A nova vida de Annabeth Chase escrita por Zia Jackson
Notas iniciais do capítulo
Olá, tudo bem com vocês?
Aqui vai mais um cap, espero que gostem
Na hora do intervalo na escola, contei tudo de ontem para Luke.
–Uma casa não fica pronta em dois meses – ele fala
– Eu acabo de contar o drama da minha vida e a única coisa que fala é isso? – Indago
– Desculpe, mas aprendi a ser nerd com você.
Dou um tapa em sua cabeça
– Qual é, Annie, Nova York não é tão ruim assim.
– Eu sei que não é, a Thalia mora lá, mas acho que me mudar no meio do ano é imprudente, vou perder o resto do ano letivo.
– Típico de nerd.
Faço cara feia e ele se desculpa.
– Veja pelo lado positivo: Você ficará longe das metidinhas daqui.
– E longe de você, e longe dos meus professores preferidos, e longe dessa cidade...
– Por que não para de se preocupar com isso e vai comer?
Suspiro, derrotada. Abro meu pacote de bolachas e como duas antes de o sinal tocar.
Algumas aulas depois...
– Então é isso, a tarefa de vocês é resolver essas equações que eu passei.
Um Suspiro geral toma conta da sala, se meus colegas prestassem atenção na aula, não teriam esse problema.
O sinal de fim da aula toca e imediatamente a sala se esvazia. Termino de pegar meu material e saio do local, resolvo não esperar Luke e coloco meus fones de ouvido, vou andando para casa. No meio de meu caminho passo por um parque, uma barraca de sorvetes e milk-shakes está lotada de crianças fazendo pedidos, sem querer acabo me lembrando de que um rapaz costumava trabalhar ali, ele me persuadira a tomar um milk-shake azul, rio com a lembrança e continuo andando até chegar em casa.
– Por que demorou? – Minha mãe pergunta
– Vim a pé.
– Já te disse que é perigoso
– Eu estou viva, não estou?
Ela revira os olhos.
– Vou para o meu quarto . – falo
– Está bem - ela fala – Não fique lá o dia todo
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Mal dá para acreditar que já se passaram meses desde que recebi a noticia da mudança. Por sorte, o apartamento tardou para ficar pronto, dando-me a chance de terminar o ano letivo. Agora, estou ajudando a levar as caixas de mudança até o caminhão que as transportará para Nova York (adivinhe só: Eu mesma pude planejar meu quarto).
– Annie, onde coloco essa? – O dono da voz é Luke. Ele e sua mãe (que sofre com problemas mentais) estão me ajudando na mudança.
– Pode levar essa caixa no porta-malas do carro, é coisa frágil.
– Ok.
Ele sai da sala de estar. Descobri que a atual mulher do pai de Luke mora lá em Nova York, junto com os filhos e um marido ausente (que é o pai de Luke).
Minha mãe entra na sala, carregando em seu colo uma caixa enorme.
– Seus livros de arquitetura? – Indago
– Metade deles.
Rio, se tem uma coisa na qual puxei para minha mãe é o amor por livros.
Cerca de duas horas depois, toda a casa está vazia (só sobraram os móveis , já que será tudo novo no apartamento nova iorquino). Fico lá, olhando para onde costumava ser minha casa, minha mãe alugou a casa para um casal de recém casados , mas não consigo imaginar outras pessoas vivendo onde nasci e cresci. A casa onde meu pai marcou cada centímetro que eu crescia, a casa na qual minha mãe e eu costumávamos apostar corrida, a casa para a qual fui depois do enterro de meu pai, a casa que minha mãe teve que se adaptar depois de ficar cadeirante, a casa onde tudo na minha vida aconteceu. Uma lágrima escorre por meu rosto, não quero abandona-lá
– Já conferiu para ver se não falta nada? – Minha mãe pergunta
– Sim – confirmo – é só entrar no carro e ir embora.
Ela olha ao redor.
–Sentirei saudades daqui - Fala
– Eu também .
Já lá fora, minha mãe e os caminhões de mudança esperam por mim para começar a viagem.
– Annie, tome cuidado – Luke fala. – Se arrumar um namorado imprestável, eu bato nele, certo?
Rio, só Luke mesmo.
– Certo.
–Vem cá me dar um abraço garota.
O abraço e ele retribui, infelizmente anda malhando demais e quase quebra minha coluna.
– Ai. – Falo
– Desculpe – Ele fala, me largando
– Nova York, prepare-se para Annabeth Chase. – Ele grita para o alto.
– Vou sentir saudades – ele fala
– Seremos dois.
Ele me abraça novamente, depois me dá um beijo na bochecha e me conduz até o carro.
– Até breve. – Ele fala
– Até.
E com essas palavras, minha viagem para o desconhecido começa.
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