MyLoveLife.com escrita por MartaTata


Capítulo 17
16. A saída de Black Hilbert & White Hilda!


Notas iniciais do capítulo

Eu juro, que muitos acharam que Natural entraria aqui :v Mas, desculpe informar, não. ((((AINDA)))).

Esse capítulo é TOTALMENTE AGENCYSHIPPING (Tinha de avançar mais na relação deles se não muitos leitores me enforcariam :v )

Bem, boa leitura!!

P.S- A minha irmã, hoje de manhã, ia postar o capítulo, mas ela estragou o PC dela. Conclusão:: Sem PC cá em casa. VOU MORRER ;-;

~nao tive tempo de tirar os erros, sorry~

p.p.s.- este pc é de 1800, por isso tem algumas palavras com um 'C' (a ortografia antiga de portugal :v ).



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“ - Então, que tal essa aqui, Bell?”.– Perguntei, vestindo mais um vestido, pela vigésima vez. Ela, sentada na poltrona do meu quarto, olhava, pensativa, com os dedos sobre o queixo. Ela vestia um casaco laranja, calças verdes, como sempre, e uma blusa branca. Ah, e claro, acompanhada dos seus fiéis óculos vermelhos no rosto, que nem sempre usava, já que preferia usar lentes de contacto. Calçava sapatos de salto alto laranjas, com florzinhas verdes de lado. Ela tinha sérios problemas com as cores verde e laranja.

Eu estava a vestir um vestido vermelho e branco, delicado, porém, acho que não me ficava muito bem, enquanto o vestia na frente da loira. Este era um dos que Bianca me emprestara, afinal, eu só tinha uns dez vestidos assim, e ela uns trezentos. Afinal, essa “menina” ama roupa e tudo o que seja sobre moda e revistas assim. Está sempre a par dos saldos e ofertas das lojas de roupa.

Mesmo assim, acho que a Elesa, uma velha amiga nossa, pegou- lhe isso quando elas se conheceram. Elesa tem vinte e seis anos, e é a modelo mais bonita de Unova, já para não dizer que foi a mulher mais bela por três anos seguidos, e a mais sexy por dois.

O sonho de qualquer homem, claro. Mas focando no assunto principal...

...Porquê eu, White Hilda, precisava de tantos vestidos? Simples. Iria sair com Black Hilbert Touya, o rapaz que me amava, e que eu amava. E tencionava dizer- lhe isso, esta noite, neste jantar.

“ - Hm… Talvez devesse experimentar outro. Esse fica bem, mas tem algo nele… Que não combina com você. Não é o seu género, afinal, esse vestido é “demasiado” para você. E, quem olha para ti, minha pequena, tem de ver a sua beleza, principalmente, e você perde- se nesse vestido, além de ser grande demais para você!.”.– Conclui a loira, enquanto eu suspirava, retirando mais um vestido e jogando na cama, no monte onde estavam todos. Ela era mesmo boa em moda.

“ - Pessoalmente, prefiro algo fofo, porém que o provoque um pouco… Quer dizer, é a nossa “primeira saída” a sério, Bell!! Preciso de ajuda!!”. - Desesperei, enquanto ela riu sem jeito. Eu queria que Black, hoje, me acha- se ainda mais perfeita do que ele acha! Teria de fazer com que essa noite fosse o tudo ou nada; Uma oportunidade de ouro, para me declarar!

“ - Pegue algum do seu armário! Havemos de achar algo, nem que tenhamos de ir ao Shopping não tarda!”.– Respondeu a loira, com um sorriso, na tentativa de me animar, porém, só piorara. Arg, Shopping, no Domingo, não por favor!!

Suspirei, pegando um qualquer. Acabara por pegar um que comprara recentemente, mas que nunca tivera coragem de o usar, não sei porquê.

Era bem bonito, na verdade. Por cima parecia um top simples e branco, de mancas compridas. A partir de, um pouco abaixo do peito, tornava- se um vestido daqueles até ao joelho, que levantava com babados por baixo do mesmo. A saia era gordinha e fofa, azul com bolinhas brancas, que fazia um laço grande nas costas, do mesmo tecido.

Experimentei, virando- me para Bianca. Bell levantou- se, espantada, e começou aos pulos.

“ - A. D. O. R. O!”.– Soletrou, deixando- me meia sem jeito. Ela bateu palmas, animada.- “Finalmente, achamos o vestido perfeito!!”.– A loira ficou a olhar para mim, de cima a baixo, e o seu sorriso desapareceu.- “Mas, se calhar é demasiado fresco para o inverno… Afinal, tem estado a nevar, porém essa noite acho que será um pouquinho mais quente que o normal. Mas, creio que não será o suficiente para levar algo tão… Frio”.

“ - Oh, sem problemas!”.– Peguei um casaco pequeno e quente, que ia até o meu peito, do mesmo tom de azul.- “O casaco que comprei no outro dia, combina perfeitamente!!”.– Exclamei, suspirando de alívio. Agora, vinha o dilema que sempre enfrentara contra a Bell. E, que teria de mencionar.- “O pior, é o que calçar…”.

Ouvi o riso maléfico da loira soar no quarto. Arrepiei, olhando- a com medo. Eu sabia MUITO bem o que ela iria dizer. Tão bem, que acertara, mentalmente, nas palavras exactas que ela falou, no momento.

“ - Está na altura… De aprender a usar… Saltos altos!!”.– Disse, com uma cara de demónio, pegando nuns saltos altos brancos, com uns lacinhos azuis de lado.

– Não, nem ferrando que ando nisso!! São muito bonitos, mas você sabe que eu caio imenso com isso…”.– Murmurei, olhando para o lado. Os meus olhos cruzaram- se com os ponteiros do meu despertador, fazendo- me arrepiar.- “Faltam apenas três horas para Black vir, e nem o cabelo está arranjado… O que pensa fazer então, Bell?”.

Bianca sorriu docemente para mim, calçando- me os pés, enquanto eu me sentava na cama.

“ - Você sempre me ajudou. Juntou- me a mim e ao Chen, sem nem eu mesma querer. Conseguiu ajudar- me quando brigávamos, e ainda foi madrinha de casamento, ajudou- me a escolher o vestido e tudo para a Lua de Mel. Agora, é a minha vez!!”. - Afirmou, levantando- se e estendendo as mãos para mim.- “Vá, White, relaxe! Tudo dará certo. E, não se esqueça: Ele te ama. Mesmo que algo dê errado no jantar, ele não te vai largar por isso!!”.

Sorri, aliviada. Bianca acabara de me descontrair um pouco mais, afinal, tem sempre aquele medo de fazer ‘algo de mal’. Suspirei fundo, levantando- me e equilibrando- me, com dificuldades.

“ - Me ajuda logo, loira do diabo! Tenho uma hora para aprender a usar isso e duas horas para me arranjar… E não será fácil. Preciso realmente da sua ajuda!”. - Afirmei, com um sorriso.

“ - Você gosta mesmo de Black, certo…?”. - Perguntou, pegando nas minhas mãos e andando comigo, lentamente.

“ - Sim…”.– Respondi, com um sorriso enorme no rosto. Olhei para o pôr-do-sol, da minha janela do apartamento.- “Ele… Despertou o meu verdadeiro ‘eu’. Algo que o Natural conseguiu esconder, no fundo de mim.... Black conseguiu voltar a fazer- me feliz. A ter uma razão de viver. Nunca… Tive ninguém que me amasse tanto como ele. Por isso… Eu não quero que isso se torne em vão. Felizmente, não perdi nada de importante com o Natural, pois nunca achara que ele era alguém digno de me poder tirar… Oh, você sabe. “Aquilo”.– Revirei os olhos, enquanto ela libertou um risinho baixo, ajudando- me a andar, mas apenas a ouvir.

Sorri de volta, começando a aprender a andar naquela coisa. Uns minutos depois, continuei, após duas voltas ao quarto.

“ - Por isso… Desta vez sinto. Sinto que Black é… Diferente. Que, estamos destinados um ao outro.”.– Ri um pouco forçadamente, envergonhada.- “Parece que estou a sonhar com um ‘conto de fadas’. Afinal, um jovem casal que nunca foi para a cama sequer com outros e ainda são virgens, sendo que têm entre vinte e três a vinte e quatro anos…”. - Fechei os olhos, imaginando tudo o que passara com ele, nesses últimos sete meses.- “Eu… Não acredito que… É real. É demasiado bom para ser real…”.

“ - Mas é real, White!!”.– Exclamou Bianca, agarrando- me, com força, nas mãos.- “É real! Não deixe que Black vá embora, essa pode ser a sua última oportunidade.. E eu quero saber tudo o que aconteceu, ouviu? Afinal, minha melhor amiga, talvez, vá namorar com o cara que eu sempre adorei com ela!!”. - Bell largou levemente as minhas mãos.- “Tente andar pelo quarto, mas sem ajuda! Não importa as vezes que caia, tente!”.

Basicamente, a próxima hora foi a aprender a andar naqueles sapatos lindos e difíceis. Depois, tomei um banho relaxante, enquanto Bell ajudou- me a arranjar o cabelo e a colocar uma leve maquilhagem, muito leve mesmo. Não gosto de demasiadas coisas.

Entretanto, faltava pouco tempo para o Black vir, e Bell decidiu ir embora para “não atrapalhar”.

Agora, o pior, são os nervos.

[...]

Ouvi alguém a bater à porta. Dirigi- me até ela, parando a milímetros da fechadura.

Respirei bem fundo. Sabia quem estava do lado de fora, e aposto que estaria igualmente nervoso como eu. Eu tinha de fazer isto. Tinha de responder a tudo.

Abri delicadamente a porta, espreitando com os olhos, antes mesmo de aparecer. Não queria que ele me visse já.

Os meus olhos azuis- claros brilhavam de curiosidade e olhavam para todos os cantos do local, principalmente para ele. E com ele, refiro- me a Black Hilbert, o homem que eu estou totalmente apaixonada.

O cabelo dele estava como sempre, bagunçado e sem jeito, mas eu o amava assim. Estava com o rosto levemente vermelho, enquanto olhava para os meus olhos cheios de curiosidade e ria um pouco. Vestia um terno cor de creme que lhe ficava perfeito e uma camisa branca. Na sua mão direita, tinha um buquê de todas as flores que podia imaginar - Desde as mais coloridas até aos maiores tamanhos-.

Foi aí que tomei coragem, e apareci, devagar, à frente dele. Vermelha, desviei o olhar, como se fosse um sinal de ‘aprovação’ para ele me observar e me admirar com o olhar. Admito que foram segundos - Ou minutos, foi tanto tempo que nem sei!-, tortuosos e vergonhosos, pelo menos para mim; Afinal, Black não dizia nada e só me olhava cada vez mais vermelho e admirado.

Levava comigo aquele vestido que Bell me indicara, com os mesmos saltos altos brancos e laços azuis dos lados. O cabelo estava pelo rabo de cavalo, normalmente, porém a loira deu o toque de “perfeição”, colocando- o a cair no meu ombro esquerdo, com uma fita azul e flor branca na cabeça, prendendo o meu cabelo.

“ - White, você está…”.– Black não conseguia conter o espanto e o nervosismo. Ri um pouco, sem jeito, desviando o olhar novamente. Depois, voltei a encarar- lhe nos olhos, com um sorriso doce.

“ - Espero que não esteja demasiado… Mas achei que você gostasse de me ver assim!”.– Respondi- lhe, pronta para sair de casa. Porém, lembrara- me da minha mala, que estava na cozinha, com as chaves de casa.- “Oh, Black, vou só pegar a minha mala… Pode entrar, se quiser, mas não me demoro nada!”.

Abri a porta para ele entrar. Ele assim o fez, admirando a minha casa que estava, finalmente, com a papelada arrumada e com as mudanças concluídas. Deixei Black a admirar a minha sala de estar, indo até à cozinha, que estava na porta ao lado.

“ - Vejo que já arrumou e arranjou a casa, White!”.– Murmurou, com um sorriso.- “É bem bonita”.

“ - Muito obrigada, Senhor “Hilbert”...”.– Respondi da cozinha, acompanhada de uma risada. Peguei a minha pequena malinha branca, indo até Black.- “Bem, tenho tudo. Vamos andando?”.

“ - Oh, claro! Temos a reserva da mesa em quarenta e cinco minutos… Melhor irmos andando.”.– Respondeu, segurando a minha mão esquerda, delicadamente. Fiquei um pouco corada, mas deixei, libertando um sorriso doce para o mesmo.

Saímos do meu apartamento. Depois da porta trancada e de descer de elevador até ao piso número zero, saímos dos apartamentos e entrei no carro de Black. Mesmo não sendo a primeira vez ali, admito que foi um tanto ‘estranho’, afinal, iríamos sair juntos. Sozinhos.

“ - Impressão minha, ou ambos estamos um pouco nervosos?”.– Comecei a tentar puxar assunto, olhando- o com um sorriso.

“ - Bem…”.– Black, sem tirar os olhos da estrada, riu um pouco, envergonhado.- “Acho que é porque… Bem, talvez sejamos quase como namorados…”.

Fiquei bastante surpresa em ouvir aquilo. E seria a oportunidade perfeita para me declarar.

Mas não. Não ainda…

“ - É… Talvez até já sejamos”.– Respondi, deixando- me seguir o que eu queria realmente falar. Mas, não deixei de ficar surpresa pelo que falara. Black olhou- me de lado, confuso; Talvez porque era novidade aceitar algo assim.- “Bem… É só uma afirmação!! Não que seja verdade ou assim…”.

“ - Oh, White, cala a boca. Ambos sabemos muito bem que somos bem mais que amigos…”.– Murmurou, com um sorriso confortável nos lábios, em que os meus olhos se prenderam ali; Naquele brilho lindo, que parecia chamar- me para um beijo.

“ - Okay, acho que mentiras já não resultam contra você... “.– Fiz uma pausa, olhando- o de lado, meia provocando.- “Desde quando ficou tão inteligente, Black Hilbert?”.

“ - Desde quando ficou tão irritante, White Hilda?”.– Respondeu, olhando- me de lado, meio irritado, e com um sorriso torto nos lábios. Ri um pouco, continuando com a brincadeira.

“ - Eu sempre fui, caso não tenha notado… Oh, claro que não notou, você me ama demais!”. - Sorri de canto, esperando a resposta dele. Queria ver como ele iria responder às minhas provocações, hoje.

– Lá por eu te amar, não quero que tente me zuar…”. - Murmurou, olhando- me meio com raiva, porém, entrando na brincadeira.- “Eu sei que no fundo você quer me beijar agora. Afinal, você não para de me olhar nos lábios!”.

Corei totalmente, virando a cara para a janela. Era assim tão… Óbvio?! Que vergonha… E mais vergonhoso ainda foi a minha voz ter sumido e o meu silêncio me denunciar.

“ - Hmmm… Viu? Não tente me provocar, você não vai conseguir vencer!”.– Concluiu, estacionando o carro num parque de estacionamento, cerca de uns vinte metros da entrada. Sorte que achamos um local legal para achar lugar.

“ - Só… Arg, vamos logo, tenho fome!”.– Disse, saindo do carro muito rapidamente, tentando fugir ao assunto. Ou até mesmo do próprio Black.

O caminho até ao restaurante foi no puro silêncio, enquanto estava lado a lado com ele. Nem mesmo com saltos altos de oito centímetros conseguia ser da sua altura; Pelo contrário, nem ao queixo lhe chegava.

Enquanto caminhava lentamente, senti a mão quente dele entrelaçar os meus dedos da mão direita. Olhei- o curiosa nos olhos, enquanto ele libertou um sorriso doce e relaxado. Sorri de volta, aceitando e apertando a mão dele contra a minha. Vi que ele ficou meio sem jeito, por eu aceitar assim descontraidamente, já que ficou meio vermelho e olhou para o lado.

Como resposta, coloquei- me em bicos de pés, chegando à orelha dele, com dificuldades. Depois, sussurrei lentamente.

“ - Relaxe… Não precisa de ficar tão nervoso, Black… Sou só eu..”.

Deviam ter visto a cara dele. Nunca o vi tão vermelho e nervoso na minha vida!! Chegou até a uma vontade enorme de rir e o abraçar.

“ - Viu…? Nem sempre você ganha…”.

Mesmo vermelho, ele segurou- me rapidamente na cintura, puxando- me para um beijo bem lento e… Profundo. Admito que fiquei bem surpresa, mas não neguei. Afinal, não é todos os dias que ele me beija… Assim. Tão… Apaixonadamente.

Depois de nos separarmos, já que estávamos no meio da rua e não era agradável pessoas a olharem, ele sorriu- me, puxando- me para ele. Depois, respondeu- me com um sussurro bem sexy no meu ouvido:

– Eu vou sempre ganhar, White Hilda… E eu ainda vou te mostrar que os meus limites são muitos…”.– Depois, mordeu- me levemente a orelha, enquanto eu tinha um enfarto de tantos nervos.- “Talvez…”.– Ele segurou- me as costas com força.- “Talvez num futuro não muito distante…”.

Depois, afastou- se de mim e continuou de mãos dadas e com um sorriso doce para mim, como se nada tivesse acontecido. Enquanto eu, tentava não cair, já que com saltos altos e nervos, era impossível.

“ - Eu… Eu acho que seria bom irmos jantar logo.”.– Disse, ainda com a voz trémula, apontando para o restaurante. Talvez seria melhor mesmo seguir em frente e fingir que aquilo não aconteceu.

Porém, à porta do restaurante, já a entrarmos para a nossa mesa, ele segurou- me no ombro, sussurrando- me no meu ouvido esquerdo.

“ - Não tente ignorar aquilo que se passou lá fora, Senhorita Hilda… Porque aquilo nem foi o começo”.

Por momentos, nunca achei que ir para uma mesa para jantar num restaurante fosse tão demorado. Mesmo sem responder, sentei- me rapidamente numa das cadeiras da mesa perto da janela, com vista para o lago de Nimbasa City, com imensas luzes e brilhos. Black olhava- me com uns olhos curiosos, esperando uma resposta.

“ - O que quer que diga? Que fiquei toda ‘excitadinha’ quando você me tentou seduzir?”. - Olhei- o, com uma sobrancelha levantada.

“ - Por acaso… Sim.”.– Admitiu, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

“ - Pois, não vai.”.– Cruzei os braços, olhando para a janela, fingindo- me de brava. Depois, fechei os olhos e continuei.- “Sabe, Black Hilbert, se procura uma mulher ‘fácil’, está no local errado!”.

“ - Mas eu gosto é de difíceis…”.– Murmurou, com um sorriso de canto, admirando- me o rosto.- “Oh, correcção: Só gosto de você mesmo”.

– E posso saber porquê essa paixão louca por mim?”.– Disse, abrindo um olho, na direcção dele.

“ - Bem…”.– Ele sorriu sem jeito.- “Infelizmente, nem eu mesmo sei. Mas…”.– Ele olhou- me com um dos maiores sorrisos que já o vi dar.- “Não sabe o quanto amo te amar. É tão… Perfeito!”.

Olhei- o vermelha e curiosa, voltando a encará- lo novamente, esperando ouvir o resto.

“ - Você não sabe o quanto sonhei com isto, White… Você não sabe o quão bom é poder estar tão perto de quem amo. Mas, o medo de ser rejeitado ainda está no meio disso… Por isso, White, se for para me negar; Negue agora.”.– ele olhou- me totalmente sério.- “Não quero que me iluda com mentiras; Quero que me diga a verdade… Você vai me rejeitar?”.

“ - Não”. -Respondi, calmamente. Vi o rosto dele se iluminar e sorrir imenso.- “Mas ainda não aceitei…!”.

“ - Mas não negou!!”. - Para Black, este devia ser o melhor dia da vida dele. Sorri levemente para ele, olhando- o nos olhos.

“ - Okay, okay… Eu quero- te. Feliz?”.– Admiti, vermelha. O moreno só não pulou porque estava sentado.

“ - Muito…”.– Ele estava totalmente animado, pegando no menu e escolhendo alguma coisa aleatória, só para voltar a admirar- me.

“ - Você tem sérios problemas, sabia?”.– Afirmei, rindo um pouco, desviando o olhar do menu, enquanto ele me olhava totalmente nas nuvens.

“ - Eu sei… Mas não me importo!”.– Ele riu um pouco, pronto para me tentar deixar vermelha, já que esse jeitinho fofo dele me deixava assim. Mas, por sorte (ou azar), o garçon chegou para anotar os pedidos.- “White…”.

“ - Sim?”.– Respondi, desviando o olhar do lago de Nimbasa City, porque hoje ele estava realmente bonito e dava para observar a linda paisagem do local.

“ - Eu… Queria me desculpar por ontem”.– Murmurou, pegando na minha mão.- “Eu juro que nunca pensei que a minha mãe fosse tocar naquele assunto…”.

“ - Black, calma, foi um acidente! Não me importo.”– Admiti, voltando a olhar para o lago. Não estava muito interessada nesse assunto hoje.

“ - E… Eu acho que foi injusto da minha parte, não contar um pormenor sobre… A Shiller”.– Por momentos, o lago perdeu todo o interesse, olhando- o com curiosidade.

“ - E isso seria…?”.– Perguntei, momentos antes de entender o que falara.- “Quer dizer… Não precisa de dizer, se quiser!!”.

“ - Ela traia o meu pai”.– Admitiu, contando tudo, enquanto era ele agora que olhava para a paisagem. Depois de uns segundos, voltou a contar.- “Ele descobriu seis meses antes de ela se suicidar, e dois dias antes de pedir o divórcio.”– Afirmou, suspirando.- “Ela traia- nos com um outro homem… Que eu nunca soube o nome. Mas…”.

Vi a dor que ele estava a sentir em falar. Apertei- lhe a mão, enquanto ele me olhou e eu sorri.

“ - Não conte já. Conte- me depois, quando estiver- mos juntos. Realmente.”.

Black sorriu- me de volta, aceitando com a cabeça. Nesse momento, os pratos chegaram e o jantar decorreu com palavras fofas; Outras mais provocantes, enquanto cada um tentava zoar do outro.

Acabamos por sair do restaurante às onze e meia da noite, já que quinze minutos foi a discussão de “quem pagava”. Mesmo tendo combinado em pagar metade, Black pagou tudo; Eu fiquei revoltada.

“ - Quer dar uma volta pela cidade, fofinha?”.– Perguntou Black, ao meu lado, colocando o braço pelos meus ombros e aconchegando- me nele.

“ - Hmph…”.– Murmurei, virando a cara.

“ - Ai… Não acredito que ainda está brava de eu ter pagado o jantar!”.– Queixou- se Black, suspirando com um sorrisinho.

“ - Foram quinhentos PokéDollars! Aquele restaurante é mais caro que seus cozinheiros particulares, Black!!”.– Resmunguei, bufando.- “Eu pago duzentos e cinquenta e vamos dar um passeio!”.

“ - E se eu recusar?”. - Perguntou, levantando uma sobrancelha.

“ - Vou para casa!”.– Murmurei, cruzando os braços. Black riu sem jeito, já que estava a fazer uma birrinha de criança.

“ - E eu tenho opção?”.

“ - Não!”.– Sorri de canto, vitoriosamente. Agora sim, White Hilda iria ganhar!!

“ - Okay então, vamos para sua casa.”.– Respondeu, dando a volta para voltar ao carro.

Como… Assim…? Ele acabou de… Me recusar?!

Fiquei parada, a olhá- lo a andar normalmente, chocada. Ele… Queria já acabar o encontro perfeito, ou não iria ceder..?!

“ - Como é que é?!”.– Gritei, enquanto ele começou a rir.

“ - Achava que não queria vir comigo, White… Ou vai me deixar pagar tudo e vamos passear?”.– Perguntou maliciosamente, pegando- me na mão. Ele virara o meu próprio jogo contra mim. Derrotada, bufei, deixando- o entrelaçar as mãos nas minhas.

“ - Como queira…”.

Black e eu ficamos abraçadinhos um ao outro, a passear pelas ruas meio movimentadas de Nimbasa City, perto do lago. Lá, havia uma roda gigante e uma montanha russa, em homenagem a Elesa, a nossa amiga estilista que falara antes.

“ - Black!! Quer andar na roda gigante?!”.– Perguntei, puxando- o antes mesmo de ele responder. Black ficou branco, engolindo de seco, mas sem dizer nada. Por fim, quando estava pegando os bilhetes (De noite era gratuito para casais), Black quebrou o silêncio dele.

“ - W… White…”.– Murmurou, meio tremendo. Ignorei, puxando- o para dentro de uma das cabines da roda gigante, que se fechou. Era bem grande e tinha bancos do lado direito e esquerdo, fechada por um vidro. Basicamente: Era totalmente privada.

“ - Não é tão legal, Black?!”.– Falei, totalmente animada, colocando os joelhos nos banquinhos da direita, olhando pela janela.- “Estamos a começar a andar!”.

“ - White… Estou tentando dizer- te que…”.

Olhei para Black, que estava branco e tremendo, como se estivesse doente. Confusa, olhei- o nos olhos, preocupada.

“ - ...Tenho medo de alturas”.

Sorri docemente, porém sem jeito, preocupada. Fora um erro meu não o ter ouvido, mas agora que já estamos aqui, não podemos descer.

Dirigi- me ao moreno lentamente, segurando- lhe nas duas mãos delicadamente. Olhei- o nos olhos, com um ar doce e um sorriso acolhedor, esperando ele relaxar os músculos para poder ajudá- lo, já que estava muito tenso e a tremer.

“ - Só se concentra nos meus olhos, okay?”.– Disse, e o mesmo obedeceu. Ele parecia hipnotizado, pois momentos depois, ele estava totalmente relaxado e esquecera- se do pânico que sentiu. Sorri, orgulhosa do meu trabalho, levando- o lentamente a se sentar num banquinho.

Porém, ele pegou- me de surpresa; Segurou- me a cintura com força, mas delicadamente, puxando- me para outro daqueles beijos que ele tanto me dava. Um beijo ainda mais tenso, doce e sedutor que o outro. Um beijo que me deixou sem fôlego algum.

A cabine mexeu um pouco com o vento, fazendo Black voltar a tremer e ficar com os músculos tensos e cravar levemente as unhas na minha cintura, sem querer. Admito que doeu um pouco, mas não liguei, tentando relaxá- lo, já que era o meu grande objectivo.

Ainda a beijá- lo, ele sentou- se comigo num dos banquinhos, enquanto eu passei delicadamente a mão pelo seu rosto, até me separar lentamente dele. Finalmente, voltei a vê- lo nos olhos, com um sorriso.

“ - Não tenha medo, Black…”.– Murmurei, entrelaçando os dedos da mão dele com os meus.- “Eu estou aqui…”.

“ - Okay… Só, tenho um pouco de medo, sabe… Não consigo me controlar. É como paralisa- se do nada.”– Admitiu, meio com vergonha.

“ - Não tem de ter medo ou vergonha disso, Black! Eu estou aqui para te ajudar…”.– Murmurei, sentindo o corpo dele se aproximar do meu, lentamente, sempre a olhá- lo nos olhos. Ele empurrou- me para trás, ficando em cima de mim. Nesse momento, a roda parou connosco no topo.

Nunca ficara numa situação tão íntima com ele. Era constrangedor, até… Nem com o Natural fui tão longe… Será que era rápido demais?

Bem, que importa, eu quero. Não vou negar. Não dessa vez.

“ - Por favor…”.– Murmurou Black com uma voz rouca ao meu ouvido, passando a mão dele delicadamente pelas minhas curvas, parando na cintura.- “Nunca… Me deixe”.

Sorri, vermelha. Admito que era muito vergonhoso estar assim com ele, mas nem assim ele não conseguiu parar de ser fofo. Blaaack!! Para de ser perfeito, maldito!!

Infelizmente, a roda voltou a andar. Black sorriu- me docemente, beijando- me levemente os lábios, num selinho romântico. Ainda mais corada do que já estava, virei o rosto, bufando. Mas com um sorriso doce de canto.

Eu e Black ficamos abraçados um ao outro, até a roda gigante parar e ambos sairmos. Black quase beijou o chão, enquanto eu implorava por desculpas, obviamente.

Depois de uns vinte minutos a andar por aí, fomos até ao carro dele. Ele iria levar- me para casa, já que era meia noite e cinco. Um pouquinho tarde, não?

“ - Black…”.– Murmurei, com um sorriso enorme para ele, sentando- me no carro com ele.- “Muito obrigada por esta saída perfeita! Não podia ser melhor!!”.

Black ficou um pouco vermelho. Deve ter sido do elogio, pensei. Mas… Não. Acho que me enganei, depois do que veio a seguir.

“ - Bem, White… A… A saída, ainda não terminou”.– Murmurou, começando a andar. Os meus olhos e todo o meu corpo despertou a curiosidade, vendo para onde ele me iria levar. Totalmente entusiasmada, fiquei com a curiosidade ainda maior que o normal.

“ - Onde vamos agora?!”.– Perguntei, com um sorriso, olhando- o.

“ - Você verá…”.– Respondeu, sem tirar os olhos da estrada, meio vermelho.

“ - Porque está vermelho, Black?”.– Perguntei de novo, meia concentrada no rosto dele.

“ - N… Não estou!!”. - Resmungou, ainda mais vermelho.

“ - Agora está mais!!”.– Disse, tocando de leve na bochecha dele com o indicador esquerdo, rindo um pouco. Ele sorriu também, desviando rapidamente os olhos para mim, enquanto me divertia com a bochecha dele pelo resto do caminho.

Foram apenas sete minutos de caminho, já que Nimbasa City não é a maior cidade de Unova, mas também não é a menor. Black estacionou à porta dos apartamentos mais ricos da cidade, e talvez, do mundo!

Olhei- o confusa, porém curiosa. O que raios ele estaria a tramar?

“ -Venha até minha casa…”. – Murmurou vermelho, porém num tom irresistível e doce ao mesmo tempo, arrepiando- me. Estava totalmente chocada com as palavras dele, ficando totalmente vermelha como ele. O que raios ele estaria a pensar? E porquê logo hoje..?!

Espera aí… Não me digam que ele…!!!

“Okay, relaxa White. Tenta simplesmente negar e dizer que ainda é cedo ou que pode ser perigoso e…”.

Ignorei a minha mente, assentindo, corada. Olhei para baixo, ainda a reflectir o que acabara de fazer. Estaria eu a fazer a coisa certa? Será que, todos os anos a proteger- me de Natural… Agora… Acabariam?

Está na hora de ter a primeira vez?

Ele sorriu- me, ainda vermelho, mas com um sorriso brilhante, deixando os seus olhos doces e lindos me olharem mais uma vez de cima a baixo, ainda sentada no banco do carro dele. Depois de me admirar, murmurou no meu ouvido:

“ - Como consegue ser tão… Linda?”.



Nada respondi; em vez disso corei mais, baixando ainda mais o olhar e escondendo o sorriso enorme que libertei. Era tímido, porém feliz. Black saiu do carro, lembrando- me que ele falara uma vez que vivia aqui.

“ - Black, estes apartamentos são muito lindos e… Demasiado seguros. Jamais conseguirei entrar!! Além disso tem imensos seguranças e…”.

A minha voz morreu quando ele segurou a minha mão, beijando- a suavemente. Correi mais, sentindo uma sensação quente e prazerosa na minha mão. Era suave, porém conseguia já ter um enorme desejo de o beijar. Mas não era o momento. Ainda não.

Mesmo com alguns beijos que ele já me dera na mão, aquele foi… Diferente. Muito. Diferente.

“ - Relaxe, Touko. Os meus pais são donos dos grandes apartamentos... Posso até levar a cidade toda para cá, se quiser!”.– Afirmou, puxando a minha mão para eu sair do carro.

Ri do comentário, levantando- me e ajeitando- me. O meu vestido continuava bonito e chamava a atenção; notava- se que fomos ambos a um jantar romântico. Mas ainda me sentia mal por ser Black a pagar tudo sozinho.

Ele segurou a minha mão, vermelho, e eu nem tive tempo de reagir; Já estávamos a andar até à entrada. O homem da entrada olhou Black, e seguidamente para mim.

Olhou- me de alto a baixo, e por fim as nossas mãos. Black entrelaçou os nossos dedos bem no momento, deixando- me mais vermelha. Porém, talvez fosse necessário para que ele nos deixa- se entrar. O homem deixou passar, reconhecendo- me como, um grande talvez, namorada dele.

Andei o caminho todo até ao elevador calada e andando direitinha, sem mexer um músculo a mais. Nunca achei uma viagem até a um elevador… Cansativa.

Entrei no elevador bem mais confortável que o normal. Era vermelho e dourado, mesmo daqueles de ricos de mansão; O que me surpreendeu, já que os apartamentos eram modernos, cheios de janelas e afins. Black entrou comigo, clicando no andar número treze, e esperou as portas se fecharem, até eu suspirar de alívio e conforto.

“- Este lugar é mesmo…”.

A minha voz, e a minha tentativa de tentar ter conversa com ele foram interrompidos quando ele me prendeu contra uma das esquinas do elevador, apoiando as mãos no corrimão do mesmo. Paralisei, olhando nos olhos dele, sentindo a respiração rápida dele. Ele não tirou os olhos dos meus nem um segundo.

Ele decidiu agir; colocando uma mão abraçada à minha cintura, a outra na parede, impedindo- me de fugir e colando os nossos corpos. Conseguia sentir o calor dele no meu corpo, o sangue borbulhar e eu parecer que ia ter um enfarto.

E pela primeira vez, Black desviou o olhar dos meus olhos para os lábios. Conseguia sentir o desejo dele e do seu olhar me contagiarem. Olhou novamente os meus olhos, com um desejo a apoderar- se de nós a uma velocidade louca.

Libertei um suspiro, tentando aguentar o desejo de não tocar nos lábios dele. Mas estava a ficar difícil e insuportável com ele a contagiar- me. Seria bem difícil aguentar o que quer que fosse esta noite, fosse para mim ou para ele.

“ - Eu quero tanto…”.– Sussurrou num tom tão sedutor e rouco no meu ouvido, fazendo- me corar de leve e arrepiar. Ele subiu a mão da minha cintura até o meu rosto, passando suavemente. Colocou o polegar no meu lábio inferior, brincando levemente, com a vontade a aumentar mais e mais entre nós.

Eu ia matá- lo! Mas, não agora. Só quando tudo isso acabar.

Ele retirou a outra mão da parede e passou por uns fios de cabelos meus, brincando e enrolando- os com um ar de sedutor eprovocante, sem nunca perder o seu jeito sexy de ser.

E agora, a segunda fase. Ele começou a aproximar- se lentamente, mas apressadamente. Acho que não tem melhor descrição que esta.

Apenas coloquei uma mão no peito dele, impedindo a centímetros de distância. Agora sim, a vontade apoderava- se monstruosamente. Era impossível de resistir, sem suspirar uma única vez a olhar nos olhos dele. Black segurou delicadamente a minha mão, olhando sempre para os meus lábios.

“- Por favor, White…”– Ele já implorava de desejo e de já ser irresistível a tentação de provar a nova sensação. - “Deixe- me... Eu não aguento mais!!”.

“- Pois aguente..”.– Respondi, ouvindo o elevador chegar ao piso 13, onde Black morava. Fui andando lentamente, a provocar, na frente dele, olhando para trás com um sorriso malicioso, enquanto ele me admirava.- “Vai ficar ai, ou vamos para o seu apartamento?”.

Nem foi preciso dizer mais nada para ele quase voar em direcção a mim e começar aos beijos comigo. Uns beijos totalmente provocantes e sedutores, enquanto abria meio atrapalhado a porta de casa e trancava, para ficar- mos sozinhos, sem perturbações.

Black nem disse uma palavra; Apenas levou- me até ao quarto dele, enquanto eu tirava a camisa do terno dele (Entretanto o casaco ficara no chão da sala, no caminho até cá) apressadamente, mas os botões não ajudavam. Ele, ao mesmo tempo, tirava o laço do meu vestido, com dificuldade, deixando- me em cima dele na cama de casal dele (Porque ricos têm cama de casal só para eles mesmo).

Depois de anos a tirar a camisa dele, joguei num canto qualquer, ficando toda vermelha a admirar o corpo dele. Não fazia ideia que tinha abdominais definidos… O que me deixava ainda mais.. Qual a palavra certa? Talvez excitada.

Depois, decidi testar algo que tinha em mente, no momento. Passei de leve entre os abdominais dele com um dedo, fazendo um percurso lentamente, ouvindo a respiração dele começar a ficar forte e rápida, o que ainda me deixou com mais vontade ainda.

– Algo me diz que ainda precisa de prática, Black Hilbert...”.– Provoquei, rindo um pouco, tirando o meu vestido, com uma perna de cada lado dele, apoiada pelo joelhos na cama. Depois de tirar, joguei num canto, junto com os sapatos. Depois, Black poupou- me o trabalho, tirando as calças dele e os sapatos, ficando só de roupa interior. Os dois.

“ - Acho que temos de fazer isto mais vezes, Senhorita Hilda”.– Provocou de volta, com um sorriso bem malicioso. Arrepiei, só do olhar que ele deu, observando a minha parte de cima.- “Nunca imaginei que tivesse tão pouquinho, sua tábua!”.

“ - Pelo menos são fofinhos!!”.– Gritei, meia brava, tapando com os braços, vermelha. Black sorriu novamente de canto, virando- se para ficar em cima de mim e eu em baixo. Ele levou dois dedos desde o meu ventre até ao meu peito, bem lentamente. Admito que me deixou totalmente arrepiada e libertei alguns gemidos com isso. Não sei se isso é bom ou mau, mas vou deixar- me ir, como Bianca disse.

“ - Muito fofinhos…”.– Sussurrou maliciosamente, tentando tirar o fecho do meu sutiã. Mas, acho que nem ele mesmo sabia onde se tirava, já que estava totalmente atrapalhado. Ri um pouco, guiando as mãos dele até às minhas costas, em cima, onde se encontrava o fecho.

Depois de desapertar, não tirou; Decidiu torturar- me enquanto eu quase que implorava para ele me tocar ali; Mas ele só ignorava, a ouvir os meus gemidos, suspiros e implorações.

Tudo o que tenho a dizer é que, mesmo com alguma safadeza, foi a melhor noite da minha vida. Foi tudo tão… Fofo, romântico e… Perfeito. E, agora, as minhas dúvidas tinham ido embora. Sabia que amava e confiava totalmente nele; Sabia que o queria para sempre; Sabia que o amava.

[...]





Senti uma luz chata atingir- me o rosto, e os olhos. Libertei um grunhido de raiva, abrindo levemente os olhos. A janela deixava passar levemente os raios de sol, sendo que um decidiu acordar- me, do meu lindo sono.

Olhei para a mesinha ao meu lado, pegando no celular. Apenas desbloqueei e olhei as horas. Onze e meia da manhã. Depois disso, saltei da cama, num berro enorme, já examinando o chão para pegar as minhas roupas, do meio do chão.

“ - Oh meu Arceus, estou tão atrasada!! Gray vai matar- me!!”.– Gritei alto, saindo da cama à velocidade da luz. Acabei por, com a pressa, cair da cama, mas nem liguei. Levantei- me, rapidamente, percebendo que aquele vestido era bonitinho e formal demais para o trabalho; Por isso, peguei a camisa de Black, vestindo com pressa. Aproveitei e vesti também a roupa interior de baixo.

Ouvi um grunhido de insatisfação, vindo do moreno. Ele abriu os olhos, apoiando- se com os cotovelos atrás das costas, fazendo a coberta que o tapava descer lentamente e tapar, por pouco. Corei bastante, virando a cara e continuando a vestir- me que nem uma desesperada.

“ - White… O que deu em você?”.– Perguntou, meio com raiva.- “Tenho sono, quero dormir mais!!”.– Ele olhou- me de cima a baixo, ainda na mesa posição, totalmente relaxado.

“ - Eu tenho trabalho, caso não saiba!! É segunda, Black!”.– Protestei, tentando apertar os botões da camisa dele. E, só depois de apertar de cima para baixo, já a meio, dei- me conta que me esquecera de vestir o sutiã. Inteligência ótima, White!

“ - Mas o Gray não deu o dia livre para você?”.– Perguntou o moreno num tom confuso. Segundos depois, parei para pensar. Era verdade; Hoje não tinha de ir trabalhar. Vermelha e envergonhada pelo que acabei de fazer, só depois me lembrei que estava em casa do Black; Da minha saída com o Black; Da noite com o Black.

Ainda mais vermelha do que podia estar, olhei para Black, que me olhava com um sorriso doce. Achei que ele iria tentar envergonhar- me ou provocar, mas, em vez disso, levantou- se. Sem roupa.

Por instinto, virei- me de costas, tapando a cara com as mãos. Eu… Eu tinha realmente perdido a minha inocência, naquela noite? Nós fizemos… Aquilo?!

“ - Não precisa de ficar envergonhada, White!”.– Sussurrou- me docemente, abraçando- me pelas costas. Isso só resultou num ataque de nervos.– “Podemos ficar juntinhos e aninhados…? Só hoje, eu prometo!”.

“ - Mas, o guião…”.– Murmurei, meio pensativa. Só depois de uns segundos, entendi o que realmente estava a fazer. Eu jamais iria negar, depois da melhor noite que já tive, um dia perfeito com o Black, nesta situação. Nem pensar.

Se Gray quiser despedir- me, que o faça. Como disse, posso criar outra agência num abrir e fechar de olhos. Ele que faça o que bem lhe entender; Não sou escrava de nenhuma actriz ou chefe meu. Muito menos se for para realizar um filme!

“ - Só hoje…”.– Insistiu. Sorri, virando o rosto para ele, enquanto ele estava apoiado no meu ombro. Dei- lhe um beijo suave no rosto, meia vermelha. Ele logo ficou um pouco vermelho, virando- se para o lado oposto. Libertei uma risada doce.

“ - Irei pensar no seu caso, Black Hilbert…”.– Murmurei, pensativa. Depois de uns segundos, ele olhou- me com esperança.- “Quero estar em casa no máximo às nove da noite, ouviu?”.

Ele libertou um sorriso enorme, pegando em mim e deitando- me com ele. Ele vestiu os boxers dele rapidamente, aninhando- se em mim, frente a frente comigo.

“ - Sabe…”.– Sussurrou, segurando na minha mão e falando com um sorriso, vermelho. Ele colocou as cobertas sobre nós, totalmente, impedindo a minha visão pelo quarto, afinal, estava debaixo das cobertas com ele.- “Eu… Eu gostei da noite passada…”.

Virei o rosto levemente, um pouco envergonhada. Ele riu um pouco, abraçando- me e colocando- me no peito dele, sempre a olhar para mim, com o rosto levemente levantado para ele.

“ - Você… Também gostou?”.– Perguntou- me, curioso. Baixei a cabeça contra o peito dele, ouvindo o coração dele, nervoso. Por fim, respondi, com a voz abafada, já que estava escondida com o rosto contra o peito dele.

“ - Eu adorei…”. - Admiti, vermelha, abracei- o com força, rindo um pouco e voltando a ficar frente a frente com ele, mas sempre abraçadinha a ele. Ele sorriu de volta, tirando as cobertas sobre nós. Depois, afastou- se um pouquinho de mim, ainda com a mão entrelaçada na minha, brincando com a minha bochecha.

“ - Eu amo- te tanto, White…”.– Murmurou, olhando- me nos olhos. Ri um pouco, meia corada, sem tirar o olhar dos olhos castanhos bem escuros dele.

“ - Eu também te amo muito, Black!”.– Respondi, dando um selinho na testa dele. Afastei- me, vendo- o vermelho e paralisado, como se tivesse dito algo horrível.- “Ah… Desculpa, eu disse algo de mal…?”.

“ - Você… Disse.”.– Murmurou, ainda a olhar para o nada. Depois, olhou para mim, novamente nos olhos.- “Você… Disse. Aquela palavra”.– Confusa, e ainda sem entender, ele libertou um sorriso enorme. Depois, continuou.- “Você… Admitiu que me amava..!”.

Com tanta coisa, acabara por me esquecer de me declarar; Admito, que fiquei surpresa, tocando nos meus lábios, para ter a certeza do que tinha dito. Depois, comecei a rir.

“ - Pois disse. Disse que te amo, Black!!”.– Confirmei novamente as palavras, enquanto ele sorria cada vez mais e mais.- “Eu amo- te! Amo- te com a minha vida, Black! Eu amo- te muito mesmo…”.

Ele abraçou- me com toda a força, a rir. Abracei de volta, mas ele afastou- se do nada, deixando- me confusa.

“ - Isso significa que somos namorados?”.– Perguntou o moreno, brincando com o meu cabelo, que estava meio bagunçado.

“ - Não.”.– Respondi, mostrando- lhe a língua.- “Você nunca me pediu para namorar com você… Ou pediu?”.

Ele libertou um sorriso, aproximando o seu rosto do meu. Segurou- me a cintura firme, olhando- me nos olhos.

“ - Senhorta White Hilda Touko… Quer namorar comigo?”.

Nem respondi; Puxei- o para um beijo doce e romântico, enquanto ambos sorriamos como idiotas. Depois de um selinho rápido, disse:

“ - Eu adoraria, Senhor Black Hilbert!”.


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Notas finais do capítulo

Quem tiver conta no Pokémon Trading Card Games Online, fala ai o Nick pra eu o adc e trocarmos :v

7.000 palavras OMG DESCULPEM DESCULPEM DESCUPEM!!



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