MyLoveLife.com escrita por MartaTata


Capítulo 10
9. Um novo amigo, novas e velhas recordações!


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeyyy :3 So to aqui enchendo o saco mermu

Só vim aqui escrever que eu amo- te Dan



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Acordei lá pelas seis horas e meia da manhã, decidida a ir trabalhar demasiado cedo para acabar cedo e ir ter com Black. Que ideia a minha de marcar uma saída num dia de trabalho né?

Uma saída. De amigos. E só isso.

Decidi vestir uma roupa simples, como uma Tshirt branca simples, um casaco preto juntamente com calções jeans e leggins por baixo pretas, juntamente com as minhas botas pretas. Até ficou a combinar, não?

Tomei o pequeno almoço ainda com um pouco de sono e, mal fez quase sete horas já estava na porta do meu trabalho, que ainda estava trancada. Normalmente, os trabalhadores só entram entre as oito e nove da manhã, e saiem conforme o trabalho que têm - Uns entram mais cedo e saiem mais cedo; outros entram tarde e saiem tarde.

Mas, pelas sete da manhã, os empregados de limpeza limpam os escritórios antes da agência começar as filmagens e o trabalho. Tive de pedir a Olga, a funcionária de direção de limpeza abrir a porta. Era uma senhora de idade muito gentil, e já foi uma realizadora fantástica, porém, agora está reformada e apenas presta serviço comunitário à sua amada agência.

“ - Oh, White, tão cedo aqui?”– Afirmou meia surpresa.- “Entre, entre, ainda está frio!”.

Entrei na empresa, e ela voltou a trancar a porta. Observei a recepção vazia e escura; fria. Era normal estar quente e abafado, pela quantidade de gente que entra para tentar ver os seus ídolos e afins; Era novidade, para mim, aquele local tão silencioso.

“ - Eu vim mais cedo porque tenho coisas combinadas mais logo, Olga. Preciso de despachar o trabalho, já que ontem esqueci- me completamente de tudo. Tenho cerca de dez horas para fazer o trabalho de fim de semana e organizar as filmagens da próxima semana, juntamente com a análise de lucros do final do mês!”– Respondi, explicando à mais velha. Ela libertou um sorriso inocente, com uma risada baixa.

“ - Essas tais de ‘coisas combinadas’ são com o seu novo namorado, White?”– Perguntou, deixando- me vermelha.

“ - Ele não é meu namorado!”– Protestei.- “E, como sabe disso?”.

A mais velha simplesmente pegou na vassoura, saindo pela porta dos fundos, desaparecendo na escuridão do amanhecer, respondendo- me com a voz que ecoava até mim.

“ - Nesta agência, as notícias espalham- se rápido demais, White.”.

Admito, aquilo me deu arrepios…

Continuei o meu rumo até ao último andar - onde se localizava o meu escritório -, e liguei as luzes, observando o local já limpo, e sem flores. Estranhei o Natural não me mandar mais, até me relembrar da noite passada. Obviamente desistiu de me ter da maneira fofa, e vai passar para uma mais difícil.

Ou seja - Estou fudida.

Sentei- me na cadeira grande do cabinete, afundando- me na mesma. Liguei o notebook, e concentrei- me ao máximo em refazer todas as encomentas e contratos de atores para os filmes, já que o mês de Abril estava terminando - dia 29, para ser exata.

Só me dei conta que tinha terminado quase tudo quando o meu estômago protestou. Olhei para o relógio e observei duas da tarde, o que era ótimo estar acabando tudo cedo.

“ - Senhorita White, queria perguntar se queria almoçar comigo.”– Perguntou Jason, um dos nossos atores mais famosos, entrando no meu gabinete. Sempre o achei um cara meio reservado, mas admito, ele é uma pessoa de bom coração.

“ - Claro que sim, senhor Jason!”– Sorri para o loiro, confirmando o convite, e suspendendo o meu notebook. Saí do meu cabinete acompanhada pelo meu colega de trabalho até à cafetaria do edifício, no segundo andar.

Jason D. Knightware é um ator famoso, nascido em Johto. Ele, atualmente, vive em Sinnoh, mas decidiu viajar e aceitar a nossa proposta para o novo filme que estou me encarregando de organizar os lucros, dinheiro e atores. O realizador e produtor são os mesmos de ontem, obviamente.

Jason, ou Jays como os amigos lhe chamam, é loiro, alto e de olhos azuis escuros. Usa sempre um terno azul que combina com os olhos e uma camisa branca, para onde quer que vá em trabalho - ele acha formal e educado ir assim para mostrar respeito pelos colegas de trabalho. Atualmente, ele tem 26 anos, e é um ótimo ator - qualquer pessoa adoraria trabalhar com ele, e eu sinto- me importante por isso.

Acabei pedindo uma sandes e suco de laranja, mais ou menos o que Jason pediu. Fomos conversando de temas aleatórios, até que ele me falou algo que me deixou a pensar.

“ - Então, White… Tem planos para hoje à noite?”.

… Oi?

Acabei de ser ‘convidada’ para sair, pelo ator mais desejado e mais amado do mundo?

Me acordem, por favor.

“ - Oh, lamento Jason, já tenho planos… Mas quarta tenho o dia livre, se quiser tomar um café comigo para nos conhecer- mos melhor.”– Afirmei com um sorriso. Ele libertou um sorriso gentil, piscando o olho.

“ - Quarta então. A que horas?”.

“ - Que tal… Três da tarde? No café da baixa da cidade?”.– Perguntei, e só pelo olhar dele parecia confirmar.

“ - Que excelente ideia! Mal posso esperar por quarta!”– Ele sorriu para mim, levantando- se. - “Bem, adorava continuar a falar, mas as gravações começam em dez minutos. Foi um prazer almoçar com você, White. Espero poder falar com você melhor quarta!”.

Sorri, também me retirando para o meu gabinete. Beem, até que ele é bonitinho… Né? Hehe…



[...]

Observei que terminava tudo o que tinha de fazer às sete horas e meia. Ótimo, é o tempo de chegar ao local marcado com o Black!

Saí do escritório, correndo e sorrindo, pronta para apanhar o elevador para sair e ir ter com ele. Mas, para meu grande espanto, acabo entrando no elevador acompanhada de Jason, que quase não conseguia entrar nele por meros segundos.

“ - Obrigada por prender a porta, White…”– Ele agradeceu com um sorriso sereno.

“ - De nada.”– Respondi, fazendo um silêncio desconfortável aparecer.

“ - Então, que tipos de planos tinha hoje, Hilda?”– ...Já me tratando pelo segundo nome?

“ - Bem… Nada de importante.”– Não podia simplesmente dizer ‘não te interessa’, né?

“ - Oh, entendo.”– Ele percebeu que não tinha nada a haver com aquilo. - “Me desculpe pela minha curisidade tosca, hehe.”.

“ - Tudo bem, sem problemas!”– O elevador chegou ao piso 0, e eu me preparei para sair. - “Bem, resto de um bom dia para você, Jayson, falamos depois!”.

Nem esperei resposta, e corri a alta velocidade até à roda gigante, chegando quinze minutos antes. Fiquei procurando em volta, até sentir duas mãos me taparem os olhos.

“ - Adivinha quem é, baixinha?”. - Aquele maldito tá pedindo morte…

“ - Baixinha nada, senhor Touya!”– Gritei revoltada, olhando para trás e lançando um olhar reprovador.

“ - Sempre um amor… Enfim, sempre apareceu né? Achava que não vinha mesmo…”– Confessou Black, libertando um sorriso amarelo.

“ - Eu sou uma mulher de palavra, Hilbert. Jamais iria deixar alguém legal para mim pendurado”.– Falei, relembrando do que fizera com o Natural. - “Continuando… Quer primeiro jantar e depois vamos à roda gigante?”.

“ - Como quiser, princesa…”– Ele desceu novamente e beijou a minha mão, tal e qual como da primeira vez. Corei um pouco, retirando a mesma e olhando- o com um olhar de lado.

“ - Nem ouse me seduzir, senhor Hilbert. É apenas o segundo encontro, e não pense que irei ceder já!”– Confirmei, deixando- o com um sorriso de canto.

“ - Então admite que é uma saída?”– Ele agora me pegou. Olhei- o vermelha, tapando a boca, enquanto ele me deixava mais com nervos com aquele olhar e sorriso.

“ - Etto… Vamos jantar logo, maldenho!”– Protestei mais uma vez, indo a passos rápidos até a um restaurante de sushi, que ele me seguia correndo e rindo.

“ - Sushi, é? Gostei…”– Ele sorriu para mim, chamando o garçon e pedindo uma mesa para duas pessoas na janela, com vista para o famoso lago de Nimbasa, com efeites de água.

Ficamos conversando de coisas variadas e nos conhecendo melhor, até ele tocar num assunto que me deixou bastante surpresa.

“ - Depois da roda gigante, quer dar uma olhada na minha casa?”– Lamento, mas eu se for na sua casa vou ser estuprada umas três vezes. E o pior, é que como eu sou, não vou negar.

“ - Nem pense, sem vergonha!”– Reprovei- o, virando a cara e bufando.- “Para me ter, já disse, é preciso muito tempo e muita força de vontade. Eu não sou fácil.".

“ - Assim é que eu gosto delas…”– Confessou, mostrando um olhar irresistível para mim, fazendo- me arrepiar toda.- “Sabia que isso torna você mais… Sexy?”.

“ - Falas sedutoras não vão ajudar.”– Afirmei, deixando- o derrotado sobre a mesa.

“ - Vale a pena tentar…”– Disse rindo, sorrindo para mim. Nesse momento, a comida chegou, e Black estava numa guerra com os palitos.

“ -... Você sabe comer com palitos, Black?”.

“ - Tsc, óbvio que sei, mas estes estão estragados!”.

Ri baixinho do comentário, vendo- o discutindo com dois pauzinhos de madeira.

“ - Não quer que eu te ensine…?”.

“ - Tsc, não preciso, tem uma forma mais fácil!”– Falou, chamando o garçon. - “Você tem um garfo, por favor?”.

Imaginem a cara do japonês, né?

[...]

“ - Que tipo de retardado pede um garfo num restaurante de sushi, para um garçon japonês?! Isso é muito do mal, sabia?”. - Rebaixei Black, meia brava, saindo do restaurante.

“ - O garçon me olhou de lado o resto do jantar…”– Ele sorriu sem jeito e eu suspirei. - “Roda gigante, topa?”.

“ - Okay!”.– Respondi com um sorriso doce, deixando ele continuar a falar de vários temas, em direção à maior atração de toda a Nimbasa City - A roda gigante!

Devemos ter andado por uns quinze minutos até chegar lá, e obviamente, estava cheio de gente. Uma fila enorme que demoraria, com certeza, umas duas horas ou mais.

“ - Melhor esquecer- mos a roda gigante…”– Falei meia desanimada, que até se notou no tom de voz. Black me olhou, pois deve ter entendido que eu queria ir, e pegou a minha mão, fazendo- me corar.

“ - Eu tive uma ideia. Apenas faça o que eu fizer.”– Disse rapidamente, indo até ao homem que devia estar ao cargo da roda gigante. - “Desculpe, Harnold, poderiamos passar à frente?”.

“ - Oh, senhor Black! É claro que sim mas, você sabe que só posso deixar passar à frente casais…”– Espera… Oh não.

“ - Exato, ela é a minha namorada.”– Respondeu para o homem já de idade, apontando para mim com o polegar da outra mão. O homem riu um pouco, deixando a próxima cabine da roda gigante parar na nossa frente.

“ - Eu vou fingir que vou acreditar e deixar passar essa, Hilbert.”– Denunciou o homem, rindo. - “Os seus pais vão adorar saber que anda saindo com uma garota… Hehe.”.

“ - Nem se atreva!!”– Gritou Black, mas já era tarde demais - Ambos já estávamos na roda gigante, dentro das carruagens em forma de Pokébola, com bancos dos lados. Black suspirou, apoiando os cotovelos nas janelas, vendo a roda andar lentamente.

Vi o silêncio constrangedor entre nós. Obviamente, precisava de tirar o clima tenso do ar.

“ - Então Black, você nunca me falou dos seus pais!”– Lembrei desse tema de conversa, ao relembrar o homem.

“ - Oh, eles são pessoas, diremos, quase normais. São pais, afinal.”– Afirmou rindo um pouco, mas sem retirar os olhos da cidade. Sentei- me do lado dele, olhando para o mesmo lugar que ele, apenas ouvindo.- “O meu pai é um grande homem de negócios, e a minha mãe é uma mulher simples mas amável. E, sinceramente, eu nunca os imaginaria juntos, até porque a minha verdadeira mãe morreu quando tinha apenas três anos.”.– Ele fez uma pausa, suspirando.

“ - Black, desculpa, eu não sabia…”.

“ - Tudo bem, já nem me importo tanto de falar disso!”– Confessou, e continuou a conversar.- “A minha ‘mãe’, é irmã da minha verdadeira mãe, que segundo eles, me odiava de morte. Por isso, não gosto de pensar que a minha tia, na verdade, não é a minha mãe - mas não me interessa. Eu só tenho uma mãe, e é ela.”– Após parar de falar, libertou um sorriso, que me chamou a atenção.- “E os seus, White?”.

Fiz um breve silêncio, pensando em como responder.

“ - Bem, não posso revelar tudo já, não é? Quem sabe, um dia os conhecerá!”– Ri baixinho, deixando- o meio desiludido com a resposta.

“ - Poxa, até quando o clima está bom você arranja maneira de me resistir…”– Ele bufou, meio rindo.

“ - E onde teria graça se eu conta- se tudo sobre mim na primeira saída? Essa segunda seria um profundo silêncio!”– Protestei, deixando ele com um sorriso idiota. Nesse momento, paramos bem no alto durante um bom tempo, observando toda a cidade e até uma rota de deserto ao pé da mesma. Conseguia também encarar, bem ao longe, as duas pontes conhecidas pela ‘ligação de Nimbasa ao resto de Unova’.- “É lindo…!”– Confessei, maravilhada com a quantidade de luzes.

Nesse momento, ele sentou- se ao meu lado, pegando com dois dedos no meu queixo, fazendo- me perder a visão da cidade para encarar dois olhos lindos, castanhos- escuros, que me olhavam com um brilho sincero e amável - um brilho apaixonante, que ninguém, nem mesmo Natural, me tinha olhado.

“ - Não tanto como você, White…”– Afirmou, com um sorriso tão inocente e doce, deixando- me com o coração aos saltos. - “White, eu amo- te. Nunca te esqueci desde o liceu, e foi uma tortura nunca mais te ver depois da Universidade - mas nunca desisti; sabia que eu iria encontrar você um dia… Procurei- te por todo o lado durante anos, desde Nuvema Town até Opelucid City, mas nunca te encontrei. E agora, eu finalmente pude voltar a olhar- te nos olhos e admitir realmente o que sinto por ti, White. Eu arrependo- me profundamente de nunca ter dito isto antes, e achar que te tinha perdido para sempre, mas não - consegui voltar a ver- te. E não vou voltar a deixar você partir assim de mim. Nunca mais”.

“ - B- Black, eu não sei o que dizer…”– Estava totalmente nervosa. Eu, sinceramente, ainda não sabia confessar os meus verdadeiros sentimentos. Verdade, eu falava às vezes com ele no liceu, mas nunca algo de amigos íntimos. E eu não posso simplesmente dizer que o amo já, preciso de esperar para perceber. Não quero iludir alguém como o Natural me fez.

“ - Não quero que me responda, para já, White. Eu sei a sua resposta…”– Ele aproximou- se um pouco de mim, fazendo- me ficar nervosa e automaticamente, eu acabei ‘acidentalmente’ por deixar- nos colados um ao outro. Olhei- o nos olhos timidamente, e com a outra mão dele, retirou umas mechas de cabelo do meu rosto.- “Faz tanto tempo que queria ficar assim com você, White…”.

“ - Black, eu…”– Ele interrompeu- me aproximando- nos muito mais, deixando os nossos lábios praticamente colados, com a distância de milímetros. Sentia a respiração nervosa e rápida dele; de me olhar nos olhos e nos lábios com um desejo enorme.

“ - Não diga nada, por favor....”– Ele pediu, e assim fiz, ficando calada, olhando nos lábios dele, que pareciam me chamar.- “... Eu posso?”.

E agora a pergunta que eu menos queria que ele fizesse no mundo. Eu não o quero iludir e posso não o amar mesmo; Ou simplesmente posso estar a ser iludida por algo assim. E eu não sei!!

O coração diz que sim, o cérebro diz que não. E eu estou dividida para responder.

“ - Mas eu ainda não tenho a certeza se…”– Ele me interrompeu, passando a outra mão que não estava no meu queixo pelos meus cabelos e descendo pelas costas, fazendo- me arrepiar até cima.

“ - Não preciso que tenha. Só quero saber se também está com esta vontade de…”– Ele completou a frase mentalmente e no olhar, olhando com desejo para os meus lábios. Abri os ligeiramente, e falei um ‘sim’ sem emitir som. Foi o suficiente para ele puxar a minha cintura, pelas costas, e acabar com a distância, fazendo um beijo lento e romântico acontecer entre nós.

Conseguia sentir um beijo que me fazia suspirar a cada toque dele no meu corpo. Conseguia sentir e querer mais daquela sensação eternamente. As mãos dele desciam pelas minhas costas, puxando- me e prendendo- me contra a janela do local, enquanto ele se ajeitava para ficar em cima de mim.

Só vos digo uma coisa - Nunca. Beijei. Um. Cara. Que. Beija- se. Assim. Tão. Bem.

Nem o Natural beija metade disso, meu Deus… Esse cara veio do céu?! Não me admirava nada - É gato pra caramba; Simpático, engraçado, bom humor, fiel e tudo o que uma garota pode pedir; O corpo perfeito; O beijo e toque perfeitos… Caramba, esse cara só pode ser mentira!!

Senti falta de ar, e afastei- me lentamente dele, olhando- o nos olhos, embora ambos um pouco vermelhos, que, curiosamente, ele era o mais vermelho dos dois. Ele tocou nos próprios lábios, meio paralisado.

“ - ...Isto realmente aconteceu? É um sonho?”– Perguntou- se a si mesmo alto, e eu ri um pouco.

“ - Aconteceu sim, Black. E eu também não estou acreditando…”– Respirei fundo meia nervosa.- “Mas, Black, eu ainda não tenho a certeza do que sinto por você… Me de tempo, por favor…”.

“ - White…”– Ele sentou- se novamente ao meu lado, segurando as minhas mãos e olhando- me nos olhos. - “Por você, espero até a vida inteira. Vamos deixar as coisas simplesmente acontecerem. Apenas peço que, se realmente não me amar, não me minta ou iluda, por favor… Não quero mentiras na nossa relação.”.

“ - Eu nunca iria mentir sobre algo assim! E clar… Espera um pouco, como assim ‘nossa relação’?”– Perguntei.

“ - Somos amigos ainda, ou realmente quer algo mais?”– Vi o sorriso malicioso dele se formar, e eu fiz facepalm.

“ - Calado, idiota!”– Protestei, cruzando os braços, enquanto ele ria. A roda gigante começou a andar novamente, mas isso não impediu de continuar- mos a conversa.

“ - Simplesmente, só aceite ou rejeite quando tiver a certeza e quando estiver preparada. Não quero acelarar as coisas mas… Desculpe, não consegui esperar mais…”– ele riu sem jeito.- “Mas eu só queria deixar claro o que realmente sinto, e deixar claro os meus sentimentos. Mesmo que você soubesse que eu te amo, você não sabia o quanto, por isso, queria apenas admitir tudo…”.

“ - Black, admito muito a sua coragem.”– Confessei, com um sorriso doce para o moreno.- “E eu respeito totalmente os seus sentimentos por mim, afinal, que não se apaixona por essa garota perfeita?”– Perguntei, fazendo uma pose convencida, e ele bufou.- “Mas o ponto principal é que, desde que admita a verdade sempre, eu também irei admitir. Mas, com certeza, vou demorar para realmente descobrir se eu te amo, quer dizer… Foi tudo tão rápido, e preciso de pensar. Não quero iludir ninguém - eu sei como dói…”.

Ele abriu a boca para dizer algo, mas as portas abriram- se para sairmos. Black segurou a minha mão, e me puxou para fora de lá. Fomos andando no silêncio, pela cidade.

Ele sorriu para mim, um pouco depois de andar.

“ - Você quer ir já para casa?”– Perguntou docemente, e eu neguei com a cabeça.

“ - Ainda quero ficar um pouco com você…”– Respondi, até me aperceber que a resposta havia saído da minha boca sem ordenar. Mas era o que realmente queria. Black libertou um sorriso ainda maior, puxando- me para ele.

“ - Quer ver o local onde trabalho?”– Perguntou, afinal, eu ainda não tinha visto e já não tinhamos nada para fazer. Aceitei com a cabeça, e ele foi conversando de várias coisas sobre o trabalho - que o chefe dele era completamente louco e vingativo, e adorava as irmãs de Black.

“ - Você tem irmãs? Não sabia!”– Confessei sorrindo.

“ - Sim, uma é meia irmã mais nova, pois é da minha tia, e a outra é mais velha. Quero que as conheça um dia, mas uma delas passa a vida a viajar, e é raro ela se encontrar em Unova. A outra ainda está a estudar, e acaba a universidade este ano. O sonho dela é trabalhar na agência Best Wishes!”.

“ - Sério!? Então, talvez, seremos colegas de trabalho! Que legal!”– Respondi, com um entusiasmo enorme.- “Ela estudou em que área?”.

“ - Realizadora e atriz. Embora, ela gosta mais de realizar filmes que atuar, porque ela é bastante tímida, e mete- me bastante pena por isso, porque ela dava uma atriz super talentosa!”– Admitiu Black, com um brilho enorme nos olhos.- “Eu adoro as minhas irmãs, mas como ultimamente tenho mais contacto com a minha irmã mais nova, eu ajudo- a a estudar e treinar para a sua formatura; Eu sou a pessoa que a mais apoia no sonho.”

“ - Se ela quiser alguma ajuda, ela poderia ir para a agência ver como o trabalho funciona lá! Teria o maior prazer de lhe mostrar tudo como funciona num dia de trabalho, ela iria adorar!”– Eu propus o convite, deixando Black de boca aberta.

“ - White, isso seria fantástico!! Sempre foi o sonho dela! Se eu lhe perguntar por isso, ela é capaz de aparecer na velocidade da luz…”– Ele riu um pouco, e eu sorri.

“ - Mas nestes dois meses parece- me um pouco complicado com a quantidade de trabalho… Já sei! Em junho, haveremos de combinar algo para ela ficar um dia comigo trabalhando na agência! Irei pedir premissão ao meu chefe!”.

“ - White, eu te agradeço imenso!”– Black libertou um sorriso de enorme felicidade.- “Você é a melhor pessoa do mundo! Muito obrigado!”.

“ - N- Não custa nada…”– Falei meia corada.- “Afinal, se é sua irmã, já é minha amiga!”.

“ - Hehe, e você, tem algum irmão ou irmã?”– Perguntou, ainda animado com o que falei.

“ - Não tenh…”– Parei de falar, lembrando e suspirando.- “Bem, tenho um sim…”.

“ - Oh, sério? Como ele é?”– Perguntou cheio de curiosidade.

“ - Ele é mais velho que eu sete anos, diremos que eu… Fui um ‘acidente’.”– Respondi, deixando Black rindo.- “Bem, eu e ele não temos uma boa relação…”– Confecei, sentando- me num dos bancos da cidade, enquanto Black sentou- se do meu lado.- “Ele é bem rígido, e hoje em dia nem me quer ver à frente… Mas, quando eu era mais nova, ele era morto de amores por mim!”– Falei sorrindo imenso, recordando os velhos tempos, e fechando os olhos.- “Ele tratava de mim quando estava triste, contava- lhe tudo e mais alguma coisa. Ele era o meu melhor amigo…”.

“ - E o que aconteceu para ele te odiar tanto?”– Perguntou Black, e eu suspirei.

“ - Eu fiz uma grande asneira. E não posso voltar atrás.”– Respondi, olhando para baixo.- "Ele me avisou para não fazer, mas eu fiz, inconscientemente. Eu não sabia que os danos iam ser tão grandes; mas eu fui estúpida e fiz, achando que era algo normal e inofencivo. E, acredite ou não, isso estragou a nossa relação…”.

Terminei de falar, e Black me abraçou, reconfortando.

“ - Hey, está tudo bem… Vamos mudar de assunto, se quiser. Quer ver onde trabalho? É ali mesmo!”– Black apontou para o edifício enorme do local, mostrando os escritórios onde trabalhava.- “Está fechado no momento, mas se quiser, pode vir sempre me visitar um dia destes. Adorava receber uma visita da minha amada…”– Eu ri um pouco, e respondi de imediato.

“ - Okay, senhor apaixonado…”– Olhei para as horas, revelando já passar da meia noite.- “Bem, tenho de ir andando… Vem comigo ou vai já para casa?”.

“ - Acompanho você até casa!”– Respondeu, acompanhando- me até casa, sempre a falar.

Acabei por olhá- lo uma última vez, à porta de entrada, e sorrir.

“ - Beeem, vejo você depois?”– Perguntei, com um sorriso doce.

“ - Claro, Touko!”– Debochou Black, fazendo- me ficar brava.

“ - Cala a boca!”– Respondi, virando costas, e andando. Passado um pouco parei, olhando para trás, e vendo ele ainda a olhar- me. - “Vai ficar a babar- se por quanto tempo?”.

“ - Aff, chata…”– Protestou, virando costas e andando. Continuei o meu caminho, abrindo a entrada do meu edifício, olhando para trás outra vez e vendo ele afastar- se.

“ - HEY BLACK!”– Gritei, correndo para ele. Ele olhou para trás, e mal me avistou, eu simplesmente puxei- o para um beijo.

O beijo que começava a tirar as minhas dúvidas...




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Notas finais do capítulo

QUE. COISA. MAIS. FOFA. DO. CARAIU. S«ASDFGAHJFKAJHFGAHFAJ *---* ~morrida~



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