Diana's The Adventures escrita por LivWoods


Capítulo 5
Capítulo 5 - O Druida.


Notas iniciais do capítulo

Olá,

mais um capítulo para vocês... quero informar que o nome Calico Jack e Adam, não são da minha autoria, pois, são piratas que já existiram, basta procurar. Assim, como o conto de Apolo e Dafne.



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HOUVERAM ALGUMAS NOITES ATRÁS QUE para recompensar a jovem princesa por seus serviços em cuidar dela, Diana caçou o coelho branco que possuía uma mancha preta no rabo. A princesa finalmente tinha realizado sua vontade de comer carne. Agora que caminhavam ao norte da Grécia, Sapphire contava-lhe um conto para a guerreira. O conto do deus Apolo com a ninfa Dafne. Conta-se que o mais belo dos deuses do Olimpo, Apolo, irritou o filho de Afrodite, Cupido, com sua arrogância. Aborrecido, o cupido lançou duas flechas, uma do amor em Apolo e a outra de chumbo em Dafne, filha de Peneu, o deus dos rios, que afastava o amor. Cada dia mais doente de amor pela ninfa, Apolo começou o seu assédio sobre Dafne, que a cada dia o rejeitava. Em um dia Apolo começou sua perseguição a Dafne, que corria desesperada para floresta em busca de se afastar do deus. Porém, Apolo era rápido e começou a ficar mais próximo da ninfa podendo até tocar em seus cabelos. Dafne prevendo que estava encurralada suplica ao seu pai que cessasse seu sofrimento. Peneu então, a enfeitiça. Dafne sente seu corpo começar a transforma-se e aos poucos seu lindo corpo aveludado e sua pele branca começam a virar cascas, seu cabelo como fios de ouros ondulados, brilhantes mais do que o próprio sol, começavam a virar folhas e seus lindos braços, delicados, finos, enrijeceram. E seus pés fincaram-se no solo como raízes. Contrariado, Apolo se agarrou à árvore e chorou e chorou sob a árvore que era em outrora seu grande amor, dizendo que os ramos de loureiro sempre o acompanharão em sua coroa verde e vistosa, participando de seus triunfos eternamente, contou Sapphire.

– Não foi bem assim que ocorreu - disse Diana.

– E como foi que ocorreu? Esse é uma das histórias mais conhecidas do deus Apolo e você diz que não ocorreu assim?

– Não! Acredite, eu estava lá.

– Você o quê? - a voz da princesa soo incrédula.

– Sim, tudo começou quando o cupido e eu fizemos uma aposta.

– Vocês fizeram uma aposta? - inquiriu Sapphire desconfiada.

– Exatamente. - confirmou Diana pronta para contar a história quando viu alguém ser atacado por vários homens. Ao que tudo indicava aquela pessoa estava desarmada, uma luta injusta. - Suba no cavalo, não temos mais tempo para histórias.

– Mas eu quero ajudar! - protestou Sapphire, mesmo assim subindo no cavalo.

– Ainda precisa treinar sua pontaria com o arco, em outro momento.

A guerreira saltou para o meio daqueles homens, desembainhando sua arma e atacando aquela corja de ladrões. O homem encapuzado se afastava pegando o seu cajado e depositando sem muita técnica batidas na cabeça de um dos malfeitores. Diana feriu todos eles em locais não letais, para que vivessem e se arrependessem de seus crimes e pecados. Eles gritaram condenando o seu nome aos quatro ventos. O encapuzado juntava seus pertences quando Diana o tocou no ombro e ele retirou o capuz revelando ser um jovem de aproximadamente vinte anos que ainda conservava as feições de um garoto. Os cabelos eram escuros e brilhantes, trazia uma cabeleira que lhe chegava as costas presas no meio por uma fita branca. Também conservava uma franja que descia elegantemente por aquele rosto anguloso e branco. Debaixo de sobrancelhas bem feitas seus olhos eram verdes como duas pedras de esmeraldas, parecia ser um rapaz bastante vaidoso, pois era de se notar que barbeava-se diariamente com o mesmo cuidado com que penteava seu cabelo. Ombros largos e fortes, tinha o corpo ideal para um bom guerreiro, porém trajava roupas como de um sacerdote. Um longo manto com capuz verde da cor de seus olhos com detalhes em fio de ouro e um cajado bastante talhado com algumas escrituras, parecia carregar uma pequena harpa dentro de sua sacola de couro de cabra.

– Obrigado! muito obrigado - disse segurando as mãos de Diana que retirou rapidamente. - Não sabia o que faria se caso você não aparecesse nessa hora.

– Está tudo bem - Diana olhou ao redor e percebeu que Sapphire não estava ali montada em Erbos. - Onde ela está? - perguntou ao homem.

– Quem? Se está falando da sua amiga eles a levaram - o rapaz estava tirando a poeira de suas roupas, quando foi surpreendido por Diana que o segurou contra a árvore perguntando onde estava Sapphire. - Eu achei que soubesse que eles a haviam levado, Nossa como você é forte. - Ela perguntou para onde a levaram e ele respondeu - Para o templo de Hera, para onde mais? Hoje é o dia de agradecer a deusa.

Diana suspirou, soltando-o.

– Ela foi levada de novo, é a quarta vez nesse mês.

A guerreira caminhou em direção ao cavalo sendo seguida pelo homem.

– Espere, eu posso leva-la até lá, sei de um caminho mais rápido.

– Eu viajo sozinha! - respondeu.

– Estava viajando com essa garota que a levaram.

– Pois é, ainda estou tentando me livrar do último que salvei - disse finalmente montando em Erbos.

– Vamos lá, eu posso ajuda-la, sou um druida que está peregrinando por estas terras como foi ordenado pelo meu mestre, meu nome é Argalad, que significa nobre-brilhante e o seu?

– Eu sou Diana.

Ele arregalou os olhos fazendo uma reverência.

– Seu nome em minha terra seria, Valave, que significa, divina. Já esteve entre o meu povo celta?

– Não que eu me lembre - Diana estirou a mão para que ele subisse em seu cavalo - segure-se.

Erbos arrancou velozmente deixando o jovem druida aturdido segurando distraidamente nos seios da guerreira que olhou por sob o ombro questionando se ele era um druida suicida. Quando percebeu o que fazia rapidamente suas mãos buscaram local mais adequado para se segurar, seu rosto estava corado. A viagem pelo que ele havia mencionado seria mais de cinquenta léguas pelo caminho normal, graças a ele poderiam ir pelo atalho e pegariam um navio.

O castelo de Hera, ou o templo de Hera, localizava-se em um morro, no local de uma antiga fortaleza grega, os muros antigos ainda permaneciam de pé, onde estavam sendo cuidados. Por um momento visualizando as encostas, Sapphire, percebeu estava chegando em uma ilha, onde dezesseis mulheres vestidas de branco, com pulseiras de ouros e cabelos bem cuidados contendo coroas de louros, a aguardavam. Perguntou que lugar era aquele, compreendendo que todas aquelas mulheres pareciam usar roupas de festa, pensou que esperavam alguém muito importante. Sapphire começou a ficar pálida, era a quarta vez que havia sido raptada e nada nunca saía bom de um rapto, aprendeu com os inúmeros sequestros. Se já soubesse usar o arco poderia fugir dali, mas do que adiantaria se o mesmo havia ficado com Diana? Estava sem escolhas, a não ser seguir as moças que colocaram um véu transparente em seu rosto e a conduziram para outra câmara.

– Você será levada para se lavar, não podemos iniciar a cerimonia com vestígios do mundo terreno - comentou uma moça ruiva de pele macia e branca, todas eram tão lindas, pensou Sapphire. - Depois a levaremos para sua ceia.

– Ceia? - inquiriu Sapphire onde a outra mulher apenas confirmou com um aceno.

Irei me trocar e comer, que tipo de rapto é esse? Alguns sequestradores poderiam se espelhas nessas mulheres. Estou quase me sentindo em Corinto, com inúmeras servas, pensou.

Enquanto isso, o druida havia conseguido um navio por quatro pipitas de ouro para conduzi-los até a ilha de Hera. Um navio pirata era um dos mais velozes de todos os navios e bem armados que navegavam naqueles sete mares. A bandeira com a caveira e duas espadas cruzadas conhecidas como Jolly Roger, anunciavam que aquele navio era de uma tripulação de piratas. O capitão do barco, Calico Jack, mandavam seus tripulantes trabalharem com um estridente grito, enquanto seu imediata Adam Bonny estava ao seu lado, sempre atento observando os mares com uma luneta nautica de couro preto com dourado. Jack era marcado demais do sol, moreno, possuía brincos de argola de ouro nas duas orelhas, os cabelos eram escuros e opacos que lhe chegavam aos ombros, ele era bonito, tinha uns belos olhos cinzentos, sérios e obstinados. Seu imediato, possuía a beleza mais distinta de todos ali, os marujos eram suados, queimados e com lenços na cabeça para se protegerem do sol. Adam Bonny era diferente, pensou Diana, encarou aquela figura magra e com sua luneta. Tinha belas feições suaves como traços femininos, olhos castanhos doces e repleto de alegria e olhava de maneira mais do que admirada para Calico Jack. Diana o encarou como se não estivesse certa de que aquela pessoa era amigo, ou inimigo. Porém, o druida ao seu lado não estava muito bem, parecia enjoado e já havia agraciado os mares de Poseidon com duas golfadas de vomito.

– Você não parece gostar do mar - comentou ela.

– Está enganada, sou um verdadeiro admirador do mar, só que em terra firme - respondeu ele. - Como pode ver, estarei bom logo, logo.

Diana não queria assumir, mas estava preocupada com a sua amiga. O que poderia está acontecendo com Sapphire? A princesa tinha um imã para ser raptada, devia imaginar que aquela luta com os ladrões não daria em outra coisa, a não ser o sequestro da moça. Procurou se distrair naquele navio. Notou rapidamente que alguém se aproximava.

– Não se preocupe, sua amiga ainda estará viva quando chegarmos lá e poderá salva-lá. O grande ritual de Hera é feito no primeiro período de lua cheia a cada dois anos e lá eles celebram a grande união, o chamado, Hieros Gamos– Diana a encarou curiosa e o imediato continuou com sua voz melodiosa. - Acho que não conhece esse ritual. Eles pegam uma virgem, e oferecem-na para a deusa em troca de prosperidade e equilíbrio a terra, pois a deusa representa a tríplice, nas formas de donzela ou virgem, a plena ou mãe, e a viúva, ou a separada. Hera é o próprio ciclo da mulher em todo o seu poder. Então não tem com o que se preocupar, porque cuidarão bem dela. Ela estará segura até antes o surgir da lua e o Jolly Roger é rápido o suficiente para chegar lá antes disso.

"Espero mesmo assim que esteja salva. Aguente mais um pouco Sapphire, irei salva-la" disse Diana em pensamento, vendo o sol começar a baixar no horizonte.

Sapphire estava com um belo vestido branco que representava a pureza e a ingenuidade. Algumas moças trançavam flores para fazerem uma guirlanda em oferenda a deusa. Uma majestosa estatua de Hera estava adornada por essas guirlandas de romã. Um lindo diadema de ouro na forma de folhas e frutos de murta fora colocado no alto da cabeça de Sapphire, seu cabelo estava trançado para o lado com flores de margaridas presas. Deram-lhe vários ramos de trigo, que eram conhecidos por serem "a flor de Hera". Sapphire estava realmente linda, olhou-a e estava surpresa, nunca havia se sentido tão linda e deslumbrante em uma mesma ocasião. A ilha também estava preparada, com inúmeros archotes acessos ao lado de fora e um grande tapete de pétalas vermelhas de fora a dentro, que conduziria até o salão principal onde ocorreria a grande união. O por do sol estava se esvaindo para dar lugar a noite.

Quando passaram pelos portões, Sapphire, suspirou fundo e começou a caminhar sob aquele tapete de pétalas. Parecia um lugar mágico, o lugar perdido das fadas. A moça olhou para trás, distante, vendo aquele mar violento logo atrás de si. Uma mulher alta de feições doces disse:

– Devemos ir - e começou a caminhar ao lado da princesa.

Ao longe, Diana podia ver as inúmeras tochas acessas, a cerimonia já havia começado. Um rapaz moreno e esbelto, com algumas cicatrizes e uma perna de pau, aproximou-se do druida e da guerreira:

– Vejam! - gritou por o mar está agitado - Já deram início ao ritual! O capitão mandou acelerarmos e estaremos logo nas encostas da ilha de Hera.

– Entendido - gritou Diana de volta.

Diana teve a sensação de que não chegaria a tempo, sua vontade era de pular naquele mar e ir nadando, porém, sabia que era a pior decisão a se tomar. Quando o navio ancorou, saltou do navio com a katana em mãos, correndo em direção ao castelo que se localizava no alto. Olhava para o céu para observar onde localizava-se a lua. Suspirou e começou a escalar, sendo seguida pelo imediato, o capitão, o druida e alguns marujos, enquanto o resto tomava conta do navio. Ao chegar naquele castelo muitas sacerdotisas de Hera tentou impedi-la.

– Diana, vá! nós cuidaremos dessas aqui! Vá salvar sua amiga - disse Adam o imediato.

A guerreira fez um aceno com a cabeça e saiu correndo para dentro do castelo onde seguiu a trilha de pétalas no chão que a guiaram para uma sala. Avistou Sapphire deitada, imóvel, com os olhos fechados e uma mulher ao seu lado com um punhal.

– Como ousa interromper nossa cerimonia sagrada? - disse a mais velha das moças que era, alta e branca - Peguem ela.

As sacerdotisas tiraram suas adagas e correram para Diana para ataca-la. A mesma desviou do ataque de algumas e as esbofeteou para deixa-las inconsciente restando naquele local apenas a mulher mais velha, Diana e Sapphire desacordada.

– Os deuses irão castiga-la por tamanha audácia.

– Não me importo com os deuses e nem os temos, quanto mais me castigarem! - Diana socou a velha que caiu no chão acariciando o rosto no local socado.

Aproximou-se de Sapphire e a abraçou fortemente.

– Por favor acorde - suplicou. - Não pode me deixar agora. Nossa aventura apenas começou - encostou o rosto na curvatura do ombro da morena que logo conduziu seus braços para abraça-la. Diana afastou um pouco para fita-la.

– Oi estranha - disse Sapphire um pouco fraca devido uma bebida relaxadora que havia tomado.

E pela primeira vez Diana abriu um sorriso verdadeiro, abraçando a morena a sua frente.

– Olha você conseguiu salva-la - disse o druida. - A viagem valeu à pena.

Quando voltaram ao porto, Diana agradeceu ao capitão e ao imediato pela grande ajuda que tinham oferecido. O capitão sorriu voltando ao seu navio. Adam despediu-se de Sapphire e de Argalad. Olhou nos olhos da guerreira Diana que comentou que o segredo dele estava seguro com ela.

– Obrigado, os marujos são bem supersticiosos quando tem uma imediata no convés e são mais broncos para receberem ordens - disse ele. - Cuide-se Diana!

– Cuide-se Adam.

Os piratas partiram, ficando a presença do druida que começou a caminhar com elas perguntando se poderia acompanha-las em sua viagem. Diana negou rapidamente, sendo bronqueada por Sapphire que informou que ele ajudou a salva-la também. A guerreira comentou que deveria ter deixado ambos presos na ilha de Hera para não ter que aturar os dois em suas viagens. Sapphire replicou que disse ter ouvido a guerreira dizer que ela não poderia deixa-la. Você estava inconsciente pode ter sonhado isso, disse Diana sem da atenção para os protestos da princesa, enquanto ecoava as risadas do druida.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?



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