Entre Perdas e Conquistas escrita por Amanda R


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulooo



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Com o rosto espantado da Mel, eu e o Edward olhamos um para o outro sem saber o que fazer e o que dizer.

— Filha… eu..eu – a intensidade verde nos seus olhos me embaraça e fico completamente perdida no que falar.

Edward vem ao meu socorro.

— A gente vai conversar com você sobre isso quando chegarmos no hotel, pode ser? - ela assente e para o meu total pavor não fala e nem faz uma pergunta se quer.

Encaro Edward novamente e ele me dar um olhar de desculpa. Nego com a cabeça, porque foi eu quem começou, e agora estou apavorada se isso vai confundir toda a cabecinha da Mel. Não era assim que queria lhe contar que Edward e eu estávamos junto. Estava planejando todo um momento, e o principal de tudo, estava vendo se nós iam mesmo dar certo. Já imaginou que começarmos algo, contamos Mel e de repente terminamos.

Apesar de não conseguir imaginar minha vida daqui para frente sem esse homem.

O Edward dar partida no carro e vamos para um restaurante que combinamos quando deixamos a minha mãe em casa.

Passei o caminho todo olhando para a Mel pelo espelho do carro, que dava visão ao o banco de trás, e aposto que o Edward fazia o mesmo, mas a Mel não estava dando a mínima para gente, ela parecia presa nos seus próprios pensamentos.

— Eu amava esse restaurante – comentei relaxando um pouco quando vi a faixada de um dos restaurantes que mais amava quando vinha de férias para Londres. Saímos do carro e o Edward entrega a chave para um homem do restaurante.

— Italiano, eu sei que você gosta – Edward fala me dando um sorriso torto, fazendo com que lembranças boas me envolvam do tempo que namorávamos que ele sempre me levava para restaurante italiano, porque sabia que eu amava, e sem falar que foi em um deles que ele se declarou e me deu um anel de compromisso.

Nos acomodamos e Edward ajudou a Mel a escolher sua comida no cardápio.

— Vinho? - pergunta assim que a Mel aceita que quer macarrão com pedaços de fruto do mar, que ela não estava muito interessada, mas sim na sua escolha de sobremesa, torta de chocolate com morango.

— Sim, por favor – digo um pouco envergonhada, porque abri o cardápio e o preço que estava ali era um absurdo.

— Tinto? - eu apenas assinto.

Comemos e não deixei de aproveitar aquele momento.

A Mel parecia ter esquecido do que viu, então conseguir relaxar totalmente.

Me encosto no Edward quando o elevador sobe para nosso andar, e ele automaticamente envolve minha cintura com um braço.

Não estava preocupada, porque a Mel estava na minha frente com os olhos pesados de sono.

— Amor, você precisa de um banho antes de cair na cama- anuncio para a Mel que foi em direção a cama assim que entrou no quanto.

— Mas estou com sono – ela resmunga fazendo carinha de sofrimento para mim.

— Não, banho – aponto para o banheiro e ela suspira, mas me obedece.

— Quero ser assim um dia – Edward comenta tirando o casaco e vindo ate a mim para ajudar a tirar o meu.

— As vezes é difícil, nem sempre é tranquilo ser um pouco mais dura com ela, tem ate momento que me sinto mal, a Mel é tão tranquila, que as vezes me questiono se ela realmente tem a idade que tem.

— Ela é especial, e muito inteligente. Eu posso ver um gênio crescendo bem diante dos nossos olhos – ele brinca, mas sabia que tinha um fundo de verdade.

Abraço ele sem medo do perigo, pois Mel podia a qualquer momento sair do banheiro.

— Obrigada, por ter ido comigo – digo um a voz mais baixa.

Ele me aperta mais nos seus braços e beija meu pescoço.

— Faço qualquer coisa por você – ele afirma e sinto tanta verdade em sua voz que o meu corpo treme.

Afasto um pouco e envolto minha mão no seu rosto bonito.

— Você está sendo incrível comigo, quero ser a mesma com você, eu vou estar aqui para o que precisar, isso não é uma troca de favores, é amor e eu te amo tanto que consigo enxergar os seus melhores pedaços, por um tempo foi difícil, mas agora consigo enxergar claramente que quero você perto de mim.

— Não pode me dizer isso e esperar que não lhe beije, isso é injusto— ele lamenta como se tivesse sendo torturado. Rindo e olho rapidamente para a porta do banheiro me certificando que a Mel não estava a vista e o puxo para perto da parede, onde não pudéssemos ser visto sem antes ouvir a nossa filha se aproximando.

Ele não espera mais nenhum minuto e me beija do jeito que eu amava e que só ele sabia fazer.

................……………………………………………………..

— Você não acha melhor nos mudar para um flat ? - Edward me pergunta no dia seguinte. Estávamos na varanda tomando café da manhã sozinhos, deixamos a Mel ainda na cama dormindo.

— Tem algum aqui?

Ele assente bebendo um pouco do seu café preto sem açúcar.

— Acho melhor ficarmos lá, vai ser um pouco mais longe da casa da sua mãe, mas pelo menos vamos ter um espaço mais amplo, e mais privacidade – ele diz a ultima parte com um pequeno sorriso.

Não posso evitar em pensar como seria muito bom essa privacidade, mas sei que ela é quase impossível quando se tem uma pequena garota de cinco anos em casa.

— Pode ser.

Ele solta um pigarro antes de continuar.

— Então vou acertar com Tyler para conseguir alguém que limpe o flat, deve estar tudo coberto de poeira.

— Faz tempo que não vai nele?

— Sim, a ultima vez foi no ano retrasado passei quase um mês aqui resolvendo negócios do meu pai, então fui para lá – ele responde bebendo mais do seu café.

— E por falar em negócios, não vão precisar de você na empresa? - é claro que precisava, mas queria ouvir a sua resposta.

— Entreguei a Emmett meu cargo por tempo indeterminado, claro que ele vai me ligar para perguntar algo ou tirar dúvidas, mas é ele que estar a frente, e sem falar que deixei a Jeane para ficar a sua disposição.

Foi involuntário franzir o cenho ao lembrar desse nome e Edward notou.

— Eu não tenho nada com ela, nunca tive – pontuou deixando sua xícara na mesa.

— Não disse nada, mas não posso negar que tenho curiosidade de como conheceu ela – disse e acompanho sua reação para detectar qualquer coisa, mas Edward não moveu um músculo por um tempo ate que respira fundo antes de falar com se tivesse recordando lembranças dolorosas.

— Fui seu monitor na faculdade, monitores fazem bem ao currículo, então foi rolando uma amizade ate que ela se mudou de cidade para se casar e eu nunca mais a vi. A um tempo atrás vi seu currículo, porque estava em busca de uma secretaria e sou eu que escolho essa vaga, então decidir dar uma chance a ela – ele foi simples e prático na explicação, mas não deixou transmitir na voz o que seus olhos diziam - ele passa a mão pelo cabelo - Passei uns bons bocados depois que deixei você ir, a ponto de não deixar ninguém entrar, ela foi uma pequena exceção, mas só por eu saber que ela não queria nada comigo.

Meu peito gela ao ouvir aquilo.

Ele não teve nenhum relacionamento depois de mim? Meu lado egoísta vibra por isso, mas meu lado emocional conclui que ele passou pelo mesmo bloqueio que senti em não deixar ninguém entrar.

— Também aceitei amigos, mas não me permitir nenhum relacionamento – confessei para ser justa com ele. Se Edward estava se abrindo comigo nada era mais junto que eu também fosse.

— Por não conseguir confiar, por medo de se machucar e principalmente não conseguir sentir o mesmo que sentimos quando estávamos juntos – não foi uma pergunta e sim uma afirmação.

Eu apenas assinto, pois ele descreveu exatamente o que sentir.

Observo em silêncio ele se levantar, vir ate a mim e me puxa para um abraço.

Sinto o cheiro confortante de creme pós barba e o leve cheiro de café.

— Vamos virar essa página e focar apenas na gente, certo? - sua voz baixa no meu ouvido me importuna.

— Sim – digo beijando seu pescoço e subindo os beijos para sua mandíbula ate sua boca.

Suas mãos me envolve e ele se entrega ao beijo como se tivesse me entregando sua alma.

— Acho melhor parar, a Mel pode aparecer a qualquer momento – ele se afastar com a respiração entrecortada.

Morto o lábio tentando me recompor, porque não tava fácil, mesmo depois de ontem.

— Vou acorda-lá, já vai dar dez horas, senão ela vai dar trabalho para dormi a noite – entro no quarto sem esperar que ele fale algo, pois precisava me afastar para poder ter o controle do meu corpo e da minha mente, que era quase zero quando o assunto era a mãos de Edward sobre mim.

Assim que entro no quarto procuro a Mel e meu coração quase para quando não vejo de imediato ela entre os lençóes da cama.

Meu olhos percorrem mais a cima e lá estava ela, parecendo estar ajoelhada no chão com os cotovelos apoiados na cama, com as mãos unidas e olhos fechados, ou seja, parecendo orar.

Espero quieta no canto ela terminar. Depois de um tempo ela finalmente abre os olhos e me encara sorrindo parecendo envergonhada.

— Tudo bem? - pergunto me aproximando.

Ela estende os braços para mim e eu a pego. A Mel deita sua cabeça no meu ombro e boceja.

— Será que Deus ficou chateado por eu não ter agradecido ontem? Não conseguir, estava com muito sono – ergo sua cabeça com a mão e vejo que ela parecia realmente chateada.

— Com o que Deus ia ficar chateado?

Ela abaixa os olhos envergonhada.

— Pedi a Deus que você e o papai ficassem juntos assim como os pais dos meus colegas da escola, isso aconteceu ontem, mas eu não agradeci. Será que ele estar chateado, mamãe?

Demoro um pouco para digerir suas palavras, elas me pegaram totalmente desprevenida.

Ontem não conseguir falar nada sobre o beijo com ela, porque a Mel apenas chegou, tomou banho e dormiu.

Me sento na beira da cama ainda com ela no colo.

— Deus não estar chateado com você, meu anjo, você não estava agradecendo agora? - ela assente – Então, esta tudo bem.

Um sorriso começou a surgir na sua boca.

— Vocês estão juntos mesmo? - ela me olha com expectativa.

— Sim – mal acabo de confirmar e ela se joga contra meu corpo e me dar um abraço quase sufocante.

— Eu estou tão feliz – disse ela, mas com a voz rouca.

— Não precisa chorar, eu amor – digo beijando o topo da sua cabeça.

— Mas era meu sonho – ela conta se afastando para poder fitar meu rosto – Todas as noites pedia a Deus e ele me atendeu.

— Ele atende pedidos que são feito com o coração – conclui e não basta mais nada a dizer;

Ela concorda e me dar outro abraço.

Estava tão nervosa para explicar toda situação a Mel, quando a mesma resolveu sozinha.

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Os dias se passaram, nós nos mudamos para o Flat do Edward. Lá era realmente bem maior, tinha dois quartos, uma sala com lareira artificial que ao lado tinha uma mesa de janta, logo a frente haviam escadas que levavam aos quartos e abaixo tinha a entrada da cozinha.

A Mel nos primeiros instantes ficou feliz por ter um quarto só dela, apensar dele notoriamente ser um escritório/quarto por ter uma cama transversal e logo a frente uma bancada de trabalho e cores puxada para o amadeiradp, azul e preto.

A sua empolgação não durou muito e tive que lhe fazer companhia ate ela dormi, sair para o quarto do Edward no meio na noite que esperou acordado, mas antes de amanhecer voltei para Mel.

No dia seguinte, expliquei a ela que ia dormi com Edward, ela me surpreendeu de forma compreensiva. Então eu e Edward a colocamos para dormi e fomos para o outro quarto. Como ansiávamos, ficamos juntos e eu estava amando demais o conforto dos seus braços, mas por precaução, nos arrumamos antes de dormi e como era de se esperar acordamos com a Mel encolhida ao nosso lado. E assim se passou os dias, que viraram semana e agora se tinha passado um mês e meio, que foram cheio de visitas a casa da Renée diariamente.

Para a minha felicidade a Mel fez muito bem a ela, consegui com que Renée saísse um pouco do quarto para pelo menos passear pelo jardim que tinha no fundo da casa. Passava junto com elas a tarde inteira conversando amenidades e era visível o quanto aquilo fazia bem a minha mãe, ate o Charlie parou de implicar com as suas raras saídas a igreja que eu mesma fazia questão de acompanhar.

Ele se mantinha distante quando eu estava presente, só falava o necessário. Eu também fazia o mesmo, e a Mel por algum motivo não fez questão para se aproximar ou puxar conversa com ele, como era de costume com os outros.

Talvez seja a minha forma defensiva que a fazia entender para se afastar, não sei, mas também não dizia nada e nem a Renée. Se ele não fazia questão de se apresentar a Mel, não era a gente que ia fazer isso.

Apesar de toda evolução da saúde da Renée, infelizmente a sua imunidade dava relâmpagos de enfraquecimento, e ontem foi uma dessas recaídas logo após uma quimioterapia que ela estava adiando a exatamente a um mês.

Hoje foi bem tenso, que nem deixei a Mel vim comigo ver como a Renée estava.

— Ela conseguiu comer? – perguntei ao Weber assim que cheguei.

— Só tomou um pouco de suco – ele lamentou.

Subo para o quarto dela, bato na porta antes de entrar.

Não era surpresa de encontrar o Charlie no quarto. Em dias assim ele ficava resguardando ela 24h por dia.

Ele olha para mim e dá um leve comprimento com a cabeça voltando a olhar para Renée que estava na cama dormindo com acesso venoso na sua mão esquerda. Noto que a sua pele estava pálida, assim como seus lábios. Ela parecia tão fraca e frágil, muito mais que já vi algum dia.

— O Weber disse que ela só tomou um suco – medi minha voz para que fosse bem baixa.

— Sim – como sempre ele era curto nas suas respostas.

— Como ela passou a noite? – insistir em saber mais.

— Teve febre alta e tossiu muito, além do cansaço, tentei convencer a levá-la para o hospital, mas insistiu em ficar aqui, então chamei seu médico. Por um momento cheguei a pensar que seria a hora…

Um arrepio sobre pelo meu corpo.

— Não me chamou – minha voz saiu rude e não me importei em parecer dura.

— Só ia ser mais um angustiado – ele deu de ombro.

Respiro fundo tentado não me estressar.

— Não me importo, já avisei

Ele não retruca e muda o assunto.

— O médico vem examiná-la outra vez daqui a pouco, se incomoda de ficar aqui enquanto vou recebê-lo? - nego sem coragem de falar qualquer coisa.

Charlie sai do quarto e eu tomo o seu lugar na beira da cama.

O dia passa lento e devagar, ate que no começo da noite a Renée tem náuseas intensas e logo em seguida ânsia de vômito. Foi horrível ver ela vomitando, mas simplesmente não tinha nada no seu estômago para ela expelir, então apenas saiu suco gástrico. O médico trocou o acesso de soro por outro para continuar a hidratação junto com medicamento para dor, que ela só admitiu que estava sentindo quando o médico chegou.

Não ouve melhora e sem poder mais evitar ela foi encaminhada para o hospital e desmaiou de fraqueza no caminho.

Não suportei aguentar aquilo tudo sozinha e liguei para Edward.

— Edward – murmurei com a voz chorosa.

— Vai ficar tudo bem, Bella- não precisava mais falar nada, ele já sabia – Eu vou deixar a Mel na casa da sua mãe e ela fica lá com o Tyler, logo em seguida vou ate você.

— Obrigada – agradeci sentido as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Ele chegou aqui quase uma hora depois. Ficamos no hospital por toda madrugada a Renée foi para UTI, o diagnostico do médico foi pneumonia grave por causa do sistema imunológico fraco.

Só descansei quando pude visitá-la na UTI, e o tanto de equipamento em sua volta me assustou.

— Vamos para casa, você precisa descansar – Edward diz quando já era oito horas da manhã.

— E se ela se for? - digo com a cabeça encostada no peito do Edward enquanto ele mantinha seu braço em torno de mim.

— Não pense assim, amor. Só quero que você tome um banho quente e coma algo para poder estar aqui inteira para sua mãe – ele diz e beija o topo da minha cabeça.

Me sinto tão acolhida por ele e amada que isso me dar forças.

— Você estar certo – concordo e nos levantamos.

Fomos para o Flat e ele estava vazio. A Mel continuava na casa da minha mãe, não quis ir para lá, porque não queria que ela me visse assim.

Deixo Edward na sala falando com a Mel e vou tomar meu banho.

— Coma isso aqui – Edward coloca um sanduíche e suco de laranja na minha frente enquanto eu sentava na cama.

— Obrigada – agradeci mesmo não tento nenhuma vontade de comer.

Comi tudo só para agradar ao Edward e em seguida um cansaço enorme veio sobre mim.

— Durma um pouco, por favor.

— Mas…

— Juro que te acordo daqui a uma hora – ele promete e eu não consigo resistir e durmo.

Ele me acorda como prometido uma hora depois e voltamos para o Hospital. Chegamos lá e Charlie estava na sala de espera, estranho, porque ele podia, apenas umas pessoa da família, ficar de acompanhante.

—Como ela estar ?- pergunto já pensando o pior.

— Estão fazendo um procedimento e acharam melhor eu sair, mas nada grave.

— Ela ainda não saiu da UTI? - ele nega passando as mãos no rosto visivelmente cansado.

— Pode ir descansar um pouco e comer, vou fica com ela por agora – digo.

Ele concorda sem reclamar, que é uma surpresa.

— Certo. Se ela acordar diga que volto daqui a pouco.

Concordo com a cabeça.

— Eu vou te acompanhar, para pegar a Mel na sua casa – Edward fala com ele.

Mais uma vez Charlie concorda sem dizer mais nada.

— Me liga quando puder – Edward pede a mim. Combinamos de que eu ficaria o dia todo aqui fazendo companhia a minha mãe, e como só uma pessoa pode entrar ele vai ficar com a Mel no Flat. Se tudo der certo, a noite volto para casa e Charlie fica no meu lugar.

E assim os dias se passam.

Charlie e eu ficávamos reversando, mesmo quando a Renée saiu da UTI, e seguiu para o quarto normal, seu médico não deixou voltar para casa pela visível debilitação e alguma suposta recaída da carga viral.

— Hoje vou ter alta- Renée me informa assim que chego de manhã no hospital – Finalmente – ela comemora com a voz ainda um pouco fraca e cansada.

— Que bom, mãe – pega na mão dela que continuava com a pele quase translúcida de tão frágil.

— Não aguento mais esse hospital, tive que prometer ao médico que ia tomar todos cuidados possíveis em casa e ainda levar uma técnica enfermagem comigo, só assim ele me deixou ir.

Sabia que se fosse qualquer outro paciente no estado que ela se encontra jamais aim deixar isso acontecer. O Charlie me contou que está preparando toda uma estrutura no seu quarto para receber a Renée.

— Vai ficar tudo bem, você vai ver- ela assente e suspira.

No final daquele dia o médico deu o aval e finamente Renée pode ir para casa.

— Ela dormiu – disse ao Charlie quando chego na sala da casa deles depois de me certificar que estava tudo bem lá encima.

Ele assente sem me dar muita atenção.

Ignoro isso, porque já estava acostumada.

Saio da casa e o Tyler estava com o carro a minha espera.

— Vamos, Tyler – disse batendo a porta do carro ao me sentar.

Ao decorrer desse mês e esses últimos dias aprendi a não me sentir estranha com a falta de atenção do Charlie e estou bem melhor assim. Por que vou esperar algo de uma pessoa que finge que não existo? Tendo três pessoas que me amam de verdade e que demonstram isso a cada ação, não fazia sentido. Então como o Charlie, falo apenas o essencial, porque ele é a minha fonte de informações quando não estou perto da minha mãe.

Chego em casa e vejo logo Edward na sala sentado no tapete felpudo encostado no sofá de frente a lareira.

— Oi – digo assim que entro e vou ate ele me sentado ao seu lado.

— Oi, Baby. Como você tá?- ele pergunta dando beijos rápidos no meu rosto.

— Estou bem, só um pouco cansada – digo deitando a cabeça no seu ombro e afundando o nariz no seu pescoço para sinto o cheiro que tanto amava – A Mel já dormiu – não foi uma pergunta.

— Assim que comeu jogamos xadrez e a coloquei para dormi – ele falou com total naturalidade.

— Xadrez? - foi quando notei um tabuleiro logo mais a frente no tapete com as peças pretas e brancas empilhadas em cima.

— Sim – ele dá de ombro.

— Edward, ela só tem cinco anos, não sabe jogar xadrez – digo rindo.

— Eu estou ensinando e ela é uma excelente aluna. Tenho certeza que com mais treino a Mel consegue derrotar qualquer coleguinha – gargalho.

— Deus, você não existe – digo ainda sorrindo e dou um beijo na sua boca. Confesso que amava essa segurança que ele tinha. Era um charme seu que me chamou atenção logo quando o conheci.

— Quem não existe é você com essa boca gostosa— ele fala me beijando lento e intenso.

— Preciso de um banho – digo entre o beijo tentando me afastar antes que as coisas esquentassem mais.

— Claro – penso que ele vai se afastar e me deixar ir, mas levanta e me puxa para ele me erguendo em seu colo.

— Edward – grito seu nome assustada pelo movimento brusco.

Rimos por todo caminho tentando não fazer muito barulho por causa da Mel. Seu quarto ficava bem na frente do nosso.

Ele me leva para a suíte e me coloca sentada no balcão de mármore.

— Banheira ou chuveiro? - Edward pergunta ficando entre as minhas pernas puxando minha blusa para cima.

— Banheira – era minha parte preferida do Flat.

Ele me beija mais uma vez infiltrando seus dedos longos entre meus cabelos e prendendo sua mão na minha nuca puxando levemente o cabelo daquela região.

Solto um gemido e ele com a outra mão desprende meu sutiã e puxa para fora.

Logo sua mão estar sobre um deles ao mesmo tempo que me beija mais forte e apaixonante.

Seus dedos beliscam um mamilo, me fazendo espremer mais contra o seu corpo. Envolvo minhas pernas na sua cintura e se possível o trago mais para mim.

Ficamos um tempo assim, ate que ele se afasta.

— Edward – lamento quando ele sai do meu alcance.

Ele olha para os meus seios..

— Linda. Mas eu preciso preparar seu banho, lembra? - seus olhos sobem para os meus com um sorriso no canto dos lábios vermelhos e eu posso notar o verde quente dos seus olhos que estão mais verde do que nunca por causa do desejo.

Assinto mesmo apenas querendo que ele voltasse e terminasse o que começou.

 

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Acordo no dia seguinte com Edward me chamando.

Assim que encaro seus olhos triste como sempre esperei o pior.

— Eu sinto muito, Bella. O Charlie acabou de ligar, a sua mãe voltou para o hospital com os mesmos sintomas de antes, mas dessa vez…. - ele não termina a frase, mas não precisava.

Coloco a mão na boca para abafas o choro agonizante que veio fora do controle.

Quando me vejo já estou coberta pelo seu abraço.

Afundo meu rosto no seu peito e choro como nunca chorei antes.


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Notas finais do capítulo

Tensoo e ai, o que acharam? Me digam por favor.


Obs: Gente, ouve muito poucos comentários no capitulo passado, e mais de 1000 acessos em um dia só, não sei se é porque não gostaram ou pq não querem comentar.
Então se tiver incomodada com algo, falem, estou aberta a ouvir.
Beijos!!!!