And I Love Him escrita por Lomah Uchimura


Capítulo 10
Capítulo 9 – Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Desculpa, desculpa, desculpa T.T
Nunca foi minha intenção ficar tanto tempo sem postar, mas é que ando meio sem tempo então peço, por favor, que tenha paciência comigo *-*
Boa leitura =)



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Konoha teve um pouco de dificuldade de chegar em casa, pois ainda estava tonto e cambaleava. Seu rosto estava inchado pelo soco que Tetsu havia lhe dado. Ele estava frustrado por ter levado aquele soco. Ele não acreditava estar errado, tudo que ele queria era ajudar uma garota. Resolveu ir tomar um banho para aliviar a tensão enquanto a água escorria por todo seu rosto. Após terminar o banho, deitou-se em sua cama, mas não conseguiu dormir pois seus pensamentos estavam na fala de Tetsu: “Não pode fazer uma chorar, imagina duas”. Depois de um longo tempo refletindo, concluiu que o que Tetsu fez fazia sentido, e talvez ele até estivesse certo.

– Porra, velho. Um cara que ta gostando de uma correr atrás da outra não faz sentido! Como eu pude vacilar tanto?! – Konoha falou para ele mesmo em voz alta.

Ele pensou seriamente em ligar para Yume, mas aquela situação não poderia e nem deveria ser resolvida pelo telefone; ele não queria pedir desculpas pelo celular. Duas coisas se passaram em sua mente: uma era que ele poderia ir a casa dela para conversarem pessoalmente e a outra era esperar ela ligar. Porém, mesmo a conhecendo pouco, sabia que ela era orgulhosa e que a primeira opção seria a mais eficiente, e a mais certa também; afinal, ele quem tinha arrumado esse problema então era ele mesmo quem devia correr atrás do conserto. Mas ele ainda estava em dúvida se iria ou se esperaria mais um pouco, para que soubesse quais eram os verdadeiros sentimentos dele em relação a ela. Ele ainda não sabia o que sentia, pois nunca havia amado alguém em toda sua vida. Konoha não sabia qual era a sensação de estar amando.

*

*

*

Yusuke e Yume ainda não haviam chegado a casa dela e agora ele contava sua história de vida.

– Bom, na verdade, a minha família é dona da maior parte dos comércios daqui de Tókio e, por sermos de “classe alta”, o que não faz a menor diferença, eles sempre exigiram mais de mim. Quando eu era pequeno, eles me sobrecarregavam e isso me deixava muito indisposto e triste. Eu não tinha amigos, eu só tinha minha mãe como ponto de conforto. Era ela quem me mantinha firme e foi ela quem me apresentou o maravilhoso mundo da ginástica artística. Mas, infelizmente, ela faleceu quando eu tinha 8 anos. Eu vi meu mundo desabar e ao mesmo tempo uma nova chance de tentar fazer o que eu gostava para que ela se orgulhasse de mim, onde quer que ela estivesse.

– Nossa, Yusuke, que história emocionante. – Surpreendeu-se Yume. – Pena que já chegamos a minha casa, eu estava me divertindo muito conversando com você. Obrigada por me acompanhar.

– Não se preocupe, não foi nada demais. Nós vemos depois. Boa noite, Yume.

– Boa noite, Yusuke.

Ele sorriu e saiu andando, enquanto ela o observou até que sumisse. Após entrar em casa, Yume foi direto para o banho. Logo após, deitou-se em sua cama e pensou no dia. Lembrou-se de tudo que havia acontecido entre ela e Konoha, e depois na conclusão do dia junto com Yusuke. Ele era misterioso, e a intrigava. “Como ele ainda consegue sorrir?” Era tudo o que ela conseguia pensar. Talvez seu jeito de enxergar o mundo houvesse mudado; agora tudo estava diferente e estranho.

Ela se deitou em sua cama e abraçou o ursinho que Konoha havia lhe dado no parque, o que a fez pensar nele. Ela não sabia o que fazer; não queria ligar pra Tetsu e nem mesmo para Fuyu, pois achava que a aflição que atrapalhava seu sono não poderia ser aquietada por ninguém além de quem havia feito aquilo. Somente Konoha poderia mudar aquela situação, mas, ao mesmo tempo em que ele a ajudaria se quisesse, era a pessoa que mais a machucaria se continuasse agindo daquela forma. A única solução era dar tempo ao tempo. A única coisa que Yume fez naquela noite foi chorar, e pedir que seu coração não fosse partido de novo.

*

*

*

Fuyumi ainda estava a procura de Tetsu por causa do incidente ocorrido. Ela queria explicações. Já era 18h50min e ele ainda não havia aparecido. Ela havia procurado em todos os cantos da cidade que ele costumava freqüentar. Seus pais também não tinham notícias sobre o paradeiro do garoto. De repente, tropeçou em alguém e, quando ia cair, foi segurada.

– Me desculpe, foi sem querer. Obrigada, eu...

Ela interrompeu a frase quando olhou para cima e percebeu que achou quem estava procurando. Tetsu sorriu para ela e a cumprimentou.

– Vai a algum lugar, moça? – Disse ele, sorrindo lateralmente.

Fuyu deu-lhe um tapa muito forte no rosto.

– Por que você agiu sem pensar de novo, seu idiota??

– Eu? Eu fiz algo de errado? – Disse ele, se fazendo de desentendido.

– Eu que te pergunto: o que você fez com Konoha?

– Só dei a ele o castigo que ele mereceu. Relaxa, daqui no máximo uma semana o rosto dele vai ta normal de novo.

– O QUÊ??? Eu não acredito. Você bateu nele??? Ele foi embora sem nem mesmo olhar no rosto da Yu e ela ficou muito chateada com isso. Peça desculpas para os dois.

– Nem fudendo.

– Peça desculpas.

– Desculpas pelo quê? Eu não fiz nada de errado. Só fiz o que achei que devia ser feito. Ele foi um grande otário, fez a Yu ficar triste e mereceu tomar um sustinho pra aprender que a vida não é o mundinho da fama dele o tempo todo e pra começar a agir igual gente.

– Você também devia agir igual gente, estúpido. Você só faz merda.

– Prazer, eu sou a merda em pessoa.

– Como você consegue ficar com esse sorriso bobo no rosto e fazer piadinha enquanto conversamos de uma coisa tão séria, seu babaca?!

– Sei lá, depois procuro no Google e te falo.

– Cara, sério, um dia eu te mato.

– Fica tranquila Fuyu, vai dar tudo certo. Se não der, eu me viro e conserto.

– Acho bom mesmo, porque se não der eu mato você.

– Fechado, mas minha morte tem que ser muito dramática e eu quero ver todo mundo chorando pra caralho, inclusive você. Entendeu???

– Não vai ter nem uma lágrima minha.

– Pow, nem uma??? Só uma, pode ser pequenininha.

– Nenhuma, Tetsu.

– Tudo bem, então. Até mais Fuyu.

Os dois se separaram, seguindo cada um pra sua direção. Cada um com um pensamento, todos ligados pelo mesmo motivo.

*

*

*

Yume acordou cansada e com muita dor de cabeça. Ainda era 7h00min, mas ela não queria mais ficar na cama. Trocou-se e resolveu dar uma volta para ver a cidade, as luzes de Natal.

Ela sorria ao perceber pequenos detalhes da rua onde morava, como árvores com pisca-piscas e crianças correndo pela rua. Havia neve e as os galhos das cerejeiras estavam brancos, o que dava um toque um tanto aconchegante àquele lugar. Porém, o que mais a afrontava era o fato do quanto ela mesma havia mudado desde o último natal. Ela, que nunca havia sofrido por amor, agora sentia o peito doer apenas de lembrar o nome dele e ao mesmo tempo sentia que não havia nada mais que pudesse fazer.

Yume começou a se sentir pior. Sua dor de cabeça agora estava mais intensa e um mal-estar tomou conta de seu corpo; sentia que a cabeça rodava e aos poucos começou a ficar inconsciente. Tudo aconteceu muito rápido: ela sabia que estava caindo, mas não conseguia segurar o próprio corpo e, então, desabou; mas, antes que atingisse o chão, sentiu que alguém a segurou e a pegou no colo. Ela abriu os olhos lentamente e com muita dificuldade. A emoção tomou conta do seu ser. Ela não sabia porquê, mas estava chorando. Seus sentimentos foram mais fortes que seu orgulho.

– Ko- Konoha...


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Notas finais do capítulo

Tentei compensar pelo tempo perdido, espero que tenha valido a pena.
Gostou? Comente :3



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