Caminhos de sangue escrita por Andreza Silva


Capítulo 5
Capitulo 05 – um dia mais...


Notas iniciais do capítulo

CONSEGUI VOLTAR!
recuperei meu HD com a história.
vou postar geralmente nos fins de semana porque agora faço dois cursos durante o dia e tomam bastante tempo.
espero que gostem do capitulo.



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“- o que você está pensando? – diz meu marido a meu lado.

– em como vai ser nossa vida depois da escola. – digo. – o que acha que vai acontecer com a gente? – pergunto olhando em seus olhos.

– acabamos de nos casar... Se sobrevivermos ao seu irmão... acho que vamos para a faculdade... – diz rindo.

Acabamos de sair de uma capelinha em Vegas. O único lugar onde não precisa muita coisa para casar. Meu irmão não vai ficar nem um pouco feliz com isso.

Ele já deve ter mandado uma equipe atrás de mim. Ele se preocupa muito desde a morte do papai. Não o culpo...

– acho que a gente sobrevive sim... – digo. – ele não vai matar gente não... só torturar, talvez... – riu.

– seu irmão tem uma arma e pode usa-la. – alerta.

– ele não vai te matar... Ele não vai me deixar viúva aos 17 anos... – digo. – isso se nosso casamento for valido.

– vai ser. Nem que daqui a seis meses a gente case outra vez. – diz me abraçando.

– me promete uma coisa? – pergunto.

– o que eu devo prometer?

– que vai me amar sempre. Mesmo quando eu estiver velhinha e feia.

– você não vai ficar feia. Você vai ser sempre linda... pelo menos pra mim... – diz...

Acordo um pouco atordoada.

Não acredito que estou sonhando com isso.

O estranho não é o sonho, mas quem estava nele. Não era o Deni, era Neal que estava lá.

Por que Neal Caffrey estava nesse sonho?! Não, por que eu estou sonhado com ele?!

Ok, eles se parecem, mas não são a mesma pessoa!!!

Talvez eu devesse pedir para o Dean investigar a vida do Neal. O que ele fazia antes de ser preso. Não, antes de ser preso ele era um criminoso. Cometia crimes. Mas antes, bem antes.

Olho para o relógio e já são 6:30 da manhã. Tenho que estar na minha tortura diária as 7:30. Tenho menos de uma hora para me arrumar.

Levanto da cama, tomo meu banho, faço minha maquiagem, ajeito meu cabelo vou atrás de uma roupa. Escolho um vestido preto de alça de lado e bem acentuado que vai até a metade da minha coxa. Um scarpan preto e luvas um pouco acima do cotovelo. Coloco um relógio dourado e um cinto verde como acessório.

Saio do apartamento e vou atrás de um taxi pra mim. Olho para o relógio e vejo que já são 7:20. Não vou me atrasar muito.

Pego o taxi e dou o endereço que tenho que ir.

Eu poderia pegar uma carona com o Damen, afinal, moramos no mesmo prédio e também vamos para o mesmo lugar. Mas não. Não faço isso, e na verdade não quero. Esse é o pouco tempo que eu tenho para não pensar em trabalho ou em qualquer outra coisa. O pouco tempo que tenho comigo mesma e pôr os pensamentos no lugar.

Quando menos espero já estamos em frente ao prédio do F.B.I.

Você consegue!!! É o que tento dizer a mim mesma desde que soube desse caso.

Quando chego ao vigésimo primeiro andar, vejo poucos agentes. Neal e Otavio ainda não chegara. Peter está em sua sala junto com Diana e Jones. Damen também não chegou.

O meu trabalho hoje é simples. Tenho que organizar um monte de papeis e fazer planilhas e coisas do tipo. É virei secretaria de federais...

Eles ainda não me deram uma mesa então, eu vou para sala de reuniões e fico lá, olhando o tempo.

– você chegou cedo. – diz Peter me dando um susto...

Isso geralmente não acontece!

– me disseram que o “expediente” – digo fazendo aspas – começa às 7:30.

– as pessoas se atrasam também.

– não gosto de atrasos. – digo olhando para o relógio. São 7:32. – não gosto de espera e então não faço ninguém esperar também.

– bom saber. – diz. – o que você achou daqui?

– acho que eu poderia esta perdendo meu tempo fazendo compras ao invés de estar aqui olhando esse monte de papeis.

– você não gostou de nada aqui?

– estou acostumada com locais mais sofisticados, se é que você me entende... – digo sentando na mesa.

– claro que entendo. O que não entendo é por que você está aqui. Ninguém nunca soube nada de você. Não tinham nem fotos. Você era um verdadeiro fantasma. Podia ter a vida que quisesse. Por que de uma hora para outra, você resolveu aparecer e se entregar? - pergunta.

– por que sou uma burra que faz o que os amigos pedem. – respondo.

– então de seus amigos te mandarem pular da ponte, você pula?

– quem sabe?! – digo rindo. – e por que você se importa com isso?

– por que me preocupo com o bem da divisão. E principalmente com o Neal. Ele é uma boa pessoa. Não quero que ele se meta em encrenca por sua causa.

– dá pra perceber... mas não precisa se preocupar... não vou atrapalhar, nem me envolver e prometo não envolver seu querido capacho em encrenca junto comigo. A coisa que mais quero é está bem longe daqui e de vocês. Você não vai ter problemas comigo. – respondo.

– assim espero. – diz saindo da sala.

De toda a minha vida, essa foi uma das conversas mais estranhas que eu já tive. O que foi isso?! Tenho que fazer uma pesquisa mais detalhada sobre o Peter.

– bom dia, Liz! – diz Neal.

Será que não vou ter um minuto de paz hoje?!

– bom dia. – respondo áspera.

– você não está de bom humor. – diz. – você dormiu bem?

– por que isso importaria a você? – pergunto.

Estamos um em cada ponta da mesa. Quando levanto os olhos para ele, vejo que ele está muito gato de terno. Não que ele não seja bonito, mas hoje ele parece estar mais sexy que o normal. Principalmente com o chapéu que está usando.

Como ele será sem essa camisa? Penso.

É, acho que realmente estou precisando dormir. E urgentemente!

– por que trabalhamos juntos. O seu desempenho ajuda a gente.

– nossa... Vocês não faziam tudo sem mim antes, por que precisam de mim agora?

– eu só quero ser seu amigo. Será que a gente não pode se dar bem?

– por que?

– por que você vai passar uns quatro anos e meio aqui. Não pode ficar isolada de todos. – responde. – posso apresentar Nova York a você. Bom, pelo menos pelos 3 quilômetros que me é permitido. – diz fazendo referência a tornozeleira.

– em primeiro lugar: conheço Nova York como a palma da minha mão.

– serio?

– eu nasci aqui. Em segundo lugar: seu querido Peter não quer você perto de mim. Diz que eu sou uma péssima influencia a você e não quer você metido em encrenca.

– em primeiro lugar, - diz me imitando. - eu vivo metido em encrenca e você não é o motivo. E em segundo lugar, Peter não manda em mim, nem em você. – diz se aproximando. – e eu esperava mais do que apenas uma garota que obedece regras impostas a você. Ouvi tantas histórias que te idolatrei e nem percebi que você é apenas uma garota qualquer, que faz tudo o que mandam. – diz bem próximo a mim.

Não sei o que deu em mim nesse momento, por que eu o beijo. Não um beijinho sem graça, mas um beijo de tirar o ar dos pulmões. Ele veio falando essas coisas e tudo soou como um desafio então eu o beijei.

– por que vocês dois não vão para um quarto? – pergunta Otavio da porta da sala.

Nesse exato momento lembro que estou no F.B.I.

Empurro Neal para longe de mim e tento me recompor. Não acredito que fiz isso e pela cara de Neal, ele também não. Otavio ainda está olhando pra gente.

– Neal, posso falar com você na minha sala? – pergunta enquanto agradeço mentalmente por isso.

– claro. – diz ele indo logo atrás de Otavio.

Não acredito no que acabou de acontecer! Estou parecendo a garota de 10 anos atrás. Não acredito no que eu fiz!

Isso não podia ter acontecido!!! Isso não pode está acontecendo!!!

O que eu senti nesse beijo.... NÃO! Isso tudo é culpa das noites sem dormir. E do sonho que eu tive hoje com ele.

Neal me lembra muito a primeira pessoa que amei. O que tenho a fazer é tirar os dois do meu pensamento o mais rápido possível, antes que eu enlouqueça.

***

O dia ficou totalmente estranho.

Não conseguia olhar nem para Otavio, muito menos para Neal.

Eu estava me sentindo constrangida pelo que aconteceu. Ainda bem que o Damen não estava por perto. Na verdade, não tinha nenhum agente por perto, o que para mim, era a melhor coisa que podia ter acontecido pra mim a manha toda.

– você não vai sair daqui? – pergunta Damen entrando na sala de reuniões.

– eu estava vendo esses papeis aqui. Nem percebi que passei a manha toda nisso. – respondo.

– o que aconteceu por aqui hoje? – diz sentando ao meu lado.

– por que?

– por que?! Você está cada vez mais estranha. O Neal está totalmente estranho! Todo mundo percebeu que tem algo rolando entre você e ele. – diz.

– não tem nada rolando entre a gente! – digo.

Opa! Defensiva. Ele deve ter percebido.

– serio? Por que ele não para de olhar para você e você não para de evita-lo. Sei que não somos os melhores amigos e não temos tanto contato um com o outro, mas sei que você não é assim. – diz. – já vi você trabalhando e você chega a ser mais concentrada e competente que qualquer um da agencia.

– obrigada. Só acho que minha cabeça está uma bagunça ultimamente.

Nós viramos ao escutar uma movimentação perto da porta.

– algum problema Neal? – pergunta Damen ao ver Neal na porta.

– não, nenhum. Só queria falar com a Liz. – responde.

– o que você quer? – pergunto tentando parecer indiferente.

– saber se você tem planos para o almoço.

– eu... na verdade... – nesse momento olho para o elevador e vejo Abby e Ever saindo dele. – tenho sim. – digo apontando para elas.

Saio da sala passando por Neal com Damen atrás de mim...

– oi garotas! O que vocês fazem aqui? – pergunto.

– viemos saber se você tem planos para o almoço. – diz Ever beijando Damen.

Ela falou um pouco alto demais. Será que ele ouviu?

Olho pra trás e vejo Neal, que agora está com Otavio olhando da escada.

Acho que agora eles agora sabem que Damen e eu somos meio que amigos...

– claro que eu tenho! – respondo. – vocês! – digo sorrindo. O primeiro sorriso verdadeiro que dou desde que cheguei aqui.

– e esse convite não se estende a mim? – pergunta Damen.

– não. – responde Ever sorrindo. – hoje são só as garotas. Você vai sobreviver que eu sei.

– claro que vou. – responde. – vê se traz ela inteira viu... – diz a Ever apontado pra mim.

– não precisa se preocupar. – diz Abby. – não vamos sumir com o novo brinquedinho do F.B.I. – diz rindo.

– cuidado com o que fala. Eles podem ouvir e prender você. – digo surpresa pelo que ela disse.

– ainda bem que conheço um ótimo advogado. – diz rindo. – podemos ir? – pergunto

– vamos. – fala Ever.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?



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