Pov's Allan

Eu queria surpreender Elisabeth. Dar o melhor presente de todos. Grande e belíssimo, ela merece.

Me afastei do palácio, na esquina que marcamos de nos encontrar. Era uma caverna. Era aconchegante, e estava iluminada por tochas.

Elisabeth: Oi, Allan.

Eu: Oi. Você está linda.

Elisabeth deu uma risadinha tímida.

El: você também.

Eu: Que lugar legal. É tão...

El:...confortável. Aconchegante. Bonito.

Eu: Você tirou as palavras da minha boca.

El: Eu e meu pai costumávamos vir aqui quando eu era criança. Isso antes de ele...

Ela parou e olhou para o chão. Ela não precisava explicar: o pai dela tinha falecido. Me aproximei dela e passei um braço pelas suas costas.

Eu: o que houve com o seu pai?

El: Ele morreu com uma doença muito grave. Não encontramos a cura. O levamos à vários médicos, todos sugeriram que podiam ser coisas diferentes. Levamos até aos Troll's. Eles disseram que era uma doença muito grave que dava numa flor, uma tal "Flor delamort", e que qualquer um poderia contrair. O Troll disse que não sabia de uma cura, e pediu para ele descansar em casa, pois era o único jeito de talvez ele melhorar. E... - uma lágrima escorreu pelo seu rosto - ele não melhorou.

Enxuguei a lágrima dela (com cuidado para não congelá-la).

Eu: Vamos pensar em coisas boas? Eu te trouxe um presente.

El: Awnt... Não precisava.

Eu: Sim, precisava.

Peguei um graveto no chão e o segurei com força. Logo ele estava completamente congelado. Elisabeth estava impressionada. Apontei o graveto para o chão e saiu gelo da ponta. fiz um pequeno iceberg de gelo (tipo, de 2 metros) e larguei o graveto. Com as mãos, soltei meus poderes e fui modelando o iceberg com eles. Alguns minutos depois, lá estava uma estátua de gelo em tamanho real de eu e Elisabeth de mãos dadas em cima de uma rocha.

El: UAU!!! Como você fez isso?

Eu: ser filha da rainha da neve tem suas vantagens.

Pov's Emmily

O dia passou rápido. Eu só pensava naquela maldita profecia. Algum de nós ia morrer. Isso era simplesmente horrível! Pode ser Hannah! Imagina minha vida sem ela! A nossa irmã mais velha, a herdeira de Arendelle! Ela me ensinou a ser quem sou, e é muito importante para mim. Pode ser Tracy! Ela sempre cuidou bem de mim e me deu conselhos. Não vou aguentar se ela partir. Ela sabe como é ter irmãos mais velhos e sempre me ajudou a viver em paz com eles, me fazendo rir. E se fosse Ally? Ela nunca teve tanta proximidade comigo, mas eu lembro que quando eu era bebê ela cuidava de mim e não deixava ninguém se meter comigo, ou ela partia para cima. Minha vida sem Ally seria um pesadelo. E se fosse o Allan? O meu único IrmãO mais velho? Ele me ensinou tantas coisas bonitas. Que por mais que as coisas pareçam difíceis dá pra vencer se estivermos juntos. E ele brincava comigo quando ninguém queria brincar. Se Allan morresse eu não ia suportar. E se fosse Julie? Ou Jason? Meus ÚNICOS irmãos mais novos! Eu cuidei deles quando se machucaram, brinquei com eles, se algum deles morresse seria horrível. E se fosse... eu? Seria a melhor opção. Mesmo eu nunca mais podendo ver meus irmãos ou meus pais, pelo menos eles estariam a salvo. Não quero que eles sofram por mim, só quero mantê-los vivos. Não quero que nenhum de nós morra. Por isso eu vou tentar mudar essa profecia com todas as minhas forças.

Minha mãe me olhou.

Mãe: Emmily, você nem tocou no seu jantar. Está tudo bem, querida?

Fiz que sim e mexi o meu garfo.

Tracy: ela deve estar guardando para a sobremesa! - disse ela tentando me ajudar a disfarçar.

Eu: É isso mesmo. Sobremesa. - mas eu não soei animada.

T: Ei, O que é isso no seu prato?

Tracy colocou a cabeça perto do meu prato e começou mexer nele, fingindo procurar algo. Essa era a desculpa para ela sussurrar alguma coisa no meu ouvido.

T: Vai ficar tudo bem, Emmily. Estamos juntos nessa, lembra da reunião?

Fiz que sim discretamente e ela voltou para o lugar.

T: Ah, foi só impressão. Achei que tivesse uma formiga aí.

Jason: Mamãe não nos deixaria comer formigas.

Pai: vocês estão estranhos...

Todos nós: estranhos? Estranhos como?

Pai: Falando juntos assim, Allan está no mundo da lua, Emmily nem tocou no prato dela, Tracy mergulhou no jantar de Emmily procurando uma formiga, Hannah parece que está congelada enquanto come...

Hannah: Só estou pensando. - disse Hannah, vidrada em qualquer coisa.

Todos menos Hannah: Estamos normais.

Pai: mas não parece.

Hannah foi dar uma garfada no arroz e derrubou tudo na mesa.

Pai: viu?

Minha mãe suspirou.

Pov's Julie

Minha mãe suspirou. Nessas horas dá pra ver como ela e Emmily são parecidas. Se não fosse pelo cabelo ruivo de Emmily, seriam idênticas: olhos azuis do mesmo tom, mesmas feições, mesmo suspiro e mesmo modo de se preocupar. Nessas horas eu me pergunto de quem eu puxei. Tenho cabelos ruivos como os de minha Tia Anna, mas muito mais ruivos. Os cabelos da Tia Anna puxam para o castanho, e os meus para o vermelho e o laranja. Também tenho cabelos bem cacheados, como os de... não sei. Ah, mas isso não é um assunto que importa.

Mãe: Crianças, eu e o papai analisamos aquela profecia milhares e milhares de vezes, e...

Todos pararam e prestaram atenção.

Mãe: decidimos viajar.

Ally: como assim?

Mãe: Viajaremos para um lugar próximo das Ilhas do Sul, para chamar atenção de Hans e seu exército. Assim, eles vão lutar conosco e não com vocês. Quero todos vocês em segurança.

Hannah: Não! Mãe, é muito arriscado!

Mãe: eu sei, filha, mas...

H: nada impede que Hans mate vocês dois e depois venha lutar conosco! É um plano que não faz sentido!

Mãe: filha, eu sei o que estou fazendo! Isso é um comunicado, já está decidido! É para o bem de vocês!!

H: Perdi a fome.

Hannah levantou e foi embora. Minha mãe enterrou a cabeça no meio das mãos.