Blind escrita por Valentinna Louise, Komorebi


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Peço desculpas pela demora, mas aqui está o novo capítulo :)



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Saí de casa e fui direto à casa de Cassandra. Quando cheguei, passei para o quintal. Ela estava lá, sentada.

Dei uma pancadinha na coluna de ferro e ela me viu.

“Olá Fabray. ”

“Oi Cassandra. Preciso falar um assunto sério com você. ”

“Sente-se”. Me sentei e senti Cassandra puxar a cadeira mais pra perto.

“Um grupo de veteranos, que estavam em um bunker na Rússia, estão voltando. Pelo que Brittany me informou é um grupo grande que vai ser espalhado nas 5 grandes e em algumas outras cidades, incluindo Lima. Não tenho ideia da dimensão do grupo que virá para cá. Pedi a Kitty que falasse com Brody e Artie. ”

“Quer que eu faça o que? ”

“Seja os meus olhos Cassandra. Quando San souber disso, vai surtar e vai entrar no modo de combate. Literalmente. Peço que preste atenção em tudo por mim. Não só no que vai acontecer com a chegada desses veteranos. Sua... sinceridade vai me ajudar bastante. Além disso, vai me ajudar a proteger Marley e Beth... hum... e a Berry. ”

“A Berry? ”

“Enquanto ela estiver aqui, é minha responsabilidade.”

Ouvi Cassandra dar uma risada baixa.

“Então a Fabray se tornou babá de mais uma.”

“Cala a boa July.”

“Okay Big momma... O que você quer que eu faça?”

“Quero que você me diga tudo o que está acontecendo. Com todas. Eu consigo sentir e ouvir mas esse senso de radar não vai ser de muita serventia.”

Um barulho no portão e eu me assustei.

“São só o rodinhas e o capitão gancho.” Ela estava se referindo a Artie e Brody.

“Seu senso de humor é terrível, July” Deis uma risada baixa.

“Te fiz rir não fiz?”

“Aí estão minhas garotas!” Brody falou alto.

“Menos Weston, bem menos.” Falei. “Artie.”

“Quinn, como está?”

“Bem. E você?”

“Tendo que aturar o Weston...” eu dei uma risada. Artie e Brody moravam juntos. Era como se fosse a mansão Fabray mas estava mais para um albergue do que qualquer outra coisa. Kitty também vivia lá.

“Ei eu sou uma ótima pessoa, sou limpinho.”

Cassandra gargalhou alto e então Artie perguntou

“Então, qual é o propósito dessa reunião?”

“Brittany foi para Washington.” Falei então ouvi os murmúrios. “Ela disse que sabe o que está fazendo. Assim como vocês eu também fui contra essa viagem, mas não é como se eu pudesse controla-la.”

“Brittany é louca. Como Santana está?” Brody perguntou.

“Segurando as pontas e confiando na volta dela.”

“Enfim, Ela me disse uma coisa no último contato. Descobriram um bunker na Rússia e estão mandando alguns ex-soldados de lá.”

“Ainda?” Artie perguntou. “Achei que tivessem parado com as remessas há um tempo.”

“Eu também achava isso. Para onde eles vão?” Brody perguntou.

“Para 5 grandes.” Respondi.

“Oh... precisamos avisar então. Ex-soldados são instáveis. Sem ofensas Fabray.”

“Não ofendeu. Eu concordo com você. Sem a estrutura correta, podemos ter o problema com saqueadores.”

Isso me fez lembrar a história de Marley. O fato dela ter passado por isso só me fazia ter mais certeza de que precisaria redobrar a segurança.

“Weston, fale com seus amigos nessas cidades. Artie, faça vistoria no armamento que vocês tem e peça a Kitty pra organizar o rastreamento por aqui. Avisem todos os que puderem.”

“Não quer vir comigo Q.? Você explicaria melhor..” Brody perguntou.

“Não... eles ouvem um mariner melhor. Maioria dos caras aqui só me respeitam por causa da patente.”

“Estava demorando.” Cassandra falou.

“O que foi?” eu perguntei.

“O papinho de coitados porém durões. ‘Ah eu sou uma premier cega. Ah eu sou mariner aleijado. Oh eu sou um agente de cadeira de rodas.’”

Eu dei um sorriso de lado. Cassandra tinha razão.

Artie Abrahams era um ex-agente da NSA, que ficou numa cadeira de rodas após um acidente de carro na adolescência. Brody Weston era um Major dos Fuzileiros Navais. Ele perdeu a mão direita após uma sessão de tortura. Como não revelou um segredo de estado, quando voltou, recebeu o melhor da tecnologia robótica em uma nova mão. E eu, bem, de todos ali tinha o equivalente a patente de General. Porém os premiers não se encaixavam no exército. Depois de um tempo, fui entender que éramos quase uma milícia.

“July, July... Seus comentários são sempre pontuais não é?” Artie falou. “Pode deixar com a gente, Fabray. Vou pedir que a Kitty repasse e te atualize sempre ok. Vou começar a falar com o pessoal.”

“Obrigada Artie.”

“Vamos rodinhas, precisamos nos organizar. Obrigado por nos contar Q. Dê lembranças minhas as meninas.”

“De nada Weston. Pode deixar.”

Ouvi o rangido característico da cadeira de Artie e o barulho do portão. Do meu lado Cassandra suspirou alto.

“O que foi July?”

“Preciso te mostrar uma coisa.” Ela se levantou e eu a segui.

Entramos na casa dela e ela puxou uma cadeira e deu três batidinhas para que eu me guiasse.

Sentei e ela colou uma caixa no meu colo. Não era muito pesada, mas parecia antiga. Tinha até algo entalhado. Passei meus dedos demoradamente pela inscrição mas não reconhecia.

“Você não vai saber o que está escrito. É meu nome, só que em grego.”

Dei uma risada e abri a caixa. Dentro havia um revólver.

“Herança de família. Era do meu pai. E como era filha única ele passou pra mim. Smith & Wesson, calibre 22”

“Bom revólver”

“Me deixe saber quando precisarei carrega-la.” Cassandra falou num tom sério.

Eu sabia que seria bom Cassandra ter uma arma. Mas lá no fundo, eu queria que não houvesse a necessidade do uso.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Gostaram do Brody e o Artie?
Até o próximo capítulo!



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