Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Boa noiteee
Capitulo dedicados as meninas que completam aniversario esse mês.
Jéssica Garcia e Rafaela Barros s2
Parabéns!!!!!



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Já tive muita dificuldade de aceitar o que acontecia ao meu redor. Tentava esquecer e simplesmente não me deixar sentir o momento para poder depois absorve-lo e então o deixar ir.

Foi com muito tempo e noites mal dormidas que aprendi na força, que o caminho não era esquecer o problema ou se deixar remoer a cada minuto da vida, perguntando o por que.

A vida passa tão rápido, e o que aconteceu deixou bem mais claro que seguir em frente e não se sentir mal não era egoísta nem indiferença.

E a carta dizia exatamente isso.

Olho pela terceira vez a carta que tinha chegado essa manhã na casa do Edward em Seattle.

Ela estava com remetente de Londres, enviada a uma semana atrás. Provavelmente Charlie fez isso por ela.

Leio mais uma vez para guardar cada palavra escrita no meu coração.

“Espero que não me odeie. Espero que de alguma forma não sinta culpada, pois a culpa não é de ninguém. Acredite, eu estou bem. E não, isso não é autopiedade, acredite, estou bem com o que pode acontecer, porque posso dizer que a paz que estar em mim é imensa, assim como meu amor por você e me sinto imensamente amada por você, a nossa pequena e Charlie. E isso é tudo que preciso para ir e não sentir que o mundo estava sendo injusto comigo, como poderia acusa-lo disso? Ele me deu você de volta. Esperei por tanto tempo por ver seu rosto perto do meu e sentir seu coração batendo a pequenos centímetros de mim que não poderia acusar quem quer que seja por nada.

Por favor, Bella, deixe seu coração tranquilo assim como o meu estar.

Quero que viva a sua vida e seja livre de qualquer coisas que te mantenha presa. Será que pode fazer isso? Algo me diz que sim.

Eu te amo tanto, espero que nunca se esqueça.”

Passo a mão no rosto que estava banhados de lágrimas e ao mesmo tempo sorrindo por aquelas palavras tão lindas e sinceras.

Essa carta me encheu de coragem. Faz quase quatro semanas do enterro e que voltamos para casa. Fiquei devastada, lutei muito para não demostrar minha tristeza a Mel, mas foi impossível. Foi o Edward quem conversou com ela e explicou que a Renée se foi, porque eu não conseguia parar de chorar. Descarreguei naquele dia toda tristeza que estava sentindo.

Ao passar dos dias fui processando tudo que aconteceu, o Edward e a Mel me ajudaram muito a ficar bem. E essa carta acabou de selar a minha paz.

Claro que sinto muito por não ter passado mais tempo com ela, por ter chegado logo no final dos seus dias, mas entendi que isso não estava ao meu poder e o que vive com ela nesse pequeno tempo foram marcantes e vou levar as lembranças boas pelo resto da minha vida.

Respirando fundo dobro a carta e a guardo nas minhas coisas tendo a coragem que precisava para dar a volta por cima na minha vida de uma vez por todas.

.............

Passo pelas portas do elevador e sigo em frente.

— Isabella Swan? – um homem com a aparência da minha idade me aborda, provavelmente o secretario do CEO da empresa.

Confirmo o mostro o crachá que me entregaram na entrada da empresa.

— O Senhor Cullen já está esperando a senhorita.

— Obrigada- agradeço e sigo para as portas grandes de madeira.

Mesmo sendo esperada dou três toques antes de entrar.

— Um grande prazer te ver aqui – Carliles me saúda.

— Bom dia, Senhor Cullen – digo um pouco nervosa, mesmo estando com frequência em sua casa por causa das visitas da Mel a gente não tinha um grande contato.

Ele sorri com carisma característico dele e me pede para sentar sentar.

— Imagino que queria falar comigo sobre a proposta que passei para você pelo Edward.

Assinto .

— Sei que estou atrasada, mas queria saber se ainda posso preencher alguma vaga aqui na empresa? – olho para ele apreensiva.

Ele ergue as sobrancelhas sem esta surpreso pela minha fala.

— É claro que ainda tem vaga para você. Sei do que passou, Esme me disse, se não se importa- nego com a cabeça – Então entendo porque não veio, mas infelizmente a vaga que ia te empregar foi preenchida, eu realmente precisava de uma secretaria auxiliar com urgência.

— Eu entendo – digo sentindo a confiança que estava tentando levantar em minha consciência diminuir.

— No entanto surge uma vagar, infelizmente não é para trabalhar comigo, mas tenho certeza que vai gostar. Só preciso saber se você preenche ao pré-requisitos, mas se não, pode ficar tranquila, que temos outros propostas para você.

Sentir a sensação ruim de que ele estava tentando me encaixar aqui a qualquer custo.

— Sinto muito, não quero te dar esse trabalho todo. Entendo perfeitamente se não tiver vagas. Eu posso esperar para que algo apareça- não, eu não podia. Certo, que tinha uma quantia muito boa guardada pelos meses que trabalhei para Edward, recebi mais do que imaginei um dia, mas não fazia sentido trabalhar mais lá, conversei com Edward e ele me entendeu e me deu total apoio para vim aqui conversar com o Carlisle, mas antes me fez aceitar trabalhar para ele na sua empresa, sei que parece idiotice não aceitar, porque sabia que o dinheiro que tinha não ia durar para sempre, mas mesmo assim não aceitei.

Queria de alguma forma conseguir um trabalho com as minhas próprias pernas e pelo meu esforço, mesmo sendo na empresa do seu pai, mas aqui ninguém precisava saber que nós tínhamos um relacionamento amoroso, muito diferente se eu fosse trabalhar na sua empresa.

— Não diga isso. O Edward me passou algumas inflamações sobre você, e pelo que sei estudou na mesma faculdade que ele, então não é qualquer uma, e minha empresa valoriza grande mentes, não se pode desperdiçar inteligência.

Ouvir aquilo com uma certa surpresa , porque fazia muito tempo que não me via daquela forma.

Estava acostumada a ouvir que era uma boa mãe, uma boa pessoa, mas qualquer coisa relacionada a minha percepção de estudo e trabalho, fazia muito tempo.

Ele começou a fazer perguntas sobre meus estudos, qual período parei de estudar, me perguntou quais eram as minhas expectativas e se tinha vontade de continuar o meu curso.

— Sim, claro. Eu só preciso de uma base solida para poder dá continuidade, esse é meu sonho.

— Essa base é um trabalho ?

— Sim – confirmo com segurança.

— Como vai fazer com a Mel? – senti nessa pergunta algo mais pessoal, não era o homem empresário perguntando e sim preocupação de avó.

— Penso em ir aos poucos com a faculdade, diminuir as matérias, assim poder conciliar tudo com a Mel. Agora com aa ajuda do Edward tudo ficou mais fácil.

Ele assente e digita algo em seu computador.

— Perfeito – ele finaliza – Tenho uma vaga como estagio não obrigatório, que no período que você parou é algo muito bom para você – ele me entrega uma pasta e dentro dela tem vários documentos – Quero que leia o contrato e veja se estar tudo ok, ai está relatando todas informações que precisa. Mas é preciso com urgência que você retorne os estudo, isso é indiscutível e essencial. E também quero muito que me der alguma resposta ate o final do dia, a empresa acabou de fechar o edital desses estágios, mas Edward fez sua indiscrição, não que eu não estivesse ciente de você- ele piscar e o encaro meio atordoada com todas essas informações.

Saio da sala dizendo obrigada e como ele me orientou fico em um canto lendo o contrato, porque queria entregar o mais rápido que podia.

Era um estagio de oito horas diários, das 8h ate 17 horas da tarde quase deixo os papeis cair no chão quando vejo o valor do salário.

Ele também me deu uma copia do Edital do estagio e lá realmente tinha aquele valor para todos os estagiários aceitos.

Assino o contrato com as mãos meio tremulas e meio sem acreditar que aquilo estava acontecendo.

Volto ate o andar do Carlisle, seu secretario diz que ele estava em reunião, mas avisou que era para deixar o contrato com ele – lhe entrego e saio da empresa quase sem sentir o meu corpo.

Vou ate uma cafeteria que tinha ali próximo, pois não estava confiando na força das minhas pernas.

— Eu conseguir – quase grito quando Edward atende minha ligação assim que sento em umas das mesas.

Ouço sua risada rouca.

— Eu sabia, anjo. Meu pai não ia deixar alguém como você passar.

— Confesse que você incitou ele a me contratar – fecho os olhos esperando a resposta.

— Claro que elogiei muito você, mas porque a senhorita realmente é especial. O Carlisle não contrata ninguém onde não ver futuro, nem mesmo a família. Se quer confirmar o que digo pode ligar pra Alice, ela foi despedida na segunda semana de trabalho na empresa – ele disse se esforçado para me mostrar a verdade.

— Não precisa, confio em você.

— Que bom – tive consciência que aquilo era mais do que uma simples palavras para ele. Confiança era algo muito valioso para nós dois– Já saiu da empresa? – quis saber.

— Sim, estou em uma cafeteria aqui perto, acabei de chegar – digo olhando em volta, quando entrei nem prestei atenção em nada, Só encontrei um lugar no canto e sentei.

— Me espera. Chego daqui a pouco, vamos comemorar – ele diz me surpreendendo.

— Com café? – perguntei sorrindo.

— Sim, com café.

Desligo a chamada e espero ele ansiosa. Queria muito dividir a minha alegria com ele, então não pensei duas vezes antes de ligar. Mas agora que me liguei que poderia ter atrapalhado algo do seu trabalho.

—Droga!! – digo em voz alta e algumas pessoas que estavam ao redor me olham estranho.

Ignoro e tento ligar novamente para Edward, mas dá ocupado.

Assim que a gente chegou nos Estados Unidos ele ficou ainda uma semana ao meu lado antes de eu praticamente expulsa-lo de casa garantindo que ia ficar bem.

Sabia da importância dele na empresa era essencial, mesmo tendo Emmett ocupando seu lugar, mas mesmo assim ele chegava pontualmente de 6 horas em casa com a Mel da escola. Ficava com gente e sempre antes de irmos para o quarto ele ainda trabalhava no escritório um pouco para finalmente só tê-lo para mim.

Peço uma garrafa de água e o espero. Não queria começar a comer antes dele.

Com uns 10 minutos ele atravessa a porta da cafeteria.

E muito diferente do Edward que sentava no chão com a Mel e que em casa andava praticamente só de moletom, ele estava ali, o homem que era dono de uma empresa vestido de terno caro, que eu não fazia mínima ideia de quanto custava, com postura ereta que fez com que todos o olhasse a maneira que passava pelas mesas e chegava ate a mim.

O que me fez sentir o peito quente não foi nada dessas coisas e sim o sorriso familiar que amava tanto e seus olhos verdes que me fazia me sentir acolhida.

— Parabéns, Bella – disse ele com a voz contida de felicidade e coloca a minha frente um girassol lindo com amarelo vivido.

— Eu amo – digo pegando o girassol encantada com aquele gesto. Não era nada exuberante como um buque de flores, mas sim um único girassol que com certeza me fez ama-lo mais ainda.

— Estava contando com isso – ele arqueia uma sobrancelhas e me dar um sorriso gostoso.

— Senta- bato a mão no acento ao meu lado, antes dele pensar em sentar na minha frente.

Ele tira o terno e se senta. Como a cafeteria era toda decorada com sofás americanos me aproximo dele e o abraço.

— Obrigada- digo no seu ouvido.

Estremeço quando ele beija meu pescoço.

— Ao seu dispor.

Me separo dele com relutância.

— Eu não queria te tirar do trabalho – olho para ele preocupada.

— Tinha uma reunião cancelada, então relaxe – ele me dar um beijo rápido e olha para o relógio – por uma hora e meia sou todo seu.

— Ok, então vamos comer? Quero muito aquele bolo de chocolate com um cappuccino- digo apontando para um dos bolo da vitrine gingante cheia de doces e salgados.

Ele ri.

— Então me deixa ir fazer o pedido– Edward se levanta e vai para fila como as outras pessoas comuns.

Obsevo ele acenar para algumas e é ai que me toco que a maioria das pessoa daqui devem trabalhar na empresa do seu pai, por ser tão perto. Então muito provavelmente sabiam que o Edward era filho do Carlisle.

Droga! A discrição que estava planejando não estava começando muito certo, mas me apego ao pensamento de que não iriam imaginar que não iam lembrar no meu rosto quando eu começasse o estágio.

Com alguns minutos Edward volta com o meu bolo e a bebida, e para ele um croissant, provavelmente salgado, porque ele não era muito chegado a doces e uma bebida que também provavelmente era café puro e amargo, que eu tinha pavor em tomar.

— Ao seu novo emprego – ele ergue o copo de café ao meu lado.

Sigo a sua brincadeira e brindamos ao meu emprego com copos descartáveis.

Começarmos a comer e ele a cada mordida me perguntava o que tinha acontecido na conversa com seu pai.

E assim o tempo que ele tinha disponível se passa. Saímos da cafeteria e ele estava a ponto de pedir um uber para mim quando meu coração gela ao ver uma pessoa do outro lado da rua.

— Jacob- digo em voz alta e Edward me olha sem entender.

A rua estava cheia de gente naquele horário, mas sim, era ele. Conheceria em qualquer lugar o homem que por muito tempo era tido como meu amigo em um período difícil da minha vida.

O Jacob tem os seus olhos pretos quase perfurando os meus.

Mal posso acreditar que estava vendo ele depois de tanto tempo.

Depois do que a minha mãe me falou não busquei saber mais nada sobre ele. A decepção foi enorme, ele mentiu para mim sobre tudo. Absolutamente tudo.

Quando imagino que tudo não passou de uma mentira, o modo como ele foi o meu amigo e como me ajudo, dói muito.

E agora jacob estava ali, tão diferente do cara que conhecia. O Jacob que conhecia nunca usaria aquelas roupas pesadas e formais, lembrava dele como leve e com sempre um sorriso gentil no rosto.

O Edward segue meu olhar, mas não encontra o que eu estava olhando.

Pisco os olhos lentamente para ver se não era fantasia da minha imaginação, mas não, Jacob vai ficando cada vez mais real a maneira que atravessa a rua e chega mais perto da gente.

— Bella – ele me chama quando dou as costas a ele para olhar para o Edward.

Edward olha por cima do meu ombro com o cenho franzido ainda sem entender.

Antes que eu abrisse a boca para explicar sinto uma mão quente no meu ombro. Meu meu corpo resetar ao sentir o toque.

Olho para Jacob sem ter saída.

Ele me encara como se tivesse analisando que era realmente eu que estava ali na sua frente.

— A gente precisa conversar – ele solta as palavras de forma brusca.

— Não temos nada – digo a primeira reação que vem na minha mente, porque me sento irritada por ele achar que pode chegar perto de mim e querer intimar uma conversa dessa forma tão brusca.

Sinto a mão de Edward apoiar na minha cintura de forma protetora.

— Bella, quem é esse? – o tom na voz do Edward se transforma, não era mais gentil como antes e sim totalmente confuso.

— O homem que a Renée contratou para me seguir enquanto estava longe – jogo as palavras diretamente para jacob e posso dizer que ele sente o peso, porque sua postura muda completamente. Seus ombros caiem e os olhos se desviam dos meus por um momento, podia dizer que envergonhado.

— Espero que você tenha mais educação ao abordar as pessoas na rua – Edward me pega de surpresa ao dizer isso ao Jacob.

O Jacob finalmente parece notar a presença do Edward.

— Só foi uma reação desesperada – ele desvia os olhos do Edward e volta a me fitar – Me desculpe, mas estou esperando conversar com você a muito tempo.

— Você mentiu, Jacob- digo deixando transparecer na voz toda mágoa que senti dele.

— Sinto muito, Bella. Eu juro que não fiz por mal. No começo era apenas trabalho, mas depois... – ele tenta se explicar, mas Edward o interrompe.

— Ela não quer ouvir você, não entendeu?

O Jacob franze o cenho e seu olhar desce para a mão do Edward que ainda estava na minha cintura.

— Vocês estão juntos? – ele pergunta de repente e eu não posso acreditar naquilo.

— Isso não te interessa – Edward resmunga ficando impaciente.

Ao contrario da minha primeira reação a dizer que não queria falar com ele, agora a minha curiosidade me envolve. Quero saber como jacob me achou, como conseguiu manter a farsa que ele construiu por tanto tempo, por quase 4 anos.

Me viro para Edward e toco seu rosto para acalma-lo, seus olhos estavam acessos com os músculos dos ombros e da face totalmente tensos.

— Eu quero conversar com ele – digo com a voz baixa e Edward franze o cenho – Preciso dar um ponto final em tudo, por favor.

Sinto que ele vai retrucar, mas graças a Deus por fim, assente.

— Me liga assim que a conversa acabar? – vejo em seus olhos que ele não queria me deixar aqui com o Jacob, mas passou por cima para respeitar a minha decisão e isso era muito importante para mim, aquilo dizia muito de como seria a nossa relação no futuro.

— Claro – e sem ele espera lhe dou um beijo rápido e me afasto – Obrigada.

Ele assente e antes de sair dar um olhar extremamente frio em direção ao jacob.

— Pode falar – digo assim que o Edward sai em direção ao seu carro.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Sim, gente, a Renée infelizmente morreu, queria deixar registrado que câncer de mama é algo muito serio e não dá para se brincar com isso, sei que as maioria das mulheres daqui são novas, mas nunca cedo demais para ter a consciência dessa doença que mata muita mulheres no mundo todo, e quem já ta no grupo de risco, cuide-se, mamografia uma vez por ano a partir dos 40 anos é primordial para evitar que algo de muito ruim aconteça. Para quem não sabe sou estudante de enfermagem e tenho essa consciência bem clara na minha mente, espero que todas vocês também tenham. Bjos!

E depois de tudo isso, Jacob na parada kkkk

Obs: Gente, essa foi a primeira parte do capitulo, não consegui terminar o resto, queria ter terminado em uma parte muito mais avançada para poder começar capítulo 45 já com a bella trabalhando e com posse de algumas coisinhas que vai vim, mas não deu, então ainda essa semana posto a parte 2. 

Bjos!!!