Mutano levo sua cadeira até a sala e ficou esperando lá. Ravena se sentou ao lado dele no sofá. Rita se sentou ao lado de Ravena e não estava com uma cara muito feliz. Eles ficaram em silêncio, esperando. Em pouco tempo o elevador se abriu e Robin saiu de lá com o prefeito e sua esposa. Cyborg se levantou e se postou atrás de Mutano protetoramente. Ravena pegou a mão do namorado e olhou bem para o prefeito. Em seus olhos dizia tudo. Faça alguma coisa errada e eu te mato. Mento se sentou ao lado da esposa e Estelar ficou sobrevoando em torno da sala.

– Mutano, que bom te ver. – o prefeito disse. – Sei que pode parecer errado, mas estou realmente feliz em te ver. Como você estar?

– Estou bem. – ele disse sorrindo. – Ainda sinto um pouco de dor, mas isso é normal.

– Eu queria ter vindo antes, mas não deixaram. – ele olhou para Robin que estava parado ao lado de Mutano. – Eu apenas queria saber como está. E também te falar que eu conversei com James. Eu quero te falar que ele estar tentando fazer com que pegue apenas serviço comunitário, por ser réu primário. Conversei com o pai dele e ele quer vim conversar com você. Eu falei para ele que isso não era uma boa ideia. Que se ele visse aqui, todos os titãs iam ataca-lo. Sei o que você deve estar pensando. E não, não penso que seus amigos são violentos, mas se fosse comigo, eu mesmo o atacaria.

– Eu vou falar com James. – Mutano disse. – Antes do julgamento. Quero saber umas coisas. Quero falar com ele, cara a cara antes do julgamento, antes do circo todo.

– Não acho...

– Eu não quero saber o que você acha ou não. – ele o interrompeu. – Eu não fiz nada para merecer isso. E aquelas pessoas... Eu não ligo para o fato de estar em uma cadeira de rodas, ou que posso ficar aqui para sempre. O que realmente me incomoda é que se eu não estivesse lá, eles teriam morrido. Como um animal com a pele blindada quase morri. E pessoas normais? Eles teriam morrido mesmo sem mesmo terem a chance de serem socorridos. Quero falar com ele, e vou.

– Tem certeza?

– Sim. E não tente me convencer ao contrário. Ravena já tentou, mas não conseguiu. E vou te dizer uma coisa, se ela não consegue uma coisa. Ninguém mais consegue.

– Se é isso que você quer, vou preparar tudo...

– Não. – Robin disse. – Se Mutano vai para a prisão falar com aquele ser, eu vou arrumar tudo. Não que ache que você vai fazer alguma coisa para prejudicar Mutano. Mas somos herói e todo cuidado é pouco. Ravena vai estar a todo momento com ele. E nada vai fazer com que eu mude de ideia. Mutano quer ver ele e vai. Mas sobre minhas ordens. E do jeito que achar melhor.

– Ele não queria matar Mutano. – o prefeito disso.

– Muitas pessoas não querem matar, e acabam matando. – Mutano disso. – Mas se realmente quer saber, se eles não queriam matar, não beberiam e pegavam um carro. Se sabem que vão beber, não vão de carro. E se for peguem carona com alguém. ou deixem o carro lá e voltem de táxi.

– Tudo bem.

Ele ficaram conversando mais um pouco. Ravena estava ficando cansada daquilo. O prefeito queria que Mutano aparecesse em uma coletiva ao lado dele. Mas não era hora para isso. Mutano disse que apenas quando Cyborg decidisse que estava na hora que ele faria isso. Ele não via necessidade de parecer em uma cadeira de roda. Não via necessidade de todos o verem assim e sentirem pena dele. Quando o prefeito foi embora, a empata ficou tão feliz que até beijou o noivo pela primeira vez na frente dos amigos.

– Eu juro que se ele falasse mais uma vez sobre como todos estão preocupados com Mutano e que devemos fazer uma coletiva, eu o mandava para outra dimensão.

– Eu acho que ele está certo. – Mutano disse fazendo com que todos olhassem para ele. – Não dá entrevista, mas quem sabe um vídeo. Posso falar daqui mesmo com meus fãs. Falar que estou bem, que estou me recuperando bem, esse tipo de coisa.

– Eu acho uma boa ideia. – Robin disse pensativo. - Assim os fãs não ficam mais tão preocupados com ele.

– Eu vou pega a câmera. – Cyborg disse saindo da sala correndo.

– Estou orgulhoso de você. – Mento disse. – Está mais maduro e responsável.

– A culpa é da Rae. Ele que fez isso comigo.

– Por isso que eu sempre gostei dessa garota. – Rita disse rindo.

– Pronto, verdinho. – Cyborg disse colocando a câmera na frente dele.

– Antes de começamos temos que ver o que você vai falar. – Robin disse. – Não pode dizer qualquer coisa.

– Não, cara. É melhor que seja na hora. – Mutano disse. – Se lembra da última vez que você tentou fazer que eu falasse qualquer, saiu tudo errado? Eu posso falar por mim mesmo. Apenas vou falar que estou bem e que não precisam se preocupar comigo.

– Ele tem razão. – Ravena disse. – Acredita que ainda me surpreendo quando essa palavras saem da minha boca? Mas, como estava dizendo. Mutano pode falar por si só.

– Tudo bem. Mas acho que todos demos aparecer.

Cyborg sorriu e arrumou a câmera de modo que desse para saírem todos. Mutano estava no meio. Ravena estava atrás dele com as mãos em seus ombros. Estelar estava a esquerda, Robin e Cyborg a direita.

– Pronto. Pode falar. – Cyborg disse.

– Oi. Aqui é Robin, dos titãs. Como muitos de você pediram e perguntaram. Mutano está bem e está aqui para falar algumas coisas com vocês.

– Oi, pessoal. Aqui é o Mutano. – ele começou com seu sorriso costumeiro. –Quero agradecer a todos que tem rezado por mim e que estão preocupados comigo. Eu sei que dei um susto e tanto, mas quero que saibam que também levei um. Quero também agradecer a todos os presentes que me deram. Bom, eu estou bem. Me recuperando o melhor que posso. Eu não posso falar muito sobre meu estado de saúde, isso é com o Cyb, ele que está cuidando de mim. Quero que saibam que estou feliz pelas mensagens que vocês estão me mandando e que eu grado todas elas. Um beijo. E logo estou por ai novamente. Alguém quer falar alguma coisa? - perguntou olhando para os amigos.

– Eu. – Cyborg disse sorrindo para a câmera. – Ele está bem e fora de perigo. A recuperação tem sido boa, estamos fazendo de tudo para que ele volte para a luta contra o crime o mais rápido possível.

– Corta. – Robin disse. – Ficou bom.

– Vou mandar para todos os canais. – Cyborg disse pegando a câmera.

– Certo. Eu vou para o quarto. Quero deitar um pouco. – Mutano disse levando a cadeira em direção a porta.

Ravena nada disse, mas foi flutuando atrás dele.