MyLoveLife.com escrita por MartaTata


Capítulo 15
14. O trabalho de Yancy! A família Touko!


Notas iniciais do capítulo

==DESCULPEM- ME O TAMANHO ABSURDO DO CAP, SABOSTA TEM QUASE 5.000 PALAVRAS PORÉM TORNA- SE RAPIDO DE LER :v ACREDITEM==

Cara, esse cap tem revelações que farão vocês suarem dos olhos ;-;
Bem.. Talvez não já...

~~Mensagem para a leitora L Hosowaka~~

Não consigo contactar você por mensagens nem comentários de fanfics... Não aparece a caixa do comentário nem deixa eu enviar mensagens.. Por favor, mande- me uma mensagem privada para tentar resolver esse problema :v Quero muito comentar na sua fanfic e não posso...

~~Fim disso~~

SOrry pela demora :v E já agora, se eu acompanho a sua fanfic e não comento é pelo motivo acima citado :v

Boa leitura!



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Eu e Yancy, depois do melhor dia da vida dela (O dia que foi para a agência), ficamos a semana toda juntas para a ajudar no trabalho escolar dela.

O trabalho seria o último do ano, já que estava bem perto do final do ano. Começava as primeiras tempestades de neve, já que hoje era dia 3 de Dezembro: O último dia antes da grande entrega.

Notei que a mesma estava nervosa, porém decidi não tocar no assunto, enquanto via ela organizar tudo para o grande dia.

“ - Senhorita Touk… Digo, White, acha que está tudo bem?”.– Perguntou- me timidamente Yancy, completamente contente com os papéis nas mãos.

“ - Eu acho que terá uma boa nota!!” .–Sorri para a mesma, aliviando- lhe o Stress. Ela libertou uma risada de alívio, enquanto ouvi o meu Ipoké tocar na mesa de trabalho, ao meu lado.- “Importa- se que vá atender rapidinho? É de trabalho.”.

“ - Oh, claro, White! Relaxe, está tudo bem, eu acabo aqui os últimos detalhes!”.– Yancy ficava concentrada, enquanto libertei um sorriso e saí devagar, atendendo o celular.

“ - Daqui fala a White, o que se passa, Óscar?”. - Perguntei, já que o produtor do meu próximo filme me ligara repentinamente.

“ - Temos grandes problemas!! Senhorita Hilda!!”.– Gritou.- “A atriz famosa que estará aos seus encarregados chegará na próxima semana!!”.

“ - C… Como é que é?!?”.– Berrei de volta, chocada.- “Ela… Ela devia chegar em um mês!! Ainda não escrevi o guião para o filme dela!! Preciso de mais tempo, Óscar!!”.

“ - Infelizmente, disse o mesmo ao Senhor Gray… Ele não gostou nem um pouco. Ele exige que tenha pelo menos três ideias para filmes que lhe agradem.”.– Ele fez uma pausa, suspirando, em Stress.- “Amanhã você tem de vir para cá, é urgente!!”.

“ - Óscar, eu adorava. Mas prometi à Yancy que iria apresentar o trabalho com ela.”.– Respondi, séria.- “Eu prometi.”.

“ - Mas, White, isto é bem mais importante que um trabalhinho de uma aluna!!”. – Óscar gritou, em pânico.- “O seu emprego e carreira estão em jogo, assim como o nome da Agência e…”.

“ - Eu vou fazer aquele trabalho escolar amanhã. Nada do que disser me irá impedir”.– Interrompi- o, falando seriamente.- “Eu vou apresentá- lo. Se ele me for despedir por isso, que o faça. Tenho fama suficiente pra criar outra agência. Agora, eu não irei virar escrava de ninguém, só porque uma atriz mimada quer, pode e manda, e decidiu aparecer sem avisar.”.– O silêncio do outro lado revelava uma verdade: Gray estava a ouvir a conversa. Era mais que óbvio, Óscar é um dos produtores mais leais que ele tem. Por fim, terminei: “ -Tenha um bom dia, Óscar”.

Antes de clicar na tecla "Desligar", decidi dizer umas coisas a mais.

" - Eu sei que está ouvindo, Gray.".– Ouvi Óscar engolir em seco, entendendo que era realmente verdade. Depois, continuei.- " Não quero saber da sua opinião quanto a isso. Agora, faça o que bem entender, porque eu mando em mim mesma e não irei fazer o que uma qualquer que nunca vi nem conheci quer. Agora, irei desligar, tenho de terminar um trabalho importante para essa aluna.".

Desliguei o celular, e voltei para Yancy, com um sorriso.

“ - Está tudo bem, White?”. - Perguntou e eu abanei a cabeça.

“ - Coisas chatas. Bem, voltaremos ao trabalho!!”.

[...]

Chegou o grande dia. O dia que eu, White Hilda Touko, iria entrar na minha ex- Faculdade.

Yancy, animada, bateu à minha porta às oito horas da manhã, como combinado. Porém, ela não apareceu sozinha.

Bem, eu já irei explicar… E sim, se vocês pensaram no moreno chato, acertaram.

Abri a porta ainda de pijama, meia com o cabelo bagunçado.

“ - Olá Yan…”.– Olhei para Black, que me olhava com um sorrisinho de canto, pronto para me encher o saco.- “O… O que faz aqui…?!”.

“ - Ele veio atrás de mim…”.– Yancy libertou uma risada forçada, sem jeito.- “Ele quer fingir- se de ser o seu ‘segurança’.”.

– Isso explica porque ele está de preto e óculos escuros…”.– Murmurei.

“ - Nunca se sabe quando os universitários irão dar em cima da minha garota!”.– Eu e Yancy olhamos uma para a outra meia confusas, enquanto ele corou.- “Quer dizer… Da White.”.

Eu puxei- o pela gravata preta que ele vestida, ficando perto do rosto dele e sussurrando:

“ - Quem disse que já não sou sua?”.

O rosto dele ficou bastante vermelho, enquanto Yancy libertou um risinho divertido. Larguei- o, andando na frente dels até à minha sala de estar.

“ - Vou me vestir rapidinho. Estarei aqui em 10 minutos.”.– Fui andando para o meu quarto, mas voltei para trás, olhando para ambos.- “Yancy, vigie Black para ele não me espiar.”.

“ - Com certeza!!”. - Respondeu com o polegar para cima.

“ - Hey! Porque raios faria isso!?”.

Eu e Yancy olhamos para ele com caras óbvias.

“ - Oh, entendi…”.

Ri um pouco, indo até ao meu quarto. Vesti uns jeans normais, com uma Tshirt simples e o meu famoso rabo de cavalo. Coloquei os primeiros ténis que achei e um casaco quente com um cachecol. Nunca se sabe se voltará a nevar.

Voltei para a sala, e saí acompanhada dos dois. Fomos no carro de Black, enquanto fui no lado dele e Yancy atrás de nós, no banco do meio, totalmente animada.

A viagem foi bem animada. Eu e Yancy treinava- mos o trabalho e as falas todas vezes e vezes sem conta, já que era uns vinte a vinte e cinco minutos de viagem.

Black nada dizia; Apenas sorria para nós, vendo o quanto animadas estávamos.

Ele estacionou, enquanto olhava para a grande entrada. Lembrava- me dos dias que me sentava nas escadas a estudar antes dos exames importantes ou quando ficava lá sentada à espera que o meu irmão me fosse buscar para irmos juntos para casa.

Foram os melhores anos da minha vida, nesta mesma escola. E os anos também que eu e Natural me afastamos mais, ou seja, tudo perfeito.

“ - Whi… White, você está bem…!?”.– Falou meio alto Yancy, já fora do carro comigo. Olhei- a surpresa.

“ - Porque não estaria?”.– Respondi com uma pergunta, confusa.

“ - Você está chorando…”.

Nem me apercebera das lágrimas de lembranças, libertando uma risada. Limpei rapidamente, antes que Black viesse ter connosco, já que foi procurar um lugar para colocar o carro.

“ - Só me lembrei… De algumas coisas. Bem, vamos entrar?”.

Ela assentiu, entrando pelas grandes portas da faculdade. Entrei discretamente, já que era um pouco baixa e dava numa altura normal, e não estava com grandes roupas. O corredor da entrada estava meio deserto, pois só a turma da Yancy começava mais cedo hoje.

Ela tremeu um pouco na entrada para a sala de aula. Coloquei- lhe a mão no ombro, sorrindo.

“ - Está tudo bem, Yancy. Vai correr tudo bem. Esqueça que está na avaliação e demonstre que, para o ano, poderá trabalhar na Agência!!”.

Ela assentiu, entrando com o projeto na mala escolar dela. Demorou uns dois minutos para a aula começar, enquanto eu assistia do lado de fora, escondida, observando os trabalhos de outras pessoas.

Eram bastante proveitosos cada um, uns mais originais, outros mais informativos, conforme os gostos de cada um.

Fiquei a admirar escondida para criar surpresa. Admito que sentia bastante falta desses dias escolares. Do meu irmão, todos os dias, me ir buscar à escola e irmos para casa, com a minha mãe e o meu pai no nosso apartamento, enquanto eu estudava e ouvia as músicas favoritas do meu pai a tocarem no rádio antigo e de os ver a dançar; Enquanto Gray reclamava que queria jogar com os amigos no seu Notebook e não podia por causa das músicas antigas dos meus pais.

Éramos tão felizes… Tinhamos brigas e maus momentos, obviamente. Mas, tenho tantas saudades de Gray… Da família unida que éramos.

Mas… Agora é diferente. Cada um por si.

“ - Podia voltar ao passado, um dia…”.– Murmurei, olhando para as minhas mãos geladas pelo inverno frio dos corredores da faculdade. Sentia as lágrimas frias baterem- me na palma das mãos, enquanto cerrava os punhos com raiva de mim mesma.- “Podia… Refazer tudo. Podia… Mudar o rumo de tudo, e agora estávamos todos juntos. Estávamos… Felizes”.

Ouvi o nome de Yancy ser chamado, limpando as pequenas lágrimas dos olhos. Senti uma mão quente me segurar o ombro, arrepiando com o susto. Olhei para trás, avistando Black bastante sério.

“ - E… Eu…”.– Não consegui falar, afinal, fora apanhada a chorar por ele. Tentei esconder as lágrimas inutilmente, pois ele puxou- me e abraçou- me com força.

“ - Sei que esta escola lhe deve trazer lembranças; Não sei se são boas ou más. Talvez as duas… Mas eu estou aqui.”. - Disse, sério, porém com um sorriso.- “Sei que é egoísmo da minha parte pedir isto, mas aguente só até ao trabalho da Yancy… Ela esforçou- se dia e noite. Depois, posso passar o resto do dia com você. Nós dois.”. - Ele fez uma pausa, olhando- me nos olhos.- “Sozinhos”.

Corei, desviando o olhar, ouvindo a voz da Yancy começar a falar do projeto. Sorri, assentindo.

Queria beijá- lo. Queria abraçá- lo e correr para longe, com ele. Só com ele. Fugir dos problemas, fugir de Gray, fugir de Natural, ir ter com Bianca e Cheren, e ser feliz com as únicas pessoas que me restam. Queria ir embora dali, porque me lembrava do rosto dos meus pais; Do rosto mais novo de Gray...

Lembrava- me do que fizera; Do que eu destruíra.

Queria ir ter com eles. Os únicos que me amam de verdade.

“ - Muito bem. Eu irei”.– Sorri para o moreno, pronta para ir ter com Yancy. Porém parei à porta, murmurando.- “ Desculpe e... Obrigada…”.

Libertei um sorriso pequeno, e ele assentiu.

“ - Sempre às ordens, menina Hilda!”.

“ - E agora, trago uma visita especial, que me irá ajudar a mostrar- vos o que se passa no dia a dia da Agência Best Wishes: Onde os seus sonhos se realizam.”.– Yancy apontou para a porta, e a voz tímida dela sumira. Talvez porque alguém que ela confiava iria ajudá- la.

Abri a porta, aparecendo e andando em direção a Yancy, com um sorriso. O professor dela, que se encontrava no fundo da sala abriu a boca de espanto, assim como os seus colegas.

“ - Não acredito… É a vice- chefe e a presidente da maior agência do mundo!! White Hilda Touko!!”.

Pude ouvir comentários eufóricos sobre mim, palmas, gritos e sorrisos de me observarem na mesma sala que eles. Se calhar, não era só a Yancy que me admirava.

– Bom dia a todos. O meu nome, como alguns já sabem, é White Hilda Touko. Estudei nesta mesma escola e nesta mesma sala. Já tive sentada nessas mesmas cadeiras. Isso só demonstra que, qualquer um pode fazer aquilo que fiz; Ou melhor!”.– Fiz uma pausa, sorrindo.- “Estarei aqui até ao final do trabalho, para responder a quaisquer dúvidas, juntamente com Yancy!”.

“ - Muito bem… Eu fui, à uma semana, passar o dia com a White na agência.”. - Ela olhou- me, meia nervosa e eu sorri. Então, ela continuou.- “Vi muitos produtores, realizadores e actores famosos. Entrei nos escritórios todos e escrevi tudo.”.

Yancy ia descrevendo cada detalhe da agência, enquanto eu confirmava tudo, deixando o professor e os alunos cada vez mais entusiasmados.

“ - Alguma dúvida?”.– Perguntou Yancy, assim que terminava de descrever o trabalho. Todos os alunos estavam entusiasmados, colocando quase todos a mão no ar.- “White, escolha algum para dizer uma dúvida!”. - Disse a mesma, olhando- me. Meia envergonhada, escolhi um garoto aleatório de cabelos castanhos.

“ - Eu sou um grande fã seu, White! É verdade que a agência Best Wishes é comandada pelo seu irmão?”.

“ - Sim, é verdade. E, se tudo correr bem e conseguir fazer os próximos trabalhos, ela irá passar para mim.”. - Respondi, vendo todos arregalarem os olhos, incluindo Yancy e Black, já que não sabiam de nada.

“ - Então..”. - Falou uma garota ruiva.- “Quer dizer que irá decidir os próximos filmes, guiões e tudo mais?! Que legal!!”.

“ - Acho que sim…”.– Sorri sem jeito, respondendo a todas as perguntas, em conjunto com Yancy.

No final do trabalho, o professor deu ordem para todos se levantarem e, quem quisesse, poderia falar comigo. Resumindo: Fiquei três horas e meia a falar com alunos.

Yancy ficou para a próxima aula, agradecendo- me por tudo o que a ajudei, e Black levou- me para fora da escola, no seu carro, enquanto o silêncio se instalava por milhares de minutos até ao meu local de trabalho.

– Não pode tirar o dia hoje?”. - Black quebrou o silêncio, e eu neguei com a cabeça.

“ - Também queria, mas… É impossível, Gray matava- me.”.– Respondi, com um suspiro.- “Hoje é quinta, amanhã talvez dê para sair mais cedo, já que é sexta…”.

“ - Muito bem, então depois nos falamos?”.– Ele sorriu docemente para mim, parando à entrada da agência. Sorri de volta.

“ - Claro!”. - Olhei- o docemente, e ficamos assim por um tempo, com o carro parado. Apenas se ouvia o bater do meu coração, e me perdia nos olhos escuros e sombrios dele.

Por impulso, eu acho, ele puxou- me e beijou- me. Um beijo que me arrepiara dos pés à cabeça, que me fazia delirar de tão perfeito que era. Um beijo suave, doce, porém intenso e um tanto romântico e sensual.

O melhor beijo da minha vida.

Cada toque dele na minha cintura eram choques elétricos. Cada segundo arrepiava- me mais e mais, com os lábios dele nos meus, enquanto ele me beijava como se fosse a última coisa do mundo.

Infelizmente, o ar não permite que seja para sempre. Ele afastou- se delicadamente de mim, sem me largar a cintura. Ainda estávamos no carro, logo havia uma pequena distância entre os nossos corpos que as mudanças do carro me irritavam.

“ - D… Desculpe..”.– Murmurou, envergonhado.- “Eu não devia..”.

Interrompi- o com um selinho e um sorriso doce.

" - Está tudo bem!".– Disse, meia vermelha.

" - Então algo me diz que..".

“ - Ligue- me amanhã.”.– Disse, tornando- se um sorriso de canto e interrompendo- o com o dedo indicador nos seus lábios.- “Ficarei à espera da sua chamada, okay?”.

Ele abriu a boca para falar algo, mas pressionei delicadamente o indicador nos lábios suaves dele.

“ - Gosto de rosas. Saio do trabalho às seis. Tenho a noite livre.”.– Vi o rosto dele ficar vermelho, enquanto eu saia do carro, fechando a porta.- “Excepcionalmente, deixarei você apreciar a vista.”.

Acenei, virando costas, enquanto ele me olhava paralisado, e eu andava sensualmente à frente dele. Subi a escadaria até à entrada, olhando para trás e piscando- lhe o olho, desaparecendo de vista.

Okay. O que acabei de fazer...?!

Assim que subi até ao meu gabinete, liguei à Bianca. Talvez ela saiba o que raios acabou de acontecer.

“ - White? O que se passa?”. – Perguntou- me meia assustada.- “Disse que era urgente…”.

“ - Consegui!! Eu seduzi o Black!!”.– Fiz uma dança da vitória, na minha grande cadeira de trabalho e ela suspirou.

“ - Isso é bom ou mau?”.

“ - Depende de como interpretar!”.

“ - Hmm… Estar tão feliz por causa do Black… Será que você finalmente está…!!”.– Corei, gritando mentalmente o nome da loira.

“ - Nem pensar, Bianca!! Afinal… Somos apenas amigos!!”.– Oh, claro, nem eu mesma acredito nisso. Pude sentir uma cara de reprovação dela, e suspirei.- “Pronto… Talvez eu goste dele…”.

“ - ‘Goste’..? Será a palavra certa..?”.– Percebi onde ela queria chegar. Derrotada, falei:

“ - Pronto.. Eu amo o Black”.

Houve um silêncio no meu escritório. Eu mesma não acreditava nas palavras que acabara de pronunciar. Será que eu realmente… Amava- o?

“ - Aleluia, Arceus!! Obrigada a todos os lendários, ela finalmente admitiu!!”. – Bell parecia que tinha acabado de ganhar a lotaria.

“ - E… Espera aí! Eu não tenho a certeza!! E eu não posso amá- lo!”.

Claro que não podia!! Eu não posso amar o meu melhor… Amigo? Será que somos isso? Não. Defenitivamente não posso amá- lo!

Porque eu o amaria? Não existe motivos! Eu não posso!!

“ - E porque não pode?”. – Perguntou- me a voz de Bell, vinda do meu celular, meia irónica.

“ - Porque…”.– Fiz silêncio. Aos poucos, fui percebendo.- “Eu… Posso...Amá- lo?”.

“ - White, o Natural foi embora. Ele controlava a sua vida; Ele se foi.”.– Afirmou a voz sorridente da loira.- “Você é livre de fazer o que quer! Você pode amá- lo!”.

“ - Eu posso… Quer dizer… Eu amo- o…!”.– Conclui, murmurando.- “Eu amo… O Black Hilbert…”.

“ - Exato! E agora, o que tenciona fazer…?”.– Perguntou- me a voz vitoriosa da loira, animada.

“ - Sinceramente, não sei… É um sentimento novo, afinal… Não acredito que o primeiro rapaz que beijei na vida fosse ser o último.”.

“ - Haha, às vezes a vida prega pegadi… Perai, como assim o ‘primeiro’...?!”. - Exclamou Bell, e eu sorri.

“ - Bem, ele era totalmente apaixonado por mim. Um ano antes de namorar com o Natural, ele roubou- me um beijo e fugiu. Nunca descobri quem ele era, mas ele admitiu- me à uns dois meses…”.– Disse, tocando nos meus lábios.

“ - Quando se vão voltar a ver, Whi?”. – Perguntou- me Bianca, usando um apelido que eu odiava.

“ - Não me chama disso! E, bem… Estou à espera da chamada dele amanhã.”.– Respondi, prendendo a respiração, à espera da resposta.

“ - Deixe as coisas rolarem por si; Mas não ignore as indiretas dele nem espere demasiado, se não pode ser tarde demais. Faça aquilo que o coração mandar no momento!”.

“ - Obrigada, Bell…”.– Sorri para o celular, agradecendo e desligando o celular depois de mais quinze minuto de conversa, enquanto ia escrevendo o guião para a atriz.

Sorri, enquanto escrevia. Era sobre uma história de amor, mais ou menos do género de "Romeo e Julietta", de William Shakespeare. Porém, algo nela não me convencia.

Fui tentando inventar algo até às nove e meia da noite. Derrotada, decidi escrever algo mais básico e basear- me na mesma história.

Porém, à noite, antes de adormecer, Black não me saia da cabeça, como de todas as outras noites. Mas, agora, era diferente. Finalmente admitira para mim mesma que eu sentia algo por ele. E que não era apenas amizade.

“ - Será que…”.– Murmurei, olhando para a janela com a noite recheada de estrelas. Sentei- me, admirando a lua cheia que brilhava no meu rosto.- “Ele… Está a pensar em mim…?”.

[...]

“ - Opaa!! Finalmente terminei o primeiro guião!! E só demorou dois dias!”. - Sorri, orgulhosa do meu trabalho.- “Só preciso de seis dias, afinal, até é possível!!”.

Feliz com o meu trabalho, peguei numa nova página em branco no meu PokéWord, começando já a pensar num tema original.

Mas fora interrompida com uma batida na minha porta. Falei ‘entre!’ alto, sem observar pela porta quem entrara. Depois de a ouvir fechar, espreitei por cima do meu notebook, avistando Óscar, o porteiro da agência.

“ - Menina White…”.– Começou, vasculhando pelos imensos papéis que tinha nas mãos. Pelo menos, ele era dos poucos que aceitava o meu pedido de não me tratar por ‘Senhora’. “Você tem uma visita!”.

Olhei- o rapidamente, totalmente surpresa. Nunca, repito, nunca ninguém me vinha visitar, sem ser a Bell ou o Chen… E sempre que vinham, avisavam- me pelo menos horas antes.

– O nome dele é…”.– Ele procurou por segundos tortuosos o nome. Por fim, ao encontrar, exclamou.- “Black Hilbert. Quer que o mande subir?”.

“ - C… Claro!!”.– Gritei, sem pensar duas vezes, levantando me da cadeira. Óscar olhou- me confuso e até sentir o meu rosto corar. Sentei- me, afundando- me na cadeira, envergonhada. Após uns risinhos, disse:

“ - Irei dar- lhe um PASS de livre acesso ao seu escritório. Ele deverá subir em dez minutos!”.– Concluiu, saindo do local.

Tentei focar- me durante dez minutos no guião, mas só sonhava com o Black acordada, como abraçá- lo e beijá- lo para sempre. Juntos.

“ - White!”.– Abanei a cabeça.- “O que se passa com você..?”.

Nem eu sabia bem, mas acho que isso se chama… Amor. Amor verdadeiro.

Ouvi a porta abrir- se, olhando rapidamente para a porta. Avistei Black, com um ar descontraído e meio bagunçado, do jeito que ele é. Ele levava consigo um sorriso seguro de si mesmo, doce e um pouco... Surpreso, meio vermelho.

Sorri de volta, esperando ele fechar a porta de vidro (que não nos dava privacidade nenhuma, já que as pessoas que passavam olhavam de lado e riam. Talvez porque o Natural nunca fora bem vindo).

" - Boa tarde, rosa branca da minha vida...".– Sussurrou Black, em minha direção. Corei do comentário, abrindo a boca para protestar; mas fora interrompida com rosas brancas e vermelhas que me tocaram suavemente nos lábios.- "Achei mais original fazer uma visita surpresa do que ligar pelo celular, não acha?".

" - Bem visto...".– Assenti, pegando nas rosas. Fiquei a admirar por momentos, olhando- o nos olhos.- "São lindas, Black! Muito obrigada!".

" - White...".– Sussurrou o meu nome, olhando para a janela da parede à minha esquerda, admirando o pôr do sol de Nimbasa City. Cheirei suavemente o odor perfumado das rosas delicadas, passando um dedo numa pétala vermelha.

" - Sim, Black? Está tudo bem?".

Ele olhou- me sério e esperançoso. Por fim, ganhou coragem e começou a falar.

" - White, eu quero uma resposta.". -Disse num tom sério, pegando- me de surpresa.- "Já estamos amigos coloridos à quase cinco meses.".– Ele fez uma pausa, aproximando- se um passo da secretária.- "Quero uma resposta.".

" – B... Black, assim de repente eu...".– Ele interrompeu- me, com esperança na voz.

" - Não precisa de ser agora... Mas...".– Black olhou nos meus olhos profundamente, arrepiando- me.- "Eu quero conhecer mais sobre você... Eu...".

" - Eu quero conhecer os seus pais".

Senti um suor frio invadir- me o corpo. Como iria explicar aquilo tudo a Black? Nem pensar!! Ele não os pode ver...!

" - Eu sei que algo aconteceu no seu passado".– Interrompeu a minha voz que tentava falar.- "Não precisa de ser já mas... Eu quero saber mais sobre você". - Ele fez uma pausa, olhando- me vermelho. - "Eu quero saber mais de quem amo, White! Quero ajudar- te até ao fim, em tudo.. Mas você precisa de confiar em mim e contar- me o que aconteceu. Prometo não dizer a ninguém e ajudar- te...".

" - Desculpa, Black... Eu não poss...".– Fui interrompida quando ele colocou as mãos apoiadas na secretária, à minha frente, fazendo um barulho alto que me assustara. Olhei- o nos olhos, que demonstravam raiva e frieza.

" - Não me venha com aquele Gray!".– Falou meio alto, enquanto me encolhi na cadeira. Ele não estava revoltado comigo e sim com o meu irmão.- "Ele não te merece! Ele nem devia ser chamado do nome Touko!".

Nunca o vira tão... Irritado e revoltado. Porém, ele olhava- me profundamente nos olhos, como se a raiva me implora- se para saber a verdade. Suspirei, respondendo.

" - Errado...".– Baixei a cabeça, levantando- me. Andei até à porta, ficando de costas para ele. - "...Eu é que não o mereço".

" - White...". - Interrompi- o, virando- me para ele com um sorriso triste e sincero.

" - Venha. Vou mostrar- te os meus pais".

[...]

Entramos no meu carro, andando a viagem toda num silêncio frio. Fizera um pequeno desvio a uma loja de flores, estacionando ao lado.

" - Não se importa que eu...".

" - À vontade.".– Interrompeu- me Black, fazendo- me sorrir para ele.

Ao entrar na loja, senti o aroma de flores invadir- me. Havia toda a variedade de flores possíveis e imaginárias. Porém, pedi apenas uma flor branca e outra azul, com um laço no caule.

A mulher que me atendeu, de cabelos grisalhos, notava a minha tristeza. Ela sorriu, dizendo:

" - Porque esse ar tão triste, senhorita?".

" - Bem... Nem eu sei.". - Respondi, enquanto ela colocou a mão no meu ombro.

" - Está tudo bem, garota. Só acaba quando acabar; até lá...".

" - ...Nunca desista".

Rapidamente olhei para a mulher, que desaparecera com um vento frio no local. Arrepiada e branca, coloquei o dinheiro na bancada e corri até ao carro.

Voltei a entrar no carro, perdida em pensamentos e sem olhar aos detalhes do caminho. Black suspirou um pouco antes de arrancar- mos, achando que teria de fazer um discurso para os ver.

O que raios fora aquilo? Ela... Não, não pode ser.

Não.

Continuei rumo até ao destino, vendo que Black começou a estranhar o caminho. A uma certa altura, disse:

" - White, onde é que...".

" - Xiu. Confia em mim. Vou- te levar até eles...".

Ele assentiu, olhando para a janela e admirando o caminho. Uns cinco minutos depois, atravessei um grande portão de pedra e ferro, com flores na entrada.

Black, para minha surpresa, nada disse. Estacionei o carro, saindo e seguida do moreno.

Atravessei caminhos de flores, esculturas de pedra e algumas pedras com coisas escritas. Após sete minutos a andar, parei à frente de duas pedras no meio do nada, ao fundo desse jardim.

Eram duas pedras grandes e frias, com coisas escritas. Abaixei- me, ficando de joelhos à frente dessas duas pedras. Suspirei, levantando- me de novo, após dois minutos de silêncio.

Olhei para Black, que estava branco e paralisado. Por fim, quebrei o silêncio.

" - Black... Estes são os meus pais.".– Apontei para as duas campas ao lado uma da outra.- " Mamãe, papai... Este é o Black, que vos falei à uns tempos!".

Black olhava- me no meio das duas pedras, enquanto me abaixava e sorria. Coloquei cada flor à frente das pedras, sorrindo, percebendo que o mesmo estava chocado.

" - Papai, mamãe, vocês não vão acreditar! Em princípio, ficarei a tomar conta da agência! Isso não é ótimo?!".– Comecei a falar e falar sozinha, de novidades e coisas aleatórias sobre a minha vida e algumas de Black por, pelo menos, quinze minutos.

Black nada disse; não ousou dizer que era louca ou interromper. Apenas ouvia sem reação.

Por fim, levantei- me, olhando- o com o mesmo sorriso triste que lhe lançara anteriormente.

" - Sei que não era o que esperava, mas... Estes são os meus pais...".– Libertei um sorriso forçado, mostrando algumas lágrimas.- " Aqueles que tanto... Amo". - Fiz uma pausa, sentindo o meu corpo tremer, olhando- o nos olhos, em lágrimas.– "Eu amo- os.. Vivos ou não. Eles são os meus pais...".

Black continuou atrás de mim, em silêncio. Olhei para ambas as grandes pedras com datas e nomes marcados.

" - John Touko...".– Comecei a ler a campa esquerda.- "Um homem com grandes sonhos e pouco tempo. Nunca desistiu do que acreditava... Morreu dia 27 de Junho de 2017...". - Murmurei, deixando um silêncio tenso no ar. Depois, continuei a ler, mas desta vez a da direita.- "Annie Hilda. Uma linda mulher com a maior esperança e calma do mundo. Nunca desistiu de amar... Morreu dia 27 de Junho de 2017...".

Mal terminei, libertei um soluço alto, pronta para me desfazer em lágrimas. Porém, senti um abraço quente e forte, nas minhas costas. Dois braços amorosos que me rodearam a barriga, e logo depois a cintura, sentindo a testa de Black pousar no meu ombro, enquanto a neve começou a cair. O seu cachecol pousou no meu pescoço, pois ele sentira- me fria e pálida.

" - White...".– Murmurou. Esperava que ele fosse pedir desculpas por ter insistido em algo que eu não queria falar. Porém, disse.- "Por favor... Amanhã venha jantar a casa dos meus pais.".– Fiquei meia surpresa, mas continuei parada a ouvir e a olhar para as pedras que já foram os meus pais.- "Quero... Dar- te uma família...".– Sussurrou- me, deixando- me um pouco vermelha.- "Quero casar contigo e tirar essa tristeza de você... Mas preciso que me deixe tentar...".

Olhei para a cabeça dele no meu ombro, beijando- lhe a testa, com um sorriso doce, ainda com as lágrimas quentes a descerem- me pela bochecha. Olhei- o, vermelha, contendo um soluço e falando:

" - Eu adoraria... Senhor Touya".




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Notas finais do capítulo

Desculpem ter ficado grande demais xux

Agora, podem ter feels e chorar... Se relerem agora o cap em que o gray brigou com a white, vocês vao ter muitos feels ;3;

Ah, e as dúvidas do cap anterior mantêm- se, acrescentando apenas uma dica:

Fiquem atentos a todas as personagens que estão aparecendo do nada...



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