Pov's Jason

No dia seguinte, acordamos cedo. Ninguém havia dormido bem depois do anúncio dos nossos pais. Era como se tivessem sido recrutados para a guerra. Agora eu entendia o desespero das crianças Londrinas na guerra. Existia uma grande chance de seus pais simplesmente não voltarem, ou até demorarem anos, décadas para voltar, dependendo do tempo que a guerra dure ou o tempo que ele tem de vida.

Em Arendelle nunca houve uma guerra. Mas eu tenho um mau pressentimento de que essa será a primeira vez.

Eram 8:00. Estávamos todos enfileirados na sala. Nossos pais estavam prontos para sair.

Minha mãe veio e se agachou. Se dirigiu para Julie. Afastou seus cabelos cacheados e beijou sua bochecha. Depois veio até mim e me abraçou. Fez o mesmo com Emmily, Allan e Ally. Então olhou para Hannah. A Princesa evitava qualquer tipo de contato visual: focava no chão, mexendo numa mecha de seu cabelo preto. A rainha tocou no seu ombro e murmurou:

– Você sabe que eu estou fazendo isso para o seu bem, não sabe?

Hannah não levantou a cabeça.

– Ainda acho isso uma estupidez.

– Hannah, não quero sair sem te dar tchau...

Hannah levantou a cabeça com os olhos molhados. É claro que mamãe não queria sair sem se despedir: todos nós sabíamos que talvez ninguém voltasse. E, mesmo que ela não quisesse admitir, mamãe também compartilhava desse medo.

– Tchau. - Hannah abraçou-a muito forte e deixou uma lágrima cair. Ao soltar-se do abraço, enxugou a lágrima para que mamãe não visse e voltou a olhar para baixo.

Mamãe caminhou até papai e ele acenou pra todos nós. Depois saíram pela porta.

Hannah caiu no choro silenciosamente. Afundava o rosto nas mãos e chorava. Tracy se aproximou e colocou uma mão em seu ombro.

Hannah tirou a cabeça das mãos e fungou. Enxugou as lágrimas disse:

– Bem, não podemos ficar aqui parados. Vamos fazer alguma coisa.