Próxima Geração escrita por Ana Lepikson


Capítulo 4
Capítulo 4




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Pov's Hannah

Eu sei que era uma loucura, mas o Allan é o meu irmão. Se eu morrer, eu ao menos quero salvá-lo. Nós temos que trabalhar juntos. E se Allan fugiu, claro que eu vou atrás.

Tive que deixar a mamãe lá no porão, chorando rios, e meus outros 5 irmãos lá. Tudo isso porque o Allan saiu correndo.

Não me arrependo de ter ido atrás dele.

Só um pouco.

Allan corria muito rápido. Era difícil alcançá-lo. Uma bomba estourou e por perto não foi em cima de nós.

Eu: ALLAN! Por favor, PARA! Isso é loucura! A Elisabeth está bem!

Ele quase tropeçou numa pedra.

Allan: Não me chame de louco! Eu ouvi a voz dela! Pedindo socorro!

Corri para perto dele mas ele correu de novo. Eu tentava o seguir, mas ele estava de calça, e eu de vestido.

Então eu ouvi um grito de socorro. Ele estava certo.

Allan suava. Estava pálido.

Allan: ELISABETH!

XXX: ALLAN?

Allan: ELISABETH! ESTOU AQUI!

Ele corria e eu corria atrás dele. Logo consegui ver uma adolescente com os cabelos curtos e lisos mancando em meio às ruínas de uma loja de roupas vazia. Allan, com lágrimas nos olhos, correu rápido e a abraçou.

Consegui alcançá-los e outra bomba estourou por perto.

Allan: Elisabeth! Você está bem?

Ela tinha cabelos pretos e usava uma roupa preta, mas elegante. Estava estranhando o abraço de Allan e tentava se desvencilhar dele.

Elisabeth: Ahn, sim...

Ela conseguiu sair dos braços de Allan e ele corou.

Allan: Desculpa...

Elisabth: Tudo bem, eu...

Uma bomba estourou mais perto ainda.

Eu: Olha, pessoal, acho bom a gente ir pro porão, antes que outra bomba caia e nos acerte.

Todos nós corremos para o porão do palácio, e por sorte chegamos antes de alguém ser atingido.

Quando entramos, Allan logo rolou a pedra para fechar a entrada.

Mamãe nos viu, com lágrimas caindo e nos abraçou bem forte.

Mãe: Ah, crianças! Vocês estão bem! Eu achei que vocês iam... sei lá, não quero nem pensar nisso.

Allan: A gente tá bem, mãe.

Mãe: nem pense que se livrou dessa, mocinho! Você vai estar muito encrencado, depois!

Elisabeth: Anh, Vossa Majestade mãe do Allan...

Mãe: Pode me chamar de tia.

Elisabeth: Ok... Éh, tia... O Allan foi me salvar. Ele conseguiu. Se sacrificou por mim...

Vi que ela queria dizer "ele não fez nada de errado", mas era inapropriado dizer isso para a rainha.

Mãe: Claro... Desculpe, Allan.

Ela soletrou nos lábios: "Depois a gente conversa!"

Pov's Allan.

Uhu! Eu salvei a Elisabeth e SOBREVIVI! Isso aí, eu S-O-B-R-E-V-I-V-I!

Elisabeth dirigiu-se para mim, colocando uma mecha dos seus cabelos pretos atrás da orelha.

Elisabeth: Allan, sabe, valeu por me salvar...

Eu: É sempre um prazer salvar você... - falei, sem pensar, e logo corei. - Desculpa.

Elisabeth: tudo bem! - ela estava rosada.

Eu: O que aconteceu? Como você foi parar no meio da rua?

Elisabeth: Bem, o seu pai veio levando minha família para o porão do pânico. Estávamos todos correndo, mas sem querer eu tropecei e me perdi do grupo. Fiquei muito tempo procurando por eles, até que desisti e comecei a pedir socorro. Aí você apareceu... Valeu.

Eu: Você não tem que me agradecer.

Sem pensar, me aproximei dela e dei um beijo na sua bochecha. Cara, eu não sou bom de esconder coisas.

Quando reparei, fiquei vermelho igual a um tomate, e ela também. Ainda bem que estávamos numa parte do porão em que não podíamos ser vistos.

Elisabeth: Allan, eu... eu...

Resolvi abrir o jogo.

Eu:Olha, Elisabeth, eu gosto de você. Mas não tipo amiga... Eu já tentei te impressionar milhões de vezes e nunca funcionou! Sabe, eu te amo desde que tenho 12 anos... Eu nunca consegui parar de pensar em você desde que te vi pela primeira vez, eu sempre te achei linda, inteligente, corajosa, aí... sabe...?

Ela estava bem vermelha.

Elisabeth: Quer dizer que... você me acha bonita? E inteligente e corajosa?

Fiz que sim, morrendo de vergonha.

Elisabeth: Sabe, eu sempre te achei um cara bem legal. Mas, tipo, você salvou a minha vida. Isso não dá de pagar.

Ela me beijou.

Elisabeth: Talvez eu também esteja gostando de você, geladinho.

Pov's Tracy.

Depois de conversar com a Elisabeth, Allan chegou no meio da sala para fazer um decreto.

Allan: Pessoal, eu tenho o prazer de apresentar à vocês a minha namorada, Elisabeth.

É incrível como ele é um sem-vergonha, às vezes.

Todos aplaudiram, sei lá porque, minha família é meio maluca.

A mamãe serviu um lanche para a gente, e finalmente as bombas acabaram. Claro que isso foi uma pequena parada para o almoço das Ilhas do Sul, mas acho que eles não voltariam a atacar. Não com bombas.

O reino todo saiu dos porões de pânico. Graças à deus, a única coisa que foi demolida foi uma loja de roupas e um museu sobre a poeira cósmica (um tédio).

Elisabeth voltou pra casa e Allan estava com a cabeça nas nuvens o dia inteiro. Na hora do jantar, nossos pais estavam muito sérios. Mexiam na comida, sem ânimo.

Mãe: Crianças... A gente achou melhor contar logo da profecia para vocês.

Todos largaram os talheres e olharam para ela, atentos.

Pai: Não lembramos dela direitinho... Mas algumas partes, sim.

Hannah mexia nos cabelos pretos, nervosa.

Mãe: É mais ou menos assim:

"Os filhos do gelo e da neve

por alguém são muito odiados.

E para uma grande batalha

terão de ser preparados.

Juntos terão de lutar

Para o seu reino salvar

Os sete elementos em união

Não podem ser separados então.

E mesmo que consigam a luta ganhar

Alguém nunca mais vai voltar."

Silêncio na mesa.

Ally: Não quero preocupar ninguém, mas... A profecia diz que alguém vai... morrer?

Mamãe fez que sim com o rosto enterrado nas mãos.

Silêncio de novo.

Pai: vocês têm que lutar juntos contra as Ilhas do Sul. Eles querem vingança, querem o reino de Arendelle para eles.

Emmily: Tem que ter um jeito de mudar a profecia.

Mãe: Receio que não, filha... Nunca na história da humanidade conseguiram mudar uma profecia.

Eu: Mas mãe, é o nosso destino. Nada mais justo que nós o escrevamos!

Mãe: Falamos com os Trolls. Eles não sabem como mudar.

Pai: A única coisa que podemos fazer é treiná-los para a batalha. Infelizmente não temos como interferir muito.

Papai estava muito triste, também.

Mãe: Se cuidem. Vamos tentar evitar ao máximo tudo, mas é impossível. Eu não queria que acontecesse agora. Julie e Jason são muito novos!

Julie: Não somos tão pequenos assim.

Hannah: com licença.

Ela levantou da mesa.

Pov's Emmily:

Eu já estava na cama. Não conseguia dormir. Pensava na Profecia. Quem é que iria morrer? Podia ser Hannah. E eu não consigo imaginar ela morta. Nem nenhum dos meus irmãos mais velhos. Eles me ajudaram a crescer na família e ensinaram os segredos para se sobreviver aqui. Como perder um deles? E se for Julie ou Jason? Meus únicos irmãos mais novos? E se for eu?

Sentei na cama. Hannah viu e sentou também.

Hannah: O que foi, Emmy? - sussurrou.

Eu: tem que ter um jeito de mudar essa profecia, Hannah!

Ela levantou e veio para a minha cama. Me abraçou.

Hannah: Eu sei que é difícil de aceitar.

Tracy acordou.

Tracy: Gente, eu não acho justo que uma profecia decida o nosso destino.

Hannah: Todas nós concordamos nisso?

Todas fizeram que sim.

Hannah: vamos fazer uma reunião de irmãos.

Reunião de irmãos é coisa séria em casa.


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Notas finais do capítulo

O que será que vai rolar no cap. seguinte? O que vai ter nessa reunião? E o namoro de Allan e Elisabeth?



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