Sweet Girl escrita por Tha Reis


Capítulo 8
Lembranças do passado -Part lI


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bem,eu recebi apenas quatro comentários :c Gente,se vocês não gostaram de muito ação,era só ter dito.
Mas bem,eu recebi mais um favorito.
ENJOY!



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P.o.v Ally

Dia 9 de Março

Eram exatamente meia noite.

Eu e o Austin tínhamos saído da escola a uma sete horas,já que a maioria estava fazendo algum tipo de trabalho,ou atividades extras.

Assim que...Bem,tudo aquilo acabou,resolvemos que o melhor era levar o Dez para o Hospital.

Eu havia dito que ia dormir na casa da Trish para o meu pai,porque sei que se eu falasse

“Ah pai,meu amigo tá no hospital todo machucado por causa de uma briga!”

Ele provavelmente me arrastaria até em casa e diria para eu não andar com esse “Tipo” de gente.

O Dez não estava em péssimas condições,mas haviam batido a cabeça dele na parede,e fez um corte na nuca.

Já havíamos ligado para os pais deles,que chegaram desesperados.

–Oque aconteceu?! –O pai do Dez perguntou olhando para o Austin.

Ele simplesmente paralisou.

–Senhor Fisher?! Acho melhor o próprio Dez o explicar. Mas provavelmente não agora,o melhor a se fazer é ir atrás de sua esposa,pois ela já está no quarto em que ele está. –Falei com calma e ele afirmou indo em direção ao elevador.

–Merda,eu devo ser muito idiota. –O Austin Murmurou e eu o olhei com um semblante confuso.

Ele arregalou os olhos ao ver que eu o olhava e arqueou as sobrancelhas.

Ele foi saindo e eu fui atrás dele.

Saindo da recepção,havia uma área sem ser coberta,com apenas um banco.

Ele não falou absolutamente nada,mas parecia bastante irritado.

–Tá tudo bem? –Perguntei sentando ao seu lado.

–Tudo ótimo. –Ele falou dando de ombros.

Ficamos alguns minutos em silencio.

–Não,não tá tudo ótimo. –Ele levantou do banco como eu previ.

–E você poderia me contar o motivo?! –Falei me acomodando mais ao banco.

–O Dallas. –Ele murmurou.

–O Dallas é um imbecil,hoje em dia,eu sinto nojo dele. –Falei levantando e ficando de frente a ele. –Mas se você provavelmente sente o mesmo,porque não o entregou?!

Ele ficou paralisado.

Ele respirou fundo e se enterrou no banco.

–Porque eu também já fui um imbecil Ally. –Ele me olhou.

–Você tá defendendo o Dallas? -Questionei furiosa.

–Não Ally! Mas eu também já fiz merda! –Ele gritou.

–Eu também tenho problemas. –Eu falei no mesmo tom de voz.

–Problemas Ally? –Ele me olhou admirado. –Você vive em uma casa de luxo. Todo mundo te idolatra. Você tem pai,mãe,família.

–E você não tem?! Você tem a sua mãe e vive reclamando por aí!Você que não tem problemas. –Falei com raiva por ele ter insinuado como se vida fosse futilidade.

–Eu não tenho problema?! A única pessoa que eu tenho na minha vida é a minha mãe. Sabe essa maldita marca na minha testa?! Foi o meu pai bêbado quando eu tinha dez anos.Eu cresci vendo meu pai batendo na minha mãe! E eu nunca pude fazer nada...e hospitais me dão pânico! –Ele falou tudo de uma vez só e várias lágrimas desciam do seu rosto.

Eu não conseguia falar,além da culpa que eu sentia por ter falado aquilo.

Eu sabia que ele tinha problemas,aquilo foi de boca pra fora.

–Meu pai tá na cadeia,eu não o vejo a sete anos. –Ele falou tentando enxugar as lágrimas com o seu casaco,mas eu diria que seria uma ação inútil,já que ainda chorava.

Você já sentiu necessidade de ajudar um amigo,mas não sabe como?

Aquela pessoa está a sua frente,com lágrimas que não param de descer,e você não consegue achar uma palavra que se encaixe naquele momento.

Então,eu apenas o abracei.

–Austin? –Falei enquanto ainda nos abraçávamos. –Obrigado por ter se abrido para mim.

–Ally? –Ele falou. –Eu não posso ter entregado o Dallas,mas eu não quero que você fique perto dele,tá?

Naquela hora eu soube que ele não tinha defendido o Dallas,ele era apenas um garoto que tinha pânico de hospital e não queria que aquela confusão chegasse a mim.

Pois seria obvio que como eu sou amiga da família do Dallas,e eu sou... “Testemunha.”

–Prometido. –Falei e ficamos um bom tempo assim.

Eu o soltei.

–Vamos ver o Dez? –Questionei.

–Claro. –Ele sorriu limpando as lágrimas. -Só espera uma coisa.

Ele sorriu e eu não entendi.

Ele passou a sua mão por minha cintura,e a outra pelo o meu pescoço.

Eu pude sentir sua respiração e seus lábios a milímetros dos meus.

Aquela distância era irritante,e eu a quebrei.

Pude sentir sua lingua,sem pedir permissão adentrar em minha boca e minhas mãos bagunçavam seu cabelo.

O beijo foi terminado por vários selinhos,e eu suspirei inevitavelmente ao sentir como os nossos corpos estavam colados.

–Porque não fez isso hoje cedo? -Foi a primeira coisa que veio a minha mente.

–Sempre quis beijar alguém a luz das estrelas. -Ele deu de ombros.

Eu estava sem nenhuma reação.

Ele estendeu sua mão para mim.

–Não vamos entrar? -Apenas peguei sua mão e entramos.

E ele sorria de lado.

E eu só pensava uma coisa: Como explicar o inexplicável?


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Notas finais do capítulo

Primeiro beijo EEEEE! :v
Por favor,comentem! c: