MyLoveLife.com escrita por MartaTata


Capítulo 18
17. Black & White finalmente juntos! A chegada da atriz a Best Wishes!


Notas iniciais do capítulo

Acho que me vão matar pela demora MONSTRUOSA de postar e por voltar a esta fanfic linda com um capítulo destes ♥
Bem, ano passado acabei por deprimir muito, autostima muito abaixo, fiquei super doente e acabei por entrar numa leve depressão. Porém, nova escola, vida nova e autostima nova! Agora sim, as fanfics vão voltar!
E agora a história está meio perto de acabar... ;------; Faltam uns quinze ou vinte capítulos
(Sim, para mim é acabar)
(Para quem não viu atualizei também MyLittleCat)
Mas agora sim começa a verdadeira diversão :3 E vocês sabem MUITO bem que com diversão quero dizer sofrimento ♥
Amo- vos e desculpem pela demora...
CAPITULO GRANDINHO PARA COMPENSAR ♥
Ps - Para quem não lembra, no cap anterior rolou ... Aquilo entre eles e passaram o dia juntos :V



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“ – Black Hilbert Touya, devolve- me o sutiã agora!!”.— Gritei, completamente cheia de raiva, a correr atrás dele pelo apartamento dele fora. Black apenas ria alto da minha desgraça, apenas de boxers e uma Tshirt branca, enquanto eu estava com a camisa dele vestida e a roupa interior de baixo. – “Não repito de novo!! Dá- me agora ou terás de te haver comigo!!”.

“ – O que a senhorita indefesa sem sutiã poderá fazer contra mim?”.— Perguntou, parando de correr e ficando frente a frente a mim, com um sorriso maroto de deboche. Depois, libertou um sorriso maléfico, esticando o braço e colocando o sutiã super alto. – “Vem pegar, ba-i-xi-nha!”.— Terminou, fazendo ênfase na última sílabas da última palavra.

“ – Nem penses que vou saltar sem… Sutiã!!”.— Respondi, completamente vermelha. Black limitou- se a deitar a língua de fora e a rir da minha tragédia. Então, surgiu- me a única alternativa: Subir por ele acima, afinal, mesmo sendo baixa conseguia pegar facilmente, penso eu.

“ – Então boa sorte, vais ficar sem ele!!”.— Disse o moreno, libertando uma risada maléfica. Mas não durou muito porque, assim que saltei para cima dele para pegar o sutiã, ele ficou atrapalhado. – “Nem penses que será assim tão fácil, Toukozinha do demónio!”.

“ – Para além de usar o nome que eu odeio ainda adicionaste o apelidinho ‘querido’ de demónio para a sua namorada?! É agora que eu te mato, desgraça!!”.— Ameacei, continuando a subir para cima dele e prestes a pegar o sutiã. Porém, mesmo antes de o alcançar, Black jogou longe, prendendo- me contra ele e correndo para o sofá comigo.

“ – Agora, em vez do sutiã, raptei- te a ti! Mwahahhaha!”.— Afirmou, jogando- me no sofá e ficando em cima de mim, a olhar- me nos olhos e a rir. Eu também ria alto, tentando libertar- me.

“ – Deixa- me ir, Blaaack!!”.— Queixei- me, ainda a sorrir, porém ele desobedeceu. Ignorando o meu pedido, ele aproximou- se lentamente, prendendo- me os braços e fechando os olhos. – “Black, o que…”.

“ – Só mais uma vez, por favor…”.— Sussurrou, deixando- me toda vermelha, tocando- me nos lábios. Fechei os olhos também, deixando- o controlar o beijo e tudo aquilo que queria, no momento; Fiquei totalmente à mercê dele.

Senti apenas uma mão dele prender- me os dois pulsos acima da cabeça, fazendo- me arrepiar e libertar um leve suspiro. Depois, para minha surpresa, simplesmente pegou na minha bochecha, deixando o beijo mais doce e romântico.

Infelizmente, ele separou- se de mim sem eu estar à espera, deixando- me toda vermelha e atrapalhada, o que o deixou com um sorriso nos lábios ao libertar uma risada.

“ – Tudo bem contigo, White? Estás toda vermelha!”.— Admitiu o moreno, a olhar- me.

“ – Como querias que tivesse depois de me pedires para fazer aquilo outra vez?!”.— Perguntei bem alto, completamente vermelha, deixando ele a pestanejar várias vezes e a processar a informação.

— I… Idiota!! Quando pedi mais um era um beijo, não isso!! Oh meu Arceus, sua idiota!! Tu… Tu pensaste isso?!”.— Ele parecia desculpar- se ao mesmo tempo que saia de cima de mim à velocidade da luz e andava de um lado para o outro completamente vermelho.

Não pude deixar de ficar vermelha também, sentando- me completamente envergonhada. O silêncio reinou entre nós, mas uns segundos depois olhamos um para o outro, como se fosse automaticamente. Não tínhamos qualquer expressão no rosto mas tínhamos a mesma ideia em mente.

“ – Porque não outra vez?”.— Perguntou Black.

[…]

“ – White!”.— Gritou Óscar a entrar no meu gabinete. – “A artista chega hoje de tarde!! Já tem os guiões pront…”.

Olhei para Óscar, o realizador, que saltou de susto ao ver a minha cara. Olheiras profundas, cabelo que parecia uma bola de pelo e a deprimir.

“ – Mas o que aconteceu?! Espera… Não me diga que…”.

“ – Falta- me um guião… Só tenho dois…”.— Murmurei, ao deitar- me em cima do Notebook e suspirei alto. – “Acha que o Gray me daria mais tempo?”.

“ – Quanto a ele não sei, mas só sei que a artista existe três guiões até ao final desta semana… E hoje é terça. Se só conseguiu escrever dois em duas semanas, embora escreve- se o segundo em um dia e uma noite, como pensa em escrever um, caso ela não goste de nenhum desses, para sábado?”.

Pensei. Talvez estes guiões não fossem tão maus ao ponto de ela não gostar de nenhum deles, não?

Mentira. Estavam horríveis.

— Óscar, eu… Eu só consigo escrever coisas quando estou inspirada e com tempo; E não estou com nada dos dois!!”.— Queixei- me, escondendo o rosto entre os meus braços.

“ - …Creio que seja por aquele seu novo amigo, não?”.— Perguntou Óscar para o ar, mas sabia que era uma indireta mandada por Gray. – “Afinal, acho que ele está a prejudicar o seu trabalho, senhorita Touko. Não seria melhor afastar…”.

Interrompi o mesmo, levantando- me bruscamente da cadeira, com os braços em cima da secretária e um olhar sério.

“ – O Black é o meu namorado e nem uma empresa nem ninguém me irá afastar dele. Já basta estar mais longe por causa da nova actriz que vem hoje, quanto mais afastar- me!”. – Respondi, num tom de irritação na voz. Só depois de uns tortuosos segundos de silêncio percebera o que acabara de admitir. – “E… Eu quis dizer que ele era o meu melhor amigo, Óscar!! Eu juro!”.

Ótimo. Acabei de admitir isso logo para o "empregadozinho" favorito do Gray.

“ – Bem… Para admitir agora significa que é recente, correto?”.— Perguntou, pensativo. Depois de uma pausa, continuou. – “Não me quero meter em nada mas… Parece que o Gray gostou desse tal de Black. Pelo menos mil vezes mais que o Natural, então… Acho que ele ficará feliz em saber isso”.— Afirmou, anando para fora do escritório, em direção ao escritório do Gray.

“ – Óscar! Nem se atreva!!”. – Gritie de volta, a correr à velocidade da luz atrás do produtor maldito e chato de Gray. Os corredores estavam bem movimentados, pessoal de um lado para o outro a organizar a chegada da nova atriz (Que, por sinal, não fazia ideia de quem era), enquanto vários papéis voavam entre a perseguição.

“ – O que raios…?”.— Murmurou Jason ao ver- me correr atrás de Óscar, como muitos outros da agência. Observei Óscar a entrar no gabinete de Gray. Pensei duas vezes antes de entrar, provavelmente Gray não me queria ver à frente, mas agora era Black que estava em jogo. Se Gray sonha- se que namorava com ele, faria o mesmo que fez há anos com o Black.

“ – Senhor Gray!!”.— Gritou Óscar, ao entrar no escritório de Gray. Ele levantou os olhos dos papéis, pronto para ouvir o produtor, milésimas de segundo antes de saltar para cima do mesmo e tapar- lhe a boca.

“ – Acabou- se o joguinho! Agora, mantém a boca fechada!”.— Ordenei, aplicando um golpe de Judô em cima de Óscar, deixando o mesmo calado e a morrer de dor. Depois, sentei- me em cima dele a rir. – “E agora? Quem venceu a luta, hmmm?!”.

“ – Alguém me explica agora o que acabou de acontecer?!”.— Gritou Gray com toda a sua voz, deixando até o silêncio fora do escritório reinar. Arrepiei, depois de me lembrar que ele estivera a assistir a tudo. – “Primeiro, entram no meu escritório sem permissão! Segundo, criam uma correria pela agência inteira! Terceiro, eu ordenei que você…”.— Ele apontou o dedo para mim, enquanto engoli em seco. – “Só me visse com a minha autorização! E quarto, quero saber agora o que se passa entre vocês os dois ou é melhor arrumarem já as vossas coisas!”.

Suspirei, derrotada, saindo de cima das costas de Óscar, enquanto o mesmo ainda se queixava de dores. Era um homem bem baixo (mais baixo que eu, imaginem), já que ele tinha leves traços da família que eram bem baixos. Tinha poucos cabelos, praticamente careca, e muito magro, menos o rosto, que era redondo como uma… batata. Sim, exatamente. Deu até fome agora.

Usava uma camisa creme com quadrados brancos e um pullover roxo com losangos pretos e cremes, em vários padrões, com umas calças pretas.

“ – Bem, para começar, a White só tem dois guiões prontos!”. – Denunciou o mesmo, deixando- me branca. Gray fez uma cara assustadora, pronto para gritar comigo, mas Óscar interrompeu. – “E mais! Ela não teve tempo porque começou a namorar com aquele Black, irmão da garota que veio cá! Eu quis contar isso para o senhor, como um fiel empregado para saber que a sua irmã estava a ir por caminhos errados… Então, para evitar isso, corri para aqui mas White quis impedir- me!”.— Terminou o mesmo, sorrindo vitoriosamente para mim. Dei um passo para trás, com medo de perder o emprego ou ter de escolher entre ele e Black; Coisa que não queria nada.

“ – Deixem ver se eu percebi…”.— Murmurou o meu irmão, com uma voz pronta a explodir de raiva. Ele encaixou as duas mãos, abaixo do queixo, a examinar- me com atenção. – “Não acabou os guiões como pedido, começou a namorar e deixou o emprego para trás, tirando a parte de que começou a namorar depois de tudo o que aconteceu, coisa que não esperava. Ah, sem contar com o facto de que tornou a agência numa fórmula um e ainda esmagou um empregado…”.— Ele fez uma pausa, olhando- me pronto para me despedir, porém, interrompi- o.

“ – Que eu saiba, a minha vida pessoal não interessa na agência, muito menos para ti. Mesmo que sejas meu irmão, ao cortar relações comigo perdeste o direito de saber sobre isso. Então, quem eu namoro ou deixo de namorar acho que não importa para o meu emprego, correto?”.— Fiz uma pausa, libertando um sorriso convencido. – “Despedir- me porque comecei a namorar com alguém dá direito a processo, afinal, despedir um empregado por um assunto pessoal é punível por lei”.

“ – Mas poderei muito bem despedir a menina por não acabar os guiões a tempo, esmagar um empregado, correr pela agência fora… E entrar no meu gabinete sem autorização, não?”.— Respondeu Gray, deixando- me sem resposta. Cerrei o punho, dando um passo em frente.

— Primeiro, não me trates por “a menina” como se fosse só mais uma empregada ou trabalhadora desta agência. Eu sou mais que isso, quer queiras quer não – Eu sou tua irmã, senhor Gray Touko— . Quer queiras, quer não, possuímos o mesmo sangue e o mesmo sobrenome. Não quero que me trates mais como uma trabalhadora normal e sim como uma; Não que me desprezes pelo que aconteceu”.

Entendi que o silêncio continuava lá fora, ou seja, todos ouviam a conversa, embora não olhassem, o que eu agradeci mentalmente. Seria constrangedor sair daquele gabinete quando isto acabar.

“ – Eu estou cansada até à ponta dos cabelos de levar com a culpa toda em cima de mim durante anos! Como um bom irmão que eras, e ainda deverias ser, deverias assumir metade da culpa por não teres impedido aquele incêndio e fugires de casa!”.— Apontei para o mesmo, ficando frente a frente com ele, apenas a secretária a separar- nos. Nunca ficara tão perto dele depois da morte dos nossos pais, o que complicava a parte do nervosismo por estar, pela primeira vez em tanto tempo, perto do meu irmão. O cheiro familiar do perfume fez algumas lágrimas quererem sair dos meus olhos, mas eu não deixei.- “Já pensaste no quanto me senti sozinha, estes anos todos? Sem ninguém para poder chorar? Sem família?! As únicas pessoas que estiveram lá foi o Cheren e a Bianca!! Até o Natural me ajudou mais que tu, Gray!”.— Acabei por elevar a minha voz demasiado na última frase, gritando o nome dele e batendo com as palmas das mãos na secretária dele. Gray apenas me olhava, a ouvir, sem expressão.

Sentia- me profundamente magoada com ele. Mesmo que a culpa fosse supostamente minha (que eu não negava) um bom irmão deveria apoiar ao máximo, principalmente se for mais velho. Ele deveria, ou melhor, tinha de me ter ajudado. Tinha a obrigação de, mesmo que a culpa fosse minh e estivesse magoado, de me ajudar a guiar a minha vida, pelo menos, até acabar de estudar; Coisa que ele não fez.

“ – Se me quiseres despedir, está à vontade, não perco lá grande coisa. Consigo criar uma empresa facilmente e com a fama do meu nome do meu lado, provavelmente consigo até ultrapassar- te”.— Afirmei, por fim, afastando- me dele e virando costas. Porém, mesmo já à porta, virei- me para trás. – “Pelo menos, se me tencionas mandar embora, vem ao meu gabinete e diz- me isso na cara, pessoalmente. Estou cansada de mandares os teus colegas de trabalho a fazerem de moços de recados e…”.

Fui interrompida quando Gray me olhava ainda mais irritado. Engoli em seco, nervosa sem saber o que dizer... Provavelmente seria despedida, mas não me deixei abalar; Eu tinha de terminar o que tinha começado.

 

" – Estou cansada!”.— Gritei, como se expulsa- se o peso dos meus ombros. – “Eu só queria ser feliz com uma família; Coisa que eu não tenho e tu te negas a fazer parte. A minha única família agora é a Bianca e o Cheren; Os meus amigos de infância". - Fiz uma pausa, respirando fundo. - "...Mas tinhas razão sobre o Natural. Ele nunca foi de confiança e usou- me... E acho que ele estragou a relação entre nós".— Admiti, entre um suspiro. - "Essa parte, foi totalmente culpa minha, mas... Todos nós erramos e, acredita, não és tão perfeito como pensas! Então, se estás para aí sentado à espera que eu faça tudo sozinha, estás muito mal habituado, Gray Touko. Tanto tu como eu vamos trabalhar para manter esta atriz na agência e criar um bom filme! Então, faz o que bem entenderes que, da minha parte, está feito!". 

Virei as costas, enquanto o silêncio do meu irmão a fintar- me parecia querer matar- me ali, lentamente. Se os olhos dele fossem metralhadores, estaria perfurada.

" - ...Só te quero pedir uma coisa".— Disse, para terminar, deixando até mesmo Óscar confuso. - "Não faças nada ao Black, não o culpes por nada. Nem sequer lhe dirijas palavra!".— Terminei, olhando- o nos olhos profundamente, deixando- o com um olhar surpreso e assustado. - "Mas ele é diferente. Ele é... Diferente. Não lhe toques". 

Em passos rápidos e grandes, saí do escritório dele, deixando o silêncio atrás de mim. Rapidamente, a agência em peso fingiu que voltava ao trabalho, com telefonemas e coisas banais, como se nada tivesse acontecido.

Depois, entrei no meu escritório. Como não tinha muita privacidade, afinal, a porta e o próprio gabinete eram em vidro para o corredor, fechei a visão para dentro do meu escritório com cortinas amareladas que pedira para instalar há uns meses.

Sentei- me na minha cadeira do escritório, sentindo algumas lágrimas a querer cair, novamente. Não quis continuar a fazer o guião; Simplesmente neguei- me. Peguei no meu Ipoké e liguei para o Cheren. Ele sabia o que fazer nesta situação e, provavelmente, estaria com a Bianca.

“ – White?”.— Perguntou a voz de Cheren através do meu IPoké. Deixei um suspiro longo sair da minha boca.

“ – Estás livre agora, Chen?”. – Perguntei.

“ – Hmm, estou, e por esse suspiro e tom de voz lá vem coisa. Conta tudo”.

Contei a história toda de Gray e o que se passara para Cheren, que colocara em alta voz para a Bianca também ouvir. Depois de terminar, voltei a suspirar, afundando- me na cadeira.

“ – Espera lá, espera lá que eu quero muito ouvir essa história de novo!! Você e o Black estão namorando?!”.— Gritou Bianca do outro lado, como se o assunto importa- se mais que Gray (Que por acaso importava mesmo).

“ – Bem… Sim…”.— Murmurei, sentindo o meu rosto ficar vermelho e esconder- me, apesar de ninguém me poder ver.

“ – Eu sabia!!”.— Gritou Bianca, a celebrar. – “Quem é que vos juntou, quem foi?!”.

“ – Bianca! Ainda não é nada sério…”. – Murmurei, olhando para os lados para ver se alguém ouvia.

“ – Bem… Você disse que saiu com ele e foi para casa dele… Não foi?”.— Perguntou Cheren, enquanto senti o meu rosto ficar mais vermelho e apertar as pernas uma contra a outra, automaticamente, como se isso fosse restaurar a minha pureza perdida na noite de domingo.

“ – Cala a boca, Chen!! Agora vamos focar- nos no assunto de Gray…. Vocês não acham isso absurdo?”.— Perguntei, completamente revoltada e a querer matar alguém. Ouvi um suspiro de Cheren que, provavelmente, se preparava para uma lição de moral.

“ – White, tenta entender o lado dele. Ele perdeu os pais e ficou sozinho com a irmã mais nova… Em certos casos, assumem a responsabilidade; Noutros simplesmente não aguentam e arranjam alguém para culpar, então, penso que ele fez isso. Fale com ele com mais calma, quando estiver de cabeça mais fria. Não resultará em nada se for discutir mais com ele agora, ainda para completar, com a Agência toda a ver”.

“ – És capaz de ter razão…”.— Murmurei, entre um suspiro. – “Só… Custa- me a acreditar nisto tudo! Natural a trair- me desde sempre, eu e o Black juntos, Gray sempre sempre e sempre a cair em cima de mim, como se a culpa do universo fosse minha… É demasiadas coisas a acontecer! Aaaarg!!”.— Queixei- me, pronta para arrancar os meus cabelos todos.

“ – White!!”.— Gritou Jason pelo escritório adentro, completamente cansado de correr. – “A actriz chegou três dias mais cedo do que prevíamos... Ela chegou agora! É melhor você ir recebê-la!!”.

“ – Oh meu Arceus!!”.— Gritei, em pânico. – “Chen, Bell, ligo- vos de noite. Agora vem aí a parte mais importante da história: Criar uma boa impressão!”.

“ – Boa sorte!”.— Gritaram os dois do outro lado, como despedida. Agradeci, desligando o celular e levantando- me da cadeira, com os dois guiões nos meus braços, apertando- os contra o peito. Suspirei bem alto, olhando decidida para Jason.

“ – Vamos lá… Eu vou conseguir e tornar- me dona desta empresa!”.

[…]

Depois de descer pelo elevador, já que estava muita gente para ver a nova actriz, o meu coração parecia que ia sair pela boca. Queria saber quem era a tal actriz que teria de tratar como uma princesa e criar simpatia.

Assim que desci para o andar de baixo, perto da entrada, avistei um mar de pessoas, entre os quais fãns, actores, produtores e trabalhadores. Os seguranças tentavam controlar a entrada, afastando fangirls por todo o lado a gritar.

Um fã começou a reclamar, possuindo uma Tshirt que dizia “Eu amo a Rosa!. Estranhei, calculando que o nome da actriz fosse Rosa. Já tinha ouvido falar desse nome em tempos, mas estranhei nunca ter visto sequer a garota em algum filme assim, para ser tão conhecida.

Dirigi- me, com dificuldade, até ao estúdio, entrando facilmente por ser a vice- chefe da empresa. Acabara por perder Jason no mar de gente, esperando que ele tivesse escapado às fangirls que lá estavam…

Assim que entrei, a porta fechou- se atrás de mim, impedindo que pessoas entrassem. O estúdio possuía paredes negras e verdes, para criar os efeitos especiais, parte que não percebia nada, afinal, mexer em efeitos nunca fora a minha praia.

Observei que, perto da zona de filmagens, estava uma grande roda de gente. Respirei fundo, com o coração aos saltos. A minha grande hipótese estava ali. Não podia perder; Estava fora de questão.

Andei até ao círculo de gente, avistando algumas caras conhecidas, entre elas uma pessoa que não esperava ver ali.

“ – Oh, olá White!”.— Acenou um moreno que todos nós conhecemos bem. Fiquei vermelha ao observar o sorriso doce e relaxado que ele deu, com o cabelo despenteado como sempre Usava uma Tshirt simples azul e calças jeans pretas, deixando- me ainda mais envergonhada ao lembrar- me do que acontecera ontem. Quis esconder- me atrás dos guiões, o que Black percebeu, mas contive- me.

“ – B.. Black?! Como conseguiste entrar? Aliás… Porque estás aqui?!”.— Estava completamente confusa. A segurança era demasiado boa para o ser entrar. Ele simplesmente levantou um pass que levava ao pescoço, escrito “ENTRADA LIVRE” o que me baralhou ainda mais.

— Oooh, Rosa, tive saudades tuas!!”.— Disse a voz de Yancy, no meio da multidão. Estranhei ainda mais, desviando as pessoas que estavam à minha frente para olhar para a nova actriz.

Assim que a avistei, o meu coração parou de repente. Senti como se a gravidade aumenta- se brutalmente e fosse sugada para o fim do mundo.

A mesma aparentava ser bem nova, talvez vinte anos, mas percebia- se que era o poder da maquilhagem. Tinha uma pele bem clara, olhos azuis claros bem parecidos com os meus e cabelo castanho mais claro que o meu. Os seus cabelos estavam presos por pigtails, um de cada lado, em forma de donut e madeixas a caírem dos mesmos que passavam pelos seus ombros. Usava uma Tshirt simples azul e branca, com uma saia amarela e legings por baixo, com um boné destapado na cabeça.

Ela falava com um sorriso no rosto para Yancy, que sorria de volta. Nesse momento, deixei cair os guiões no chão, baralhando as folhas todas.

“ – N… Não…”.— Foi tudo o que consegui murmurar.

Ela desviou o olhar para Yancy, olhando- me. Depois, libertou um sorriso ainda maior, estendendo a mão. Depois, todos viraram os olhares para mim.

“ – Oh, você deve ser a White! Falaram muito de você por aqui… Você vai organizar tudo para as gravações certo? O meu nome é Rosa Whi- Two! Trate- me por Rosa apenas!!”. – Terminou com um sorriso ainda maior.

“ – T… Tu….”.— Fiz uma pausa, andando com um passo para trás. Só conseguia formular duas palavras de cada vez. – “Foste… Tu…”.

“ – White, está tudo bem?”.— Perguntou Black, completamente confuso. – “Estás mais branca que o normal, e já és imenso… Sentes- te bem?”. – Perguntou o meu namorado, preocupado, ficando ao lado de Rosa.

“ – Ah… Acho que ela não gostou muito de mim…”.— Murmurou baixinho para Black, mas todos puderam ouvir, como se fosse a inocente da história. Algumas lágrimas começaram a querer cair- me dos olhos.

“ – Ah, que disparate Rosa! A White é super gentil, sabias?”.— Ele sorriu para Rosa, olhando- me. – “Esta é a Rosa, a irmã que te falei no jantar em minha casa, ela não pode estar presente e voltou das gravações de um filme para Unova, para a tua agência!”.

Senti o meu corpo tremer ainda mais. Ela era a irmã que Black falaram. As peças começavam a encaixar- se, começando a perceber o jogo. Começava a perceber a verdade inteira.

Andei mais um passo para trás.

“ – Eu… Não me sinto muito bem, eu…”.— Foi tudo o que consegui dizer, momentos antes de colocar os braços na barriga pelo enjoo e nervosismo, a correr para fora do local.

“ – White, espera!!”.— Gritou Black, correndo atrás de mim mas detido por Rosa. – “Hey, deixa- me ir ver a White!”.

“ – Deixa ela, ela parece muito mal… Afinal, não a culpo..”.— Murmurou, com um sorriso cínico disfarçado. – “Tadinha… Deve estar tão desiludida”.

No meio do mar de gente, corri para fora da agência. As lágrimas já desciam pelas minhas bochechas e comigo a correr, voavam para o esquecimento.

Só parei de correr quando estava o mais longe possível da agência. Num pequeno beco escuro da cidade, disquei o número da Bianca, ligando em lágrimas. Ela atendeu segundos depois.

“ – White?”.

“ – Bel… Ela…”.— Murmurei entre soluços.

“ – White o que aconteceu?! Está tudo bem”.

“ – A… A actriz famosa…”.— Murmurei, a chorar cada vez mais e a soluçar, a tremer.

“ - …É a garota com que o Natural me traiu”.


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Notas finais do capítulo

Eu não resisti, tinha de começar a desenvolver a história :V Mind Blow? Sim ou claro?



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