Aurora Mortal escrita por Evandro Filho


Capítulo 5
Nova Aurora


Notas iniciais do capítulo

Se eu fosse você, não teria coragem de ler esse capítulo só. Eu acho um dos mais sombrios de todos eles. Até me deu um arrepio atrás da nuca quando estava escrevendo... e ainda mais a noite, é o que faz o terror acontecer. Mas não se preocupem, as coisas vão ficar tudo bem no final, não é?! As coisas ficam sempre bem no final....

Ou não!



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– Onde... onde eu estou?! Que lugar esquisito! Ai, que dor imensa no peito!!! É como se... é como se algo tivesse entrado em mim, e saiu repentinamente! Como se algo tivesse me possuído... e agora estou livre. Aqui é escuro. Não vejo nada, tudo está preto. Com um eco enorme, como se só eu existisse aqui.

– Cebola?! É você?!

– Mônica?! MÔNICA!!! Ai meu Deus! Finalmente encontrei alguém!!! Esse lugar me da arrepios e...

– Xiiu... Se acalme, Cê. Eu estou aqui pra... pra tirar minhas dúvidas! Eu sei o quanto você gosta de mim ainda, e que o DC e eu... bem, o DC e eu não andamos nada bem! Só fazemos brigar e ele não entende meu lado, e fica fazendo essas ideias ridículas de contrariar... ao invés de ouvir minha opinião!

– Mas... Mônica. Você não ama ele, como tanto diz?!

– E-eu... eu acho que não... eu percebi que você realmente é quem eu posso confiar e contar todos os meus segredos! É aquele que sempre passei minha vida inteira junta... e não quero que nossa história tenha um ponto final!

– Então quer dizer... quer dizer que você me da outra chance???!!

– B-bem... e-eu acho que sim!

– Ai, meu Deus. Isso só pode ser um sonho! Tem que ser um sonho. E-eu... eu... te amo! - Cebola a beija, mas... de repente ele vê algo diferente. A "Mônica" começa a se desintegrar, e vai sobrando apenas o esqueleto... sangue escorre para todo lado, e logo se seca, como cimento... Larvas corroem sua boca, o sopro do pó da pele é derramado sobre o Cebola, pedaços de corpos ensanguentados são jogados em sua cabeça... o mais puro nojo de se ver...

– AAAHHHHHH, SOCOORROOO

Calma, Cebola. Sou eu, sua namorada Mônica. Estou aqui para te fazer o bem... sempre o bem!

– NÃO, VOCÊ NÃO É A MÔNICA. É apenas um fantasma em forma dela!

– Awn, como é esperto! Mas mesmo assim, Cebola! Você tem que me amar do jeito que sou!

– NÃO, SAIAAA!!!! AAAHHHH !!!!!!!

– Enquanto isso... –


– AI!!!

– Mônica?! O que aconteceu, amiga?!

– Estou tendo um pressentimento muito aterrorizante, Magali! É como se a fantasma estivesse assombrando um dos nossos amigos. Como se tivesse colocado eles num filme de terror. Num pesadelo temporário. Esperando apenas a aurora... para eles morrerem!

– Não se preocupa, Mô. Já chegamos no pico da colina pra pegar o pergaminho e... OLHA, MÔ. OLHA O PERGAMIMHO ALI!!! - Grita a Magali, começando a criar esperanças sobre o resgate dos nossos amigos

– Magá, você tem razão! É MESMO O PERGAMINHO !!!

– O que estamos esperando?! Vamos logo pegar! - Magali estende a mão, quando de repente, outra mão, bem asquerosa porém familiar, chega por trás dela e pega o pergaminho

– NÃO!!! Você de novo?!! E agora... agora está no corpo do meu namorado??? NÃÃOO!! Largue o corpo do DC agora mesmo!!!

– HAHAHAHAHA... vocês duas... vocês, duas reles idiotas... acham que iam pegar de verdade o pergaminho?! Ai, ai... como são imbecis! Não vou deixar vocês pegarem NADA por aqui. Essa floresta pertence a mim! E não há ninguém que me impeça de fazer o que eu queira! UAHAHAHAHAHAAHA!!!

O céu fica claro... o sol aparece... os corações se abalam... Anahol, no corpo do DC, pega-nos pelo pescoço e levam eu e a Magali, junto com Cascão e Cebola, até o ponto mais alto da floresta! Ela se esconde em uma pequena sombra pois sabe que por estar em um corpo mortal, ela será capaz de se desintegrar assim como nós. E a aurora começa. Os pássaros cantam com o lindo nascimento do sol... mas o que parecia ser algo muito bonito... acaba se transformando na maior tragédia da minha vida! O sol começa a invadir a minha carne... como se a temperatura estivesse há mais de trezentos graus celsos... olho para minha mão... sinto o terror do cheiro da queimadura da carne, que logo fica podre... começo a delirar... minha cabeça fica ardida... começo a fechar meus olhos... E agora?! O que sobra para nós?! O nosso fim, acaba de começar... a tortura me invade... definitivamente, para nós, aquela Aurora foi mortal...


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