Infiltrado Na Máfia escrita por TamY


Capítulo 12
"Filhas"/Viagem


Notas iniciais do capítulo

Olá!!
Como estão? curtindo o feriado?
bom, espero que gostem do capitulo porque a partir de agora as coisas entre o casal começa a esquentar! ;) se é que me entendem!
Boa leitura e não esqueçam de comentar!



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– Vão Matá-la!

Senti todo meu sangue gelar... Rodrigo rapidamente me puxou pelo braço para que saíssemos dali e não corrêssemos nenhum risco de que alguém nos ouvisse, eu mal conseguia ver para onde íamos, sentia o martelar do meu coração em meus ouvidos e a única coisa que se passava por minha mente naquele momento era o eco da voz de Rodrigo.

”Vão Matá-la!”.

”Vão Matá-la!”.

”Vão Matá-la!”.

E isso se repetia sem parar em minha mente como um eco de sua voz, me torturando, me enchendo de medo, do mesmo medo que enfrentei há alguns anos quando perdi angélica...

– Carlos Daniel? Rodrigo me chamou tentando ganhar minha atenção. – você esta bem? Perguntou me olhando com preocupação.

– estou! Disse balançando a cabeça tentando manter minha mente onde ela devia estar e não em algo que se quer tinha acontecido, agora, mais que tudo tinha que arrumar uma maneira de protegê-la de quem quer que fosse.

– eu não queria dar essa noticia dessa forma, mas você não me deu outra opção! Disse Rodrigo enquanto caminhava pelo quarto em busca de seu computador

Confesso que me senti um pouco irritado, o que por deus ele faria agora naquele computador? Questionava-me quando ele sentou-se na cama fazendo sinal para que me aproximasse.

– tenho uma gravação das escutas que espalhei pela mansão... O Senhor Erico planeja matar a senhorita Martins! Explicou enquanto buscava pelo áudio no computador.

– você tem escutas pela casa? Perguntei desacreditando. – e se alguém encontrar? Perguntei alarmado.

– não se preocupe! Disse em tom tranqüilizador. – estão muito bem escondidas, acho que nem mesmo eu sou capaz de encontrá-las novamente!

– certo! Disse ansioso por ouvir esse áudio.

Depois de alguns minutos eu e Rodrigo ouvíamos o áudio onde o senhor Erico sugeria a morte da própria filha... Sentia tanto ódio por aquele homem, acho que se encontrasse com o senhor Erico por esses corredores seria capaz de matá-lo com minhas próprias mãos.

–como ele pode fazer isso com a própria filha? Perguntava-me enquanto andava de um lado a outro pelo quarto tentando de alguma forma extravasar toda raiva que sentia naquele momento.

– Existe mais uma coisa que você não sabe! Disse Rodrigo enquanto me olhava ainda sentado na cama. E por seu olhar pude ver que o assunto era muito serio. – e creio eu que a senhorita Martins também não saiba de nada! Completou.

– o que? Perguntei parando em sua frente e o olhando com ansiedade.

– A senhorita Paulina e sua irmã não são filhas do senhor Erico!

Fiquei aturdido, como assim? Elas não eram filhas do senhor Erico? Isso sim era uma noite de descobertas...

– pelo que me parece somente a senhora Paola sabe não ser filha do senhor Erico! Disse Rodrigo enquanto me observava. – ela descobriu um pouco antes da mãe morrer... Dizia Rodrigo, mas o interrompi rapidamente.

– quando o senhor Erico descobriu que as filhas não eram suas? Perguntei quando algo me passou pela cabeça.

– desde sempre! Disse Rodrigo me olhando. – eu também cheguei a pensar que o senhor Erico poderia ser o mandante da morte da esposa por descobrir a traição, mas ele já sabia!

Fiquei em silencio por algum tempo tentando digerir essas informações.

– mas porque somente agora? Perguntei a Rodrigo pensativo.

– a senhorita Paulina talvez possa ser a vingança que o senhor Erico busca! Explicou.

– vingança? Perguntei tentando seguir os pensamentos de Rodrigo. – por quê? O que ela tem a ver com tudo isso? Perguntei ainda mais confuso.

– ainda não sei... Dizia enquanto fechava o notebook o colocando sobre a cama. – mas penso que talvez a resposta para tudo esteja no pai biológico das “Filhas” do senhor Erico! Disse seriamente.

– e você já sabe quem é esse sujeito? Perguntei de mau gosto.

– Não, ainda não sei quem é! Disse em tom cansado. – mas tenho que descobrir antes que seja tarde demais para a filha dele! Completou me olhando.

Caímos em silencio... Ambos pensativos...

– o que faremos? Perguntei o olhando em busca de ajuda. – como poderemos protegê-la? Perguntei angustiado.

Rodrigo demorou a responder a meu pedido de ajuda não dito, mas quando me olhou vi o vestígio de um sorriso em seus lábios, ele tinha uma idéia e não pude deixar de sorrir com a perspectiva de que talvez tudo poderia terminar bem no final.

– ainda vão viajar para as montanhas? Ele me perguntou com a sugestão de um sorriso no rosto.

– como sabe? Perguntei o olhando com a testa franzida, não me lembro de ter mencionado a ele sobre isso.

– disse que tinha escutas pela casa! Disse dando de ombros.

– tem escuta no quarto da senhorita Martins? Perguntei seriamente irritado.

– e então? Perguntou desconversando. – ainda vão as montanhas?

– Vamos no final de semana! Disse cansado.

Sabia que mais uma vez seria vencido, era melhor poupar minhas energias para algo que seja proveitoso.

– perfeito! Disse sorrindo enquanto buscava pelo celular. – volte ao quarto da senhorita Martins, você já demorou demais e vão acabar desconfiando de algo! Completou rapidamente enquanto discava uma seqüência de números no aparelho sem me olhar.

Continuei parado o olhando...

– quando tudo estiver arrumado direi a você meu plano! Disse ao me notar parado ali esperando.

– esta bem! Disse sabendo que mais uma vez Rodrigo tinha razão, provavelmente já deram por minha falta e eu tinha que voltar ao meu posto,

Com cuidado sai do quarto de Rodrigo e segui ate meu quarto, rapidamente troquei de roupa para ter algo a dizer em desculpa a meu atraso.

Rapidamente segui ate o quarto da senhorita Martins, dona Filomena estava lá com ela e me recebeu com um enorme sorriso quando me saldou retribui a saudação e segui para perto da varanda me colocando ali.

Rapidamente a olhei e ela me olhava com a testa franzida, mas Filomena ainda estava ali então não disse nada...

Notei que de uns dias para cá paulina tem se comportado de forma muito reservada com dona Filó... Talvez o fato dessa senhora esta escondendo coisas dela esteja afastando as duas e essa distancia estava fazendo a senhorita Martins sofrer, podia ver nos seus olhos quando olhava a mulher mais velha.

– O que você tem? Fui desperto dos meus pensamentos assim que ficamos sozinhos no quarto, eu nem ao menos me dei conta.

– Nada! Desconversei tentando manter um tom controlado.

– Não seja mentiroso! Disse seriamente. – pensei que fossemos amigos! Jogou na minha cara me fazendo sentir culpa por não poder contar nada a ela, pelo menos por enquanto tinha que guardar para mim essas descobertas.

Não sei como ela poderia reagir ao descobrir que sua vida ate aqui tem sido uma grande mentira...

– Eu nunca quis sua amizade e você sabe disso! Rebati me sentindo encurralado e não querendo ter de mentir.

Vi seus olhos verdes se abrirem de forma assustada e La estavam ela me olhando cheia de magoa e triste por minha culpa, as lagrimas rapidamente se juntaram em seus olhos derramando por seu rosto e me senti ainda pior do que se tivesse inventado uma mentira.

– desculpa! Pedi abaixando a cabeça e não suportando vê-la chorar por minha causa.

Ela não me respondeu, apenas voltou a se deitar e me deu as costas... Suspirei cansado, eu ultimamente não dava uma dentro, sempre acabávamos brigados de alguma forma.

Talvez devesse explicar a ela o que quis dizer... Mas ela sabe... Pelo menos eu acho que ela não pode ter se esquecido do quanto a quero, talvez eu tenha que lembrar a ela...

Mas agora isso estava fora de cogitação, não poderíamos correr o risco... Mas se me lembro bem à irmã dela e o próprio “Pai” querem que eu a seduza, talvez pudesse me aproveitar desse álibi se fossemos pegos.

Calmamente me aproximei de sua cama e acariciei seus cabelos o no momento que a toquei senti seu corpo enrijecer ao meu toque.

– você me entendeu mal! Disse ignorando sua reação não muito boa a minha aproximação. – eu não quero ser somente seu amigo... Com você eu sempre vou querer mais, nunca poderei ter o suficiente de você para me contentar! Disse e logo fiquei em silencio esperando por alguma resposta, mas ela não disse nada, apenas continuou a me ignorar.

–por favor, Paulina! Pedi me aproximando e tentando ver seu rosto escondido entre as cobertas.

Acho que mesmo com tão pouco tempo já conhecia esse seu lado teimoso para saber que não adiantaria tentar conversar agora, já tinha feito a besteira agora só me restava esperar que ela quisesse falar comigo novamente.

Cansado me levantei e já seguia para minha posição quando a ouvi me chamar.

– vai me contar o que esta acontecendo? Ela perguntou virando-se para poder me olhar.

– Ainda não posso! Disse de forma sincera já me preparando para a distancia que ela imporia ente nos novamente.

– promete que me contara quando puder? Perguntou me olhando seriamente.

– você será a primeira a saber! Disse sorrindo.

Havia momentos em que ela agia como uma adolescente emburrada e logo em seguida era uma mulher madura, compreensível... Adorava isso nela.

– então me perdoa? Perguntei lhe sorrindo de canto.

– Não tenho outra opção mesmo! Disse dando de ombros enquanto se sentava na cama e eu mais que depressa me aproximei sentando-me a beirada de sua cama e pegando suas mãos nas minhas.

– você sempre tem opção... Eu sempre te darei opções e agora mesmo te dou a opção de quando estiver pronta para sermos mais que amigos eu seja o primeiro a saber! Pedi enquanto a olhava de forma intensa nos olhos e pelo tom avermelhado do seu rosto sei que a desconcertei.

– Você devia desisti! Ela sugeriu desviando o olhar. – pode encontrar alguém que possa fazê-lo feliz! Completou

– Já encontrei... Dizia, mas quando estava preste a continuar à senhora Paola entrou no quanto e por seu sorriso vi sua satisfação em me ver de mãos dadas com sua irmã, fazendo exatamente como ela mandou.

Notei paulina alarmada por termos sidos pegos, mas a senhora Paola se fez de cega e não comentou a cena que presenciou.

– Bom dia irmãzinha! Disse em seu tom afetado.

– Bom dia Paola! Disse Paulina a olhando com a cara amarrada.

– dona filo disse que te notou deprimida essa manhã! Comentou a senhora Paola enquanto sentava-se a beira da cama da Irma a olhando com uma preocupação fingida.

– Dona Filo se enganou, não estou nenhum pouco deprimida, não quando sairei de viagem no final de semana! Disse a senhorita Martins em um tom animado.

– então resolveu seguir meus conselhos? Perguntou sorrindo enquanto rapidamente lançava um olhar em minha direção com a surpresa com minha rapidez em conquistar sua irmã.

– Sim... Acho que será muito bom para mim essa viagem! Completou

–Bom, então faça uma boa viagem, vim apenas para me despedir! Disse sorrindo satisfeita com a noticia. – Vou passar o final de semana com o Douglas! Completou em tom animado.

– Vocês não tinham se separado? Paulina perguntou com a testa franzida.

– você sabe como somos... Dizia enquanto soltava uma risada divertida. – Amor e Ódio... Ou algo do tipo! Brincou enquanto seguia ate a porta acenando em despedida.

Paulina ainda permaneceu alguns minutos em silencio parecendo chocada com o jeito despreocupado da irmã.

Quando fiz menção em dizer alguma coisa para continuar a conversa que foi interrompida com a chegada da senhora Paola o senhor Erico apareceu, algo que me surpreendeu porque há dias ele não vinha ver a “Filha”

– Papai! Paulina disse surpresa.

– Sua irmã acaba de me dizer que vai as montanhas no final de semana! Ele disse em tom seco, nem ao menos se aproximou para dar um bom dia mais afetuoso a filha.

E ver a dor no olhar dela me cortou ainda mais o coração...ela o amava, o amava de verdade mesmo tudo isso não passando de uma mentira e mesmo que esse “Homem” a sua frente esteja tramando sua morte, a morte da única pessoa que talvez pudesse amar um homem como ele apesar de todo o mal que já tenha causado...

– é! Disse abaixando a cabeça e olhando para suas mãos agitadas em seu colo. – vou no final de semana, espero que não se importe! Disse lhe direcionando um sorriso.

– Não me importo! Disse em tom gélido. – Faça boa viagem! Disse já indo em direção a Porta.

Ele não poderia ser mais cruel... Permaneci em silencio sem saber o que dizer. A vi afastar uma lagrima e decidi que talvez ela não precisa de minhas palavras nesse momento.

Aproximei-me e sentei-me na beirada de sua cama e sem aviso a puxei para perto e a envolvi em meus braços.

– Carlos Daniel... Ela disse alarmada, mas logo em seguida a senti devolver ao meu gesto. – O - obrigada! A ouvi sussurrar próximo ao meu ouvido.

E em resposta a apertei mais forte demonstrando meu apoio incondicional... Quando nos afastamos ela não mais chorava e um sorriso tímido brincava em seus lábios...

– espero que goste de Patinar na neve! Brinquei quando nos afastamos para aliviar a tensão.

– amo! Ela disse rindo a minha referencia a viagem. – espero que filo possa nos acompanhar! Disse pensativa.

– espero que sim... Disse não muito feliz em adicionar um terceiro a essa viagem.

– depois vou falar com ela... Disse não notando meu descontentamento.

Passei uma semana de tensão... Rodrigo não me dava pista alguma sobre seus planos e eu estava no escuro sobre tudo isso...e minha relação com a Paulina a cada dia estava se tornando mais fraterna do que eu imaginava, não voltamos a nos beijar ou melhor eu não a beijei desde então... Estava respeitando seu tempo, mas se não tomasse uma atitude talvez nunca seriamos mais que amigos e eu a cada dia a olhava com mais e mais amor... Tentava demonstrar o quanto gostava dela, mas ela não me deixava aproximar mais que o necessário e via às vezes em seu olhar que ela estava fugindo de si mesma, por quê? Eu não fazia idéia, mas descobriria e essa viagem seria minha chance de tê-la como eu desejava... Passávamos horas conversando e não importava o assunto... Paulina Falou com dona filo sobre a viagem na quinta feira à noite, mas a senhora não poderia nos acompanhar e eu tive de me conter para não demonstrar minha felicidade, estive a ponto de comemorar a boa noticia.

Paulina pensou em desistir da viagem já que dona Filomena não poderia ir, mas a convenci que essa viagem poderia nos ajudar a deixar a guarda do senhor Erico baixa em relação a ela e assim poderíamos descobrir o que estavam tramando em nossa ausência... Ela acabou concordando comigo, e nossas malas já estavam prontas...

– Não quer se despedir do seu Pai? Perguntei quando a carregava ate o carro que nos aguardava do lado de fora da mansão.

– Não... Bom, já é tarde e ele já deve estar dormindo! Justificou com a voz embargada.

– tem razão...concordei fingindo não notar sua tristeza. – você pode ligar quando chegarmos! Sugeri lhe sorrindo.

–Claro, Vamos então? Ela perguntou forçando um sorriso triste.

Seguimos em silencio ate o carro...imaginei que pelo menos dona filo estaria ali para se despedir de Paulina, mas nem mesmo ela... Não conseguia entender como uma cumplicidade tão grande que tinham poderia desaparecer assim tão rapidamente.

A viagem seria bem longa e pagaríamos um avião Particular e seguiríamos ate Zermatt na Suíça Onde ficaríamos hospedados em hotel de luxo...Apesar de terem uma casa no local, Paulina preferiu ficar em um hotel, a casa era de sua mãe e não traz boas recordações...

Bom, acho que teria muito tempo para convencer Paulina que assim como eu, ela também deseja uma relação muito diferente do que temos agora...e antes mesmo de sairmos do pais eu já comecei a providenciar tudo para que ela não consiga escapar de mim dessa vez... Nessa viagem a tornaria minha.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ?
essa viagem vai render, não é mesmo?
Comentem... quero saber o que esperam desses dois sozinhos em um hotel de luxo nas montanhas da suiça! ;)
Bjus e ate o proximo capitulo...
By: TamY



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