Silent Hill: Sombras do Passado - Convergentes escrita por EddieJJ


Capítulo 1
No Fundo do Poço


Notas iniciais do capítulo

"A morte é apenas um começo."



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A última coisa da qual me lembro é de estar caindo, de estar caindo naquela escuridão sem fim enquanto a imagem dela ficava cada vez mais distante de mim até eu que eu não pudesse ver mais nada... O medo de morrer... o medo do que me aguardava no fundo envolvia meus sentidos, então eu apenas fechei meus olhos e continuei caindo. Embora tenha passado por tudo que passei não me arrependo pelo que estou fazendo por ela, é um propósito nobre então não possuo o menor remorso de ter entregue aquela carta em suas mãos nem de ter a trazido até aqui... Mas tenho receio de que não consigamos sair daqui com vida. Quase morremos quando estamos juntos... o que conseguiremos separados? Eu não sei o que a levou a me soltar aqui... mas eu a ouvi gritar... alguma coisa aconteceu... ela pode estar em perigo... não só ela mas... aquela outra garota, o que há de errado com ela? Sozinhas aqui em Silent Hill... eu preciso dar um jeito de encontrá-las, precisamos sair desse inferno, elas precisam de ajuda, eu preciso de ajuda, nossa jornada aqui ainda não acabou.

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SILENT HILL: SOMBRAS DO PASSADO–CONVERGENTES

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– Arrghh... – Sebastian pôs a mão na cabeça enquanto se levantava vagarosamente do chão e sentiu o sangue escorrer em seu cabelo, seu corpo doía e estava totalmente desorientado por causa da queda que havia sofrido, foram longos instantes caindo depois que Emma o soltara naquele buraco e a última coisa da qual se lembrava era do impacto com o chão e então... nada – Eu... onde... onde estou...? – Sebastian perguntou para si mesmo enquanto recobrava a consciência e olhava confuso com a ajuda da lanterna, ainda com a visão turva e tonta, para o ambiente em sua volta, sem saber quanto tempo passara inconsciente.

Era um lugar estranho... principalmente porque ainda estava mergulhado na realidade macabra e demoníaca pela qual já passara no hospital. Havia alguns centímetros de uma água avermelhada miseravelmente fedorenta correndo pelos seus pés, as paredes eram arredondadas, como túneis, todas feitas de pedras e/ou grades sujas, por onde passavam dezenas de canos enferrujados e em péssimo estado, haviam também vários corpos suspensos por correntes em todo lugar e coisas semelhantes a carne decomposta empilhadas em todos os lugares.

– Mas que diabos? Quanto tempo eu... argh... minha cabeça! – Sebastian olhou para cima e viu o buraco pelo qual caiu – Nem dá para ver o fim. – ele comentou tentando ver até onde a luz da lanterna alcançava.

Sebastian olhou para trás e viu que uma grade imensa bloqueava seu caminho, deixando-lhe a única opção de seguir em frente. O rapaz andou um pouco até o fim do túnel escuro olhando de um lado pro outro, tudo parecia igual para ele.

– Onde eu estou? – ele perguntou novamente, dobrando a direita na bifurcação que encontrara no fim do túnel.

Alguns passos rápidos e firmes puderam ser ouvidos vindos de suas costas no túnel esquerdo, chacoalhando a água, passos tão rápidos que só poderiam ser dados por alguma criatura com mais de duas patas. Sebastian rapidamente virou as costas e pôde ver alguma coisa arrastando-se para dentro de um dos canos da parede.

– Droga... – disse ele apalpando sua cintura - ... a arma... estava com ela!

“ZZzzzzzzzzzzzzzzzzz...”, um zumbido abafado pôde ser ouvido partindo de dentro do cano, ecoando pelas paredes do túnel. Sebastian continuou encarando apreensivo e em questão de segundos uma criatura grotesca semelhante a um inseto do tamanho de um braço saltou de dentro do encanamento e pousou sobre a água em frente ao rapaz, movendo algo semelhante a antenas. Sebastian permaneceu imóvel, na esperança que o inseto fosse embora, este por sua vez e para a sua decepção, bateu as asas e voou, parando no ar a cerca de um metro do seu rosto.

A criatura cerrou mais um pouco as antenas e subitamente emitiu um som alto e estridente, semelhante ao som de uma cigarra ou grilo, porém bem mais intenso e irritante. Sebastian caiu de joelhos com as mãos nos ouvidos e conseguiu ver que o tal som havia atraído bem mais daqueles insetos, que surgiam de todas as parte e encanamentos.

– Oh... merda! – Sebastian levantou-se e correu túnel direito a dentro.

As criaturas bateram as asas e puseram-se atrás do rapaz.

– O que eu vou fazer? O que eu vou fazer?! – ele se perguntava, passando a lanterna em todos os cantos por onde corria procurando uma saída.

Dobrou novamente a esquerda no final do túnel e continuou correndo das criaturas, que estavam aproximando-se, em seu encalço. Desprivilegiado por causa do intenso escuro que envolvia os túneis, Sebastian não percebeu uma pequena grade de metal suspensa um pouco abaixo de seus joelhos, correndo então em alta velocidade ele tropeçou na mesma e foi jogado contra o chão, escorregando na água vermelha. As criaturas diminuíram um pouco a velocidade e aproximaram-se dele lentamente, como se preparassem para dar o bote.

– Droga... – disse ele arrastando-se rapidamente de costas na água vermelha, ainda tonto pela queda, apontando a lanterna fixamente para o enxame.

Neste momento um grande estrondo pôde ser ouvido e sentido onde ele estava, os túneis tremeram e sua estrutura foi desestabilizada, poeira foi derramada do teto e grandes blocos das pedras que formavam a estrutura do local caíram entre Sebastian e os insetos, separando-os, até então provisoriamente.

– Ufs... – Sebastian levantou-se ofegante do chão, passando a lanterna nos escombros que salvaram sua vida, a fim de garantir que não haviam brechas pelas quais os insetos pudessem passar – O que será que foi isso? – disse ele passando a lanterna no teto – Tomara que Emma esteja bem! – ele continuou correndo túnel adentro – Preciso encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

Sebastian acorda em um lugar estranho e percebe que está desarmado. Logo ele é atacado por um enxame de insetos gigantes mas é salvo quando um estrondo derruba blocos entre ele os insetos. Logo ele se vê livre novamente para cumprir seu principal objetivo: achar Emma.



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