Enfrentando o Desconhecido escrita por Suzumushi-kun


Capítulo 9
9º - Verdades do Passado.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/55619/chapter/9

- Estamos quase chegando ao departamento de pesquisa, não a soltem por motivo algum, homens! – Ordenava Soi Fong, que acompanhava os homens do Onmitsu Kidou na escolta da invasora.
- Hai! – Respondiam todos.

Foram cerca de 10 minutos de caminhada cautelosa, do 1º ao departamento de pesquisa shinigami, até que chegam.

- O que desejam? – Perguntava Kurotsuchi Nemu, fria e calma como sempre.
- Ordens do comandante. Está mulher é a única invasora viva, a não ser Tatsuo, e temos ordens para entregá-la ao Kurotsuchi-Taitchou.
- Hai, acompanhem-me.

Cerca de cinco homens não entram, ficam fora esperando que os outros voltem, entram a capitã Soi Fong, acompanhada de Nemu, e Kimure, que está algemada nos pés e nas mãos, com cerca de 10 homens a segurando, e outro mantendo um kidou de imobilização na mesma. Eles vão entrando no departamento, até que chegam onde está o Capitão Kurotsuchi, que parecia já ter se recuperado. Ele estava sentado, analisando alguns materiais, bem concentrado. Não era possível ver seus olhos piscando, ou ver sinal algum de respiração.

- Kurotsuchi-Taitchou, chegaram visitas. – Dizia Nemu.

Então Kurotsuchi amontoa seus materiais em uma parte da mesa, se levanta e se dirige até eles.

- Soi Fong-Taitchou, o que quer no meu departamento?

- O comandante me deu ordens de trazer a invasora capturada até você. Faça o que quiser com ela.

No momento que Mayuri ouve o que Soi Fong diz, ele abre um sorriso fora do normal. Ele se aproxima de Kimure, e acaricia seu rosto.

- É perfeita... Tenho algo especial para ela. Soi Fong, creio que você não pode deixar que ela fuja então me ajude a colocar ela nas instalações do departamento. Vocês de preto, estão vendo aquela mesa ali? Venham comigo até ela.

Os homens e Soi Fong acompanham Mayuri, e colocam Kimure em uma mesa, nessa mesa ela ficava totalmente acorrentada, e uma espécie de ‘capacete’ era colocado nela.

- Podem sair, a partir daqui eu cuido de tudo. Nemu; os acompanhe.
- Não será preciso.

Todos vão embora, e ficam apenas Mayuri e Nemu na sala.

- Nemu, me traga o soro.

Nemu entrega nas mãos de seu capitão uma seringa com um liquido de cor cinza, como água suja. Mayuri injeta no pescoço de Kimure. O corpo da invasora amolece completamente, e não é possível sentir mais os batimentos da mesma.

- Ligue o dispositivo do condutor.

Nemu se dirige ao computador da sala, e digita algo, que faz com que o ‘capacete’ que Kimure está usando comece a fazer algo na mente da garota.

- Pronto. As memórias vão começar a ser registradas. Me de licença Nemu.
- Hai, Mayuri-sama.

Nemu sai da sala, deixando seu capitão sozinho. Mayuri se senta ao lado do corpo de Kimure, e fica olhando para a tela do computador, esperando que nasça alguma imagem do mesmo. O corpo de Kimure volta a ter batimentos, e nasce uma imagem na tela.



Flashback Mode: [ on ]


Era meu novo capitão. Meu, e de Tatsuo, Ito e Kobayashi. É alto, e parecia bem jovem, eu esperava que o capitão do 7º esquadrão pelo menos parecesse que fosse bem velho. Não sei quanto aos três, mas eu estava nervosa; Os olhos castanhos escuros do homem que talvez fosse o meu futuro capitão olhavam para todos nós, pensativo, sem demonstrar nenhuma emoção. Parece que ele estava pensando em algo importante, deve ter se esquecido que estávamos aqui para entrar para o esquadrão.

- Qual é seu nome? – Finalmente ele se levantou e disse algo. Com a pergunta dele, prontamente me levantei e respondi.
- Kimure Yume, Taitchou!

Ao ouvir meu nome ele abriu um sorriso simpático, e olhou com seus olhos castanhos na minha direção e disse.

- Sejam bem vindos todos vocês, ao 7º esquadrão!

Meu coração deu um pulo. Finalmente eu era uma shinigami. Imediatamente ele pediu que todos nós o acompanhássemos até o onde estavam os outros Shinigamis.
Chegamos á uma sala, com muitos shinigamis, e quando adentramos ela, um em especial se levantou, um que tinha um emblema no braço, simbolizando que era o tenente.

- Ohayo, Arisu-san. Esses são os novos membros do esquadrão.
- Ohayo Taitchou. Sejam Bem vindos! – Dizia o tenente Arisu, com um sorriso hospitaleiro e olhos azuis bem vivos.
- Arigatou, Arisu-chan. – Agradeci imediatamente o comprimento do meu novo tenente. Parecia que Tatsuo e os outros estavam bem estranhos. Até agora não disseram nada.

- Bom, infelizmente só temos um quarto para vocês quatro lá em cima, mas lá tem dois beliches, e ficarão bem à vontade lá.
- Arigatou, Arisu-chan. Nós vamos subir então.

Subi as escadas, e os outros me seguiram. Após cerca de quatro lances de escada, chegamos á porta de nosso quarto. Abri a porta. Era um quarto pequeno, mas aconchegante. Com dois beliches, e um banheiro, além de um sofá vermelho muito bonito. Todos entraram no quarto, e então fechei a porta.

- O que deu em vocês lá embaixo?! – Perguntei rapidamente.
- Como assim, o que deu na gente? Ta doida Kimure? – Tatsuo rebateu minha pergunta com outra, com aquele seu sorriso sarcástico que eu tanto odiava.
- Vocês ficaram feito idiotas lá embaixo, nem se quer deram oi para o capitão ou pro tenente.

Ito e Kobayashi ainda estavam longe, eles se jogaram um em cada cama e ficaram olhando para o nada feito retardados. Bastou eu terminar a frase que Tatsuo calou minha boca com um beijo, e claro eu o empurrei na hora.

- Aff Tatsuo... Já deu cara... Se vocês todos querem dar uma idiotas, problema é de vocês...
Não suportava essa atitude deles. E pra piorar, quando Tatsuo vê que está sem saída tenta me beijar, e acha que me faz esquecer com isso.
Eu saí do quarto e desci para me reunir com meu novo esquadrão, os deixei sozinhos.

- Oe, gostou do quarto, Kimure-chan?
- Gostei sim, Arisu-san. – Respondi a pergunta dele com um sorriso e me sentei próximo ao meu capitão, onde todos estavam conversando.
- Kimure-san, agora que vocês entraram para o esquadrão, tenho uma tarefa pra vocês.

Meu coração quase pulou pela boca. Uma primeira missão no meu novo esquadrão seria perfeita, assim quem sabe eu conseguiria uma posição no clã, quem sabe pelo 7º em comando.

- Que tarefa?
- No rukongai, há pouco tempo teve indícios de uma reiatsu hollow poderosa, e três mortes, de pessoas da mesma família. Você e os três podem ir lá investigar?
- Claro, vou lá falar com eles, mas iremos quando?
- Hm... Amanhã?
- Hai!

Subi correndo, minha animação era tanta que me esqueci da raiva que os meninos me fizeram passar. Subi os quatro lances de escada tão rápidos que pareciam não ser sequer um. Pulei na direção da porta e coloquei a mão na maçaneta abrindo-a. Ao abrir, me lembrei que não deveria ficar animada com uma missão com Tatsuo e os outros. Lá estavam eles, deitados no mesmo beliche, babando um no outro.

- Oee!! – Gritei bem alto para que eles acordassem.
- Que foi... Kimure..? – Tatsuo parecia até estar de ressaca. Ele treinou muito para estar ali em um esquadrão do gotei 13, e agora que conseguiu, vai ficar dormindo.
- Temos uma missão. Amanhã iremos investigar três mortes e uma reiatsu hollow no rukongai, então cada um vá para uma cama para acordarmos dispostos.

Todos se levantaram, e caíram um em cada cama. Eu fiquei com o beliche da esquerda, na parte de cima, que era próxima da janela. Já era cerca de 20h, não estava com sono, mas queria dormir, e fazer um bom trabalho para impressionar meu capitão. E então, ao som dos roncos dos meus companheiros e da conversa dos shinigamis do meu novo esquadrão, adormeci.


Eram 5h da manhã, acordei com o nascer do sol, e logo acordei Tatsuo, Kobayashi e Ito. Apesar do sono, hoje eles pareciam estar menos ‘grogues’. Com nossas zanpakutou preparadas, saímos do sereite e fomos em direção ao rukongai. Eu imaginava que seria vista por todos do rukongai, afinal, eu era uma shinigami no meio da ‘favela’. Mas era muito cedo, todos dormiam. Meu capitão disse que devíamos investigar a parte sul, era onde estava à casa das três pessoas que morreram. Ao chegar na casa que nos foi dita, víamos uma casa que parecia ser menor que o nosso quarto no 7º esquadrão. Todos entraram nela, menos Kobayashi, que preferiu ficar do lado de fora. Nela, o cheiro de sangue e tristeza invadia á todos nós.

- Conseguem sentir alguma coisa? – Perguntei
- Ainda há vestígios de reiatsu hollow por aqui, mas é mínima. – Disse Ito
- Será que podemos dar a causa da morte dos três como ataques hollow? – Perguntou Tatsuo.
- Acho que não. Não pelo menos até a hora em que virmos e destruirmos esse hollow.

Todos nos sentamos em volta de mesa no centro da casa. Apesar de abaixo dela, o chão estar escuro por sangue, era o único lugar para descansarmos e esperar por um hollow.

- Oe, Tatsuo.
- Que foi Kimure? – Já se passaram mais de 1h que estávamos lá esperando por alguma coisa
- Kobayashi está lá fora fazendo o que?
- Vou lá fazer companhia pra ele.

Tatsuo foi saindo pela porta, e meu olhar ia o acompanhando. Apesar de ainda gostar dele, não posso demonstrar isso, não agora que consegui entrar para um esquadrão.
Uma reiatsu hollow aparece. Não é a mesma que sentimos ao entrar na casa, mas com certeza era de um hollow. Eu e Ito saímos correndo ao encontro de Tatsuo e Kobayashi, e ao chegarmos lá, quase desmaiei.

- Que merda é essa Kimure?! - Tatsuo brandia a lâmina dele com a de Kobayashi, e Kobayashi cuspia um liquido branco, e em seu rosto tinha uma estranha máscara.
- M-meu deus... Eu nunca vi algo assim. Ele ainda está com seu kimono e sua zanpakutou de shinigami, mas sua reiatsu agora tem traços hollow, além de ter uma máscara. – Disso Ito
- Não sei o que é isso, mas pelo tamanho da reiatsu dele, ele pode nos matar sem se esforçar, vamos quebrar a máscara.
- Quebrar a mascara?! Ta louca Kimure?! Não sabemos o que é isso, pode matar ele!
- Não temos opção Ito. Tatsuo o segure, eu vou quebrar a máscara. Ito fiquei preparado.

Tatsuo o pressionou contra a parede da casa com sua espada, e então eu fui à direção dele. Eu estava quase chegando até ele, mas surge outra reiatsu. Era Ito. Recebi um soco que me jogou mais de cinco metros adiante. Tatsuo largou Kobayashi e foi até mim. E com um guardando as costas do outro, procuramos uma solução.

- Tatsuo... Vamos morrer.
- Não. Precisamos fugir e comunicar o Taitchou.

Não pude ouvir o que Tatsuo disse. Comecei a me sentir muito quente, algo estranho passava por dentro de mim, e logo ao tentar jogar isso pra fora, meu rosto começou a formar algo estranho. Senti meu braço direito puxando a zanpakutou e tentando atacar Tatsuo. Ele lutava para sobreviver aos seus melhores amigos. Aquela coisa em meu rosto começou a me tomar por completo. Não senti mais meu corpo. Não senti mais nada. Só algo manipulando meu corpo e meu poder.


Acordei. Parecia que tinha dormido por semanas e semanas. Comecei a tentar me lembrar do que aconteceu depois, mas logo senti alguém me chamando.

- Kimure, erga sua cabeça, eles querem falar conosco.

Ergui minha cabeça e estava em uma espécie de tribunal. Tudo estava muito escuro e não via rosto algum, varias ‘placas’ brancas tampavam os rostos. Logo uma voz se pronunciou.

- Kimure Yume, Yoshida Tatsuo, Ito Kentaro, Kobayashi Hideki, esse é um interrogatório, vocês tem de responder todas as perguntas aqui feitas, certo?

- Hai. – Todos nós respondemos ao mesmo tempo. Queria fugir, sair logo dali. Estava suando e estava com medo, mas algo prendia meus pulsos e meus tornozelos, me impedindo de me mover.

- Todos vocês foram encontrados no rukongai, usando mascarás hollow, e com reiatsu hollow. E todos menos Tatsuo atacaram os guardas lá enviados, então temos como mandante Yoshida Tatsuo. Yoshida Tatsuo, você confirma que fez experiências com seus companheiros de esquadrão, na primeira missão que foram ao entrarem para o 7º esquadrão?

Eu não estava agüentando mais. Estavam tratando todos nós como meros meliantes, e a culpa ainda caiu mais sobre o Tatsuo.

- Não. – Tatsuo respondeu na hora.

- Então como vocês ganharam essas mascarás e tiveram suas reiatsu alteradas? E por que todos que colocaram a máscara perderam o controle, menos você?

- Não sei. De um momento pro outro, apareceu a máscara no Kobayashi, depois em Ito, e depois em Kimure. Quando a máscara começou a se formar em mim, senti algo estranho passando pelas minhas entranhas, e algo se formar em meu rosto, mas isso não afetou o controle sobre meu corpo e mente.

- É MENTIRA!

- CONDENEOS Á MORTE!

Várias pessoas gritaram coisas deste tipo. Eu não conseguia me controlar, queria fugir com os três, mas pelo que eu vi, todos estavam presos como eu. Eu não conseguia quebrar aquilo apenas com a minha reiatsu. Mas parece que alguém tentava isso. A máscara de Tatsuo foi se formando, e facilmente ele quebrou o que nos prendia. Parecia que ele já tinha pleno controle de sua máscara, e de seu poder. Em poucos segundos todos estávamos de pé, e por estar tudo escuro, ninguém nos impediu.
Uma reiatsu na cor vermelha, imensa se formou na palma da mão, e Tatsuo quebrou a parede e todos nós fugimos.

Logo chegamos á um dos portões... –

Flashback mode [off ]



Mayuri está impressionado. Seus olhos chegavam a brilhar. Ele retirou o capacete de Kimure, injetou mais uma dose na veia dela, e desligou o monitor.

- Nemu!

Ele chamou pela sua tenente, e esta entrou na sala na hora.

- Hai, Mayuri-sama.
- Nemu, mande alguém ir falar com o comandante, e diga que já sei os motivo de Tatsuo. Peça que seja convocada uma reunião o quanto antes possível.

- Hai.



Tatsuo:

Tatsuo passava pelos esgotos e saia na parte sul do sereite. E de lá iria rumo a sua próxima vitima. O cheiro de bebida era quase parte total no ar, e de 3º em comando até capitão haviam lá.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ta ae 9º capitulo, meio atrasado esclarecendo algumas coisas sobre a fic
Espero que gostem, mandem review ae gente =]
Abraços!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Enfrentando o Desconhecido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.