O Agente escrita por Manu, GabiElsa


Capítulo 29
O salvamento


Notas iniciais do capítulo

Hi guys!!!! Opa! Fanfic errada... Oi oi gente. Eu sei que vocês querem me matar por essa demora que não sei como aconteceu, mas que aconteceu, aconteceu! Infelizmente. E também sei que vocês devem estar de saco cheio dessas nossas demoras, mas realmente... Até eu como autora fiquei com raiva de mim mesma, mas tô de volta para alegria de vocês.
Saibam que fiquei com muuuuita saudade da fic, e depois de uns 4 meses escrevendo e reescrevendo rascunhos, cenas, montando outras complementares, etc. Nós FINALMENTE conseguimos um capitulo descente e que amei escrever. Bom, tenho que dizer que está incompleto porque iria ficar ENORME, tipo 10.000 palavras ou até mais, porque as cenas são enormes por conta dos detalhes. E como nós ainda não terminamos as outras cenas, deixamos pro próximo, que é provável que saia na semana que vem ou... É, acho que semana que vem, porque na outra voltamos as aulas... Infelizmente... MAS! Não é motivo para desanimo e vamos chegar até o fim dessa história.
Aé! Agradecemos aos comentários que nos incentivaram a postar mas ráp...menos demorado (risos). E quero dizer que quase chorei com o número de favoritos e os que estão acompanhando... AHHHHH MEU DEUS!!!!! É emoção demais senhor... Gente... as visualizações estão chegando a 24.000 *---------------*. Respira mulher kkk.
Agora mudando um pouco de assunto ( AHHHHHHHHHH...). Minha irmã está insistindo em fazer cenas Kristanna e isso vem me deixando um pouco brava, porque quando eu quero fazer uma ceninha Jelsa, ela vira o bicho, dizendo que vai ficar sem graça, um pouco clichê e blá blá blá. Como se as dela não fosse, né? Bom, mas como eu também sou dona da fic e a maioria sou eu que escrevo, também tenho esse direito de mandar casais nas cenas complementares. Então se preparem.
Beijooos



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Missão Scotland

O moreno ajustou sua arma e atirou no braço do primeiro que aparecia num corredor, que o jovem organizou como um campo de proteção para se manter vivo naquele tiroteio que provocou. Hiccup estava totalmente equipado com armas que usurpou dos homens que fez desmaiar com seus socos. Não, ele não tinha coragem de matar. Mas se fosse preciso, o faria.

— Você não vai escapar garoto! Desiste. – Gritava o chefe da equipe, furioso, mas que esbanjava ironia. Isso enfureceu Hiccup, pois aquele homem o fazia acreditar que sua coragem era uma piada, um showzinho cômico que lhe divertia. – Vamos Garoto! Você perdeu. – O moreno abriu seus olhos, tendo um lampejo de ideia ao reparar numa caixa. Aparentemente, cheia de explosivos e granadas.

— Isso é loucura. – Murmurou para si mesmo. A caixa não ficava longe de onde estava. Hiccup podia muito bem correr e pegar aqueles explosivos e jogar neles. Obviamente, ele teria problemas com essa decisão absurda. Mas tinha de fazê-la. – Essa é sua última chance! – Berrou zombeteiro.

— De quê? – Respondeu outro homem, que estava escondido na esquina do corredor – Até parece que você tem explosivos, tipo granadas, pra atirar em nós e se safar dessa – Falou e foi agredido por um companheiro, com um tabefe na nuca – O que é? Ele não tem – Fitou um ponto qualquer, pensando – Ou tem?

— Se não quiserem descobrir, me deixe ir embora. Agora! – Disse em voz alta, apanhando a caixa e recarregando sua arma.

— E eu vou te dar três segundos para você sair de trás dessa parede e se render ou nós vamos atirar com tudo – Berrou o chefe, agora, irritado – Um... – Hic acendeu uma dinamite, enquanto escutava os sons das pistolas e metralhadoras sendo destravadas -...Dois... – Acionou três granadas -...Três... – Se preparou para jogar -...Fogo! – Todos começaram a atirar, fazendo buracos na parede onde Hiccup estava. No entanto, o som dos disparos foi encerrado, em troca, gritos de desespero e passos se distanciando. O moreno aproveitou da correria e correu até um galpão, nele guardava motos e Hic não perdeu tempo para pegar uma delas e parti dali, deixando apenas uma cena de destruição pra trás.

Em alta velocidade, o moreno conseguiu sair daquela zona, e com bastante entusiasmo comemorou sua vitória. Mas durou pouco seu momento de felicidade, pois um pequeno jato o obrigou a diminuir a velocidade e entrar na pequena espaçonave.

— Ah, qual é? – Reclamou.

Ao ver a porta se fechar, Hic percebeu que duas pessoas o fitavam, e isso o alertou para apanhar sua espada flamejante e se defender.

— Quem são vocês? – Vociferou. Sua atitude fez com que o homem estranho se aproximasse e o desarmasse antes de outra atitude inesperada.

— Não é que o garoto é corajoso – Ironizou o homem enquanto imobilizava Hiccup, que fazia de tudo para sair daquela chave de braço.

— Para de ser mal-educado, Bunny – Advertiu a mulher, que também se aproximou aparentando ser amigável – Calma senhor Haddock. Não precisa se exaltar. Somos amigos. Só estamos te salvando – O rapaz franziu a testa e demonstrou um ar de arrogância e sarcasmo.

— Me salvar? Eu que me salvei – Ambos estranhos se entreolharam.

— Aé? Quem você acha que destruiu aquela "fortaleza" que você estava preso? Quem você acha que matou uma centena de homens que iriam atrás de você? – O homem o questiona irritado com a forma com que Hiccup falou – Pois é. Não foi você – Hiccup estranhou o fato de ter sido ajudado, sendo que tal ajuda foi despercebida todo o tempo encarcerado – Então... De nada – O homem largou Hiccup e se sentou numa cadeira, de braços cruzados bufando.

— Desculpa. Eu não sabia – Disse Hic com o tom de voz baixo – Me perdoem por ter sido ingrato - A mulher o fita, com um semblante sorridente.

— Tudo bem. Eu sou Toothianna e aquele arrogante é o Bunnymund. Fomos mandados para te salvar desse sequestro e agora vamos salvar sua amiga, a senhorita Dunbroch – Hiccup sorriu como retribuição e se sentou próximo ao homem.

— Vocês sabem onde ela está? – Indagou curioso. Hiccup não sabia se eles eram confiáveis, mas se eles estão dispostos a salvar Merida, porque causar transtornos.

— Vamos ver isso agora – Murmurou Bunny, clicando e teclando códigos rapidamente – Tooth, você pode verificar as câmeras da cidade? Se o garoto estava perto do centro, ela não deve estar longe.

— Claro – Respondeu enquanto apanhava seu tablet – Deixa-me ver... – Murmurava enquanto entrava... hum... Roubava as imagens das câmeras de seguranças, pardais de trânsito e toda câmera que estava ligada à equipe de segurança da Escócia.

— Tem como usar o reconhecimento facial? – Perguntou novamente Bunny que levou uma encarada.

— Assim você me ofende – Ridicularizou-se e continuou a procurar – Achei... Ela está em River Way, em um banquinho.

— Ótimo! Ted, River Way – Bunny falou com o piloto, que assentiu e deu meia volta, indo em direção ao rio.

Bunny voltou a se sentar, suspirando pesadamente. Aos olhos de Tooth e Hic, Bunny parecia estar aterrorizado com algo. Mas Tooth logo matou sua curiosidade ao revirar sua memória, provocando-lhe risos.

— O que houve? – Indaga Hiccup, curioso.

— Ele tem medo de altura – Começou a rir e Hiccup deu de ombros, se preparando para resgatar sua garota, embora soubesse que Merida provavelmente estaria a salvo.

—--

— AHHHHHHHHH – Um estrondo fora se ouvido por todo lago, mas pena que não havia ninguém próximo para ouvir, ao não serem os peixes ou algum animal revirando uma lata de lixo – MAS QUE MERDA! – A ruiva vociferou fervendo de raiva, e se exaltou da melhor forma que a deixava calma: Batendo em algum objeto inanimado.

Ela chutou uma cadeira. Arremessou alguns remos que quebrara nas diversas tentativas de fuga. E acabou por sua vez chutando a parede de madeira, provocando um som diferente.

— Ahn? – Aproximou-se da parede e começou a bater de leve para somente ouvir o som da madeira em choque com o osso de seu dedo. Bateu cinco vezes, em lugares diferentes, e nada. Mas ao bater pela sexta vez, ouviu um som oco – Bingo – Pegou uma estaca de madeira e começou a perfurar, até que conseguiu quebrar a tábua e deslocá-la para fora, apresentando um esconderijo – Olha o que temos aqui – A ruiva se deu de cara com sua liberdade. Naquele esconderijo havia algumas hastes de metal pontiagudas e Merida comemorou ao ver um arco em bom estado – Quem é que vai sair daqui – Cantarolou e se posicionou, apanhando o arco e as flechas de frente a porta.

—--

— Você tem certeza que ela está aqui? – Indagou Hiccup pela milésima vez, e Tooth respondeu ainda paciente. Mas Bunny, não podia dizer o mesmo.

— SIM, GAROTO. Ela está aqui. Você não viu no computador a localização? – Esbravejou enquanto pulava no convés.

— Bunny, já chega – Advertiu novamente Tooth, pulando ao seu lado, enquanto carregava sua pistola – Ele só está preocupado. Seja compreensivo – O homem revirou os olhos e Hiccup pulou no convés, nem se interessando pela discussão que causou.

— Nem era para ele estar aqui. Você que quis bancar uma de “agente legal” – Fez asmas com os dedos e crispou os olhos – Da próxima vez vamos fazer do meu jeito – Apontou para si mesmo, lançando um olhar superior para Tooth, que sustentou o olhar e rebateu a provocação.

— Violento e perigoso? – Bufou e riu sarcástica – Querido, eu preservo minha vida. Se você não, aí já não é problema meu – Bunny já iria rebater, mas um assobio chamou sua atenção.

— Acho que ela está aqui – Hiccup disse apontando para uma porta. A descoberta de Hiccup ajudou a sustentar a ideia de Tooth, que cruzou os braços e fitou Bunny com a sobrancelha arqueada.

— Tá bem – Ergueu os braços – Até que não foi uma má ideia – O homem se aproximou da porta se preparando para entrar – Mas veja bem. Se você não apagar um cara da próxima vez, retiro o que disse – Tooth suspirou e assentiu – Tá legal. Oh garota – Berrou do outro lado da porta, recebendo como resposta uma flecha bem próxima de seu rosto – Ai meu Deus – Ele se afastou e Hiccup bateu na porta.

— Merida. Sou eu, Hiccup. Você tá bem? – Não obteve resposta.

—--

— Merida – A ruiva abaixou a guarda ao ouvir uma voz conhecida.

— Hic? – Murmurou e se aproximou da porta – Hiccup – Gritou e bateu na mesma – Me tira daqui.

— Meri, tem uns amigos que vão tentar explodir a porta. Fica nos cantos e se protege – Merida ouviu e se afastou.

— Okay – Ela se encolheu num canto do outro lado da porta e apertou os ouvidos e os olhos, torcendo que desse certo.

Ela esperou alguns segundos, até que ouviu um barulho tremendo, deixando-a apavorada.

— Vamos – Ela abriu os olhos e se deparou com o moreno, levantando-a e a tirando dali o mais depressa possível – Vamos gente, o que estão esperando? – Hiccup parou assim que viu um homem gordo, de estatura baixa. E barbudo. Aparentemente o “cão de guarda da Merida”.

— Eu recebi ordens e dentre elas é não permitir que a ruiva saísse... – Hiccup já iria dizer alguma coisa, mas parou assim que ouviu um som de tiro e percebeu que o homem caiu duro no chão.

— Agora sim, podemos ir – Tooth guardou sua arma e Bunny pegou o homem, subindo no jato sendo seguido por Merida e Hiccup, que trocaram olhares cúmplices e assustados.

—--

Chácara dos Bjorgman

— Deixe-a ir. – Falou o mais rígido que pode. Tentava elaborar um plano em sua cabeça, mas estava atordoado de mais para pensar. Seu foco no momento era em salvar Anna. Mas não tinha a mínima ideia de como. Um dos homens ergueu uma sobrancelha e começou a gargalhar, alto o bastante, para que o som batesse nas paredes e voltasse.

— Meu querido, se você não ficar quieto, seremos obrigados a tomar providências. E você vai se dá mal se formos obrigados a isso. – Kristoff aperta o punho com força e a mandíbula crispando os olhos para aquela figura maléfica.

— Mas... Não tomaremos mesmo assim? Pensei que o chefe não quisesse testemunha. – Disse ingênuo, um homem um pouco magro, que fechou a caixa, após se sentar em cima do ergástulo de ferro, onde Anna estava.

— Tem razão. Podemos acabar com logo isso. – O homem apanha uma faca, e sorri com más intenções. Kristoff olha ao seu redor e visualiza uma barra de ferro jogada no chão, pega imediatamente. O homem faz um sinal para que os outros dois capangas levassem a caixa.

— O QUE VÃO FAZER? – Grita desesperado, enquanto consegue escutar os gritos de apelo da garota.

— Ela vai nadar um pouquinho – Ele faz um movimento com as mãos, manuseando a faca. – Pena que essa caixa não boia. – Kristoff arregala os olhos. Podia dizer que os mesmos estavam se enchendo de lágrimas. Eles queriam assassiná-la! E o pior. Ele não conseguia fazer algo para ajudá-la. Sentia-se inútil.

— KRISTOOOOOFF! – Ao ouvir novamente os berros da garota, fechou seus olhos procurando sua força que não vinha e suspirou pesadamente.

— Deixem-na ir – Falou entre dentes, aparentemente continuava amedrontado, mas tentava ao máximo demonstrar sua valentia. Até certo ponto, Kristoff avançou num homem que foi ao combate com outra barra de ferro, mas o que ele não sabia, e que poderia prejudicá-lo, era que Kristoff fez luta quando era jovem. Resultou um homem inconsistente com uma bela pancada em sua nuca e os presentes surpresos pela competência e a habilidade de Kristoff em sua defesa – Deixem-na ir – Proferiu diversas e diversas vezes, mas a teimosia daqueles homens de deixar seu lado mal e aceitar sua apelação para o bom, o obrigou a violência.

Kristoff estava em desvantagem por ser um contra uma dezena de homens armados com diferentes tipos de armas, por sorte, nenhum aparentava possuir arma de fogo no momento, mas mesmo apostando sua vida para salvar Anna, nenhum deles fez menção de atirar.

Dois deles avançaram para ele, ambos possuíam canivetes nas mãos. Tentaram esfaqueá-lo, porém o loiro é mais rápido e acerta os dois na cabeça, com força demasiada para que os dois caíssem no chão. Não sabia se havia matado esses indivíduos, mas para ele isso não importava, não quando Anna estava nas mãos deles. Mais três homens levantaram guarda e Kristoff se distanciou um pouco para conseguir vantagem. Preparou-se colocando a barra de ferro frente a si.

— PODEM VIR! – Vociferou e os sujeitos erguem suas armas, e correm rápidos. Kristoff acerta a boca do estomago de um deles, fazendo os mesmos olharem para o recente ferido. Conseguindo uma mera vantagem, o loiro dá uma rasteira nos três, que caem no chão gemendo pela pancada forte. Sobraram apenas três, e entre eles estava aquele que deu as ordens. Um, desarmado, tenta dá um soco no rosto do rapaz, mas o mesmo desvia revidando em seguida. O outro, também desarmado, consegue bater em Kristoff, fazendo seu rosto ganhar um filete de sangue no final da sobrancelha. O loiro bate forte com o punho fechado no maxilar do homem, dando um nocaute.

— Ual! Deveria ter usado essa experiência de luta antes de pegarmos sua namoradinha. - Fala com deboche, deixando-o irritado, dando uma coloração mais forte no rosto bonito do rapaz loiro. E apertar a barra, fazendo seus dedos reclamarem pela força obtida. – Na boa, não sei o que você viu nela. Claro! Tirando a parte que ela é bonita e rica, até eu queria ficar com ela. Mas acho que o resto, não deve ter muito do que aproveitar. – Kristoff não pensou duas vezes, apenas avançou nele com brutalidade sem igual. Dando socos no corpo do homem fazendo-o cair. Porém, o mesmo começa a gargalhar como um maníaco. – Por que não desiste logo? Você não pode nos derrotar. Acha mesmo que ganhou derrotando meus homens? Você apenas atrasou um pouco o processo. Sua namoradinha já deve estar boiando que nem um peixe morto na água. Oh eu esqueci! A caixa afunda, não tem como ela boiar. – Começou a rir com ironia – Mas isso não quer dizer que ela não esteja que nem um peixe morto. – Mais risos. Kristoff começar a se preparar, mas assim que o loiro faz menção de atacar novamente, o homem tira uma arma de sua calça, fazendo Kristoff arregalar os olhos e ficar estático. Sua vida passou pelos seus olhos como um filme. Apenas esperou o gatilho ser puxado.

Mas que ocorreu...

Ele não sentiu nada perfurando seu corpo, só o barulho do tiro ecoou pelos seus ouvidos, e latidos?

Quando se deu conta do que realmente aconteceu, Sven atacou aquele homem, o mordendo no rosto, na perna, nos braços, deixando várias marcas de sangue sobre o corpo do homem e na boca e patas de seu cão.

— CÃO PULGUENTO! AHH! SAIA DE CIMA DE MIM! – Os berros se cessaram, dando início aos suspiros e gemidos de dor. Parecia que ele estava se preparando para morrer.

— SVEN PARE. – O cão parou brutalmente o que estava fazendo, e foi para seu lado, abaixando a cabeça, totalmente submisso. Fitou o corpo caído no chão ensanguentado. O braço tinha várias marcas de mordidas e arranhões de mostrar uma parte da carne. Seu rosto não estava indiferente, mas com menos hematomas e ferida do que o resto do corpo.

Nunca vira Sven atacar alguém desse jeito. Sempre foi brincando ou só pra intimidar. Mas no momento que testemunhou essa cena, ficou orgulhoso em saber que tinha um verdadeiro amigo ao seu lado.

Olhou para fora da casa, onde era seu cárcere. E correu para fora, sendo seguido pelo cão. Procurou pelos caras, conseguindo encontrá-los próximos do rio. Correu até que suas pernas reclamassem, chegando perto. A calmaria tomou conta de seu corpo.

Anna balançava a mão, e reclamava de uma dor. E os homens permaneciam no chão gemendo. Quando a garota notou a presença do rapaz, correu imediatamente pra ele o abraçando.

— Como?! - Indagou desacreditado, segurando com as duas mãos o rosto dela, que escorria algumas lágrimas em suas bochechas pálidas.

— Conto em casa, quando chegarmos. Eles podem levantar a qualquer momento. – Kristoff afirma e ambos correm. Anna também notou que Sven estava presente, e com algumas marcas vermelhas em seu pelo. Perguntaria ao loiro mais tarde.

—--

R.O.T.G

A sola de seus pés batia no chão, freneticamente, demonstrando a ansiedade que o rapaz sentia a cada minuto que passava sem receber notícias. Os olhos azuis fitavam o monitor próximo com o olhar preocupado.

Suspirou tenso antes de passar a mão nos fios brancos desordenados, e encarar profundamente o velho agente, que estava sentado numa cadeira próxima a sua, com um olhar sério e longe, perdido em devaneios.

— Agente Ted pedindo permissão para pousar – Uma voz grave e firme ecoa por toda aquela sala, despertando o interesse de muitos que trabalhavam ali – Repetindo, permissão para pousar – O albino fitou uma tela de câmeras e confirmou que seus parceiros de equipe já chegaram.

— Permissão concedida – Fala North em um pequeno microfone, se levantando da cadeira e indo em direção a Sand, que estava ocupado com algo em seu computador.

O jovem agente não se conteve em abrir um sorriso de lado e correr até a área de pouso, onde encontrou com Tooth e Bunny, que o cumprimentaram assim que o viram.

— Cadê a Meri e o Hic? – Indagou vendo que a nave estava vazia.

— Os deixamos na Escócia. O que mais queria que a gente fizesse? Trazê-los aqui para te verem? – Respondeu Bunny esbanjando todo o seu sarcasmo. No entanto, Jack apenas deu de ombros e os acompanhou até a área principal.

— Usaram o apagador de memórias? – Perguntou pondo um braço sobre os ombros da mulher, a envolvendo em um meio abraço.

— Foi um pouco difícil montar uma história para eles acreditarem – Tooth respondeu com um riso tímido. – Mas felizmente, eles vão acreditar que foi apenas um sonho daqueles que esquecemos assim quando despertamos – O albino assentiu, como forma de aprovar a decisão de ambos.

— E os pais deles? Desconfiaram do sumiço? – A mulher fitou Bunny de relance e voltou seus olhos para o rapaz.

— Bunny mandou uma mensagem dizendo que eles, neste tempo, estavam passeando pela cidade e acabou dormindo fora – O homem, que até então andava na frente, diminuiu os passos ficando ao lado do rapaz, com um sorriso bobo no rosto.

— Os dois vão acreditar que beberam muito e, quando chegaram em casa, foram logo dormir. Usamos um creme para cicatrizar os machucados do garoto e alguns medicamentos para ambos não acordarem totalmente doloridos. – Os três agentes riram imaginando a cena, e logo adentram a sala principal, se deparando com um North sério e intimidador.

— Como foi a missão? Pelo que vi tiveram sucesso absoluto – Bunny se aproximou do mais velho e não conteve um ar de gabação e orgulho para alfinetá-lo.

— Digamos que foi o nosso dever – Riu zombeteiro – Pena que você não estava lá barrigudo – Agora gargalhou alto e Tooth e Jack reviram os olhos, suspirando em seguida com a atitude do colega.

— É uma pena mesmo, porque eu diria para vocês que o critério de descrição foi um horror – Os risos de Bunny se cessaram de imediato ao ouvir as palavras do individuo ao seu lado, que cruzou os braços de frente ao peito e arqueou uma sobrancelha – Deviam prestar mais atenção no que vocês fazem – Tooth arquejou boquiaberta, incrédula.

— Eu prestei atenção em tudo! – Esbravejou – Até desviei o sinal das câmeras para não captar o jato.

— E a destruição de uma área sigilosa? Não podemos deixar que a polícia se envolva nisso. – Franziu a testa e ligou algumas telas, mostrando os telejornais que no momento passavam reportagens sobre a explosão na Escócia – Tá vendo só?! Isso que deveríamos evitar – Vociferou e arremessou o controle remoto para o outro lado da sala.

— Mas foi o moleque que explodiu. Não nós – Tentou argumentar Bunny – Além disso, estão chamando de explosão misteriosa. Não tem como saber que uma quadrilha estava mantendo um garoto de refém e que esse mesmo garoto matou essa cambada toda.

— Mesmo que me doa admitir... – Se pronunciou Jack, que até então estava invisível naquela discussão – Mas o canguru ta certo.

— Tá vendo?

— No entanto... Se tivéssemos feito do meu jeito desde o inicio não estaríamos tendo essa briga de quem é a culpa – Os agentes fitaram Jack com incredulidade.

— É sério isso? – Bunny foi o primeiro a indagar. E mesmo vendo a seriedade no olhar do mais novo, não se dispôs a acreditar – Para de brincadeira Jack!

— Eu tô falando sério – Falou firme, causando arrepios nas espinhas dos ali presentes – Se eu dirigisse essa missão desde que entrei naquela casa, já teríamos o mandante na prisão. Mas vocês sempre querem ser os racionais daqui. Não é? – Bunny iria rebater, mas North deu um passo à frente.

— Jack, eu não o coloquei nessa missão para questionar as ordens da central e sim para obedecê-las – Jack bufou alto, aumentando a tensão entre ambos.

— Se você quer saber, North, eu já cansei de ficar recebendo ordens sem sentido – Falou entre dentes, sentindo seu sangue ferver – E olha o resultado – Olhou sarcástico para a tela – Dois amigos foram sequestrados por minha culpa, porque EU não consegui ser discreto o bastante para completar as ordens de VOCÊS! E a Anna também foi sequestrada, ou preferem o termo assassinada? Porque do tempo que estive aqui fazendo merda alguma, eu deveria ter a salvado quando tive chance. E olha que não foram poucas. – Seu coração estava acelerado, e sua raiva quando proferiu aquelas palavras, aumentou ainda mais – Quer saber? VÃO SE FERRAR! – Vociferou o mais alto que pode e deu as costas para os agentes – Eu tô fora.

— O que?! – Murmurou Tooth completamente abalada.

— Para de birra moleque – Falou friamente Bunny, sentindo a culpa e a tristeza penetrar em seu coração.

Com passos rápidos, Jack caminhou até a porta sentindo os olhos marejarem e uma dor imensa em seu peito. Mas não podia chorar. Não na frente deles.

Porém, antes de atravessar o portal, Sand se pôs em sua frente, obrigando-o a parar.

— Por favor, Sand. Não torne isso mais difícil – O homenzinho negou com a cabeça e apontou para uma tela, mostrando um telejornal.

“Nessa terça-feira, a universitária, e também filha do duque e dono das corporações de joias Arendelle, foi sequestrada há alguns quilômetros de sua universidade, num setor de chácaras.”

“A garota foi encontrada na estrada junto de um rapaz, chamado Kristoff Bjorgman, que também fora sequestrado. No momento a garota se encontra com sua família na casa da avó, onde não podemos divulgar a localização a pedido dos parentes.”

“David Agdar, disse à imprensa que a policia prendeu os sequestradores e que está muito grato à Kristoff por ter salvado sua querida filha.”

“A seguir o que chamamos de o jantar da realeza, ocorrerá nessa quinta-feira na casa de férias da família Weselton.”

“Mais noticias no jornal das nove”

— Ela fugiu? – Murmurou a si mesmo e abriu um sorriso.

— O Jantar da realeza? O que vocês dizem de investigarmos algumas pessoas? – O albino escutou a conversa sem mover mais nenhum passo – Mas devemos escolher um agente que sabe se disfarçar e que conheça cada convidado na ponta da língua – Riu sem humor e virou-se para o pequeno grupo, que sorriam para ele – E então Jack Overland? Acha que dá conta de nos guiar nessa missão? – O rapaz abre um sorriso de mostrar os dentes e lhes lança um olhar travesso.

— Tô dentro!

—--

Casa da vovó

No céu azul escuro, destacava-se demasiadamente o grande círculo brilhante, que iluminava não só a rua, como também a janela do quarto de Anna, a qual estava aberta. Deixando o quarto com uma temperatura agradável para que a garota dormisse, os ventos daquela noite balançavam os galhos da arvores ali próximas, batendo nas vidraças da estufa, causando certos arrepios na garota, que passou a temer em um sonho.

Mas Anna dormia serenamente. Um braço jazia jogado sobre seu corpo, e o outro abaixo de sua cabeça. O cobertor já diminuíra sua função, quando Anna movimentou seus pés, puxando-o para baixo, fazendo ficar na metade de suas coxas, as quais estavam expostas, pelo pijama que trajava.

Estava um pouco frio, naquela madrugada. Mas não foi motivo para Kristoff ficar em casa. Estava com saudades da namorada, até iria vê-la de dia, mas não conteve a ansiedade. E sabia que Anna gostava de romance, e loucuras. Só bastava coragem para fazê-las. E essa noite ele teve.

O loiro ajeitou o colarinho de sua jaqueta de couro preta, e caminhou pela grama verde levemente molhada pelo sereno e pelos regadores que acionaram algumas horas atrás. Catou pedrinhas, que havia no jardim da dona Rose, e arremessou-as na janela do quarto da amada. Na obteve resposta alguma. Então jogou outra.

Ficar em sua cama era um sentimento tão bom, que poderia deixar de comer chocolate, para ficar deitada... Não! Não chegaria a esse ponto. Chocolate era sua vida.

Ouviu um barulho persistente, mas não se importou. Deduziu que fosse Marshmallow em cima do telhado. Mas assim que sentiu algo peludo roçar em seu braço, ficou em plena dúvida. Abriu os olhos, e sentou-se, deparando com o gato deitado em seu lado. Esfregou os olhos e bocejou longamente. Assustou-se quando algo caiu em suas pernas.

— O que? – Procurou pelo o objeto desconhecido em seu cobertor acumulado, encontrando uma pedra. Franziu o cenho no mesmo instante que apanhou o ser, que apareceu do nada em sua cama, e levantou-se aproximando vagarosamente da janela.

Assim que a silhueta de Anna apareceu, abriu um grande sorriso ao vê-la. Distanciou-se para que Anna o visse. E ergueu os braços fazendo movimentos, a fim de chamar sua atenção, conseguindo-a.

— Kristoff? O que esta fazendo aqui? – Interpela. Mirando-o com uma mistura de felicidade e surpresa.

— Vim te ver. O que mais faria aqui? Cuidar do jardim? – Ele contesta guardando suas mãos nos bolsos de sua calça moletom, tentando aquecê-las.

— Bem... A grama precisa ser aparada... – Ela brinca e recebe um olhar reprovador do loiro. – Você sobe ou eu desço? – Indaga sorrindo.

— Eu subo. Aqui esta fora está um pouco frio. – Responde caminhando até um chafariz que jazia desligado ficando sobre ele, e pula numa sacada um pouco longe da janela do quarto, pendurando-se. Deu a volta apenas segurando-se com suas mãos, não havia nada abaixo dele. Conseguindo alcançar a parede onde havia a janela do quarto dela, usou toda sua força para agarrar a grade de proteção, e descansar seus pés no piso. Esperou um pouco, para que seus dedos parassem de reclamar a dor, por sustentar seu corpo.

— Machucou? – Pergunta Anna preocupada, se apoiando na janela, para que conseguisse ver o amado.

— Não – Fala ofegante, abrindo e fechando as mãos, diminuindo a dor e um pouco da vermelhidão.

— Cuidado. – Fala Anna atraindo a atenção dele, que assente. Uniu todas as forças que tinha e que não tinha, para saltar de onde estava até a janela, se firmando com o pé, apoiado na parede e com as mãos pendurando-se.

Anna o ajuda a adentrar o cômodo, puxando-o pelo braço. E assim que consegue, se abraçam.

— Que saudade. – Fala contra o pescoço do loiro, inalando o cheiro dele. – Não importa se a gente se viu ontem. – Deu um risinho.

— Também senti saudade. – Ele abraça com mais força fazendo-a gemer de protesto com a pequena dor em suas costelas e sua coluna. Ela ri após o abraço e o beija com intensidade, fazendo-o sentir seu amor apenas com um beijo.

— Por que não esperou até amanhã? – Sussurra causando cócegas nos lábios de seu amado.

— Porque eu queria te ver agora. – Ele responde roubando um selinho. Ela segura o rosto dele com as duas mãos e lhe lança um sorriso.

— Você é muito doido. Depois que aconteceu aquilo com a gente. Você ainda se arrisca saindo de casa nessa hora só pra me ver? – Ela o repreende com um soco no braço, após separar-se dele.

— Ai! – Ele grita sussurrando, massageando o local que Anna batera. – Não gostou da minha atitude? – Indaga franzindo o cenho.

— Claro que não! – Quase que esbraveja, o mirando. – Fica dando mole por aí, e um maluco te sequestra e eu fico como? – Ela cruza os braços e aguarda uma resposta.

— Se isso acontecer, eu escapo de novo. – Ele fala dando de ombros.

— Kristoff, não que eu duvide de sua capacidade, mas o raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Você teve sorte em ter o Sven por perto e deles não estarem completamente armados. – O loiro a fita incrédulo, mas logo muda de feição e a puxa para mais perto. Contrariá-la, seria totalmente rude e errado. Ela estava certa.

— Eu errei em vim aqui desse jeito. Mas eu precisava te ver. E você sabe que eu faço de tudo para te encontrar. Até enfrentar uma tempestade de neve. – Ele fala segurando-lhe o queixo, para que ela ouvisse o fitando. Anna inspira profundamente e descruza os braços.

— Eu até gostei de você ter vindo aqui. Correr perigo só pra me ver. Foi bem romântico. – Ela segura a mão dele e entrelaça seus dedos. – Mas por outro lado, foi muita burrice da sua parte.

— Okay, okay. Não vamos discutir por isso. O importante é que estamos juntos – Ele fala sorrindo.

— Gente eu não estou disposta a ouvir melação. – Profere Elsa sentando-se em sua cama, atraindo a atenção do casal. Kristoff franze o cenho e encara Anna, curioso.

— Pensei que você dormia sozinha. – Anna balança a cabeça para os lados, formando uma linha fina com os lábios.

— E eu pensei que você tivesse casa. – Rebate Elsa. A fúria e o stress da loira já começavam a sobrevir-se, num modo que apenas Anna viu, pelos anos de convivência com a irmã.

— Você ouviu a conversa desde o início. Correto? – O loiro se atreve a dizer algo, diminuindo o constrangimento da garota ao seu lado.

— Sim, infelizmente. – Assentiu cobrindo-se com uma manta próxima.

— Então não preciso explicar de novo. – Elsa arqueia uma sobrancelha e ri sem humor.

— O que nossos pais iriam dizer se encontrassem Kristoff aqui. Sozinhos. No quarto. À noite. – Fala a loira encarando Anna e volta seu olhar frio para Kristoff, que engoliu em seco pensando na hipótese de isso acontecer.

— Não vai dar em nada. Pelo que saiba mamãe e papai estão no quarto de baixo, não tem como eles ouvirem a gente conversando aqui. E a vovó quando vai dormir, ela não dorme, ela hiberna. – Contesta Anna cruzando os braços, demonstrando superioridade à resposta da loira, a fim de dar-lhe motivos o suficiente para que Kristoff ficasse.

— Okay. Okay. – Ergue as mãos em rendição. – Só tentem não fazer barulho. Eu vou lá na cozinha, já que vocês me acordaram, vou comer. Querem alguma coisa? – Fala Elsa pondo seus pés para fora da cama.

— Não. Valeu. – Responde Kristoff deitando-se na cama da mais nova, deixando seus chinelos no chão durante o ato.

— Quero nada não. – Responde Anna balançando a cabeça para os lados. Elsa levanta-se calçando seus chinelos, retirando-se logo depois.

Após a porta ser fechada, Anna deita junto ao namorado em sua cama, aninhando-se no peito dele.

— Então... O que vai fazer amanhã à noite? – indaga a garota, erguendo a blusa dele, descansando o tecido acima do peito. Deixando, o pouco de pelos loiros, arrepiados, quando ela desliza suas unhas compridas em sua pele.

— Nada. Por quê? – Fala curioso, deitando sua cabeça na dela, inalando profundamente o cheiro doce do cabelo escuro.

— Quer ir numa festa comigo? – O convida quase que implorando. E Kristoff percebe só pela voz dela, que mudara.

— Que festa? – Indaga franzindo o cenho, Já tendo uma ideia do tipo de festa.

— Uma em que meus pais vão. E, como Elsa e eu somos filhas deles, somos praticamente obrigadas a ir. – Explica. Fazendo um coração imaginário com o dedo na pele do loiro.

— São aquelas festas de riquinho? – Indaga desanimado.

— É – Murmura com remorso.

— Então não. – Responde quase que imediatamente. Anna aflita levanta-se para encará-lo.

— Por favor... – Fala dengosa, aproximando-se encostando o nariz na bochecha dele. Ele murmura negando. – Por favor – Se joga em cima dele, como uma criança, a qual o doce fora negada.

— Não. Anna. – Ele responde com mais firmeza, tirando-a de cima de si. Deitando-se de costas para ela, ignorando completamente os xingamentos da garota.

— Você é muito chato. – Anna fala deitando em sua cama. Apanha o cobertor e cobre-se irritada. Após ouvi-la, Kristoff a abraça, jogando uma perna em cima dela, beijando-lhe o pescoço.

— Um chato que você ama. – Fala cheirando o pescoço dela com força e logo depois distribuindo beijos.

— Querido. Acho que você está iludido – Rebate rindo sem humor. Tentando livrar-se dos braços dele.

— Eu sei que você me ama. Não adianta negar. – Fala apertando mais o abraço. Fazendo-a gemer.

— Me larga Kristoff. Tô com raiva. – Nana fala ríspida segurando os braços dele.

— Só por que eu não quero ir nessa festa? – Indaga.

— Sim! – Contesta entredentes. Debatendo-se.

— Anna... Esses lugares não são pra mim. Me livra dessa vai. – Pede soltando-a. Ela o encara e após alguns segundos ela se rende.

— Tudo bem. Já que não quer ir, não vou forçar. Só não queria ficar sozinha. – Nana fala enterrando a cabeça no pescoço dele, deixando sua voz abafada.

— Você não vai esta sozinha. Elsa vai estar com você. – Ele fala passando a mão no cabelo da amada. E beijando-lhe o topo da cabeça.

— Tem razão. Acho que a verdade, é que não quero ir. – Ele ri e descansa sua mão pendente na cintura dela.

— Com toda certeza. – Ri Kristoff depositando vários beijos na garota, que corresponde todos eles.

—--

O som do micro-ondas despertou um pouco a loira, fazendo-a caminhar até o mesmo, abrindo-o e retirando de lá uma caneca ilustrada que colocara, contenho leite e achocolatado. Fechou novamente a pequena porta e voltou a sentar numa cadeira, apanhando seu celular que jazia sobre o vidro. Bebericou o leite quente e começou a deslizar os delicados e finos dedos sobre a tela, vendo as noticias e fofocas de seus amigos nas redes sociais. Revirava os olhos ao ler mensagens de seu desagrado, e reenviava para aqueles que mandaram. Mas se surpreendeu ao ver que aquele que pensara em conversar, não deu noticias de seu paradeiro.

Os olhos azuis vagaram pela cozinha, banhados em devaneios propositadamente feitos por sua dona. Seus lábios mantinham entreabertos, degustando o chocolate que tanto a acalmava naquela situação um tanto constrangedora.

Sair de seu quarto para que Anna pudesse namorar sem a sua presença estava, de fato, fazendo-a enrubescer de leve e causar-lhe ataques de ciúmes. Mas não perdia o constrangimento.

— Oh, Anna... – Riu sozinha e balançou a cabeça negativamente, com um sorriso divertido nos lábios. – Só você mesma para me fazer vir aqui. – Murmurou a si mesma enquanto fitava a vidraça da janela, que dela atravessava a luz da lua, a qual Elsa agradeceu por fazer iluminar o local onde estava.

Deu um suspiro audível e voltou sua concentração no aparelho em mãos. Olhou as horas no canto da tela e se assustou um pouco. Teria de levantar no dia seguinte, cedo. Conhecia suficientemente sua mãe para saber que a mesma a acordaria antes do sol nascer para começar os preparativos para a festa.

Rolou os olhos ao lembrar-se do jantar que teria de ir por causa de seu pai. Ela não gostava muito dessas festas, mas também não odiava. A comida era muito boa, não ficava sozinha sem conversar com ninguém, recebia muitos flertes. A única coisa que não gostava era ser o centro das atenções em ocasiões que ela não é a anfitriã. Torceu os lábios ao lembrar-se do duque de Weselton lhe mandando indiretas nada discretas. Tinha certeza de que aquele homem só está esperando para dar o bote e roubar o que Anna e ela têm por direito. Ainda fica intrigada com o fato de Hans ser filho desse homem.

Ergueu uma de suas mãos e esfregou seus olhos com as costas da mesma, bocejando logo em seguida. Estava muito cansada e queria dormir. Mas iria se sentir péssima se estragasse um momento romântico.

Riu fracamente pelo nariz e voltou a se lembrar de um albino que tanto chamara atenção.

A sua relação com o rapaz não lhe parecia séria, mas se sentia obrigada a respeitá-la como algo importante. Não são namorados, mas só de pensar que Jack poderia estar com outra garota seu coração se sentia apertado. A saudade de seus sorrisos e brincadeiras um tanto infantis, a deixava agoniada. Precisava vê-lo ou ao menos escutar sua voz para se sentir mais... Segura.

Deu mais um suspiro e deslizou rapidamente na pequena tela, encontrando o contato de Jack e apertando para telefonar, colocando o aparelho no ouvido esquerdo e bebericando mais uma vez a bebida quente.

Depois de escutar muitos toques, desistiu e ligou mais uma vez, acontecendo à mesma coisa.

Largou o celular na mesa e bebeu rapidamente o chocolate, agora morno, pondo a caneca na pia após terminá-lo. Apanhou o celular e caminhou até a escada, onde subiu os degraus com passos leves para não acordar ninguém. Após chegar ao segundo piso, batucou a porta de seu quarto com uma combinação que só Anna e ela sabiam, fazendo a porta se abrir aos poucos.

— Já terminaram? Quero dormir. – Disse ela com um tom calmo. Ainda na porta, Elsa fitou o cômodo e percebeu que Anna estava deitada abraçada com seu travesseiro. – Cadê o Kristoff? – Indagou sentindo a falta do cunhado. – Ele já foi embora? – Perguntou retoricamente, não acreditando no que estava vendo, por isso, adentrou o quarto e se jogou em sua cama, cobrindo-se com seu edredom. – Que milagre foi esse? – Ironizou e Anna a fitou.

— Uma hora ele tinha que ir, não acha? – Respondeu retoricamente, fazendo a loira a sua frente dar de ombros. – Lembrei que amanhã cedo mamãe vai me levar pra comprar roupa e sapato, já que vocês não quiseram comprar pra mim. – Desabafou com um tom de voz tristonho, não despercebido pela irmã.

— Vocês passaram alguns dias juntos, e ainda sente falta dele? Anna! Assim eu fico mal. – Brincou. A mais nova levantou de sua cama e se deitou ao seu lado, a envolvendo num abraço quentinho.

— Também senti sua falta. – Elsa arqueou a sobrancelha e Anna riu do gesto. – É sério! Quando aqueles filhos da...

— Olha a boca! – Repreendeu a loira e Anna revirou os olhos, ignorando a interrupção.

— Enfim! Quando me trancaram naquela coisa, me senti tão arrependida de ter te deixado sozinha. – Forçou um biquinho e Elsa a abraça fortemente, beijando-lhe no topo da cabeça como um gesto protetor.

— Eu sei me cuidar. Além disso, da próxima vez que quiser ir pro meio do mato, eu vou ser obrigada a contratar uns seguranças para fazer uma ronda no terreno. – Proferiu com um tom irônico, mas nem sabe Anna que sua irmã falava sério.

— Faça como quiser. – A garota voltou para sua cama e voltou a se cobrir, fechando seus olhos. – Boa noite.

— Boa noite. – Elsa apagou um abajur que estava ligado, e deitou-se novamente, se rendendo ao sono.

—--

R.O.T.G 02:00PM

— Tá legal. Aqui é o salão de baile e a esquerda da escada ficará o serviço de Bar. Vocês devem se misturar entre os convidados, enquanto eu me aproximo do nosso alvo. Duque de Weselton. – A voz do albino ecoou entre a pequena mesa, fazendo com que todos ali, o ouvissem atentamente. – Tooth me dará cobertura nesses corredores do segundo piso. North! – Mirou o mais velho, que até então mantinha um olhar crítico e coçava a barba branca com a sobrancelha arqueada. – Você será a distração para que eu consiga conversar com o Duque sem interrupções inesperadas e nada discretas. – O homem assentiu e Jack prosseguiu. – Sand! – Cravou seus olhos azuis no pequeno. – Você ficará aqui, sendo nossos olhos e ouvidos. – Saldou o jovem albino, confirmando. – E Bunny...

— Lá vem. – Comentou a si mesmo, rolando os olhos e mantendo os braços cruzados, de frente ao corpo. Overland não se importou com o ato, mas repreendeu com um olhar sério. – Manda aí.

— Você ficará no bar. Se precisarmos de alguma ajuda, chamamos você. – Os olhos verdes miraram em North com insatisfação, mas não recebeu nenhuma contradição na proposta do agente.

— Ok! – Respondeu deitando a cabeça para o lado.

— Bom... – Suspirou Jack antes de prosseguir. – Com nossas informações, descobri que há um computador, onde o Duque arquiva todos seus documentos. Posso transferi-los para a agência investigar. – Sand levanta o braço, tomando a fala.

— Creio que esse computador esteja nessa sala. – Mexe na tela da mesa, mostrando ali a planta da casa, até mesmo as áreas restritas. – Deve ter umas centenas de seguranças só neste corredor. Para você chegar até lá, deve ser convidado pelo Duque, assim não precisará chamar a atenção indevida. – Os quatro agentes riram em conjunto, já sabendo da qual atenção Sand estava se referindo.

— Boa ideia, Sand. – Profere Tooth com um sorriso. – É esse corredor que eu tenho que dar cobertura, Jack? – Pergunta mirando o jovem ao seu lado, apontando para a planta.

— Não especialmente, mas é um deles. – Riu sem graça, coçando a nuca. – Mas só não podem esquecer que essa missão requer total discrição. Não podemos ser desmascarados na frente de todos. Até porque irá ter jornalistas e fotógrafos lá. E claro! Anna e Elsa também estarão lá. E o Hans também. – Apertou a mandíbula ao relembrar daquele ruivo que iria bater depois que todos voltassem.

— Ok. Então se requer discrição. – Levantou-se Tooth, indo em direção a um indivíduo de capa de chuva preta. – Nada que um bom disfarce ajude. – O indivíduo virou-se, deixando a capa escorregar-se até encontrar o chão, mostrando a calça jeans de lavagem azulada, a camisa pólo clara e a jaqueta também jeans cobrindo-a.

— Olá gatos e gatas do meu core! – Berrou Bob esbanjando a alegria de estar de volta. – De quem terei que pintar o cabelo? – Os garotos se entreolharam e fitaram Tooth.

— Nós precisamos dele. – Tentou se defender, rindo.

— Ok. – Afirmou Bunny erguendo as mãos. – Só que se ele tocar no meu cabelo, ele perde a mão – Atravessou os dois, que se entreolharam.

— Ui! Que mêda! – Fala Bob indo para a sua sala improvisada, enquanto Bunny caminhava até sua sala de armas.

— Vai ser interessante. – Comenta North para Jack, que fita o bonachão e ri.

— Com certeza. – Confirma ainda rindo.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? De 0 a 10, quanto esse capitulo merece? #supercuriosa.
Por favor, comentem o que estão achando que já estou escrevendo o próximo.
Quem ainda não favoritou, vai lá coisinha*-*, deixe duas garotas mais felizes do que já estão. E quem já favoritou e que está amando a fic, vão e recomendem, quero conhecer mais leitoras *-*.
Beijos
Ps: Não botamos as horas porque iria ficar muito confuso, mas no próximo vamos botar



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