Caminhos de sangue escrita por Andreza Silva


Capítulo 6
Capitulo 06– almoço.


Notas iniciais do capítulo

mais um capitulo pelo tempo que fiquei sem postar!
espero que gostem



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Capitulo 06– almoço.

Assim que saímos do prédio, elas começam o bombardeio de perguntas.

— então, aquele que estava com o Neal era o seu irmão? – pergunta Ever.

— é. – digo.

— ele é muito gato!! – diz Abby. – se eu não fosse casada, com certeza iria querer ficar com ele.

— serio? – pergunto.

— você nunca disse que seu irmão era tão gato! – fala Abby.

— isso por que eu nunca falo dele.

— como era sua vida antes de tudo isso? - pergunta Ever.

— normal. Provavelmente igual a de você.

— eu casei as 19 anos. – fala Abby.

— e eu aos 20. Acho que não foi a mesma coisa não. – fala Ever.

— grande coisa. Eu casei aos 17. – digo olhando para a cara de choque das duas. – onde vamos almoçar? – pergunto rindo.

Resolvemos ir a um restaurante de comida mexicana.

Não sei por que resolvi contar isso a ela. Acho que elas não acreditaram no que eu disse.

— você não falou serio né? – pergunta Abby assim que nos sentamos em uma mesa.

Escolhemos uma mesa bem afastada para que ninguém escute nossa conversa.

— por que não? Quando eu disse que vivi perigosamente, falei sério. – digo.

— engraçadinha! Isso não tem graça! – fala Abby.

— ta.

Depois de uma almoço descontraído, volta para a nada descontraída sede do F.B.I.

A cada segundo que eu tenho que entrar aqui, penso que é por uma boa causa. O assassino de Daniel merece pagar pelo que fez. Isso é algo que nem eu, nem o pessoal da agencia vai deixar passar.

Assim que chego ao meu andar, Neal, Peter e Otavio com uma garota na sala de reuniões. Ela parece bem nervosa.

— o que está acontecendo lá dentro? – pergunto a Diana quando passa próximo.

— ela é uma testemunha, mas não está ajudando. Não fala nada. – responde.

— ela é testemunha de que?

— um suposto sequestro e assassinato. – diz se afastando.

Os três estão com umas caras... não parecem estar muito felizes nesse momento.

Decido subir e ver o que se passa por lá.

Vou até a porta da sala. A garota está de costas para ela e não e vê.

— vai ficar tudo bem. Você não precisa se preocupar. Ninguém vai machucar você. – fala Otavio se aproximando dela.

Enquanto isso a garota respira com dificuldade. Ela olha para baixo, bem agitada e transpirando. Posso até esta enganada mas ela pode ter um ataque de pânico a qualquer momento. Ela não aparenta ter mais de 20 anos.

Neal me olha como se pedisse socorro.

— olha, Camilla, você pode confiar na gente. – fala Peter.

As coisas não estão saindo como eles imaginaram.

— gostei do seu vestido. – digo chamando a atenção dela para mim. – onde você comprou?

Ela me olha um pouco confusa, enquanto todos os outros me olham surpresos, talvez por esta falando de vestidos com a testemunha.

— ele é um Chanel? – pergunto.

— ela me olha um pouco desconfiada, mas responde.

— foi eu que fiz. – fala tão baixo que quase não a escuto. Ela continua olhando pra baixo fazendo um sutil movimento com as mãos.

Pelo menos eu consegui quebrar o silencio.

— serio?! Podia jurar que é de alta costura. – digo rindo. – meu nome é Liz Virgile. E o seu? – pergunto estendendo a mão para ela.

Neal, Otavio e Peter estão olhando pra nós duas como se não acreditassem na cena que estão vendo.

— Camilla. – fala apertando minha mão.

— vocês podem nos dar licença? – pergunto.

— claro. – diz Otavio me olhando com um olhar significativo.

— obrigada. Pode fechar a porta quando sair? – digo.

— você está bem? –pergunto assim que eles saem. – vi que eles estavam fazendo terrorismo psicológico em você antes de eu chegar.

— está tudo bem. – diz ainda assustada.

— mesmo? Você não me parece muito bem não. – digo. – pode confiar em mim.

— por favor, você precisa me tira e sair daqui! – suplica.

— por que?

— se eu disser algo, eles vão vir atrás de mim. Já estão!

— quem? Pode me contar.

— você não entenderia! - diz suspirando.

— como não vou entender se você não me contar? Olha, eu nem trabalho aqui exatamente. Por que eu devo sair daqui? – pergunto.

— por que eles também estão atrás de você. – sussurra. Ela quase não consegue respirar.

— Camilla, olha pra mim. Respira. – olho pra ela. – tenta se acalmar. Respira calmamente contando de 1 a 5 à medida que você respira.

Vejo ela fazer isso. Quando olho para fora da sala, vejo Neal, Peter, Otavio e agora Damen observando tudo o que estou fazendo. Olho para Damen que faz um sinal para que eu continue.

— outra vez. 1... 2... 3... 4... 5... isso. – digo pondo minha atenção toda nela.

Depois de alguns minutos, quando vejo que está mais calma, tento fazer com que ela me diga o que quis dizer.

— o que foi que aconteceu Camilla? Você confia em mim. Sabe disso. – digo. – o que você quis dizer com temos que sair daqui?

— os caras que estavam na minha casa... eles são do FBI.

— você tem certeza disso? - pergunto.

Ela assente com a cabeça.

Não pode ser coincidência!

— por que você está me contado isso?

— por que minha mãe disse uma vez me disse que eu podia confiar em você. Que você conhece meu pai.

Agora quem está surpresa sou eu.

— quem é seu pai? – pergunto intrigada.

— John Winchester.

— John? – ok! estou cada vez mais surpresa.

— sim. Minha mãe teve um caso com ele. Mas ela nunca disse a ele que tinha uma filha. Mas agora eu preciso de ajuda. Eles vão me pegar e matar! – diz chorando.

— escuta, se você confia em mim de verdade, preciso que conte tudo o que você sabe pra mim e para os outros agentes que estavam aqui. – digo.

— eu não posso! Eles vão descobrir que eu contei e vão me matar! – diz soluçando.

— olha pra mim. – digo pegando em seu ombro. – se você realmente confia em mim, preciso que faça isso. Não posso fazer muita coisa por você nesse momento se eles não souberem. Não posso ir muito longe. Vou entrar em contato com o John e peço pra ele vir até aqui.

— mas eles...

— eles não vão te machuca. – digo interrompendo-a. – confia em mim?

— tudo bem. – diz um pouco apreensiva.

— como é o nome da sua mãe? – pergunto. – vou tentar entrar em contato com Jonh o mais rápido possível.

— Marcela.

— onde ela está? – pergunto.

— morreu a um mês atrás. – diz.

— tudo bem. Eu vou chamar os engravatados ali e volto já. Você quer agua?

— quero.

— eu já volto. – digo da porta.

— o que ela disse? – pergunta Otavio.

— que foi ela que fez o vestido. E talvez do terrorismo psicológico que vocês estavam fazendo nela. Acho que foi isso. – digo.

— estou falando sério!

— eu também! – digo rindo. – ela estava tendo um ataque de pânico. A única coisa que eu fiz ali foi acalmar ela.

— ela não estava tendo um ataque de pânico! – diz Peter. – só estava com medo.

— de vocês. A garota ia ter um treco ali e vocês ao iam nem percebe! Que tipo de agentes são vocês?! – pergunto.

— e você é a expert. – zomba Neal.

— eu sou psiquiatra e você senhor ladrão de artes? – digo sínica.

— você o que? Não está falando sério. – fala Neal desconfiado, enquanto Peter e Otavio parecem surpresos com essa informação.

— também sou bacharel em história. – olho para Damen que parece se diverti tanto quanto eu com a cara que eles estão fazendo. – agora mudando de assunto, ela vai falar com vocês. Damen você pode me acompanhar? – pergunto descendo as escadas.

— onde você vai? – pergunta Otavio.

— pegar água pra ela. – respondo do último degrau.

— tem água aqui.

— eu sei. Mas não gosto dessa agua. – falo indo até o bebedouro com Damen atrás de mim.

Assim que chegamos lá...

— aconteceu alguma coisa? – pergunta assim que vemos que estamos sozinhos. Ele parece preocupado.

— sim. Preciso que você ligue para o John e pergunte se ele conheceu uma mulher chamada Marcela a 20 anos atrás. – digo direta.

— por que você quer saber disso?

— porque a garota se diz filha dele. – digo colocando água em um copo.

— isso é sério?

— é. – suspiro. – vamos falar com ela. Ela tem pistas que precisamos. – digo isso enquanto Damen tenta falar com John.

—ele nao atende. -me avisa.

—tudo bem. Vamos voltamos lá pra cima.

 

— aqui está sua agua. – digo entrando na sala.

— obrigada. Você vai ficar? – pergunta.

— você quer que ela fique? – pergunta Peter. Ela assente com a cabeça.

— então ela fica. – fala Otavio olhado pra mim.

— nunca tive a intenção de sair. – digo sentando ao lado dela.

A mesa é bem grande, então sentamos Camilla e eu de um lado enquanto Peter, Damen, Neal e Otavio sentam nas cadeiras a nossa frente.

— podemos começar? – pergunto. Ela assente mais uma vez.

— o que aconteceu? – pergunta Otavio.

Ele está muito interessado nesse caso. Está muito concentrado. O tempo passou, mas ele continua o mesmo.

— eu tinha brigado com meu namorado. Então sai sem rumo pelas ruas mesmo sabendo que era perigoso sair àquela hora. – diz ela olhando pra mim e faço sinal para que continue. – quando eu voltei, tinham 3 caras conversando na minha casa com meu namorado. Eu entrei e fui para o quarto que fica no segundo andar. – ela suspira. - Parecia amigável quando apareceu mais 2 caras. Perguntaram se eles tinha feito o trabalho que eles tinham encomendado. O meu namorado disse que não, por que era um trabalho muito complicado e que não queria problemas. – ela para e toma um gole de água. – um dos homens que chegaram depois, disse que não teria problema nenhum. Era só um sequestro e como eles são da divisão de sequestro do FBI, pegariam o caso e resolveriam tudo. Depois meu namorado e os amigos dele disseram que iam fazer o trabalho o mais rápido possível e que queriam o pagamento em dinheiro. Depois disso os dois agentes e os outros três saíram. Foi isso.

— temos o nome do Robert, mas e dos outros três e dos agentes? – pergunta Peter.

— eu não cheguei a ver os agente, e os outros três eu não conheço. Robert nunca me apresentou nenhum amigo. – responde triste. – só agora eu entendo o porquê. – suspira. – ele é um bandido e quer machucar as pessoas.

— o importante é você ter descoberto e se saído. – diz Neal. – assim você não corre mais nenhum risco.

— ele sabe que eu ouvi a conversa. Ele está atrás de mim. – diz angustiada. – eu só vim aqui por causa da Liz.

Olho para Damen apreensiva, com medo do que ela vai contar aos agentes. Ele só faz um sinal imperceptível para que eu me acalme.

— por que a Liz? – pergunta Otavio.

— por que é ela que eles tem que sequestrar.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?



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