Ravena rolou os olhos e foi atrás dos dois. Mutano e Cyborg fizeram uma curva e o metamorfo quase caiu da cadeira, mas mesmo assim ele continuou sorrindo. Eles chegaram na sala e Cyborg o levou para a cozinha. Ravena passou por eles e foi para a cozinha. Ela começou a preparar a comida do noivo. Mutano sorriu para ela e piscou. Ele ainda não acreditava que ela iria cozinhar para ela. Ele nunca pensou que ela pudesse cozinha alguma coisa, principalmente tofu. Ele sorriu para ela e levou a cadeira até onde ela estava e passou os braços na cintura dela. Ela olhou para ele e deu um pequeno sorriso. Depois voltou para o que estava fazendo.

– Eu tenho certeza que o verdinho deve estar se sentindo mal. – Cyborg disse.

– Por quê? – Estelar perguntou.

– Porque a Ravena está cozinhando para ele. – ele disse rindo.

– Minha noiva cozinha muito bem. – Mutano disse olhando para o amigo. – Você que nunca comeu a comida dela, depois que ela aprendeu a cozinha.

– Ela cozinha assim tão bem agora? – Robin perguntou curioso.

– Sim. – ele disse sorrindo. – Apesar que ás vezes ela deixa queimar um pouquinho.

– Você quer vim fazer? – Ravena perguntou olhando para ele.

– Não, amor. Eu não acho ruim. – ele disse beijando as costas dela. – Eu amo sua comida.

– Bom mesmo. Por que é ela que vai comer no resto de sua vida. – ela disse rindo.

Cyborg apenas balançava a cabeça.

– Você vai ser o capacho da Ravena pelo resto da vida, Mutano.

– Eu pelo menos tenho alguém para me fazer de capacho. E esse alguém encontrei por mim só, não pelo meu melhor amigo que está em uma cadeira de rodas e precisa de fisioterapia. – ele disse sorrindo. – Ou você acha que eu não vi, você e minha medica flertando? Você só faltava baba e ela estava tão vermelha, que parecia um pimentão. O que você fala para ela ficar daquele jeito?

Cyborg nada disse. Apenas abria a boca e fechava. Ele não sabia que tinha dado tanto na pinta. Ele não sabia como Mutano sabia, então decidiu ficar quieto.

– Não vai responder, Cyborg? – Ravena perguntou se virando para ele. – Assim vou acreditar no que Mutano diz. Será que você está mesmo caidinho pela medica dele?

– Até você, Ravena?

– Quem manda falar mal da minha comida?

Mutano riu e mostrou a língua para o amigo, enquanto olhava para o que a namorada estava fazendo. Os outros os olhavam de longe. Para eles isso era uma coisa nova. Sempre que estavam no mesmo cômodo, os eles brigavam ou sentavam ao lado um do outro, sem falar nada. Não agiam como um casal na frete dos outros, mas agora que todos sabiam eles não viam motivos para continuarem daquele jeito. Estelar estava feliz pelos amigos, mas se sentia triste por não poder ter essa felicidade. Ela ainda amava Robin, mas ele estava mais do que decidido que eles não podem mais volta. Ela chegou a penar que ela tem outra, mas nunca o viu com ninguém.

– Então, quando Clarie vai vim para a próxima seção? – Mutano perguntou olhando para Cyborg.

– Terça. – ele respondeu olhando para o amigo sem graça.

– Que horas?

– As sete.

– Qual é? Pensei que ia poder dormi até mais tarde. Todo dia acordo cedo. Isso é tão injusto. – ele disse se afastando da namorada para ela ter mais espaço para se movimentar com a panela quente.

Mutano foi para a mesa e arrumou sua cadeira ali. Estelar pegou o prato, o garfo e os levou para a mesa, colocando na frente do amigo. Ravena colocou a comida dele e se sentou ao lado dele. Ravena comeu junto com ele. Apesar de preferia carne, ela comida tofu com o namorado ás vezes. Cyborg fez carne para os outros que se sentaram na mesa. Eles comeram conversando animados. Mutano não falava muito, na verdade, ele estava longe. Ele estava feliz em estar com a família. Ele tinha uma segunda chance. Ravena estava ao lado dele, assim como a família dele. Ele estava feliz por seus amigos estarem com ele. Ele está com quem ele ama, e quem ama ele. Ravena olhou para ele e pegou a mão dele. Ele a olhou e sorriu. Ele sabia que Ravena sempre o ajudaria e sempre que ela sentisse que ele estivesse mal, estaria ao lado dele.

– Verdinho, eu tenho uma pergunta para te fazer. – Cyborg disse atrapalhando o momento dele com a namorada.

– O que?

– Você e a Ravena já dormiram juntos?

Ravena, que tinha acabado de levar o copo de suco a boca, cuspiu tudo na cara do Robin e um abajur explodiu. Mutano não sabia se ria ou tacava o prato na cara do amigo. Ravena estava tão envergonhada que colocou o capuz na cabeça, para esconder o rosto.

– Isso não é uma coisa que se pergunte. – ele disse por fim. – Pelo menos não na frente de damas, Cyborg.

– Bom, agora já foi. Você sabe que Ravena é como uma irmã para mim. E eu quero sabe se você tirou a pureza dela ou não.

– Se você não cala a sua boca agora, eu vou te jogar pela janela. – Ravena disse olhando para ele com raiva.

– Mas eu...

– Não. – Mutano disse. – Isso não se diz a respeito a você.

– Mas...

– Quer saber se eu já dormi com a Ravena? Estão, tá. Dormi. Várias vezes. Mesmo não tendo mais dela tentado tomar o controle dela, ela ainda tem pesadelos e eu vou até o quarto dela e a abraço até ela dormi. Para mim não ter que volta para lá, eu fico. Durmo com ela. E no sentindo que você está perguntando, eu não vou responder. Isso disse respeito a mim e a Ravena. Não a você. – ele disse olhando feio para o amigo.

– Eles tem razão, Cyborg. – Robin disse tentando secar a máscara. – O que eles fazem ou deixam de fazer, só diz a respeito deles.

– Tem razão, cara. Foi mal. – ele disse quando viu que todos olhavam para eles.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. Quando Estalar foi quebra o silêncio, a campainha tocou. Robin se levantou e foi até a sala e viu no vídeo quem era.

– É o prefeito. – ele disse olhando para a cozinha. – Ele queria vim te ver desde que aconteceu o acidente, mas eu disse que ainda não era para ele vim. Que antes queria conversa com você.

– Tudo bem. Pode mandar ele entra. – Mutano disse olhando para seu líder.