia... apenas segui seu exemplo sem questioná-lo... estávamos sendo vigiados pelos homens desse Erico e todo cuidado era pouco. Não podíamos dar nenhum passo em falso, estávamos no território de Erico e ele provavelmente não nos deixaria vivos para contar a historia.

– Senhor Rodrigo! Um dos seguranças se aproximou de nos sorrindo enquanto cumprimentava Rodrigo como velhos amigos.

–Salve Luca!! Rodrigo disse lhe cumprimentando de volta. – Erico esta? Perguntou sorrindo, parecia que todo sua tensão de agora a pouco se foi junto com o Taxi.

– Sim... sabe que Erico não é muito de sair! Disse sorrindo. – ainda mais como as coisas andam! Disse de forma vaga, mas pelo olhar que trocaram sei que ambos sabiam muito bem a que Luca se referia e eu podia ter uma idéia a que se referia.

– Ah... esse aqui é o Carlos Daniel... apresentou-me. - a Babá da filha do senhor Erico! Disse Rodrigo divertido, minha vontade foi arrancar o sorriso de seu rosto, mas me controlei e o olhei com cara de poucos amigos.

– é bom conhecê-lo, Carlos Daniel ! Luca me cumprimentou sorrindo. – Você vai odiar esse trabalho! Disse rindo seguido por Rodrigo. – e espero que seja bom no que faz! Advertiu.

– porque diz isso Luca? Perguntou Rodrigo confuso.

– desde que saiu de viagem a mansão foi invadida por duas vezes! Explicou de forma tensa. –por sorte conseguimos pega-los antes que ferisse alguém!

Agora entendia o que Luca quis dizer com o porque odiaria o trabalho... mas tive uma leve impressão de que esse não seria o único motivo para odiar esse trabalho.... Não tive muito tempo para me questionar o que eles queriam dizer com isso porque logo tivemos que seguir ate a enorme mansão cercada por um jardim de tirar o fôlego.

****** Paulina narrando *******

Filomena tentava me convencer a me trocar para receber ao meu segurança... me perguntava para que? Porque teria que causar boa impressão, era apenas mais um segurança que eu não pedi e nem queria.

– Não Filomena! Disse já irritada com suas insistências. – Não vou me arrumar para recebê-lo! Rebati a seus inúmeros apelos.

– Mas minha filha... seu pai não vai gosta de vê-la vestida assim, ele pediu que se arrumasse porque logo o moço estaria aqui! Insistiu mais uma vez.

– Chega, Filo... já disse que não quero me trocar, agora vá e me deixe sozinha ! disse em tom ríspido, nunca falei assim com Filomena antes, e pelo seu olhar de espanto senti que a magoei a tratando dessa forma, mas depois me desculparia com ela, agora tudo que queria era uma forma de me livrar desse segurança.

– bom... depois não reclame! Disse me olhando seriamente e já ia seguindo ate a porta quando Marci, uma empregada baixinha de longos cabelos castanhos entrou no quarto como um raio.

– isso são modos? Marci! Filo perguntou a ela, mas ela resolveu ignorar o tom irritado de Filomena e nos olhou com olhos preto como jabuticaba brilhando... ela tinha uma fofoca quentinha a nos contar podíamos saber apenas pelo brilho em seu olhar.

– Desculpe dona Filo... mas é que... dizia quase dando pulinhos de alegria.

– Mas nada! Disse Filomena a olhando seriamente. – deixa de fazer fofoca e vamos voltar ao trabalho!

– Mas não é uma fofoca! Defendeu-se nos olhando tristonha.- só vim avisar a senhorita Paulina que seu segurança já chegou e esta La embaixo conversando com o seu pai! Disse animada.

Senti meu estomago aperta, papai não vai reconsiderar... como pude ter um pingo de esperança se quer de que ele poderia voltar atrás... Já devia saber, Erico Martinez Ferrer não volta atrás em sua Palavra.

– Me deixe sozinha! Pedi as duas encerrando o assunto.

– mas... ela tentou dizer mais alguma coisa, mas filo praticamente a arrastou para fora do quarto.

Quando finalmente me encontrei sozinha em meu quarto segui com um pouco de dificuldade empurrando a cadeira ate a enorme varanda de costas para a porta... me recusava a receber quem quer que fosse esse segurança, me recusava a fazer a vontade de papai...

==== CD Narrando =====

– Senhor Erico é um prazer finalmente conhecê-lo! Disse enquanto apertava sua mão e lhe olhava seriamente.

– é bom conhecê-lo também... senhor... dizia ele enquanto tomava seu lugar no sofá e fazia gesto para que eu me sentasse também.

– Carlos Daniel! Disse lhe oferecendo um meio sorriso enquanto tomava meu lugar ao lado de Rodrigo.

– ah sim... Carlos Daniel... bom, espero que o Rodrigo tenha lhe explicado bem quais serão suas funções como segurança de minha filha! Eu apenas acenei positivamente com um gesto de cabeça confirmando já saber que ali, naquela mansão, não passava de um babá de uma menina mimada e nada além disso.

– sim senhor... O Rodrigo me explicou! Disse o observando.

– Bom... serão turnos bem puxados e o senhor terá de ser a sombra dela,por assim dizer... disse ele em tom divertido. – e já vou lhe advertindo que minha filha não tem sido fácil de lidar nos últimos meses então peço que tenha um pouco mais de paciência!

– Não se preocupe senhor Martinez! Disse seriamente enquanto observava o movimento de homens, provavelmente seus comparsas e empregadas que subiam e desciam as enormes escadas limpando tudo cuidadosamente.

– bom, então vamos La encima... vou lhe apresentar minha filha! Disse sorrindo enquanto já seguia rumo a grande escadas e seguia ate o andar de cima, eu o acompanhei em silencio, Rodrigo ficou no andar de baixo conversando com um homem que eu não conhecia e nem ao menos fui apresentado,ninguém de grande importância eu supus.

Depois de bater em uma enorme porta branca e não obter resposta alguma o senhor Erico entrou...

– Filha! Chamou.

– Vá embora papai, não quero falar com ninguém! O tom áspero na voz não combinava com a doçura daquela voz.

– Pode entrar Carlos Daniel! O senhor Erico disse ignorando o pedido da filha.

Entrei e fiquei parado perto da porta... e por um instante senti vontade de matar Rodrigo por mais esse pequeno detalhe que me escondeu, ao chegar aqui pensei que encontraria uma criança... e essa moça estava longe de ser uma criança e Rodrigo me escondeu esse detalhe de propósito, mas ele me pagaria quando tivesse a oportunidade... a minha frente o senhor Erico permanecia olhando com irritação para a filha que permanecia sentada em uma cadeira de rodas de costas para nos.

– Porque não se vira para conhecer seu segurança? Perguntou tentando se manter em controle.

– Minha babá o senhor quis dizer?ela perguntou sem se mover.

Pude notar que ela não estava nenhum pouco contente com minha presença ali, bom, pelo menos concordávamos em alguma coisa, ela não me queria aqui e eu não queria estar aqui... ela estava tentando tirar o pai do serio, bom, faltava pouco para conseguir que seu pai saísse do serio...

– Pode chamá-lo como quiser, mas vire-se... agora! Pediu irritado enquanto se aproximava das costas da filha.

O senhor Erico bem que tentou vira-la, mas antes que pudesse virar a cadeira de rodas, ela acionou os freios da cadeira impedindo sua ação.

– se é assim que quer! Disse o senhor Erico irritado. – Carlos Daniel... o senhor não vai arredar o pé daqui... acho que um segurança apenas na porta não é o suficiente, afinal o perigo pode estar aqui dentro.

– O senhor não ousaria fazer isso! Ela disse em tom incrédulo.

Eu não disse nada apesar de minha vontade... a filha o irritava e eu era o castigado... com a saída do senhor Erico ficamos sozinhos, não me preocupei em tentar conversar ou qualquer tipo de aproximação. Apenas permaneci em silencio em minha posição.

Enquanto permanecíamos em completo silencio aproveitei para estudar aquele ambiente. Uma decoração bem feminina...o quarto era todo em tons pasteis, uma enorme cama de casal em docel com lençóis de ceda... algumas esculturas e quadros de paisagens em algumas paredes um closet e uma enorme porta marrom que supus ser o banheiro.

– vai ficar parado ai o dia todo? Finalmente ela perguntou parecendo revoltada.

– Ordens, são ordens! Respondi procurando ser neutro em meu tom e não demonstrar minha irritação com meu novo trabalho, como me recomendou Rodrigo eu tinha que parecer satisfeito.

– pois então ordeno que saia do meu quarto! Disse em tom autoritário. – Agora!

– Não recebo ordens da senhorita! Disse a olhando ainda de costas para mim.

A curiosidade de ver quem se escondia ali me incomodava... e sua voz me dava uma sensação estranha... não sei, mas me passava tranqüilidade e sentia que poderia passar a noite inteira apenas a ouvindo.

–imaginei que não! Disse suspirando cansada enquanto destravava a cadeira e com um pouco de dificuldades virava a cadeira. – porque não... ela dizia, mas parou no meio da frase ao me olhar.

Nossos olhares se cruzaram e uma corrente elétrica percorreu meu corpo ao encontrar o olhar daquela moça, olhos verdes triste, mas extremamente inteligentes me olhava com surpresa. Provavelmente eu não era o que ela esperava... bom, lamento decepcionar as pessoas mas eu era o que ela teria naquele momento...

E tinha que admitir, ela poderia ate esta decepcionada, mas eu não me sentia assim...


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
amor a primeira vista? siim ou com certeza?
comentem, favoritem, compartilhem...
beijos e boa noite!
TamY