Blind escrita por Valentinna Louise, Komorebi


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hello, it's me... HAHAHAH
Oi gente, aqui a Valentinna. Desculpem esse hiatus gigantesco. Ele aconteceu por diversos motivos: Tempo, inspiração...
(não sei nem se ainda existem leitores de Blind, se existirem levantem as mãos kkkk parei)
Estamos voltando aos pouquinhos e esse é quase que um presente de natal atrasado :D
Vamos ver?



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Quinn

Marley subiu correndo com Beth atrás, mas Marls fechou a porta na cara de Beth.

“Ela não quer falar comigo mãe...”

“Tudo bem, vamos dar um tempo a ela ok? Vamos para o quarto."

Peguei a pistola de cima da cômoda e coloquei novamente embaixo do travesseiro. Pra mim era uma medida de segurança pessoal. Brittany, Marley e Beth achavam que era paranoia e Santana era a única que também mantinha uma pistola sempre por perto.

“Qual é o problema Beth? ”

“Eu não quero ela andando por aqui. Você pode mandar ela ficar no quarto digitando o maldito relatório. Melhor do que ficar andando por aí, me deixando incomodada e fazendo a Marley chorar. ”

Apertei entre os olhos e pensei ‘quando foi que Beth ficou birrenta desse jeito? ’

“Filha, não posso impedir a circulação da Berry pela casa, isso vai ser necessário para o relatório dela. Peço que você se controle e seja ao menos educada. ” Ela bufou. “Não trate isso com desdém, Elizabeth. É muito importante. ”

Me levantei e segui para fora do quarto. Beth veio arrastando os pés atrás de mim. Me aproximei do quarto de Marley, mas não dava para ouvir o que conversavam.

Desci as escadas à procura de Santana quando um furacão apareceu na sala.

“SAAAANN!! SAAANN”

Santana apareceu na sala correndo e eu ainda estava assustada demais para tentar descobrir quem era. Beth gritou:

“KITTY! ” Eu dei um sorriso. Era de se esperar.

“Hey pequena! O que está fazendo aqui? Deveria estar na escola né? Enfim, falo com você depois. SANTANA! ”

“Acalme-se menina. O que aconteceu? ”

“A Brittany entrou em contato! O sinal se perdeu um pouco, mas aqui ele estabiliza e.” Santana não deixou nem Kitty terminar a frase.

“O QUÊ?! Menina liga logo isso! ”

“Tá bom, tá bom... vou ligar. E aí Q.? ”

“Oi Kitty. ”

Ouvi o barulho dos cliques rápidos de Kitty em um notebook e Santana arrastando a poltrona pra ficar mais perto. Me sentei no sofá e Kitty deu um gritinho.

“Pare de gritar Kitty..” Santana falou. Eu agradeci.

“Tudo bem.. é que conectou rápido até... Sabe essas coisas de hackear sinal de internet demora pra caramba..”

“Ok, ok Kitty.” Falei.

“San?”

“Fala Kitty..”

“Er-San..hum a Marley tá aí? ” A voz de Kitty soou contida, envergonhada.

Dei risada e Santana se mexeu incomodamente na poltrona.

“Já conectou isso aí Wilde? Falo com a Britt primeiro depois chamo a Marley pra falar com ela. ”

Ouvi um apito e de repente a voz de Brittany surgiu no ambiente, levemente falha.

“Kitty? ” Estava um chiado, mas dava para ouvir o que Brittany falava.

“BRITT!!” Santana gritou.

“Oi amor. ”

“Britt! Oi meu amor. ” Ouvi a voz de Santana falhar levemente. “Que bom que você conseguiu entrar em contato!”

“Sim, foi muito bom mesmo. O Karofsky trouxe um notebook e mais umas bugigangas estranhas.. Iguais as que a Kitty usa pra conectar o sinal.” Brittany riu. Eu me senti aliviada ao ouvir a voz dela. Brittany estava em uma missão suicida e sabia disso. “Está todo mundo bem por aí? Estão sobrevivendo sem mim? ”

Santana riu.

“Sim, amor, estamos todas bem. E você? ”

“Estou bem. Fizemos uma parada agora, mas já estamos em Lebanon. ” Eles já estavam na Pennsylvania. Uma das áreas de risco.

“Já? ” Santana perguntou assustada. Tecnicamente, Lima ficava a menos de 8 horas de carro de Washington. Porém, após a separação, divisão de cidades e incontáveis desvios, a viagem demora em média 2 dias. É preciso fazer paradas estratégicas. Não é recomendado dirigir a noite, a não ser que queria ser morto.

“Sim, San.. E devemos sair daqui a pouco porque estamos muito perto da Philadelphia. Não é seguro ficar aqui por muito tempo. ”

Santana suspirou profundamente.

“Por que Britt? Por que ir nessa busca? ”

“Já te expliquei San. É pelo bem de nós todos. ”

“Que seja, mas eu ainda acho loucura. ”

“Eu também. ” Falei e senti Santana sussurrar um ‘valeu Q.’, mas não sabia se havia ido por ironia ou agradecimento.

“Hey Q.! Deixe-me falar com a Q, San. Vai buscar a Marley, quero falar com ela também. ”

“Mas Britt” Santana falou choramingando e eu gargalhei. Kitty estava do outro lado da sala e Beth havia subido as escadas.

“Sem mais San. Vai lá. ”

“Já volto! ”

Santana saiu bufando da sala e batendo o pé. Me aproximei da mesinha de centro e apoiei minha mão ao lado do notebook.

“Quinn, existem algumas coisas que você deveria saber. ” O tom de Brittany era sério e aflito. “Esse pode ser meu último contato com vocês. Quando entrarmos em Virgínia, não haverá mais possibilidade de contato. Entende isso? ”

“Sim Brittany, eu já tinha ideia de que isso poderia acontecer. ”

“Hum... ok. Bem, agora vou te repassar uma informação confidencial. Karofsky tem alguns contatos influentes, por isso é que estamos conseguindo atravessar as cidades sem problemas. Mas, ele me contou que está voltando para os EUA uma leva de veteranos que foram resgatados de um campo no sudoeste da Rússia. Quinn eles vão distribuir esses veteranos pelas 5 grandes cidades que sobraram e também pelo meio-oeste. Isso significa que veteranos poderão aparecer em Lima. Peço por favor, reforça a segurança Q. Coloca o pessoal em alerta para qualquer atividade suspeita. Ok? ”

“Sim claro. Obrigada por me avisar Brittany. ”

“ De nada Q. ah... conversei com um dos cientistas, o Dr. Lynn. Ele foi um dos criadores. Ele diz que tem certeza que há o antídoto e que ele está em uma das unidades de teste do governo. Resta saber se as unidades de teste ainda existem e em qual delas está. ”

“Brittany. Você sabe que não precisa fazer isso. ”

“Não vai me dizer o que fazer Q. Faço isso porque eu sei que você quer realmente ver sua filha depois de 10 anos, sei que você quer realmente ver as coisas e não só enxergá-las através de vibrações e sons. ”

Fiquei em silêncio. Brittany me mostrava argumentos que eu não poderia contestar. Um nó se formou na minha garganta. Ela tinha razão no que estava dizendo. Ouvi passos apressados pela escada.

“Fica bem ok? Cuida delas por mim. ” Brittany pediu, a voz já estava embargada.

“Vou cuidar delas até você voltar. ”

“BRIIIIIIIITTTT”

“Não grita Marley! ” Eu e Santana falamos ao mesmo tempo. Me afastei do notebook para que Brittany pudesse falar com Marley.

“Oi Britt!!!”

“Oi Marls! ”

“Eu vou aprender piano Britt!!!!” Arqueei a sobrancelha ao ouvir isso.

Sério? Quinn vai te ensinar? ”

“Não... vai ser a Rachel, a avaliadora que veio junto com a Beth. ”

Travei. Marley poderia ser muito sem filtro às vezes.

“Avaliadora? Beth voltou com uma avaliadora? ”

“Longa história Brittany. ” Santana falou.

“Mas enfim, ela é legal e é professora de música também. Ela vai me ensinar piano! ”

Bom saber disso Marls... onde ela está...? Aliás onde está Beth também? ”

“Hey tia Britt!”

“Elizabeth Fabray! O que você aprontou mocinha? ”

“Não fiz nada tia Britt! Juro! ”

“Hum. Sei. Te conheço loirinha. Onde está a avaliadora? ”

“Ela está aqui. ” Marley falou animada. Rachel Berry deu um risinho nervoso.

Foi então que notei que ela estava ao meu lado. Marley a puxou para frente do computador.

“Então você é a Rachel? ”

“Então você é a Brittany? ”

Brittany deu uma risada.

“Espirituosa. Espero que esteja sendo bem tratada aí. Ouviram Q. e San? ”

Santana resmungou alguma coisa ininteligível e ouvi Marley sussurrar pra Rachel ‘viu só? Ela te defenderia. ’

Um estralo fez com que eu me assustasse. E então Brittany falou:

“Vou precisar desligar agora. Bem, é isso por hora. Meninas se cuidem. Amo vocês. ”

“Tchau amor! ” Santana gritou. E então o silêncio.

“Hey Marley. ” Kitty falou enquanto se aproximava da mesinha de centro.

“Oi Kitty. Tudo bem? ”

“Tudo e você? ”

“Bem. ” Marley falou envergonhada e então Santana pigarreou alto.

“Wilde, arrume sua bagunça aí. Marley, Berry e Beth venham comigo. Temos que ver o tem na dispensa, depois de amanhã é dia de ir buscar suprimentos. ” E saiu marchando para a cozinha, com as três fazendo o mesmo. Ouvi Kitty resmungar enquanto arrumava a “bagunça”. Quando reparei que estávamos à sós puxei o braço dela:

“Kitty, peça a Brody para entrar em contato com todos os amigos dele. Peça também a Artie Abrahams entrar em contato com os fronts de resistência das 5 grandes. ”

“5...5 grandes? ”

“Sacramento, Des Moines, Salt Lake City, Chicago e Columbus. ”

“OK. Mas por que isso Q.? ”

“Depois eu explico. Apenas faça isso. ”

Brittany só tinha me dado uma razão a mais para me preocupar.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram da Kitty na história?

Até o próximo!



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