MyLoveLife.com escrita por MartaTata


Capítulo 13
12. Perdão? Ou confusão? - A carta da declaração!


Notas iniciais do capítulo

Tudo rimando :v
Desculpem pelo atraso gente xux



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Já faz uma semana– ou mais - Desde que eu briguei com o Black. Quer dizer… Eu achava que ele confiava em mim, não é? E… Depois disso, já não tenho a certeza.

“ - Mas, White, eu já disse que não foi culpa dele!”.– Bianca tentava- se desculpar pela milésima vez, enquanto andava de um lado para o outro na minha cozinha do meu apartamento. Suspirei, olhando- a de lado, enquanto organizava o meu dia seguinte de trabalho, já que era Domingo.

“ - Bell, agradeço por tudo, mas não há volta a dar. Eu irei esperar até ver o que acontece.”.– Respondi a mesma coisa pela milésima vez, deixando Bianca a sentir- se cada vez mais derrotada.

“ - Vai lá, White! Você mesma sabe que, lá bem no fundo, você o quer de volta!”.– Não respondi; Era uma profunda verdade. E de tão verdade que era, pude observar um pequeno sorriso vitorioso no rosto dela. Pequeno.- “Aha! Eu sabia!”.

“ - Bell, mesmo que queira, eu não vou!”. - Tentei ir por outro caminho; Mas era inútil. Tentar negar algo aquela loira é uma missão impossível.

“ - Admita de uma vez por todas que você quer voltar a sentir aqueles beijos…”.– Agora, eu tinha o meu DNA misturado com o de um tomate, pela cor do meu rosto. Ela estava mais que certa.

Mas não pensem que irei admitir isso.

“ - Tsc, claro que não, Bell! E foi só um beijo!”.– Resmunguei, sem tirar os olhos da tela do meu Notebook, enquanto a mesma me olhava intensamente. Fiquei mais nervosa, mas sem nunca a olhar.

“ - Claro, e eu acredito nisso tanto como acredito que você ama o Natural.”– Acho que ela não acredita…

“ - Okay; Talvez tenha sido mais…”.– Murmurei, desviando o olhar e vermelha. Mal encarei novamente a loira, ela olhava- me com um brilho nos olhos.

“ - Quantas vezes?!”. - Gritou bem alto, sentando- se à velocidade da luz ao meu lado.

“ - T- Três…”.– Fiz um bico com os lábios, bem vermelha, e olhando para as paredes do local, que pareciam bastante interessantes no momento.

“ - E ele beija bem?”.– Começa a fofoca.

“ - Diz que sim…”.– Tentei não dizer muitos detalhes, pois a vergonha não deixava.

“ - Fala logo! Quero a descrição toda! Ouviu?! T- O- D- A!!”.– Okay, não vou me conseguir libertar.

“ - Bem… Ele beija melhor que o Natural, sim… Diremos que é uma sensação estranha que nunca senti antes, entende?”.– Ela acenou positivamente.- “É uma sensação de querer mais e mais, e ele só para mim. Ele consegue seduzir- me totalmente com um só toque de lábios, e arrepiar- me à medida que o nosso beijo avança, entende?”.

“ - Você está caidinha.”– Sussurrou, enquanto eu fingia nem ouvir.

“ - Tsc, mas ele nem confia em mim, por isso, nunca iria dar em nada.” - Desabafei, enquanto organizava as coisas na cozinha.- “Estou pensando em acabar com tudo”.

Um silêncio constrangedor surgiu no local, durante uns longos segundos. Continuei arrumando as coisas, até ouvir a cadeira de Bianca mexer, e olhar para trás.

“ - Onde vai?”.– Perguntei com curiosidade, enquanto ela me olhou meia brava.

“ - Você finalmente encontrou alguém que realmente te ama; E vai acabar com tudo por um pequeno erro? E com o Natural, ele errou milhares de vezes, e você não falou nada!”.

Fiquei calada. Ela tinha toda a razão.

“ - B- Bell, mas eu acho mesmo que não sinto nada por ele…”.– Revelei, enquanto a minha voz morreu quando a mesma retirou algo no bolso e colocou na mesa. - “... O que é isso?”.

“ - É do Black.”– Respondeu, deixando- me surpresa.- “No dia que você disse que queria um tempo, ele me deu essa carta para te dar, quando estivesse mais calma. Você não é obrigada a ler; Nem sei o que tem dentro dela…”– Ela fez uma pausa, abrindo a porta de casa, olhando para mim séria.- “Mas só abra essa carta, se realmente quiser continuar como estavam; Caso não queira, jogue onde quiser.”– Ela virou costas para mim, deixando- me meia parada, pensando nas palavras dela. Uns segundos depois, senti um sorriso timido que ela libertou.- “Sabe… Na altura que eu era a melhor amiga do Black, eu o amava. Ele era tudo para mim; Mas tudo isso se arruinou quando eu descobri que ele gostava de você…”– Ela fez novamente uma pausa, fechando os olhos.- “Porém, ele gostava mesmo de você. Caramba… Eu lembro de tudo o que ele fazia para te fazer sorrir; Era ele que te enviava flores, não o Natural. Foi sempre ele que fez essas coisas… Mas nunca teve coragem de admitir, e perdeu você.”.

Permaneci em silêncio, apenas a ouvir as palavras da loira.

“ - Mas, ele agora voltou a encontrar- te…”– Bianca olhou- me novamente com um sorriso doce.- “Ele procurou você desde a secundária; Mas Natural impediu qualquer contacto com você e ele sem você mesma saber. Até um dia conhecer o Cheren, e enfim, parei de amar o Black…”– Ela recuou frente a frente comigo, me olhando séria.- “O Black é a pessoa que mais te ama neste mundo, White. Ele nunca foi como o Natural. Nunca.”.– Ela se virou, saindo de casa, e murmurando mais uma frase, que me deixou chocada.

“ - … É ele que está no diário dela, White.”.

“ - É ELE?!”. - Gritei, sem esperar.- “C- Como assim Bianca?!”.

“ - Não tenho a certeza mas... Pense um pouco e, talvez, tudo fará sentido.” - Respondeu, saindo do local e batendo a porta.

Fiquei parada no corredor, olhando pela porta da cozinha e observar uma carta. Andei lentamente até ela, e peguei- a com a mão, olhando.

“ - É bastante velha… E está suja.”– Conclui, analisando a mesma delicadamente na ponta dos meus dedos, passando suavemente, para não desmanchar ou marcar nada naquele papel velho. Virei a mesma, revelando algo escrito atrás:

“ Para o amor da minha vida, de Black”.

Aquela não é a letra atual dele… O que só pode ser de algum tempo. Pelo menos, dois anos; Já que o papel estava meio acastanhado e tinha um cheiro estranho de mofo.

Fiquei a olhar a mesma pousada na minha mesa, tomando coragem e vergonha na cara para abrir e ler o que tinha; Podia ser algo a dizer que me odiava, ou que me amava; Ou até nenhum dos dois - Podia ser simplesmente algo diferente do que imaginava-.

Rasguei o envelope por estar colado, mas com bastante cuidado; Já que não queria estragar nada vindo de Black, óbvio. De lá, saiu uma folha dobrada. Coloquei- a direita, e comecei a ler.

“ White,

Bem… É estranho eu estar escrevendo isto, eu sei. Mas, eu alguma hora ou outra teria de admitir os meus sentimentos por você; Na verdade, nunca foi o Natural a mandar chocolates para você, ou flores, ou até mesmo poemas - Fui eu-, fui eu que fiz você dar aqueles sorrisos tímidos ao observar o seu armário escolar com cartões e declarações românticas. Eu vi tudo - de longe -, mas vi.

E nunca me esquecerei desses sorrisos.

E quem sou eu? Sou o Black. Black Hilbert Touya. Sou um ano mais velho que você, e era um outro grande amigo da Bell- Chan na secundária. Você deve saber quem eu sou; Ou pelo menos, talvez, se lembre do meu rosto um pouco.

E sim; Sou tímido demais e não vou tomar vergonha na cara para falar pessoalmente… Espero que me perdoe por estar escrevendo por aqui.”

Havia algo rabiscado abaixo, cerca de duas linhas. Porém, não muito, e era visível algumas palavras. Tentei ler com a maior dificuldade e com cuidado.

…. e ….. foram …. pelo Natural. Acredite em mim. Eles ….. pelo seu namorado; O Natural. Provavelmente não irá querer acreditar e jogar isso na lixeira, mas acredite. Eu tenho razão. Eles ….”.

Algumas palavras eram totalmente riscadas e impossível de ler. Fiquei uns dez minutos tentando entender, mas foi impossível. Derrotada, continuei a ler.

“ Espero que me perdoe por falar coisas assim, que para você podem nem ter sentido. E eu sei que você jamais vai ler esta carta, mas… Eu queria mesmo que lê- se; Queria mesmo ficar a seu lado eternamente, White; Que soubesse, verdadeiramente, o que sinto por ti, White Touko. Mas… Eu não sei onde você está; Eu perdi você para sempre…

E pronto. Esta é mais uma das mil cartas que já fiz para você, e que vai ser selada e guardada no esquecimento - novamente -, como todas as outras que escrevo todos os dias e guardo na minha gaveta velha e esquecida.

Mas… Se algum dia ler isso, saiba que eu nunca irei desistir. Que eu, um dia, poderei te reencontrar e sorrir para você com toda a felicidade do mundo, e abraçar- te finalmente com força. Tomarei coragem para me declarar e, um dia, poder namorar com você; Poder até casar, quem sabe.

Mas eu juro White... Que eu não vou desistir de ti.

Porque, para mim, não existe mais nenhuma; Para mim só existe uma, White. E você já deve saber quem é…

Eu amo- te. E, por favor, volte para mim…

Ficar sem você, para mim, é uma tortura; Ficar sem o motivo do meu sorriso, para mim, é horrível. Volte para mim, pequena Touko...

Amo- te para sempre,

Black.”

Observei a data, revelando que a mesma fora escrita quando eu ainda estava na universidade; Já numa escola separada de Black.

“ - Eu sou tão estúpida…”.– Murmurei, rindo sem jeito. Segurei a carta com força, correndo para fora de casa, e sem mesmo pensar, as minhas pernas já iam rumo a casa de Black.

[...]

Estava sentado no sofá, num tédio enorme, passando por canais na televisão, revelando que não passava nada de interessante. Fechei os olhos, e suspirei, concluindo - Sem nada para fazer. Fazia uma semana, ou mais, desde que a White não entrou mais no site.

“Ela me odeia”.– Resumia, pela milésima vez, mesmo que não ajuda- se, ainda de olhos fechados.

Respirei novamente fundo, tentando aguentar o fato de querer que a White volta- se para mim; Embora, no fundo, sabia que aquela 'briguinha', não seria motivo para terminar com tudo.

... Certo?

O meu Ipoké tocou. Abri os olhos, com um grunhido de insatisfação, já que os meus pensamentos pela White nunca deviam ser perturbados. Essas eram as segundas melhores alturas do dia - As melhores de todas é quando a vejo sorrir.

Nem liguei para o número, e apenas atendi normalmente, com uma voz normal, porém sem nenhuma felicidade nela.

“ - Olá?”.

“ - Black…”.

Ouvi a voz feminina que eu mais amava. Uma voz que me arrepiou dos pés à cabeça, e que fez o meu coração explodir, apenas com o meu nome dito num suspiro calmo e relaxante. Tomei coragem para abrir a boca e falar normalmente, embora, a voz saíra um pouco mais trémula do que eu previa.

“ - W- White!”.– Disse, tentando, novamente, manter a calma e concentração na voz, embora os meus pensamentos estivessem uma bagunça, naquela hora.- “P- Porque está ligando?”.

“ - Porque eu queria ir ter com você, até me lembrar que não sei onde vive e…”– Percebi que a mesma deu um sorriso sem jeito.- “Queria me desculpar por tudo…”.

“ - Eu vou ter a sua casa então.”– Respondi, com uma voz alegre. A mesma agradeceu, desligando o celular.

Mal me levantei, feliz da vida, corri para pegar o meu casaco - POis fazia um pouco de frio no local.

Enquanto, com um sorriso bobo e brilhante no rosto, pegava nas chaves de casa e abria a porta de entrada, senti o meu corpo tremendo de nervos, e só depois me toquei no que eu ia fazer:

Eu ia a casa da White…

E.. Estaríamos.. Sozinhos...

...OH NÃO!

[...]

Tá bom. Estou na porta do apartamento dela, com um buquê de rosas numa mão, enquanto a outra treme mais que tudo nesse mundo. E eu não sei o que fazer.

Respirei fundo, totalmente nervoso. Refleti alguns minutos para tomar a coragem de chamar a garota para abrir a porta, enquanto me controlava para não fazer nada de errado.

Bati à porta e, uns segundos depois - tortuosos segundos de espera-, vi a porta se abrir, avistando uma morena linda com um sorriso encantador.

“ - Black, eu… Eu queria me desculpar…”.– Murmurou, olhando para o lado envergonhada.- “Eu exagerei demasiado, mas… Me sinto péssima.”– Ela assumiu, desviando- se e deixando- me entrar.

Mal ela fechou a porta, coloquei o buquê perto do rosto rosado dela, libertando um sorriso doce para a mesma, segurando- a na cintura, colando os nossos corpos. Sentir aquele cheiro e aquele corpo quente contra o meu, novamente, era um sonho.

“ - Você leu a carta?”.– Perguntei, e ela acenou positivamente com a cabeça. Olhei- a nos olhos com um olhar irresistível e juntando- a mais para mim. Percebi que a mesma estava explodindo por dentro. O meu olhar, aos poucos, tornou- se selvagem com um leve sorriso de canto, passando uma mão levemente pelas costas dela, aproximando demasiado os nossos lábios.

“ - B- Black, o que você…”– Interrompi a mesma, sentando- a no sofá e ficando entre ela e o mesmo. Voltei a olhar a morena com um ar sedutor.

Ela estava paralisada de vergonha e nervos. E percebia- se muito bem.

Mesmo antes de ela falar algo, já tinha colocado as mãos nas costas da morena, por dentro da Tshirt dela, puxando- a, novamente, para mim. Olhei- a naqueles olhos que me arrepiavam a cada toque, e decidi avançar para um beijo... Sedutor.

Ela apenas retribuiu, afundando os dedos nos meus cabelos, puxando- os levemente; fazendo- me respirar fundo, e sentir uma sensação quente e arrepiante dentro de mim. Algo que nunca senti e não consegui entender direito o que era.

Desci os meus beijos até ao pescoço delicado e frágil de White, deixando algumas marcas de chupões ou mordidas; entre os quais dava leves beijos.

" - B... Black... Ah...!".– Ela libertou um gemido bem baixo e calmo quando falou o meu nome; E admito: Aquilo foi algo muito excitante.

" - Shii, White..."– Sussurrei, enquanto dava leves chupões e beijos no pescoço dela, passando um dedo nos lábios finos e delicados da mesma. Olhei- a nos olhos, com um olhar malicioso e uma voz que, arrepiou- a totalmente, sem a mesma se controlar. - "Apenas feche os olhos e se preocupe em sentir...".

A minha voz, muito menos o meu corpo, eram controlados por mim; eu estava com uma voz totalmente sedutora e arrepiante, que conseguia sentir cada arrepio da morena.

" - B... Black, eu... Awn..."– Ela não conseguiu terminar a frase, pois eu mesmo a impedi com um beijo na base do pescoço dela, libertando um gemido tão sedutor e um pouco mais alto, e lento, que me deixou totalmente sem controlo.

Aproveitei e, com dois dedos de uma mão, subi ligeiramente a Tshirt dela, apenas avistando metade da barriga da mesma, sem querer ver demais.

Senti os dedos da mesma puxarem- me os cabelos na nuca com mais força, enquanto uma mão dela descia pelas minhas costas.

" - Black... Por favor... N- não..."– Ela olhou me nos olhos com um olhar inocente e com leves lágrimas nos olhos. Admito que ela ficou um amor de fofura assim, vermelha e com aquela expressão no rosto.

O meu sorriso de canto transformou- se num doce, e eu apenas desci a Tshirt de White.

" - Eu só estava provocando, juro que não ia longe.."– Sorri mais uma vez, dando um leve selinho nos lábios dela.- "Desculpe, White... Eu juro que não te queria desrespeitar!"– Fiz uma pausa, deitando a mesma sobre mim, dando- lhe um beijo doce.- "Eu amo- te".

" - Poderia até não querer, mas se ambos já nem nos controlava- mos, duvido muito que isso não fosse longe demais..."– Murmurou, meia envergonhada. - "D- Desculpe, Black...".

" - Hey, sem problemas, White!"– Falei com um sorriso doce, sentando- me ao lado dela- "Só quando estiver pronta para isso, e quando for a hora, irá acontecer!".

Ela abraçou- me com força. Um abraço que me deixou surpreso, mas logo retribui.

" - Obrigada Black... E me perdoe pelo meu exagero...".

" – White, eu amo- te. Não importa o resto.." - Fiz uma pequena pausa, desviando o cabelo do lado direito do rosto dela, até atrás da orelha, delicadamente, e segurei o rosto de White, dando um sorriso gentil. - "Eu amo- te, e por ti, espero até ao fim..".

E, para minha surpresa, ela beijou- me. Um beijo totalmente doce e delicado, entre algumas risadas; um beijo divertido, por assim dizer.

E foi nessa hora que comecei a entender...

Que, talvez, a White e eu tínhamos futuro.


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Notas finais do capítulo

Fofura *^^*