O Agente escrita por Manu, GabiElsa


Capítulo 28
Jogada triunfante


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!! Tudo bem com vocês? Esperamos que sim.
Só queremos pedir desculpas pela demora excessiva, mas falamos do porquê da demora e nesse mês piorou um pouco, por conta do cansaço das provas e entregas de notas, até agora estamos de boa. Graças a Deus rsrs. Mas mesmo assim estávamos fazendo rascunhos deste cap e já queremos esclarecer que ele ficou dividido por dois se não vocês iriam passar umas três horas lendo, pois ia ficar muito, muito grande. Creio que umas nove ou até dez mil palavras. Ah mas não tá tão grande assim. Gente, o recomendado é de quatro mil, iria ficar muito cansativo pra vocês, por isso tá dividido, ok?
Bom esperamos que gostem.
Boa leitura.



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Chácara Bjorgman 7:10AM

Os pássaros anunciam um novo dia, principalmente um galo que Anna amaldiçoou por ter feito acordá-la. A garota ainda estava um pouco cansada, por conta da noite mal dormida que ela tivera, principalmente pelos calafrios na madrugada. Lutando contra a preguiça, ela abre os olhos lentamente, sonolenta, e volta a fechá-los por conta da claridade, no entanto volta a abri-los novamente e se acostuma com a luz, despertando-se por completo. Ela se espreguiça sonoramente, e logo depois se vira para trás se deparando com um Kristoff que ainda estava dormindo. Ele estava muito fofo na opinião de Anna, ele ressonava baixo parecendo um anjinho loiro. Anna rir de seu pensamento.

A garota encosta seus lábios nos dele sussurrando um bom dia contra o mesmo. Mas vendo que não obterá resposta de imediato, a garota resolve açodar sem ele, se prontificando a levantar, mas é impedida por dois braços que empurra suas costas para baixo, logo depois um loiro fica sobre ela se apoiando pelos antebraços.

– Bom dia – Fala Kristoff roubando um selinho da garota, que permanecia parada até então.

– Você não estava dormindo? – Pergunta Anna franzindo o cenho.

– Quase que não dormir preocupado com você – A responde dando um beijo na bochecha, causando um rubor na mesma.

– Por quê? – Anna dá um pequeno sorriso, já Kristoff contrai os músculos faciais, esboçando dúvida e ao menos tempo vergonha, pois o que fizera não fazia parte de sua personalidade grossa.

– Você estava tremendo muito, teve até um calafrio, mais de um se não me engano – Anna o olha com um sorriso tímido, e não impediu que um ruído de fofura saísse de sua boca, deixando-o mais envergonhado do que já estava – Não que eu não fiz porque te amo, quer dizer, eu ajudaria qualquer um que estivesse morrendo de frio, não que você seja qualquer um... É que... – Anna não o deixou prosseguir, o interrompeu com um beijo na bochecha, fazendo-o se calar.

– Obrigada – Ambos sorriram timidamente, desviando olhares maliciosos – Que estranho, eu sonhei que estava num freezer e não conseguia sair, eu literalmente virei uma estátua de gelo – Comenta Anna sorrindo – Mas... Me lembro muito bem de você falando que vai ficar tudo bem. Que não ia deixar nada de ruim acontecer comigo – Prossegue com um sorriso bobo no rosto.

– Sinceramente eu fiquei muito preocupado com você, sabe o que pode acontecer com uma pessoa por causa do frio? – Pergunta Kristoff e Anna balança a cabeça negativamente – Varias coisas, não vou me lembrar de tudo agora, mas... É bem ruim. E acho que não viveria sem você, se acontecesse alguma coisa – Fala Kristoff e cinco segundos depois ele franze o cenho estranhando o que ele mesmo falara. – Eu falei isso mesmo? – Pergunta sorrindo.

– Eu entendi como uma declaração – Disse Anna sorrindo, as bochechas da garota ficaram em um tom carmim e os olhos brilhantes.

– Não, se fosse uma declaração... – O rapaz fala aproximando-se da orelha da loira – Seria muito melhor – Sussurra Kristoff, e logo em seguida a beija. Anna rir quando ele desce os beijos para o pescoço, ele causa cócegas agradáveis raspando os dentes bem de leve no lugar onde outrora estavam os lábios. Anna o puxa mais perto o enlaçando com um dos braços pela nuca, fazendo o loiro perder o equilíbrio e cair sobre a garota. Ambos riem da situação e voltam a se beijar, porém são interrompidos por um ser peludo que entra no meio dos dois, atacando Kristoff com lambidas, fazendo o mesmo rolar de cima de Anna para o lado. Reconhecendo o ser ele se recompõe sentando-se.

– Amigo, que bom te ver – Fala o loiro abraçando o animal.

– Owww, que fofo – Fala Anna esticando o braço para passar a mão no pelo macio. Mas o cachorro rosna.

– Calma Sven, ela é minha namorada, não vai me fazer nenhum mal – Tranquiliza o cachorro dando leves tapinhas na cabeça, que aprecia o.

– Ele é ciumento com você? – Pergunta a garota tentando outra vez tocar em Sven, saindo vitoriosa.

– Nem tanto, acho que ele só tem aquele ciúme de melhor amigo, sabe? – Fala o loiro e ela assente. E ele prossegue. – Agora aquele que só alguém me tocar e ele avançar. Não.

– Ótimo! Porque eu não vou deixar de ficar com você por causa dele – Kristoff ri e apanha a mão de Anna, entrelaçando os dedos.

– A única coisa que peço, é que não me faça escolher entre você e ele, porque assim vou perder os dois. - Fala e Anna assente sorrindo. Aproxima-se e deposita um beijo no pescoço do loiro que estremece em resposta do ato. Ela sobe os beijos para a mandíbula, deixando um rastro de marcas de pequenas mordidas. Kristoff põe a mão que jazia na barriga de Sven nas costas dela, deixando o cão sem nenhum contato a não ser visual por parte dele, porque até em então seu dono e melhor amigo estava de olhos fechados, enquanto aquela que nem conhecia direito estava com o rosto muito próximo do loiro o beijando.

Ele não iria deixar barato, se ela pensa que iria roubar seu amigo, estava muito enganada. Sven entra no meio dos dois jogando as patas para cima os separando.

– Ah! Sven! – Reclama Kristoff em um tom de reprovação fazendo o cão que estava com a boca aberta e a língua de fora, fechar e abaixar a cabeça.

– Não briga com ele! – Se exalta Anna fazendo um cafuné na orelha do animal.

– Ele só quer sua atenção – O cão encarou a garota com os olhos diferentes, nem assassinos nem dóceis, apenas diferente, como se todas as ideias negativas em relação à Anna desapareceram em um estalar de dedos, ou em latido de cães – Ele é muito lindo Kristoff – Sven foi rastejando seu traseiro para próximo de Anna, que até então não percebera a diminuição do espaço entre ambos – Sempre quis ter um cachorro, mas com a vida que eu levo fica difícil cuidar – Kristoff mordeu a bochecha inferior, encarando Sven.

– É – Kristoff se levanta e logo se troca, tirando suas roupas de dormir e colocando sua costumeira calça jeans, uma camisa e suas botas prediletas de alpinismo, elas chamaram a atenção de Anna, que já se matinha de pé e fitava seu cabelo em um pequeno espelho.

– Vamos fazer o que hoje? – Pergunta animadamente, dando alguns pulinhos imperceptíveis – Já sei! Ordenhar vacas? Andar a cavalo? Brincar em um córrego? Não, colher milho – Kristoff encarou Anna, incrédulo com as imaginações dela. Ao invés de responder, Kristoff apenas revirou os olhos com um sorriso no canto de seus lábios e continuou a ajeitar-se. Obviamente Anna não gostou da atitude do namorado, bufando e batendo o pé no chão com brutalidade.

– Vamos escalar – Responde lhe entregando cordas grossas e sujas, isso lhe causou um ar de repugnância – Mas primeiro tenho que te ensinar, já que você não aprendeu – Anna o encarou de uma forma desafiadora, e ele percebeu a indignação vinda por parte dela – O que foi? Vai me dizer eu você sabe escalar, filhinha de papai – A garota inspirou todo o ar que conseguiu e o soltou com um xingamento muito ofensivo, fazendo Kristoff rir. Raramente Anna xinga alguém, e Kristoff soube que se ela falar algo que chega a ser um palavrão, a garota estava furiosa ou se sentiu altamente subestimada.

– Você vai ver quem é a filhinha de papai – Kristoff continuou a encara desafiante, mas Ana a quebrou correndo para a pequena escadinha de madeira, a qual subira para chegar onde estava – Já estou na sua frente – Kristoff encarou Sven ainda sorrindo.

– Ela pode se machucar – Fez a voz do cão – Eu sei, mas agora que eu a desafiei tenho que deixá-la fazer o que quer – Voltou com usa voz – Mas se a Elsa ver a irmã machucada, ela te mata – Kristoff fitou Sven apavorado – Posso conviver com isso – O cão latiu e abanou o rabo alegremente – Vamos lá saco de purgas. Com isso, dono e cão seguiram para o campo, onde Anna os esperava.

–--

Lago River Way 02:20PM (Horário do fuso)

A madeira úmida e esverdeada fazia boa parte daquele barquinho desconhecido, trafegando a água do rio River Tay em baixa velocidade. Essa madeira podia ser encontrada em uma parte escondida do barquinho, uma em que não era fácil entrar, pois uma porta, também de madeira, impedia a passagem, e por fora era camuflada para dificultar o encontro dela e a coisa, ou pessoa, que estava presa na sala que ela acobertava.

Os cachos ruivos estavam espalhados na madeira mofada escondendo o rosto de Merida, que estava despertando-se com uma bruta dor de cabeça e com seus músculos doloridos. Portanto foi abrindo os olhos calmamente e sentando-se, já que estava deitada, conseguindo apoio de um barril atrás de si para acostar-se. Suas mãos estavam cheias de hematomas por conta dos socos que dera sem piedade em seus sequestradores na noite passada. Ela não sabia por quanto tempo esteve inconsciente, mas sabia que precisava arrumar um plano para sair dali o quanto antes.

Com uma respiração forte e ruidosa, Merida levantou-se e correu até a porta que a mantinha presa.

– SOCORRO! – Ela berrou até sua respiração a incomodar.

Bufou irritada por não aparecer nem ser descabido, deu-lhe a ideia que não havia ninguém no barco, apenas ela e sua frustração.

– Ai que merda! – Murmurou – Preciso sair daqui... – Juntou suas mãos e entrelaçou os dedos, nervosa. Mas ao olhar de relance para uma barra de ferro pensou que aquilo poderia quebrar a porta – Vem aqui barrinha – Ela cantarolou baixo e a pegou com dificuldades, já que ela era pesada o suficiente para quebrar aquela madeira velha – AHHHHHHH... – Correu e bateu a barra com força contra a porta, mas ao tirar seu cabelo de seus olhos, ansiosa para ver seu sucesso, fechou a cara inconformada ao ver que aquela não sofrera nenhum arranhão – Que... ARG! – Sua raiva cresceu mais dentro de si e já estava prestes a sair, no entanto, fitou a porta com uma encarada assassina e correu contra ela para tentar arrombá-la, mas novamente foi em vão. Gemeu de dor e massageou o braço dolorido – socorro! – Berrou novamente e ficou batendo freneticamente na porta, desejando que ela fosse aberta e sua liberdade seja entregue.

Recuperou seu fôlego e apoiou-se em seus joelhos derrotada pelo stress e pela angustia.

– Eu não vou desistir – Murmurou para si mesma – Eu vou sair daqui – Algumas lágrimas escorreram em seu nariz, caindo no chão.

E novamente pegou algo e jogou contra a porta. Não importava o quanto ela tentasse, mas a porta continuava intacta. Nenhum movimento ela fazia, deixando Merida cabisbaixa e sua crença mais fraca, mas sempre que se sentia em tal tipo, a ruiva buscava em sua inteligência algo para lhe ajudar a fugir e ajudar Hic da melhor forma.

–--

Campus da UM 08:40AM

Com a temperatura de 31 graus, a Universidade de Miami se encontrava desertificada pela pouca quantidade de universitários perambulando pelos campos verdes das praças. Na praia, a água do mar estava transparente, com ondas baixas, dando até uma impressão de uma piscina de tão calma. A areia presenciava a diversão de poucas pessoas, pois a praia era mais exclusiva pra universidade, fazendo com que esta se diferenciasse das águas de Miami Beach, que com certeza estariam lotadas de turistas.

Andando por esses cenário belíssimo, digno de filme, Jack Frost, o personagem do agente Jack Overland, caminhava com passos rápidos pela calçada quente, indo em direção à um quiosque comprar um água, pois correra e fizera exercício físicos durante toda manhã.

Seus olhos azuis fitavam o chão se movimentando, indo para trás acompanhado por sua sombra, igual ao seu cabelo, que de vez ou outra caíam para trás com o bater do vento refrescante vindo das palmeiras.

Após alguns minutos, Jack finalmente chega ao seu destino, pegando em seu bolso da bermuda dinheiro o suficiente para pagar a água. O moço que o atendeu era um senhor latino, de pele bronzeada e cabelos escuros.

– Posso ajudar? – Pergunta o tal senhor.

– Uma água, por favor – Responde Jack gentilmente.

– Gelada, certo? – Jack assentiu e o senhor pegou a última garrafa no meio de um rio de gelo - Irei pegar seu troco – O moço entregou a garrafa para Jack e foi para os fundos de uma caixa registradora, mas nem sabia o homem que enquanto ele pegava o troco dois brutamontes com roupas de verão pegaram Jack e o jogaram dentro de uma van e deram a partida rapidamente.

– Senhor? – Murmura o homem percebendo a ausência de seu cliente, ficando com um semblante pensativo e confuso.

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Agência 08:50AM

– Para! Me põem no chão! – Esperneava Jack dentro de um saco abafado, e logo grita quando percebe que o jogaram no chão – Mas o que?

– Ele chegou! Jack Overland – O jovem estreitou os olhos ao ver uma figura que há semanas não à via.

– North? – Jack saiu de dentro do saco e percebeu que havia entrado em uma base da agência.

Ela era semelhante à agência principal, só que um pouco menor, e pelo que aparentava, não havia os inúmeros quartos dos agentes. Havia uma, ou melhor, centenas de telas de computadores e televisores de ultima geração.

– Espero que o grupo Ietes tenham o tratado bem – Jack vestiu seu moletom azul com um semblante sarcástico.

– É eu adoro quando me joguem dentro de um saco e me arremessem num chão duro e desconfortável.

– Oh que bom, a ideia foi minha – Jack riu de lado e Tooth o abraçou, fazendo Jack a rodar no ar. Ao que lhe pareceu, Tooth estava mais baixa e seu cabelo mais curto num corte moderno e descolado.

– Que saudade garoto – Ele sorriu e cumprimentou Sand, que lhe ofereceu a mão para um aperto amistoso, mas não tirou os olhos de Tooth – Cuidou bem desses dentes, né?

– É claro que sim – Bunny chegou o dando socos leves em seu abdômen, fazendo-o rir – E aí canguru? – Ambos trocaram socos e imobilizações, enquanto conversavam – A passagem pra Austrália tá de promoção, não quer bancar uma de ET e voltar pra casa?

– A passagem pra bobolândia também tá, mas esqueci que você tem passagem vip – Ambos riram e pararam assim que North deu um pigarro nada discreto.

– Mas e aí? Por que me chamaram? Aconteceu algo com Anna?

– Não, ela está bem? – Responde Tooth.

– É outra coisa, Jack – Complementa Sand com um sorriso fraco.

– O que aconteceu gente? – Pergunta novamente sentindo seu coração se apertar – Por favor, não escondem nada – North coça a barba e olha para outros a gentes com um olhar sério.

– Seus amigos Merida e Hiccup foram sequestrados na Escócia e estão correndo perigo por sua causa – O jovem recuou com um ou dois passos, não acreditando no que ouvira – Os sequestradores acham que os dois, especificamente Hiccup... Eles acham que ele é seu parceiro na missão, e querem tirar informações dele sobre você – Jack franziu as sobrancelhas desnorteado, não sabendo o que ou como salvar seus amigos.

– Mas ele não sabe de nada... E-eu não contei nada a ele. Por que eles o sequestraram? Hic e Meri não têm nada a ver comigo, eu não entendo – Bunny pousou sua mão macia sobre o ombro do amigo, tentando consolá-lo – Pra quê isso? – Murmura Jack com fúria em sua voz – São pessoas inocentes, ambas boas.

– Eu sei Jack, e vamos salvá-los, não se preocupe. Só precisamos que você fique aqui em Miami para ficar de olho na Elsa, e quando Anna chegar... Cola nela – Ordena North.

– Mas e o Hiccup e a Merida? Eu não posso deixá-los sofrer com torturas...

– Isso é uma ordem Jack – North elevou seu tom de voz e Jack cerrou sua tentativa de argumentação – Faça o que lhe pedi e não se preocupe com eles, Bunny e Tooth já fizeram as malas para ir salvá-los – Os olhos azuis fitaram os amigos de relance, enquanto ouvia North falar – Agora só peço que proteja essas garotas com sua própria vida. Não podemos fracassar nessa missão – Todos assentiram.

– Não se preocupe com Anna e Elsa. Elas estão sendo muito bem cuidadas, isso eu garanto.

–--

Chácara dos Bjorgman 09:02PM

– EU TÔ MORRENDO – Berrava melancolicamente Anna, por conta da dor em seu corpo, em especial suas mãos, que mesmo protegidas por luvas de couro, estavam avermelhadas e ardiam a cada dobramento de dedos – KRISTOFF!!!! – Gritou longamente forçando um choro.

– Eu tô aqui, Anna. Não precisa gritar – Respondeu ele, bufando impacientemente.

– É claro que eu preciso gritar. Eu tô pedindo sua ajuda dês da hora que nós subimos e você nem pra me ajudar – Rebateu nervosa. Kristoff apenas continuou subindo aquele paredão enorme de pedras, onde ao lado havia uma cachoeira solitária.

– Falta pouco – Falou ele já calmo. Anna franziu as sobrancelhas e fez um biquinho que Kristoff não deixou de reparar. Riu mudo – E isso porque sabia escalar, né? – Seus olhos foram de encontro com os dela, mas preferiu não ter ido ao receber um olhar frio e acanhado.

– Eu achava que quando você disse que íamos escalar, eu achei que iríamos escalar aquele paredão que vamos no shopping ou na aula de Ginástica, não o Monte Everest – Umedeceu os lábios e recuperou o resto de seu fôlego – E eu sei escalar sim... Quando alguém puxa minha corda para eu subir – Ela passou a olhar as pedras, e Kristoff a fitou franzindo o cenho – Me carrega não to aguentando mais – Chorou falsamente.

– Já disse que falta pouco – Kristoff subiu rapidamente e ajudou Anna a subir da melhor forma que ele encontrara.

– O pior é que se eu soltar minhas mãos, eu caio e morro com minhas costelas pra fora e meu pulmão perfurado – Dramatizou, fazendo os olhos de Kristoff revirarem de tédio – E eu garanto que não quero morrer assim – O loiro apenas puxou mais corda e logo chega ao topo, abraçando Anna e a levando para o chão coberto de grama verde e de certa forma macia – Finalmente – Kristoff se levantou para recolher seu equipamento, mas esquecera que estava preso a Anna, fazendo assim a garota se arrastar atrás dele – Ham... Kristoff?

– O que? – Os olhos castanhos se depararam com uma Anna de cabeça para baixo e não se conteve em rir e esconder o rubor em suas bochechas – Foi mal – O loiro desamarrou o nó cego que fizera, tanto dela quanto dele, e a guiou para o começo daquele pequeno rio – Você vai amar esse lugar – Murmurou para ela.

– É bom mesmo, porque eu não sofri escalando aquilo ali atôa – Falou timidamente, mas ao mesmo tempo ousada.

Um silêncio entre ambos reinou, como se as palavras tivessem sumido do planeta em que pouco se conheciam. Os olhos de Anna se arregalaram ao ver aquele cenário lindo de deixar qualquer um calmo. O verde predominava o chão, mas era se possível ver uma mistura com o marrom da terra e de pedrinhas de diversas cores. Ao lado desse campo havia uma cachoeira pequena, derramando sua água transparente numa piscina natural, formada por rochas e pedras enormes. No outro lado, havia árvores grandes, disponibilizando sombras e ar fresco. Os cantos de algumas aves deixavam o ambiente ainda mais natural, os ruídos de galhos se quebrando e as folhas secas se rachando dava a ideia que havia mais seres ao redor. O sol se refletia na água como se fosse um espelho, deixando a água um pouco mais quente.

Kristoff comprimiu os lábios e apertou o nariz por breves segundos, pigarreando sonoramente. Aproximou-se de Anna e cutucou-lhe o abdômen, lhe causando cócegas, tirando-a de seu transe.

– Pela sua cara nem preciso perguntar se gostou, né? – A garota o encarou, pasma, e não se conteve em pular no namorado de alegria.

– Eu amei de mais – Ela falou e deu-lhe um selinho, se distanciando para desfrutar da paisagem.

– Saca só uma coisa – Ele tirou sua camisa e a jogou perto de sua mochila, correndo logo depois para uma pedra enorme na beira do lago. Anna não entendeu o motivo do por que Kristoff estava ali, mas resolveu não abrir a boca e apenas assistir. O rapaz tirou de uma árvore uma corda grossa com um nó na ponta – Vou dar mortal – O loiro se pendurou na corda e pulou em um ponto de mergulho, deixando Anna excitada o bastante para fazer o mesmo.

A garota tirou sua blusa, correu jogando seu tênis para qualquer canto. Ela pegou a corda depois de subir a pedra e se impulsionou para trás indo para frente novamente saltando na água morna e limpa.

– Uhuu! – Gritou Kristoff a pegando – Nota dez amor – Anna rir e o beija, enrolando seus braços no pescoço dele, que a abraçou tentando conter o frio que estava penetrando sua pele.

Alguns metros dali, olhos escuros os observavam no meio de arbustos. O sujeito trajava uma calça preta, contrastando com uma blusa verde bem escura se camuflando com as diversas folhas ao seu redor. Esse sujeito era um homem de estatura mediana e aparência física instável. Em seu rosto, suíças predominavam, e algumas cicatrizes também, sem contar tatuagens com sinônimos de caveiras e escuridão que em boa parte do corpo se expõem naturalmente.

– Chefe... Pode usar a NDM – Falou ao rádio com uma voz grave – Anna Arendelle nunca irá esquecer-se da primeira viagem com o namorado... Okay chefe.

–--

Shopping de Miami 09:30AM

– Mãe, isso tem que servir – Ouvia-se esta frase se ecoando por toda área de provadores daquela enorme e fina loja de roupas, sapatos, etc. Tudo focado nas mulheres – Não é possível que não caiba em mim, eu emagreci cinco quilos semana passada – Aquela voz chorosa penetrava nos ouvidos de Victoria Idun, a deixando irritada e impaciente.

– Filha, veste um 40. Talvez sirva – Insiste ela com uma voz calma – Elsa, às vezes não é a barriga que atrapalha – Parou para engolir um pouco de saliva – Já parou pra pensar que seu corpo pode está ainda se desenvolvendo? Não notou que suas cochas cresceram? Porque minha filha, da última vez em que eu te vi você não tinha esse corpinho não – Elsa saiu do provador com um vestido que escolhera para a festa de quinta, decepcionada – Quer tentar um 40? – A loira assentiu mordendo a bochecha – Por favor – A morena chamou uma atendente, uma garota nova loira de olhos verdes – Nos traga um 40 – A garota assentiu sorridente e foi à procura do tal vestido.

Após perder a atendente de sua vista, Victoria voltou-se para a filha com um sorriso de canto e um olhar deleitoso. Já Elsa suspirou silenciosamente e abraçou a mãe, ainda triste.

– Filha não fique assim – Disse a mais velha massageando os fios loiros e macios de seu, consideravelmente, bebê – Ela já vai trazer seu vestido. Tudo bem que é um número a mais que você veste, mas não tem problema algum.

– Não é isso – Murmurou – Só estou com saudades das minhas amigas e de Anna.

– Amanhã ela chega Elsa, não se preocupe – Com uma voz manhosa, disse – Ela não vai sair de nossas vidas assim tão cedo – A mulher caminhou para o lado oposto da filha e não se preocupou tanto em mimar mais do que deveria, pois avistou uma linda bolsa em uma vitrine.

– Isso seria uma coisa agradável – Resmungou e ficou olhando as peças em uma arara cheia de roupas de grife.

–--

Lugar desconhecido 04:34PM

O suor criado por conta da dor irresistível escorregava no nariz daquele que sofreu na tortura sem cabimento. Os fios castanhos molhados pregavam na testa suada. A boca seca e rachada ajudava na respiração que, de vez ou outra, falhava permanentemente causada por soco na boca do estômago. Os olhos verdes fitavam o chão molhado com poucas gotas de sangue, o seu sangue.

Hiccup estava completamente machucado e dolorido. Seu rosto estava quase desfigurado e seu corpo pedia por bolsas de gelo e boas massagens de tanta dor. Em seu abdômen uma cicatriz era visível até mesmo sendo coberta por panos que um dia formavam uma bela camiseta.

– E aí moleque? Vai abri a boca ou vou ter que te eletrocutar? – O moreno levantou, com muito esforço, sua cabeça, encarando o homem sinistro.

– Eu já disse tudo o que eu sabia sobre Jack – Sua voz saiu raivosa e visivelmente entre dentes – Me deixa sair daqui e me diz o que vocês fizeram com a Merida – O homem o fitou de um jeito irônico, rindo brevemente sem mostrar os dentes.

– Sua amiguinha vai ficar bem... – Deu uma pausa enquanto caminhava ao redor do rapaz, sem tirar seus olhos de seu prisioneiro – ...Por enquanto, se você não contar-nos mais sobre Jack Frost – Hiccup apertou a mandíbula e os olhos, tentando conter a ira que batia a porta para sair.

– Escuta aqui! – Esbravejou – Eu não sei nada sobre esse garoto e sabe por quê? Porque eu nunca o questionei sobre seus segredos e ele nunca se abriu para me contar. Então me solta antes que se machuque – Novamente, o homem riu.

Hiccup estava perdendo sua paciência para ser pacifico o suficiente para conversar amistosamente com seu carcereiro. Mas a teimosia estava o deixando irritado, a ponto de preparar sua espada, que ele mesmo construiu para incendiar-se com alguns elementos químicos.

– Olha garoto, faz o que estamos pedindo, que o deixaremos partir, ao contrário vamos te torturar até você nos contar – Fala outro homem das sombras.

– Ou eu posso sair daqui e vocês que se virem com seu superior. Falô? – Ambos os homens gargalham e Hiccup aciona sua espada, derretendo as algemas e indo em direção do primeiro que o torturou, queimando-o nos braços e no rosto.

Outro homem corre para impedi-lo, no entanto, Hiccup o chuta no estomago, lançando contra a parede.

Suspirou e correu para a saída, onde infelizmente havia mais três homens armados.

– Merda! – Murmurou e correu para lutar pela sua própria vida e para encontrar Merida.

–--

Chácara dos Bjorgman 04:40PM

Naquele ambiente agradável, risos se proliferavam conforme as brincadeiras descontraídas que aquele casal inventava para espantar o tédio. Mal sabiam que vários pares de olhos os observavam de longe, esperando o sinal para executar o plano.

– Ih... Parece que vai chover – Fala Kristoff observando a chega de nuvens escuras e sons estrondosos que viam do céu. Anna ria se desvencilhando dos braços do loiro, que estava brincando de Pega-pega até então.

– Meu Deus! – Exclamou indignada – Que lugar estranho é esse? Uma hora ta um calor infernal, de repente faz um frio de congelar. Agora tava um sol de rachar e vem essa chuva lá de Narnia. Pô! Assim não dá – Esbravejou visivelmente irritada, fazendo o loiro rir.

– É melhor nós irmos embora – Fala Kristoff caminhando até a árvore onde deixara suas mochilas. Já Anna continuou observando as nuvens que se aproximavam cada vez mais.

– Se eu pedir pra sua tia fazer mingau, ela faz? – Perguntou ingenuamente – Não que eu queira me aproveitar dela, longe disso, mas é que eu adoro comer isso quando chove, ainda mais quando não tenho celular para me distrair – A loira foi se virando com um sorriso bobo, mas ao ver que Kristoff não se encontrava no lugar, questionou-si – Kristoff, cadê você? Não é hora pra me assustar – Foi procurando entre os arbustos, mas percebeu que a corrente que o loiro usa no pescoço, e que não a tira por nada nesse mundo, estava no chão, arrebentada – Kristoff? – Murmurou extremamente preocupada, até que um grito a chama.

– ANNA, CORRE! CORRE! – A garota notou que era a voz de Kristoff, sendo amordaçado por um homem, que a olhou perdidamente.

– Peguem-na – Ordenou para outros três encapuzados, fazendo-a correr antes de correrem atrás dela.

Sua corrida de salvação foi se prolongando à medida que ela adentrava a mata, tentando se esconder entre arvores e folhas. Mas as raízes das árvores estavam levantadas, fazendo-a tropeçar e ir rolando pelo chão, sem ter chance de correr, pois os encapuzados a agarraram e a apagaram.

–--

Shopping de Miami 05:03PM

O nervosismo de Jack piorava cada vez que se lembrava de seus amigos. E se eles estiverem sofrendo por sua culpa? O que era verdade se posicionando em respostas racionais, e isso o deixava com uma culpa ainda maior.

Suspirou sentando-se em um banco de frente a uma loja feminina, onde Elsa e sua mãe estavam fazendo compras.

E aí Jack? Elas já foram embora? – Pergunta Sand.

– Não – Responde o albino cabisbaixo – Elas estão no setor de calcinhas até agora – Sand ri e Jack revira os olhos – Como é que mulheres agüentam tanto tempo comprando roupas? Faz quatorze horas e trinta e três minutos que elas estão aqui. Claro, contando com os dois filmes que elas viram que é aproximadamente uma hora e meia, cada um. Mesmo assim sobram onze horas Sand. Onze horas no shopping comprando roupas. Isso não é diversão, isso é tortura.

– Está bom de matemática.

Aprendi com o melhor – Respondeu sorrindo – Calma aí, tem mensagem – Jack lê a mensagem e aperta a mandíbula.

“Olha quem pegamos... Anna! Essa grita e corre, viu? Não precisa esperar por ela, já, já ela vai ter seu destino trágico e sabe qual é a melhor parte? Ela morrerá com seu amorzinho... Hahahaha. Adeus otário”

Jack desligou seu celular e encarou o vazio. Anna irá morrer? Assim de repente? Ele falhou em sua missão? Essas questões batiam na cabeça do albino, fazendo-o gritar de ódio, atraindo olhares curiosos.

– Anna – Murmurou e fitou Elsa e sua mãe no caixa, dizendo a ele que estava na hora de esconder-se.

Jack não sabia o que fazer até então, quando ao caminhar sobre um jornal teve lampejo de ideia. A foto da primeira capa era do duque de Weselton e seu filhinho Hans. Jack soube no mesmo instante que deveria acabar com isso de uma vez por todas, sem parar para pensar no que os outros agentes iriam pensar. Ele iria ir a fundo com seu principal suspeito.

Hans Weselton.

(Trilha sonora)


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Notas finais do capítulo

E aí?! Ficou bom, ruim, ótimo, horrível? Deixem suas opiniões nos comentários.
Mais suspense né MUAHAHAHA.
O que será que aconteceu com a Anna? E com Kristoff?
Será que Hic conseguiu fugir ou morreu tentando? E Merida? Será que ela também conseguiu fugir daquele barco fedido?
Será que as roupa serviu em Elsa?
Jack conseguirá concluir a missão?
Nossa, não tem aquelas novelas dramáticas ou a propagandas do Globo Reporte? Rsrsrs tá parecido rsrsrsrs.
Espero que não tenho deixando vocês curiosos hehe.
Eu sei sou uma filha da mãe compulsiva kkkkk.
Bjos meus lindos



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