My sister and I escrita por Anasofi Sakura


Capítulo 7
Capítulo 7 - Miku


Notas iniciais do capítulo

Minna-san, aqui vem esta maravilhosa surpresa :v
A narração deste capítulo vai ser feita pela Miku, e vai ser mais ou menos a explicar como é que ela conheceu os gémeos Kagamine :3
Acho que também vou fazer este tipo de narração com alguns outros personagens ^w^ Apesar da história ser inteiramente girada em torno dos Kagamine xD
Espero que gostem, pois este vai ser um capítulo um pouco mais comprido que os outros xD
Boa leitura! :3



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Capítulo 07

(Miku)

Eu estava tão contente! A Rin-chan tinha-se tornado finalmente minha amiga! Aliás, a minha melhor amiga!

Como é que eu fiquei a saber sobre a existência da Rin-chan? Bem, foi mais ou menos assim...

Desde que eu era mais pequena, sofria de bullying das outras crianças, por causa do meu estranho longo cabelo azul. Prendiam-me folhas de árvores, cola e por vezes até pastilhas elásticas. Gozavam comigo, dizendo-me coisas como: “Deficiente!”, ou “Balde de tinta!”, ou até “Extraterreste! Vai morrer no teu planeta!”.

Agora podem ser coisas sem muita importância, e as piadas podem não já não ter graça, mas naquela altura eu fiquei muito depressiva e não aguentava nada de gozações. Sofria muito, e não tinha amigos nenhuns. A minha vida era um verdadeiro desastre.

Quando fui para o terceiro ano escolar, conheci um estranho rapaz. O seu aspeto maravilhou-me logo à primeira vista! O seu nome era e é Kaito. Ele foi a primeira pessoa que me apoiou e compreendeu, pois o seu cabelo também é de um belo azul-escuro. A sua maneira de ser também era maravilhosa, pois ele era simpático, conseguia compreender a minha maneira de ser, e eu senti logo que podia confiar completamente nele. Desde que o conheci, cada vez que gozavam com o meu cabelo, Kaito repreendia quem quer que fosse, dáva-me a mão, limpava-me as lágrimas e dizia-me que estava tudo bem. O Kaito... Preencheu o vazio que estava no meu coração. Ele trocou o lado negro do meu coração para um enorme feixe de luz branca. Não, aliás, um feixe de luz azul.

Comecei a namorar com ele no nosso quinto ano escolar.

“M-Miku, queres namorar comigo? Sempre gostei de ti.” – ele declarou-se a mim, muito corado. Afinal, tinhamos apenas 10 anos, é claro que ele ia ficar muito constrangido.

“E-Eu também gosto de ti! Desde a primeira vez que vi!” – exclamei, abraçando-o, e dando-lhe um beijinho na bochecha. Como éramos inocentes!

O nosso namoro dura até hoje. Kaito sempre esteve do meu lado, desde ínicio, e vai estar comigo até ao fim. Tenho a certeza.

Quando entrei no meu oitavo ano escolar, comecei a chamar a atenção de alguns rapazes da escola. O meu corpo tinha mudado muito, e o meu estranho cabelo azul já não incomodava quase ninguém. É claro que no ínicio, quando comecei a atraír a atenção de muitos rapazes, o Kaito ficava cheio de ciúmes, por isso eu tinha de o reconfortar, e de lhe lembrar que ele era o único que eu amava, e que não haveria mais ninguém na minha vida.

“Juras?” – perguntou-me uma vez na minha casa, quando mais uma vez duvidava da minha palavra.

“É claro que juro. Queres que eu to prove?” – eu estava com uma voz sedutora, e abria lentamente os botões da minha camisa escolar.

“C-Como?” – ele olhava com um ar nervoso para minha camisa entre-aberta. Estava corado, e tentava afastar-se o mais possível de mim, discretamente.

“ Tu sabes como.” – puxei-o pelo colarinho da sua camisola, dando-lhe um beijo de língua – “Eu não me importo, Kaito. Afinal, tu és o único da minha vida.” – olhei-lhe bem nos olhos, corando muito – “P-Podes vir.”

E pronto, foi assim que o meu amor pelo Kaito foi provado. Fizémos sexo nesse dia, e depois jurámos um ao outro que a próxima que o fariamos seria depois do nosso casamento. Era uma promessa, pois assim saberiamos que nunca nos iriamos separar.

Continuando, já no meu décimo primeiro ano escolar, comecei a sofrer bullying outra vez, pois o Kaito tinha ficado numa turma diferente da minha.

Eu não queria estar sempre dependente do Kaito, e por isso tentei ao máximo proteger-me sozinha das agressões que recebia. Mas... Houve um dia em que uma rapariga despejou um caixote de lixo no meu cacifo, sem eu saber. Depois das aulas, quando fui abri-lo para pôr lá dentro os meus livros, o lixo caiu todo em cima do meu uniforme, e dos meus sapatos. Comecei a chorar, enquanto as raparigas que tinham armado todo o plano se riam ao olharem para mim, ao fundo do corredor.

Uma dor percorreu o meu corpo todo até se concentrar no meu coração. As agressões que estava a receber eram muito piores do que na altura em que eu era criança. Doíam mais, muito mais.

“Ei?! O que é que raio vocês fizeram agora, suas idiotas?!” – gritou uma voz desconhecida para as raparigas que me tinham feito aquele mal todo. Olhei novamente para elas, e pude ver que quem gritava era uma rapariga baixinha de cabelos loiros e de olhos azuis.

“K-Kagamine Rin? O que é que tu queres? Não tem nada a ver contigo!” – gritou-lhe uma das raparigas.

“É claro que tem!” – chegou-se ao pé de mim e entregou-me um lenço limpo – “Eu não consigo ficar parada quando há alguém que precisa de ajuda.”

Acho que fiquei tão comovida com os seus actos e com o seu sorriso, que comecei a chorar ainda mais. Nunca ninguém tinha sido tão simpático comigo sem ser o Kaito, e isso deixava-me realmente muito feliz!

“Se lhe voltam a fazer alguma coisa, eu juro QUE VOS PARTO A CARA TODA, E QUE MANDO O DIRETOR DA ESCOLA EXPULSAR-VOS, SUAS GORDAS!” –gritou-lhes mais uma vez, levantando o punho para lhes mostrar que não estava a mentir.

As raparigas foram-se embora, ainda um pouco assustadas e atormentadas, deixando-me sozinha com a carinhosa desconhecida.

“Estás bem? Estás magoada? Elas fizeram-te mais alguma coisa?” – perguntou-me, com um ar preocupado. Eu acenei negativamente com a cabeça, e a loira suspirou de alívio – “É que aquele grupo de idiotas adora atormentar pessoas muito... Digamos... Pronto, fracas.” – olha para mim um pouco confusa – “Ah! Não é que eu te esteja a chamar de fraca... Desculpa!”

Não consegui evitar rir-me da situação. Ela tinha razão, eu era realmente fraca! Mas... Ela era uma pessoa muito interessante. Fiquei logo com o interesse de a conhecer melhor e ser sua amiga.

Depois de toda a confusão, ela ajudou-me a limpar o meu uniforme e os meus sapatos, dando-me o seu uniforme de ginástica emprestado.

“N-Não é preciso! Eu posso ir para casa quando o uniforme secar por completo...” – disse-lhe, quando ela me entregou o seu uniforme de ginástica.

“Isso ainda vai durar muito tempo! Leva o meu uniforme e não te preocupes.” – sorriu-me – “Depois devolves, não te preocupes!” – repetiu, quando viu a minha cara de incerteza.

“J-Já que insistes...” – agarrei no seu uniforme e vesti-o. Ficava-me um bocadinho pequeno nas mangas, mas não me queixei.

“Desculpa... É muito pequeno...” – suspirou, ao ver a minha reação em relação ao tamanho da roupa.

“N-Não! A culpa é minha de ser tão grande!” – culpei-me. Eu não sabia mesmo como falar com outras pessoas sem ser o Kaito...

“Bem, eu agora tenho que ir para casa. Amanhã dás-me o uniforme, amn... Qual é o teu nome?” – olhou-me, com os olhos a brilharem de curiosidade.

“Miku! Hatsune Miku!” – exclamei, alegre – “É um prazer conhecer-te, Rin-chan!”

“Hum!” – sorriu – “O prazer é todo meu!”

Passada uma semana, ainda não lhe tinha entregado o uniforme, pois estava cheia de vergonha de falar com ela... Nunca tinha tido algum amigo sem ser o Kaito, por isso falar com outra pessoa que não era ele deixava-me nervosa. Em vez de lhe entregar o uniforme pessoalmente, descobri qual era a sua turma e o seu cacifo, e deixei-lhe o uniforme dentro do seu cacifo, junto de um bilhete.

“Rin-san,

Muito obrigado por me teres ajudado a limpar o meu uniforme! Fiquei muito grata! Peço imensa desculpa por não te ter devolvido logo o teu uniforme... É que como foste uma das primeiras pessoa que falou comigo por conta própria, fiquei um pouco nervosa em falar contigo outra vez. Espero não te ter incomodado!

Novamente muito obrigado,

Hatsune Miku”

– era o que o bilhete dizia.

Mais tarde, quando descobri pelo Kaito que a Rin-chan talvez gostasse dele, fiquei mesmo muito nervosa e triste. Eu não queria ser a rival dela por nada deste mundo!

Pedi ao Kaito a morada dela e do seu irmão gémeo (já que ele pelos vistos é o melhor amigo dele), e quando toquei à porta, vi logo a pessoa com que queria conversar.

“Sim? Deseja alguma coisa?” – perguntou-me. Eu fiquei muito chocada. Ela tinha-me ajudado tanto à uns tempos atrás, e já me tinha esquecido? Que maldosa!

“Desculpe o incomodo... És tu a Rin-san?” – queria garantir que era mesmo ela. Afinal, como é que uma pessoa se esquece de outra tão rapidamente?

“Sim, sou eu... Porquê?” – as minhas dúvidas foram todas tiradas. Bem, tentei desculpá-la mentalmente pois eu não era realmente lá muito inesquecível.

“Queria falar contigo uns instantes... Será que posso?” – perguntei, um pouco magoada com a situação.

“Amn... Claro, porque não?” – respondeu-me, hesitando um pouco.

“Rin-san... O meu nome é Hatsune Miku.” – pronto, se ela se esqueceu de mim, vamos voltar às apresentações – “E eu sou a namorada do Kaito. Ouvi uns rumores que tu gostas dele... É verdade?”

“M-Miku-san...” – começou – “Para falar a verdade, eu já não gosto do Kaito-kun, podes ficar descansada. Eu agora... Amo outra pessoa.” – e desviou o olhar, corando um pouco.

Que alívio! Ela afinal já não gostava do Kaito! Já não era a minha rival, e assim podiamos ser finalmente amigas!

“A-A sério? Que alívio! É que eu sempre quis tentar ser tua amiga, Rin-chan! Mas quando me contaram que tu gostavas do Kaito, fiquei muito triste, pois não queria ser a tua rival. Por isso decobri a tua morada, e vim confirmar pessoalmente.” – eu realmente estava a ser muito sincera. Até acho que falei demais...

“Sempre quiseste ser minha amiga? Porquê?” – a esperança que eu tinha de ela se lembrar pelo menos um pouco sobre mim desapareceu por completo.

“É difícil não reparar em ti, Rin-chan. Estás sempre rodeada de amigos, e o teu sorriso é muito contagiante.” – tentei não lhe relembrar que me tinha ajudado – “Sempre quis ver como eras mesmo.”

“Então, vamos ser amigas.” – fez-me um longo sorriso – “Espero ser uma boa amiga, Miku-chan.”

“Hum! Espero que sejamos boas amigas, Rin-chan!” – exclamei. Yey! Finalmente ela ia reconhecer-me com uma amiga dela!

Com o passar do tempo, comecei a saber mais sobre ela, até que ela começou só a contar-me somente a mim coisas que as outras suas amigas não sabiam sobre ela.

“M-Miku... Tenho uma coisa para te contar...” – disse-me toda corada, num dia em que eu fui à sua casa.

“Sou toda ouvidos!” – exclamei.

“Mas promete que não contas a ninguém!” – suplicou-me, com a cara muito próxima da minha e com uns olhos brilhantes.

“Claro que não conto a ninguém! Juro por Kami-sama!” – jurei, pondo a minha mão ao pé do meu coração, para ela ver que eu não estava a mentir.

“E-Eu... Namoro... Com o Len.” – contou muito rapidamente, com a cabeça baixa, e muito corada.

“O LEN!?” – guinchei – “Mas ele é o teu irmão gémeo, Rin!”

“Cala-te Miku, alguém pode ouvir!” – queixou-se, tapando-me a boca para que eu não continuasse a falar – “Sim, eu sei que ele é o meu irmão, mas... Ele também me ama, e nós queremos mesmo ficar juntos. Compreendes?” – perguntou, tirando a sua mãozinha da minha boca.

“Hum. Eu compreendo, Rin. Se tu o amas mesmo assim tanto, eu vou apoiar a vossa relação ao máximo!” – assenti, muito contente pela minha amiga.

“M-Miku...!” – e abraçou-me logo de seguida. Ela finalmente confiava em mim, contando-me uma coisa tão importante! Para me contar uma coisa assim tão importante, quer dizer que eu finalmente estava na lista das pessoas que ela mais confiava, certo? Isso não podia me pôr mais feliz!

No dia seguinte, Kaito veio ter comigo para me perguntar se eu sabia sobre a relação dos gémeos Kagamine, já que ele também era o melhor amigo do loiro. Eu disse que sim, e abracei-o, dizendo que estava muito contente por aqueles dois. Afinal, com o passar do tempo, também tinha feito uma pequena amizade com o Len, já que este era o melhor amigo do meu namorado, e irmão gémeo da minha melhor amiga (agora seu namorado).

Eu estava muito feliz. Amizades novas. Um namorado que podia durar para o resto da minha vida. Uma vida finalmente normal.

O que é que será que viria de novo, para me pôr ainda mais feliz?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Whaaa, adorei escrever este capítulo ;-; pôs-me muito feliz!
Enquanto escrevia, estava enrolada numa manta quentinha, e bebia uma caneca de chocolate-quente xD Já que aqui em Portugal é Inverno :3
Mas bem, espero que tenham gostado :v
Até ao próximo capítulo ^0^/



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