A nova vida de Annabeth Chase escrita por Zia Jackson


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês?
Aqui vai mais um cap, espero que gostem



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Na hora do intervalo na escola, contei tudo de ontem para Luke.

–Uma casa não fica pronta em dois meses – ele fala

– Eu acabo de contar o drama da minha vida e a única coisa que fala é isso? – Indago

– Desculpe, mas aprendi a ser nerd com você.

Dou um tapa em sua cabeça

– Qual é, Annie, Nova York não é tão ruim assim.

– Eu sei que não é, a Thalia mora lá, mas acho que me mudar no meio do ano é imprudente, vou perder o resto do ano letivo.

– Típico de nerd.

Faço cara feia e ele se desculpa.

– Veja pelo lado positivo: Você ficará longe das metidinhas daqui.

– E longe de você, e longe dos meus professores preferidos, e longe dessa cidade...

– Por que não para de se preocupar com isso e vai comer?

Suspiro, derrotada. Abro meu pacote de bolachas e como duas antes de o sinal tocar.

Algumas aulas depois...

– Então é isso, a tarefa de vocês é resolver essas equações que eu passei.

Um Suspiro geral toma conta da sala, se meus colegas prestassem atenção na aula, não teriam esse problema.

O sinal de fim da aula toca e imediatamente a sala se esvazia. Termino de pegar meu material e saio do local, resolvo não esperar Luke e coloco meus fones de ouvido, vou andando para casa. No meio de meu caminho passo por um parque, uma barraca de sorvetes e milk-shakes está lotada de crianças fazendo pedidos, sem querer acabo me lembrando de que um rapaz costumava trabalhar ali, ele me persuadira a tomar um milk-shake azul, rio com a lembrança e continuo andando até chegar em casa.

– Por que demorou? – Minha mãe pergunta

– Vim a pé.

– Já te disse que é perigoso

– Eu estou viva, não estou?

Ela revira os olhos.

– Vou para o meu quarto . – falo

– Está bem - ela fala – Não fique lá o dia todo

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Mal dá para acreditar que já se passaram meses desde que recebi a noticia da mudança. Por sorte, o apartamento tardou para ficar pronto, dando-me a chance de terminar o ano letivo. Agora, estou ajudando a levar as caixas de mudança até o caminhão que as transportará para Nova York (adivinhe só: Eu mesma pude planejar meu quarto).

– Annie, onde coloco essa? – O dono da voz é Luke. Ele e sua mãe (que sofre com problemas mentais) estão me ajudando na mudança.

– Pode levar essa caixa no porta-malas do carro, é coisa frágil.

– Ok.

Ele sai da sala de estar. Descobri que a atual mulher do pai de Luke mora lá em Nova York, junto com os filhos e um marido ausente (que é o pai de Luke).

Minha mãe entra na sala, carregando em seu colo uma caixa enorme.

– Seus livros de arquitetura? – Indago

– Metade deles.

Rio, se tem uma coisa na qual puxei para minha mãe é o amor por livros.

Cerca de duas horas depois, toda a casa está vazia (só sobraram os móveis , já que será tudo novo no apartamento nova iorquino). Fico lá, olhando para onde costumava ser minha casa, minha mãe alugou a casa para um casal de recém casados , mas não consigo imaginar outras pessoas vivendo onde nasci e cresci. A casa onde meu pai marcou cada centímetro que eu crescia, a casa na qual minha mãe e eu costumávamos apostar corrida, a casa para a qual fui depois do enterro de meu pai, a casa que minha mãe teve que se adaptar depois de ficar cadeirante, a casa onde tudo na minha vida aconteceu. Uma lágrima escorre por meu rosto, não quero abandona-lá

– Já conferiu para ver se não falta nada? – Minha mãe pergunta

– Sim – confirmo – é só entrar no carro e ir embora.

Ela olha ao redor.

–Sentirei saudades daqui - Fala

– Eu também .

Já lá fora, minha mãe e os caminhões de mudança esperam por mim para começar a viagem.

– Annie, tome cuidado – Luke fala. – Se arrumar um namorado imprestável, eu bato nele, certo?

Rio, só Luke mesmo.

– Certo.

–Vem cá me dar um abraço garota.

O abraço e ele retribui, infelizmente anda malhando demais e quase quebra minha coluna.

– Ai. – Falo

– Desculpe – Ele fala, me largando

– Nova York, prepare-se para Annabeth Chase. – Ele grita para o alto.

– Vou sentir saudades – ele fala

– Seremos dois.

Ele me abraça novamente, depois me dá um beijo na bochecha e me conduz até o carro.

– Até breve. – Ele fala

– Até.

E com essas palavras, minha viagem para o desconhecido começa.


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Notas finais do capítulo

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