Aurora Mortal escrita por Evandro Filho
Notas iniciais do capítulo
As pessoas são do mal porque realmente querem?! Nunca ocorreu nada em suas vidas para que elas quisessem ser assim?! É. É isso que vocês verão nesse capítulo. A angústia, o sofrimento e a timidez faz com que tudo se transforme em ódio, rancor. Mas... mesmo diante dessa situação, mesmo depois de tanto sofrimento que as outras pessoas te façam, é o bastante para amaldiçoar a vida de todas as pessoas?! Só o tempo pode dizer isso. Só o tempo dirá...
"Anahol era uma linda menina com 8 anos de idade. Tinha cabelos longos, lisos e pretos. Seus olhos eram azuis, da cor do mar . Anahol costumava ir para uma floresta, que ela considerava sua melhor amiga para confessar seus problemas. Não dizia um pio na sala de aula, era quieta e muito vergonhosa. Mas Anahol sofria um enorme preconceito na sociedade, ou mais especificamente, na escola. Sua mãe tinha a tido com 15 anos de idade, e como se não bastasse, usava drogas desde seus 13 anos. Seu pai a deixou, e deixou sua mãe. ela se tornou praticamente uma filha de meretriz! Todo o colégio sabia de sua história e praticavam bullyings com ela, e por causa disso, ela ficou muito angustiada em sua vida. Armavam brincadeiras de mal gosto todos os dias e a xingavam: "Haha. E agora, filha de meretriz?! Tá satisfeita com sua vidinha patética ?!". E o bullying não parava. Sua mãe ia ao médico, todos os dias para se recuperar dos vícios das drogas, mas acabava voltando. E o tempo foi passando, e passando... Anahol sofria bullyings e mais bullyings... até que um dia, sua mãe morreu de overdose. Ela não tinha aonde mais morar... seu pai, ela nunca tinha visto na vida e nem sabia por onde procurar, seus tios e avôs moravam em outro país e quase nunca teve contato. Anahol estava definitivamente só... e passou a morar na rua, com seus apenas 8 anos de idade. Até que ela ficou revoltada com sua vida. Lembrou dos bullyings que sofria, e decidiu que estava na hora de acabar com tudo o que fizeram com ela. E a melhor alternativa, foi acabar com todos os seus sofrimentos. E para fazer isso, ela apenas precisava... se matar. E assim ocorreu. Anahol foi até a floresta, olhou para o céu, fez um pacto de que um dia voltaria para se vingar de todas as pessoas que entrassem naquela floresta.... e se jogou de uma alta corrente de cachoeira.... e morreu.
Hoje em dia, dizem que a floresta onde se matou, é amaldiçoada pelo seu espírito. E qualquer pessoa que for até lá, irá ser morta por ela... e sempre escolherá uma mulher para fazer dela sua escrava, sendo assim... para sempre lembrar de sua mãe verdadeira todos os dias... até o fim dos tempos..."
– Magali, você teve razão. Muita razão! Esse livro nos ajudou mesmo, a desvendar vários mistérios... e entender a verdadeira história de Anahol. A menina é assim porque ela sofreu muito em sua vida... tenho muita pena dela! Mas não vejo necessidade de chegar a tal ponto de querer matar todos os seres humanos.
– É verdade, Mô. Nem todos são do jeito que ela pensa. Muitos são diferentes e ela precisa entender isso! Mas e agora?! Como vamos salvar nossos amigos?!
– Isso eu não sei, Magá! E o pior é que temos que descobrir isso logo. A aurora já vai começar a nascer e nossos amigos... podem... morrer e...
– Mônica, vira a página. Ainda têm mais coisas.
– Como assim têm mais...
– Olha o que tá escrito...
" E a única coisa que pode detê-la são as entidades escolhidas pela floresta, com poderes e magias capazes de destruir a maldição de Anahol e libertar a floresta. E para derrotá-la, só as entidades conseguem encontrar o pergaminho sagrado... que fica no alto da colina da floresta de Anahol... As entidades são interligadas. São aquelas que veem e sentem coisas que ninguém mais ninguém pode ver... São pessoas escolhidas especialmente pela floresta para que possam usar seus poderes para o bem."
–Mônica, não percebe o que isso quer dizer? Só as entidades conseguem ver e sentir coisas que ninguém mais pode ver! Nós duas sentimos as mesmas dores, e vimos aquela menina no meio da estrada. SÓ NÓS!
–Não é possível, Magali. Então quer dizer... que nós duas somos... as entidades da floresta?!
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