Caminhos de sangue escrita por Andreza Silva


Capítulo 2
Capitulo 02 – conhecendo o inimigo. Parte 1


Notas iniciais do capítulo

obrigada a quem leu o capitulo anterior. E um obrigada maior ainda a Jordana Bastos que favoritou a fic...
a quem comentou também... fiquei muito feliz... :)

ai está mais um capitulo pra vocês...



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Assim que cheguei ao prédio do FBI, vejo que Travis já está me esperando.
Adoro quando as coisas começam a dar certo. Estamos mais perto do que longe.

– oi. – digo abraçando meu querido advogado.

– como você esta? – pergunta no meu ouvido.

– melhor agora. Não disse que ia dar certo.

– nunca duvidei da sua palavra. – diz rindo.

– aqui está. – diz Peter interrompendo nossa conversa. – o bracelete.

Olho o bracelete e não gosto do que vejo... Ele é mais discreto que a tornozeleira, mas mesmo assim, não gosto dele.
Ainda bem que vou usar luvas. - Penso.

– ele tem uma chave que está... – começa Peter dizendo.

– eu sei como isso funciona Peter. Não precisa explicar. – digo esticando o braço para que ele possa colocar.

– você tem 3 quilômetros.

– só isso? Por que não posso andar por toda Nova York?

– você não acha que está exigindo demais não? – pergunta Peter.

– não. Mas vou me contentar com os três quilômetros... por enquanto. – digo.

– o seu quarto...

– na verdade, eu já organizei isso. – fala Travis. – ela vai ficar no mesmo prédio que eu.

– eu já tenho um AP? – pergunto e Travis confirma com a cabeça. – eu já disse que te amo hoje?

– não. Pode começar. – diz passando o braço pelo meu pescoço.

– e então, eu posso ir pra casa? – pergunto fazendo cara de pidona.

– não. – fala Peter. – agora você vão nos ajudar. E lembre-se, sua liberdade depende do sucesso desse caso.

– não precisa se preocupar. Se depender de mim, o senador não vai mais perder um centavo... – digo piscando um olho.

– ótimo, então vamos começar? – pergunta Neal.

– Claro.

Antes de me despedi, Travis me dá um celular para podemos nos contatar e combino de ele vir me buscar mais tarde. Volto e começa a parte mais chata de todas...

– então, o que você sabe sobre o James? – pergunta Peter.
Na sala está Neal, Peter, Jones e Diana. As pessoas de confiança de Peter.

– ele é o pai do Neal. – digo me acomodando na cadeira. – é um ex-policial corrupto, que já matou gente o suficiente. Agora está roubado os políticos por que acha que eles devem pagar pelo que fizeram.

– onde ele está agora? – pergunta Neal.

– nesse exato momento, - digo olhando para o relógio do celular – eu não sei. Ele pode estar em qualquer lugar.

– não foi você que disse que sabia de tudo? – pergunta irônico.

– e eu sei. Mas eu não sou um GPS, nem vidente. Não adivinho onde as pessoas estão.

– mas você disse que sabia onde ele estava. – fala Peter.

– onde ele vai ficar até a poeira baixar. Fica em um clube privado. Só entra a elite. Os melhores vigaristas... Não sei o que ele está fazendo lá, mas... – fala pensado.

– e existe um clube assim? – pergunta Diana.

– claro que não. Se houvesse, eu saberia. – fala Neal.

– ou você não está tão à altura de saber que ele existe. É só um palpite... – digo dando de ombros.

Vejo que ele não gostou nem u pouco de ouvir o que eu disse... Problema dele. Quem ele pensa que é? Algum tipo de celebridade dos bandidos?!

Ele é um homem bonito. Muito bonito, diga-se de passagem. Cabelos castanhos, olhos azuis, alto e com um corpo perfeito. Um típico galã. Sabe como usar seu charme na hora certa. Mas esse charme não rola comigo...

– e como vamos entrar lá? – pergunta Jones.

– eu posso entrar lá. Mas vocês vão querer pegar James em flagrante. Vai ser bem melhor.

– e como você tem tanta certeza de que ele vai roubar outra vez? – pergunta Neal.

– eu tenho minhas fontes. O trabalho dele só vai está completo quando ele completar a coleção de pérolas negras que ele vem roubando.

– por que? – pergunta Peter.

– por que o conjunto incompleto não vai ajudar em nada. – digo.

– por que ele está fazendo isso? – pergunta Neal.

– desespero. Existe coisa pior que isso? Ele não tem nada. Nem família, amigos... Todos estão contra ele. Na verdade, não existe um que o queira por perto. Todos querem ele morto. Eu mesma mataria ele se tivesse uma oportunidade. – digo com a maior naturalidade do mundo.

– como você pode fala assim, como e isso não importasse? – pergunta Peter.

– por que a vida dele realmente não me importa. Ele não vai fazer a mínima diferença a minha vida. – digo bocejando.

– ele é meu pai. – fala Neal alterado.

– um pai que te abandonou. Um pai que não teve consideração por você. Que ainda deixou seu amigo ir pra cadeia. Lembra só de uma coisa: não me importo com a sua relação pai e filho. James merece algo bem pior do que ser preso. – digo.

– e o roubo, quando vai ser? – pergunta Peter tentando mudar o foco da conversa. Qualquer um teria percebido o clima tenso que ficou por aqui.

– ainda não sei. Mas posso dar uma resposta até amanhã. – digo como se nada tivesse acontecido.
Eu realmente estou boa nisso!!! Palmas pra mim!!!

– não se eu tiver a resposta antes. – fala Neal.

– você que sabe.

***

Depois de horas naquele prédio horrível, ligo para Travis e digo que já estou liberada e que ele já pode vir me buscar.
Quinze minutos depois, ele aparece em um Mustang preto e vamos para o apartamento dele, onde sua bela esposa e uma das minhas melhores amigas está.

– você está incrível! –diz Abby me abraçando assim que entro no apartamento.

– obrigada. Você também está. – digo rindo.

– e como foram esses meses na prisão?

– chatos. Mas deu pra planejar muita coisa. E agora as coisas estão começando a dar certo. Ta indo como o planejado agora.

– enfim. Isso merece uma comemoração. – fala Abby. – admito que duvidei que esse plano de vocês fosse dar certo mesmo.

– até eu duvidei. Não vou mentir. – falo rindo.

– mas você vai voltar a ser presa? – pergunta Abby.

– só se esse caso não for solucionado.

– e como você tem certeza que esse caso vai ser solucionado?

– por que nós armamos o caso.

– quem está cometendo os crimes são o pessoal da agencia, amor. – fala Travis. – eles fizeram a ligação da Liz com o James, para que o FBI fosse falar com ela.

– claro que sim... eles são bons.

–e falando nos meus amigos, vocês tem notícias deles? – pergunto.

– eles estão bem. Tão organizando tudo. Acho que algum deles vem por aqui esses dias. Dean disse que tava com saudade... – fala Travis.

– também to morrendo de saudade dele. – falo rindo.

– quando vocês vão assumir que estão juntos? – pergunta Abby.

– não estamos juntos! Só somos amigos. Ou você esqueceu que ele tem namorada? – pergunto.

– e você a quanto tempo não tem um namorado?

– desde o Daniel.

– não acredito que você não ficou com ninguém desde o Daniel! – exclama Travis.

– por que não?!

– por que já faz 4 anos que ele morreu! Ninguém aguenta ficar tanto tempo só! – fala ele.

– responda por você, não por mim, baby! Não tive interesse em mais ninguém depois dele. Essa é a verdade.

– vocês faziam um belo casal. – fala Abby. – sempre imaginei como seria o casamento de vocês.

– eu também. Ele foi muito importante pra mim.

– mas você ainda é nova. Pode encontra outra pessoa especial. – fala Travis.

– eu não quero outra pessoa especial. Quero encontrar o assassino do Daniel e matar ele. – digo.

– por favor, me diz que você não vai passar a vida toda com essa tristeza dentro de você?! Me promete que você vai continuar e não vai desistir de nada? Daniel não ia querer você sofrendo desse jeito. Ele queria que você fosse feliz. – fala Abby.

– que tal mudarmos de assunto? Sério, já tive esse mesmo papo várias vezes com o Dean e não quero discutir com vocês agora. – falo. – estou cansada e ainda tenho que resolver algumas coisas para amanhã.

– você tem razão. Que tal irmos comer? – fala Travis tentando aliviar o clima que se instalou...

***

Depois de algumas horas, vou para meu apartamento e ele é do jeito que eu gosto: grande, espaçoso e muito bem mobiliado e decorado. A vista daqui é incrível nada menos que uma cobertura. Viver no topo do mundo é incrível!
Vou direto para o banheiro tomar um banho decente e relaxante.

Saio do banho e ainda de roupão, vou para o escritório, e estudar um pouco mais o perfil de cada um que trabalha na colarinho branco.
Depois de mais ou menos duas hora estudando cada parágrafo que tenho sobre o s agentes vejo que eles são muito bem organizados e que alguns dos relatórios parece incompletos. Pego meu celular e ligo para meu querido amigo Dean.

– alô? – atende no primeiro toque.

– cadê a animação pra falar comigo?! – falo brincando.

– enfim tiraram você daquele lugar!! – fala. – a quanto aconteceu?

– hoje. – digo. – o que vocês fizeram que deixou o senador louco?

– digamos que tiramos alguns milhões da conta dele. – fala rindo. - Mas pelo menos deu certo.

– qual minha porcentagem nesse processo?

– o suficiente para acabar com tudo isso.

– bom saber. E como estão as coisas por ai? – pergunto

– estariam melhores se você estivesse aqui. Sinto falta da minha amiga.

– também sinto sua falta. – falo mexendo no notebook. – já tava quase ficando louca naquela prisão.

– e como estão as coisas ai? – pergunta ele.

– estão chatas. Me sinto brincando com crianças que não sabem fazer nada direito. Eu estava vendo uns relatórios aqui e percebi que eles escondem muitas coisas. Basta procurar um pouco mais e se descobre os erros. – falo pegando o notebook e indo para a sala e me sentando no sofá.

– você tem que tomar cuidado. Eles não podem descobrir por que você está lá.

– até parece que eles vão encontrar alguma coisa sobre mim que não queremos que eles saibam. Sei que você está preocupado comigo, mas eu sei me cuidar.

– Daniel também sabia.

– não é a mesma coisa. – já sabemos os riscos. Sabemos o tipo de pessoa que estamos atrás dessa vez. Não vou cometer o mesmo erro. Vou encontrar o assassino do Daniel e matar ele com minhas próprias mãos.

– e o que você vai fazer amanhã?

– vou ver na pratica tudo o que tenho nos de informações sobre os agentes. – falo - percebi que o Peter junto com o Neal, Jones e Diana estão sempre juntos. Acobertando as coisas dos outros. Vou começar minhas investigações por eles. Ainda há muito para descobrir sobre eles.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?



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