MyLoveLife.com escrita por MartaTata


Capítulo 16
15. Jantar na mansão dos Touya! Shiller e Black!!


Notas iniciais do capítulo

E agora? Quem será essA 'Shiller'...? :3

~~CARALHO E VOLTEI A FAZER CAP DE 5.000 PALAVRAS O.O EU JURO QUE ACHAVA QUE TAVA PEQUENO, SORRY ;---; NÃO VOLTO A FAZER!!~~



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“ - Então… Não me acha louca por falar… Sozinha?”.– Perguntei, sentada frente a frente com as grandes pedras onde se encontravam os corpos mortos dos meus pais, ao lado de Black. Apenas se ouvia o vendo a levar a neve para o lado oposto do nosso. O frio batia- me no rosto, enquanto me refrescava. Era uma sensação bem desconfortável, no inverno, mas eu até que gostava de me sentir assim, quando estava com os meus pais.

“ - Nem um pouco. Eu sei que eles estão a ouvir…”. - Ele sorriu- me docemente, deixando- me mais confortável. Sorri ligeiramente de volta, afinal, tinha medo de ele não aceitar muito bem isto. Uns segundos depois, falou.- “White, eu… Me desculpa… Não devia ter insistido em conhecer os seus pais, afinal, não que eu me importe!! Mas… Você não se sente bem com isso…”.

“ - Eu também estava pensando em visitá- los de novo… Não vinha à um tempinho…”.– Murmurei, olhando para as grandes sepulturas com os rostos deles gravados em retratos.

Annie era bem nova, na verdade. Ou pelo menos, pelo rosto dela, tinha no máximo 30 anos. Era bem branca, com olhos cor de mel e um sorriso doce e brilhante. Possuía cabelos médios um pouco mais escuros que os meus e sardas no meio do rosto.

O meu pai, Jonh, era um homem também divertido. Naquele retrato já tinha leves cabelos grisalhos, mas ainda se avistava o cabelo castanho, da minha cor. Tinha olhos azuis bem claros e estava a sorrir também.

Houve um silêncio constrangedor, enquanto voltava a rever as imagens dos meus pais na minha mente. Por fim, murmurei.

“ - Houve um grande incêndio no nosso apartamento…”.– Comecei por contar. Black fez uma cara surpresa e bastante surpreendida. Em seguida, disse rapidamente:

“ White, não precisa de…”.

“ - A polícia foi investigar e... Até agora não acharam a causa do incêndio.”.– Continuei, interrompendo- o e ignorando a afirmação de Black. Não o olhei uma única vez, voltando a imaginar o cenário.- “Eu… Discuti com eles, e fugi de casa para ir a uma festa que algumas colegas da universidade me tinham convidado…”.

Fiz uma pausa, respirando fundo. Era a primeira vez, desde os meus 17 anos que falava sobre este assunto a alguém. Seis anos sem desabafar com ninguém. Bianca e Cheren estiveram comigo quando eu perdi os meus pais, mas, pessoalmente, não gosto de falar deste assunto com eles... E com ninguém.

Era duro, na verdade. Mas, depois do que Black me pediu, não podia recusar. Ele confia em mim. Eu tinha de mostrar que confiava nele.

Eu confio nele.

“ - Eu fugi depois de uma discussão com eles. Saí de casa, entrando na festa… Simplesmente por querer ser mais popular, afinal, ganhara má fama da universidade graças a Natural… Ele não era muito aceitável, na altura que namorava com ele…”.

Black ficava em silêncio, apenas a ouvir. Não sei se ele me olhava, pois estava a imaginar imagens do passado, enquanto os meus olhos estavam presos nos retratos dos meus pais; Nos rostos suaves e tracejados deles, como se os meus olhos fossem pincéis que olhavam cuidadosamente cada linha, cada traço deles.

“ - Até que Gray invadiu a festa, gritando por mim. A início, queria matá- lo poir me envergonhar à frente da escola inteira…. Mas, depois de ele gritar que estava a haver um incêndio num dos prédios da cidade, muitos ligaram para os bombeiros, hospitais para ajudarem o prédio em chamas…”.

Senti umas leves lágrimas, lembrando- me de Gray a correr comigo. Numa direção muito familiar, mas que não liguei. Mas, aos poucos, começava a ficar preocupada.

– Gray arrastou- me… Por um caminho que eu conhecia… Muito muito bem. Perguntava vezes sem conta “Qual o prédio? O que está a acontecer..?”.– Fiz uma pausa, aguentando tudo.- “Quando… Chegamos ao meu apartamento em… Chamas, gritei. Gritei tão alto, implorei por ajuda, para ajudarem os meus pais… Mas…".

Terminei sem voz, tentando completar a frase. Senti Black abraçar- me sentado, atrás de mim. Ele brincou com a minha bochecha, com o polegar suavemente, olhando- me nos olhos e sussurrando:

“ - Está tudo bem, White... “. - Ele deu- me um beijo na bochecha.- "Eu te entendo... Quer dizer, não entendo; Não sei o que faria na sua situação. Mas, você é forte! E não está sozinha...". - Sussurrou, abraçando- me com força.

" - Eu sei...". - Respondi, colocando a minha mão gelada sobre a sua quente. O corpo dele arrepiou um pouco, até que me colocou frente a frente com ele, aninhada a ele no meio de montes de neve. Corada, continuei, já de olhos fechados e no peito dele, sentindo os batimentos do seu coração perto da minha orelha.- "E não fico chateada, afinal, não é algo que ninguém queira passar...".

Black passou, novamente, o seu polegar na minha bochecha, porém fora um toque de carinho e amor. Olhou- me nos olhos, enquanto eu perdi a noção da realidade. Por fim, aproximou- se rapidamente de mim, e eu fechei os olhos, esperando os lábios dele tocarem nos meus.

Porém, fora surpreendida quando ele passou pelos meus lábios, indo até ao meu ouvindo, sussurrando:

" - Leva- me a casa depois? Deixei o meu carro na agência…”.

Totalmente vermelha, bufei, levantando- me rapidamente e, retirando alguma neve que estava no meu cachecol e casaco.

" - Para a próxima, quando quiser um beijo, não te vou dar!!". - Gritei, mostrando- lhe a língua, meia brava.

Black limitou- se a rir um pouco, levantando- se comigo. Ele entrelaçou os dedos nos meus, com um sorriso doce para mim.

" - Cala- te, baixinha. Você sabe que eu te amo!".

Segui caminho, a bufar, ainda mais vermelha, porém, sem largar a mão dele, enquanto Black apenas ria e seguia- me até ao meu carro.

'Maldito...!! Quem ele pensa que é?! É um grande idiota!!'

Sorri ligeiramente, escondendo o sorriso divertido e doce no meu rosto, para ele não me voltar a irritar.

Bem... Não posso negar...

Ele sabe sempre como me animar…

[...]

Depois de três horas procurando algo perfeito para conhecer os pais do meu melhor amigo colorido que estou 'caidinha' por, vesti uns jeans e um top normal, porém sofisticado, com um casaco preto, já que estava meio que a nevar.

Black viria buscar- me em quinze minutos, enquanto eu arranjava o meu cabelo, como sempre. Decidi deixar no rabo de cavalo como estava, já que não consegui colocar outro penteado. O meu cabelo tem vida própria.

Quando me arranjei, fui para a cozinha e peguei uma maçã, ainda verde, e trinquei, já que a fome começava a vir e ainda faltava uns trinta minutos para comer.

Mal terminara a maçã, ouvi a campainha soar. Espreitei pela janela do terceiro andar, e sorri, abrindo a porta do prédio para Black subir. Animada, peguei na minha mala, esperando até ele bater à minha porta, com um sorriso.

Uns minutos depois, abri a porta, pronta para sair com ele. Ele vestia uma camisa azul e umas calças jeans simples. Okay, acho que acertara na roupa que vestira.

“ - Estás linda como sempre, senhora Hilda”.– Disse, beijando- me levemente a bochecha. Não tive tempo para responder, pois ele pegou na minha mão, entrelaçando os dedos com um sorriso.- “Feche a porta e vamos logo, estou ansioso por este jantar! Falei imenso de você aos meus pais, eles devem estar curiosos!”.

Meia envergonhada, sorri trancando a porta de entrada e descendo pelas escadas, obedecendo- o. Entrei no carro do moreno, meia nervosa com o encontro com os pais dele.

Afinal, eu amava o rapaz mais rico de toda a Unova e, quem sabe, do mundo. Além de que os pais dele devem ser bem rígidos… E exigentes. Se calhar, não vim com a roupa apropriada. Será que deveria desistir de ir..?

“ - B… Black…”.– Murmurei, já longe de casa. Olhei para a janela fixamente..- “Eu… Preciso de voltar a casa…”.

“ - Nem pense que vou deixar- te fugir ou escapar, Touko.”.– Murmurou, sem tirar os olhos da estrada. Olhei para baixo, tremendo e sentindo o olhar dele vigiar- me com um sorriso e um suspiro.- “Nervosa?”.

Bingo. Ele conhecia- me demasiado bem, e às vezes, isso tornava- se um grande problema para lhe esconder algo ou, simplesmente, para tentar fugir. Como agora.

“ - Tenho medo de estar mal vestida ou… De fazer algo”.– Ignorei a sua pergunta, com uma resposta diferente, porém, respondia a todas as dúvidas de Black.

Ele parou o carro nos portões da maior mansão que já vira até hoje. Eram dourados, provavelmente de ouro até… Ou talvez não, mas são bem detalhados e bonitos. Tudo o que sei é que já nem consigo descrever ou ver as coisas direito, já que estou mais preocupada em tremer.

Antes de Black dizer algo, ele olhou para o portão. Fiz o mesmo, observando dois seguranças armados que eram o dobro de mim, olharam para Black e eu dentro do carro.

Uns segundos depois, sem eles sequer se mexerem um centímetro, o portão abriu milagrosamente. Olhei confusa e curiosa para o moreno, que sorriu e respondeu- me.

“ - Possuímos uma central de controlo subterrânea à nossa casa. Temos imensas câmaras e essa central funciona vinte e quatro horas por dia”.

Olhei- o mais curiosa ainda. E finalmente toquei num assunto que me deixava curiosa.

“ - Deixa ver se entendi… Tu és filho das pessoas mais ricas do mundo. Nunca me contaste nada e andaste sempre em escolas normais. Eras o Nerd e o chato.”.– Olhei- o, surpreendida.- “Não faz sentido!!”.

“ - Sabes…”.– Ele foi andando por mais tempo pelo jardim, estacionando bem na entrada da mansão. Era branca, com uma escadaria até a uma grande entrada. Obviamente, aquilo era tipo um museu. Era bem detalhado, com detalhes dourados e prateados na entrada, flores e árvores pequenas.

O jardim era decorado e totalmente simétrico, com uma fonte redonda no meio, com dois metros de raio, por aí. Ao lado da mansão, existia, do lado direito, uma mansão idêntica, mas em ponto pequeno. Da direita, uma pequena casinha fofinha, que parecia ser dos empregados, talvez.

“ - Eu nunca nomeei esse facto porque… As pessoas só queres coisas, e só me amavam pela fortuna”.– Admitiu, suspirando e desligando o carro.- “Andei até aos meus dez anos assim. Nunca pude ter amigos normais, sem me pedirem dinheiro para tudo. Andei em escolas de riquinhos e cansei. Decidi esconder e ser um cara ‘normal’...”.

“ - Black..”.– Sussurrei, olhando- o com um sorriso. Ele virou a cara na minha direção, olhando- me docemente. Peguei delicadamente no rosto dele, dando um beijo leve e doce nos lábios dele. Ele sorriu, apenas aceitando o meu beijo delicado.

Separei- me com um sorriso, sussurrando.

– Eu quero- te por aquilo que és… E não pelo que tens, Black!”.– Abracei- o com força.- “Eu a…”.

Droga! Quase falei aquela palavra…

Mas a coragem não deixou.

“ - Então… Você quer- me…?”. – Senti o meu rosto ficar vermelho e um enorme sorriso surgir na sua face.

“ - N… Não é isso!! Quer dizer… Eu…”.– Entrei em nervos, tremendo. Vi o rosto dele curioso, com um sorriso de canto, convencido. Irritada, bufei, saindo do carro e batendo a porta. Ouvi uma risada baixa, enquanto saiu e trancou o carro, jogando a chave para um cara que estava perto de nós.

“ - Me desculpe a curiosidade, Senhor Hilbert, mas quem é a nobre dama?”.– Perguntou um homem de cabelos grisalhos, de terno, aproximando- se de nós dois com um sorriso doce. Era meio velho, devia ter ums sessenta e alguns anos. Sorri de volta, respondendo por ele.

“ - Não precisa de me tratar por tanto, White basta. Sou uma amiga de Black e Yancy, e os pais de Black fizeram questão de vir jantar a casa deles à um tempo… Então, aceitei o convite!”. - Olhei para o homem, enquanto Black riu um pouco.- “E… Qual o seu nome, senhor?".

“ - Oh, sou o porteiro da família Touya. Me trate por Johnas, Senhorita White!”.– Respondeu, fazendo um gesto de honra. Corei um pouco, surpresa.

“ - Basta White… Sério, ‘Senhorita’ não é algo que combine comigo…”.– Falei, meio entre risos.

“ - Johnas, poderia abrir a porta, por favor? Já estamos um pouco atrasados… Desculpe interromper a vossa conversa…”.– Interferiu Black, meio atrapalhado. Johnas sorriu, dirigindo- se a uma pequena casinha. Uns segundos depois, as grandes portas abriram- se, incluindo a minha boca, de espanto.

Avistei uma ENORME entrada dourada, com umas escadas em forma de espiral, na esquerda. Um candelabro dourado no meio do local e uma decoração simples, porém perfeita.

Mal as portas de abriram, Black entrou e eu segui- o, analisando o lugar com os olhos. O corredor possuía duas entradas, pela direita e esquerda, que davam para corredores mais simples.

“ - White!! Black!! Finalmente chegaram!!”.– Yancy desceu as escadas pelo corrimão das escadas, com o vestido habitual: Azul e branco. Felizmente, viera bem vestida.- “Nunca mais chegavam!!”.

“ - Desculpe, eu me atrasei um pouco..”.– Murmurou Black meio vermelho.

“ - Finalmente você veio cá a casa, White!! Posso te mostrar o meu quarto?!”.– Disse Yancy, aos saltos. Sorri para a garota.

“ - Claro, Yancy! Mas, primeiro, seria melhor conhecer os seus pais, afinal… Eles queriam conhecer- me, certo?”.– Respondi, enquanto ela confirmou com a cabeça.

“ - Yancy, sabe dos pais??”.– Perguntou Black, enquanto Yancy respondeu, animada.

“ - Oh, sim sim!! Eles pediram para esperarem aqui… Já devem estar quase quase cá!!”.

Mal Yancy terminou, ouvi passos atrás de mim. Antes de olhar, ouvi uma voz masculina dizer:

“ - Ora ora, hoje temos companhia, não é mesmo, Black?”.

Olhei para trás, avistando o dono da voz e uma mulher alta. Estes deviam ser os pais de Black.

Era uma mulher de cabelos curtos marrons, até ao ombro. Vestia uma saia vermelha escura, e uma camisa branca com um casaco do mesmo tom da saia. Calçava uns sapatos de salto alto vermelhos, e tinha um aspeto novo e animado, porém um pouco exigente, mas com um sorriso doce. Deveria ter, pelo menos, quarenta a cinquenta anos.

O homem tinha cabelos grisalhos, cacheados e mais curtos que Black. Não possuía qualquer bigode, e era da altura da mulher. Vestia um terno cinzento, e uma camisa branca, e era meio… Cheio, não muito.

“ - Oh, à quanto tempo, Black!!”.– A mulher correu para o filho, abraçando- o e matando- o de dor.

“ - M… mamãe, nós vimos-nos à dois dias…”.– Murmurou Black, morrendo. Ri um pouco da situação, esperando a mãe de Black acabar de matar o filho para me apresentar.

“ - O meu nome é White Hilda!”.– Estendi a mão, esperando o pai de Black apertar, seguido da mãe.- “Sou a amiga de Black e Yancy! Muito prazer em conhecer- vos, senhor e senhora Touya!”.

“ - Oh, White, querida, trate- me por Mary…”. - Disse a mãe de Black, com um sorriso doce.- “Black disse- me para não te tratar por ‘Senhora’, pois você odeia… Certo?”.

Olhei para Black, meia irónica. Ele sorriu de volta e confirmei com a cabeça.

“ - Bem, antes de mais, me trate por Josh…”.– Afirmou Josh, pai de Black.- “Creio que devem ter fome… Vamos jantar?”.

Yancy, animada, ia lado a lado comigo e com Black, no meio, contando tudo sobre os últimos dias de aulas dela e tudo sobre os seus novos projetos, enquanto seguíamos os pais deles pelo corredor direito. Fomos até à porta mais ao fundo, e esta fora aberta por dois empregados que nos esperavam.

Era… Maior que o meu apartamento, eu acho. Tinha duas mesas, uma grande, com certeza para festas e uma apenas com seis lugares, sendo a única que possuía pratos, copos e talheres, no momento.

Josh e Mary fizeram questão de me sentar ao lado de Black. Sentei- me na ponta da direita, com Black lado a lado a mim pela esquerda. Na minha direita, estava um lugar vazio, e Yancy ficara do outro lado de Black. Josh ficara na minha frente e Mary a seu lado, pela esquerda.

A cadeira vazia ficava entre mim e Mary. Estranhei um pouco, mas não liguei muito.

“ - White, queríamos agradecer tudo o que fez por Yancy e Black! Como poderíamos retribuir?”.– Perguntou Josh, com um sorriso amigável.

“ - Oh, não precisam! Faria isso por qualquer amigo ou familiar de Black!!”.– Respondi, com um sorriso de volta para Josh.

“ - Sabe, Yancy sempre admirou muito você! Então, quando Black disse que era amigo da presidente da Agência Best Wishes, Yancy ficou em estado choque e de alegria…”.– Mary suspirou, meia aliviada.- “Não dormi por duas noites, com tantos berros…”.

“ - Eu já pedi desculpa, mamãe!!”.– Resmungou a rosada, cruzando os braços.

Ri baixinho, e nesse momento chegaram três empregados, que serviram a comida. Era tão fina, tão… “Riquinha”, que tudo o que sei é que era a melhor carne que já comi!!

“ - Está ótimo!!”.– Disse, provando um pouco e delirando com o sabor.

“ - Ah, a Taylor e o Tyson fazem os melhores pratos que pode imaginar!!”.– Disse Black, olhando- me animado.- “São dois irmãos, que cozinham melhor que tudo no mundo!”.

“ - Ah, mas a cozinheira Lily também é ótima!!”. - Afirmou Yancy, comendo mais um pouco.- “Adoro quando os três fazem em dupla… Se acha isso maravilhoso, imagine o dobro!”.

“ - Black, não fazia ideia que tinha sequer uma mansão, quanto mais cozinheiros privados…”– Murmurei, meia sem jeito.

“ - Bem, Black nunca foi de dizer que era desta família… Afinal, muitos queriam o que ele tinha.” . - Murmurou Mary, meia triste.- “Yancy passou pelo mesmo, e a nossa outra filha também…”.

“ - Outra filha..?”. - Olhei para a cadeira vazia, curiosa.

“ - Oh, ela está em viagem pelo mundo… Volta em uma semana! E você, poderá logo logo conhecê- la!”.– Respondeu Yancy, animada.- “Ela, normalmente, senta- se naquela cadeira, mas, agora não está cá, então..”.

“ - Ela volta logo logo, Yancy! E a casa ficará mais animada! Faremos uma festa, afinal, seis meses sem a ver é bem duro!”.– Disse Johnas, animado e empolgado, já imaginando como seria a casa decorada.



“ - E White, você está convidada!”.– Afirmou Yancy, meia aos pulos.

“ - Oh, claro! Virei com o maior prazer!”.– Admiti, colocando mais uma garfada na boca.

“ - E, porque não trás a sua família? Eu adoraria conhecer os seus pais!!”.– Afirmou Mary, com um sorriso doce.- “A propósito, como eles são? Adorava saber tudo sobre eles!!".

Ia para colocar mais um pouco de comida na boca, porém paralisei. Senti um suor frio percorrer o meu corpo. Black ficara também incomodado, mas fez- me o favor de responder por mim.

– Mãe, a White… Ficou órfã dos pais, quando tinha dezassete anos…”.– Murmurou, meio forçadamente.

Um silêncio tenso ficou no ar. Desviei o olhar do prato, observando Yancy chocada, assim como os pais de Black. E, pelo rosto de Mary, estava a sentir- se horrível.

“ - White, eu…”.– Mary não sabia como se desculpar. Ela estava realmente precisando de ajuda.- “Eu… Eu lamento imenso, eu juro que não queria…”.

“ - Não tem problema!”.– Disse, falando animadamente, com um sorriso levemente forçado.- “Já meio que me habituei…”.

“ - Então… Por isso que o Gray falou mal com você, no outro dia…?”.– Perguntou Yancy, meia triste.

“ - Yancy!”. - Gritaram os pais deles e Black, como advertência de que falara demais. Entendi que Yancy não falara por mal, e fora por curiosidade.

“ - White, eu juro que lamento muito…”.– Murmurou Johnas, envergonhado.- “Bem, iremos mudar de assunto, tudo bem, White?”.

“ - Sim… Obrigada.”.– Disse, meia desanimada, olhando para o lado.

O resto do jantar foi normal, porém animado. Acabei por esquecer o que mãe de Black falara, mas nem ligara muito, afinal, fora sem querer.

No fim, todos sentados à mesa, Johnas sugeriu para Black me levar a passear pelo jardim e conhecer mais da casa. Com todo o gosto, aceitei e fui com Black, andando por aí.

Saí das grandes portas, observando o porteiro olhar- me fixamente, com um sorriso. Achei bem estranho, afinal, ainda era o mesmo porteiro que falara um pouco, mas ele olhava- me como se me conhece- se super bem. Achei meio estranho, afinal, ele libertara- me um sorriso que me lembrava tanto dele...

Desci as escadas, falando e rindo com Black.

“ - Onde quer ir primeiro?”.– Perguntei, olhando- o com um sorriso. Ele fez um silêncio estranho, pegando- me delicadamente na mão. Olhei para as mãos, enquanto ele entrelaçou os dedos, fazendo- me ficar meia vermelha. Por fim, olhou- me fixamente.

“ - Você contou tudo sobre os seus pais… Sobre o seu passado. Agora, é a minha vez.”.

E não disse mais nada, guiando- me, sempre de mãos dadas comigo, até aquela casinha da esquerda, pequena, que falara anteriormente.

Ele retirou uma chave do bolso, retirando a mão entrelaçada com a minha. Colocou a chave na fechadura da porta, suspirando.

“ - Não acho justo esconder isto de você. Afinal, você foi sincera comigo… E, você precisa de saber”.

Ele abriu a porta, e eu entrei com ele. Estava tudo escuro, e apenas as janelinhas iluminavam o local, graças à lua. Black ligara o interruptor, esperando a luz aparecer.

Depois, fiquei surpresa e chocada.

À minha frente estava um lindo retrato de uma mulher de cabelos da cor de Black, olhos bem escuros como os dele. Vestia um vestido branco e vermelho, com um casaco bem bonito, e possuía um lindo sorriso no seu rosto.

Em baixo desse retrato, estavam milhares de flores, e um caixão. Fiquei chocada, e surpresa, afinal, nem sabia quem era a mulher.

“ - Esta é a minha verdadeira mãe”.– Murmurou, olhando fixamente para o retrato. Olhei- o rapidamente, chocada. Ele havia falado que a mãe dele morrera, mas que nunca se deram bem. Nunca pensei que ela tivesse um altar na mansão da casa dele, ou dos pais. Ou até que Mary gostaria disso.

“ - Black, você não precisa, se não quiser…”.

“ - Ela suicidou- se”.– Disse, ignorando a minha afirmação, sem tirar os olhos da linda pintura da mulher.- “Ela… Amava demasiado a minha irmã mais velha. Ela morreu um ano antes de Yancy nascer.".

“ - Mas… Porque ela se suicidou?”.

Black libertou um sorriso, por despertar a minha curiosidade.

“ - Bem… Eu contarei a história.”.– Depois de uns segundos, começou.- “O nome dela é Shiller Hilbert. A minha irmã mais velha nasceu, e ela foi apaixonada por ela em tudo e mais alguma coisa. Não importava o que ela fazia, fosse bom ou mau, ela adorava tudo o que ela fazia. Admito que talvez seja por isso que ela é um pouco mimada, mas não a culpo".

Black sentou- se numa cadeirinha, ao lado da porta. Fiquei em pé, perto dele, observando o local como ele.

“ - Foi então, que eu nasci, acidentalmente.”.– Admitiu, deixando- me meia surpresa.- “Fora um bebé fora dos planos, afinal, a minha mãe nunca quis um segundo filho… Então, eu era o desprezado e a minha irmã, a adorada.”.– Ele suspirou longamente, olhando para baixo.- “Não importava o que fazia, ela arranjava sempre defeitos para me mandar abaixo..”.

Fiz silêncio, apenas a ouvir. Afinal, nem era a única que ficara mal no passado.

“ - Não a culpo por isso.”.– Repetiu, com um sorriso triste. Depois, continuou.- “Tanto a minha irmã é inocente como a minha mãe. Shiller nunca fora do tipo muito… Digamos, sentimental… A minha irmã protegia- me, mas nunca era suficiente… Até que, ela não aguentou e se suicidou…”.

“ - Não aguentou o quê?”.– Perguntei, com curiosidade e medo da resposta. Black sorriu, rindo baixinho.

– Não aguentou a depressão. Ela foi deixada pelo meu pai, pelo que me fazia. O meu pai levou- me, e ela fez questão de ficar com a minha irmã… Infelizmente, a minha irmã não aguentou a mãe e quis viver com o Johnas. Ela, então, suicidou- se… Ou é isso que dizem. Nunca tive coragem de observar o corpo da minha mãe.".

“ - Black, eu…”.– Tentei dizer algo, mas não consegui. Limitei- me a abraçá- lo pelas costas, enquanto ele estava sentado.- “Lamento. Não sei mais o que dizer…”.

Ele libertou uma risada. Uma risada bem forçada.

“ - Nunca consegui chorar pela sua morte… No fundo, a minha existência apagou- a… Se eu nunca nasce- se… Ela não… Teria feito isto. E ela estaria...".

“ - Cala a boca!!”. –Gritei, abraçando- o com toda a força que pude. Senti leves lágrimas escorrerem dos meus olhos, passando pelo rosto.- “Nunca mais diga isso!! O que eu faria sem você..? Como eu viveria, até ao fim, sozinha?! Acha que eu aguentaria uma vida sem ti...!?".

Ele riu um pouco, levantando- se. Abracei- o ainda mais, e ele retribuiu.

“ - No fundo… Eu matei a minha mãe…”.– Ouvi a sua voz, levemente chorosa. Arrepiei, abraçando- o com ainda mais força, mas sem coragem para o olhar nos olhos, que com certeza, estariam com lágrimas. Ele sorriu levemente, colocando a sua cabeça no meu ombro.- “Eu… Eu fui culpado…”.

“ - Não… Não foi.”.– Neguei, colocando a cabeça dele à minha frente, ganhando coragem e olhando- o nos olhos. Partiu- me o coração, observar leves lágrimas dele.- “Você não teve culpa. Você é quem é, nunca fez mal a ninguém… Por isso, para de idiotices e dá aquele seu sorrisinho que eu adoro!”.

Ele riu um pouco, colocando as mãos na minha cintura, puxando- me para ele.

“ - Obrigada, White… Você é a razão da minha vida… O porquê de eu existir.”.– Ele sorriu, dando- me um leve selinho.- “Não devia nunca mostrar a minha parte fraca, mas…”.

“ - Shhh…”.– Coloquei o indicador nos seus lábios, com um sorriso doce.- “Estou aqui para tudo, fofo. Afinal, não posso apenas te querer nos bons momentos… Você me ajudou e eu te ajudo!”.

Ele olhou- me vermelho, beijando de leve o meu indicador. Vermelha, retirei rapidamente, enquanto Black me olhou.

“ - Você... “.– Murmurou, completamente vermelho, olhando para o lado.- “Chamou- me… Fofo?”.

Tapei a boca. Deixara escapar demasiado. Vermelha, virei costas, colocando as mãos na cara.

“ - Maldito… Só… Só finge que isso não aconteceu!!”. - Falei meio alto, saindo a passos rápidos. Black olhara de longe, com um sorriso.

Eu não estava… Sozinha. Finalmente...

...Tinha alguém para me ajudar...

[...]

Black levara- me a casa, no seu carro. Subiu até à porta do meu apartamento, sempre me acompanhando, afinal, já eram onze da noite, e ele tinha “medo”. Ou era uma desculpa para ficar mais tempo comigo.

“ - Bem… Até depois, senhor ‘Hilbert’!”.– Disse, despedindo- me com um sorriso, entrando em casa. Porém, fora impedida quando ele segurou o meu braço com força, olhando- me nos olhos.

“ - Tem… Planos para amanhã à noite…?”.– Perguntou, vermelho. Corei um pouco.

“ - Não… E segunda, Gray dará o dia de folga para o guião, por isso… Não, não farei nada de importante… Porquê?”.– Era mais que óbvio, mas esperei ele falar. Não queria tirar conclusões rápidas, sem certezas.

“ - Queria… Jantar com você. Uma saída mesmo. Mesmo a sério.”. – Respondeu, com um sorriso.- “Será no melhor restaurante da cidade; Eu pago tudo. Venho buscar você… Às oito?”.

“ - Eu pago metade e temos acordo. Não me quero aproveitar de você, já disse.”. - Afirmei, beijando- lhe o rosto suavemente, sussurrando no ouvido dele.- “Será a melhor saída de sempre…”.– Falei, enquanto passei um dedo levemente por entre os abdominais dele, fazendo- o arrepiar. Afastei- me, piscando o olho.- “Ficarei à sua espera, senhor… Touya.”.

Fechei a porta delicadamente, sorrindo de leve. Não acreditava no que acabara de acontecer. Ele acabara de dar um grande passo, afinal... O dois, totalmente sozinhos, a andar por aí. E, normalmente, se ele for pedir isso, então... Ele deve...!! Okay, se concentra White!! Foco!!

Perai...

...Eu.. Ia sair… Com o Black…?!


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Notas finais do capítulo

Cara, finalmente esses filhos decidiram começar a dar um passo na relação -q



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