P.o.v Ally

Dia 8 de março

Acordei de manhã e levantei rápido.

Olhei para o diário em cima da minha escrivania,e o peguei.

Abri em uma página aleatória.

"Querido diário,hoje meu irmão Dan,brigou outra vez com os meus pais.

Eles sempre fazem isso,chega a ser desgastante.

Ele sumiu depois disso,ninguém o encontra,eu estou começando a ficar preocupada..."

Fechei rapidamente antes que eu começasse a chorar.

–Eu prometi a ele que sempre iria sorrir. -Falei baixo.

Fui descendo as escadas,e meus pais comentavam algo e pararam quando cheguei.

–Ally... -Minha mãe falou enquanto eu sentei na mesa. -Esse seu amigo Austin...Ele tem uma boa condição?! Eu não quero que você seja vista andando com um trombadinha por aí. As pessoas podem falar. -Ela falou e eu não conseguia falar absolutamente nada.

Eu respirei fundo e a encarei.

–Como você pode ser uma médica,e o papai um advogado mas acreditar que a diferença social tem que existir? -Mordi o pão e eles estavam boquiabertos.

–Não fale assim com sua mãe. Ela só não quer que você se perca. Você por acaso já pensou em que faculdade quer ir?! -Ele falou,mas nem mesmo me deixou falar. -Não me diga ainda está com aquela ideia absurda de fazer música em Nova York.

–Era exatamente isso que vocês faziam com a Dan não é mesmo?! -Eu falei subindo as escadas e eles se calaram.

–Eu não vou estragar meu dia por isso. -Falei me olhando no espelho.

P.o.v Austin

–Comida favorita? -A Ally questionou,enquanto estávamos na saída da escola.

Já que Trish havia viajado,temos passado o término das aulas juntos.

–Panquecas. -Falei provavelmente com a maior cara de imbecil.

Ela gargalhou e e eu ri junto,mas o meu sorriso logo desapareceu.

Eu vi alguns garotos da turma do Dallas,levando o Dez pra fora da escola.

–Oque você tá olhando?! -Ela disse sem entender,e logo olhou pra trás.

Saí correndo e ela provavelmente não entendia o porque,mas foi me seguindo.

–Fica aqui,por favor. -Implorei olhando pra Ally,sabendo que ela não concordaria.

–Eu vou com você. -Ela disse com firmeza.

–Você não vai ficar de jeito nenhum não é? -Revirei os olhos e ela afirmou.

O seguimos e fomos parar perto de um beco,e Ally segurava minha mão.

Eu ouvia várias risadas,e fiquei atrás olhando oque acontecia.

–Dez,seria uma pena se a vagabunda da sua mãe se fodesse. -Um dos amigos do Dallas falava enquanto eles o arrodeavam.

–Eu não fiz nada...Me deixa em paz por favor... -Ele gaguejava.

–Beleza...Com uma condição. -O Dallas falou rindo,enquanto transpirava de tanto fumar o cigarro em sua mão.

Eu conseguia lembrar daquele cheiro de longe.

–Fuma Dezmond. -Ele disse enquanto tentava colocar o cigarro na boca dele.

Olhei pra a Ally e ela parecia horrorizada com tudo.

Aquilo veio em minha cabeça como uma lembrança.

–Infelizmente naquela época,eu não tinha um amigo pra me salvar,merda. -Falei em voz alta e a Ally me olhou.

Eles logo viraram e o Dallas arregalou os olhos.

–Ally... -Ele falou paralisado em quanto segurava uma garrafa de uísque. -E...Austin. -Ele completou tomando mais um gole,quando percebeu que a Ally segurava minha mão.

–É melhor vocês saírem daqui. –Ele falou e eu olhei para a Ally,e meus olhos diziam exatamente. "Mas oque diabos você viu nesse garoto?!”

Olhei para o garoto ao lado dele e sorri.

–Ele sabe quem eu sou. Então é melhor você deixar meu amigo em paz. –O olhei e o tal garoto falou algo a ele.

Eles soltaram o Dez.

A Ally abraçou o Dez,que tinha o rosto machucado.

–Mas que merda você fez com sua vida Moon? Essa aí... –O Dallas falou olhando a Ally.

–Não a chame de “Essa aí” Por não querer você que não presta,e não vale porra nenhuma. –Falei com raiva por ele a ter ofendido.

Fomos saindo e o Dez se apoiava na Ally.

–E você presta Moon?! –O Dallas falou e eu olhei o seu sorriso cínico a distância.

A Ally e o Dez já estavam bem a frente,e eu respirei fundo.

–Nem eu mesmo sei. –Falei pra mim mesmo e fui andando atrás da Ally e do Dez.