Escolha- quando se Convive com Jacob B escrita por many more


Capítulo 2
Capítulo 2- O que encontrei andando por ai.




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“Alivie os problemas e a dor...
A garota escolheu justo o cara que te faz chutar e gritar
O tempo todo você desejou que ela ficasse
Foda-se o cara que a tomou e foi para longe...”

                                    Blink 182- Dysentery Gary

Jacob



Mesmo se eu não quisesse ser Jacob Black, Bella ainda irrompia em minha mente. Me esforçava para manter minhas patas correndo, pois minha vontade era de retornar a Forks e matar aquele idiota sanguessuga.

Não sabia em que lugar da América do Norte eu estava. A última vezes estava perto do Canadá. Isso não importava. Faz dois meses que ando sem rumo. Nesses últimos dias passei a me preocupar com meu pai. Eu sabia que ele não estava sofrendo por mim. Mas gostaria de saber o que o velho andava aprontando. Provavelmente pescando e assistindo beisebol com Charlie.

Gostaria de não pensar tanto em Bella. A cada momento me perguntava se ela já estaria transformada ou morta. Se isso tiver ocorrido, volto lá e mato ele. Não vou me importar se Bella não me perdosse, Edward sabe do acordo.

Desde que fui embora tenho evitado retornar a forma humana. Tentava seguir meus instintos , caçando e dormindo como um animal. Não era ruim, não sentia falta de ser humano, mas roubei uma bermuda em um varal de uma casa, talvez eu precisse. Dormi entre as raízes de uma árvore eta noite. Andei bastante durante o dia todo, e o cansaço me consumia por completo.


A floresta estava densa e escura, a não ser pelos feixes de raios solares que invadiam das copas das árvores. Levantei meio grogue do chão. Percebi que estava na forma humana e nu, mas não dei importância, a floresta era densa o suficiente para nenhum humano ter coragem de perambular por lá.

Andei sem rumo pela floresta, talvez até em círculos, não dava pra saber. Comecei a ouvir passos abafados na folhagem que cobria a floresta. Virei-me para ver o que era, e no instante seguinte senti uma imensa satisfação e felicidade. Bella sorria para mim, enquanto se aproximava devagar.

– Bella, o que faz aqui?- Minha satisfação era tanta, que não conseguia acreditar em mim. Devia ter acontecido alguma coisa como o sanguessuga. Ou Bella se tocou que eu era o melhor para ela.

Ela não disse nada, apenas sorria com satisfação. Estava mais pálida que o habitual, e seus olhos brilhavam num vermelho sangue vívido.

– Bells, o que acanteceu com você? - não podia ver, mas sabia que meu semblante estava sério. - Aquele sanguessuga foi capaz de... - não consegui terminar, era repugnante.

Bella se agaixou como uma predadora insaciável, me fitando como se eu fosse sua caça. Recuei alguns passos devagar, não queria machucá-la.

– Bells, sou eu. Jacob!

Ela saltou sobre meu corpo, agarrando meu pescoço e cravando seus dentes em mim. Eu gritava de dor, enquanto ela tentava me dilacerar. Me recusava a me transformar e a matá-la.


Acordei ofegante. Olhei em volta e ainda estava entre as raízes da árvore. Levantei sobre minhas quatro patas, e continuei andando. Iria caçar. Não me alimentei a um dia. As vezes esqueço de minhas necessidades biológicas.

Sonhar com Bella me deixou enraivecido. Conhecia recém sanguessugas o suficiente para saber que matariam a própria mãe para se saciarem. Se Bella quisesse me matar, acho que não conseguria me defender, mesmo se ela fosse uma sanguessuga fedorenta.

Andei quilômetros sem encontrar algum animal de tamanho suficiente para me saciar. Que porcaria de lugar eu estava para não conseguir encontrá-los? Foi necessário que eu caminhasse mais três quilômetros para encontrar um alce, que pastava calmamente sobre a relva da mata.

Aproximei cautelosamente para que ele não ouvisse meus passos e me abaixei sobre a relva esperando o momento certo para atacá-lo.

O alce se virou sonsamente para a direção oposta da minha e eu pulei para atacá-lo. Ele se assustou como meu barulho e correu. Comecei a perseguí-lo, o animal era bastante esperto para conseguir escapar de mim. Estava prestes a dar o ataque final, quando surgiu por entre as árvores um lobo caramelo e branco. Havia algo errado com ele. Lobos não andam sozinhos, muito menos possuiam o tamanho descomunal que aquele tinha. Não poderia ser um dos nossos, pois nunca tivera casos de lobos fora da reserva.

Me distrai e perdi o meu alce. O lobo mancava. Algo o incomodava em uma de suas patas. Que lobo idiota! Como nao me percebia ali tao proximo dele? Ele estava começando a me irritar. O lobao caminhou mais um pouco, do seu jeito lerdo, ate que parou... E o que aconteceu a seguir, foi a coisa mais esquisita que eu poderia ter visto por essas bandas.

O lobo caramelo com branco levantou-se, equilibrando-se sobre suas duas patas. Seu dorso se transformou em longos cabelos castanhos que caiam sobre suas costas, depois foram surgindo ombro, bracos, maos... e por fim os pes. A criatura se abaixou, pegando um pedaco de trapo amarrado nos pes e o vestiu, -pelo menos essa era uma ideia esperta- sentando-se no chao e retirando um pequeno graveto do pe.

- Porcaria! - disse.

Meu corpo congelou quando vi em que o lobo tinha se transformado.

Era uma garota.



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