Hope: O Retorno de Urano - INTERATIVA escrita por Lu Vasquez


Capítulo 32
Capítulo 31 – ... grandes problemas!


Notas iniciais do capítulo

Hey!!
Com o prometi, mais um capítulo!!



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P.O.V. Nicholas Alexander Ellionder

Saí daquela cela com uma raiva incomum. Tudo era por causa de uma profecia? E eles nem ao menos se dignaram a contar a mim ou a Derick! E se Derick também sabe, e não me falou? Argh! Odeio que escondam as coisas de mim. Por que toda vez eles fazem isso? Em certo ponto Angelline está certa; os deuses apenas pensam neles mesmos.

Vou direto para meu quarto. Quero bater em algo. Quero jogar alguma coisa. Apenas paro dentro do banheiro e aperto com força a beirada da pia de porcelana. Respiro fundo para me acalmar, e até que dá certo. A raiva e frustação se esvai de mim como uma dormência temporária. Estou pensando com clareza. O que aconteceu? Fui para lá afim de esclarecer alguma coisa, e só voltei com raiva e dúvidas!

O jeito como Angelline falou as coisas... apenas de me lembrar a raiva volta. Os deuses tem uma profecia. Eles estão com medo e por isso fizeram toda essa Seleção. Por que não nos contaram?

Batidas urgentes me tiram da reflexão. Eu bufo frustrado e abro a porta bruscamente, para me deparar com um Henry com cara de poucos amigos. Ah, e ele ainda se acha no direito de ficar com raiva?

– Não dê mais as costas para mim. – é a primeira coisa que ele fala.

– Peço perdão se isso feri seus sentimentos, ou simplesmente seu ego autoritário. – zombo.

– Ah Nicholas... – ele suspira e por um momento parece sair da sua armadura de inalcançável. – Você não entende. Sei que está chateado por não termos contando...

– Chateado não. Estou furioso. Por que faz questão de me esconder isso? Por que não pode contar? Seria muito melhor.

– Você não entende! Nem mesmo nós sabemos qual é a profecia. Eles nem quiseram contar. Eles só disseram que precisavam de uma garantia de paz entre nossas nações. Ah, não escondemos nada de importante de vocês.

– Nada de importante? – eu falo indignado.

– Sim, Nicholas, nada de importante. Você precisa parar com essa birra de querer saber tudo. Precisa crescer e aceitar que ás vezes a ignorância é melhor.

– Foi o que ele disse. – sussurro.

– Ele quem? – Henry fica intrigado.

– Netuno. – vocifero.

– Nicholas... – ele respira fundo. – Desculpe-me.

– Não. Você não se importa, neh? Ficou com minha mãe por pena? – estouro. Não pensei direito no que estava dizendo. Aquela raiva corria por mim novamente. Apenas por me lembrar das palavras de Angelline: Eles não se importam com ninguém além deles mesmos. E pelo visto, seu “padrasto” está do mesmo jeito.

– O que?! – Henry agora está visivelmente irritado. – Eu não fiquei com sua mãe por pena Nicholas. Eu fiquei porque a amo. Eu fiquei com ódio do que aconteceu com ela, admito. Mas em nenhum momento senti pena. Nenhum momento pensei em ficar com ela por outro sentimento que não fosse amor. Você acha mesmo que seria capaz de enfrentar tudo o que enfrentamos, se não fosse por realmente sentir algo forte e verdadeiro por ela?

– Não sei. Mas você com toda certeza iria achar melhor se eu não existisse né? – falo, novamente, sem pensar.

– Pare de falar bobagens! – ele grita. Será que todo mundo podia ouvir nossa discussão? – Quando aceitei sua mãe, aceitei você. Quando amei sua mãe Nicholas... – ele suspira e olha profundamente nos meus olhos. Os castanhos que sempre foram tão diferentes dos meus azuis. – Amei você.

Ele estava lá sem qualquer pose autoritária. Estava sendo ele mesmo. Isso me pegou de surpresa. Não sei me dar com emoções, nunca precisei demonstrar isso. E agora Henry realmente dizia que me amava.

Quando eu era pequeno, e ele me repreendia, eu sempre achava que ele me odiava. Cresci com essa ideia. Eu era filho de outro, por que ele sentiria algo por mim? Eu tentava manter qualquer distancia emocional dele. O tratava por Henry, o rei de Roma e marido da minha mãe. Não pensava nele nem como padrasto, muito menos como um pai. Era isso, eu nunca pensei em um pai. O único ser que existia era minha mãe. Eu tentava a todo custo me convencer que não tinha pai e muito menos precisava de um; não sentia falta de um. Agora eu realmente pude perceber que eu nunca senti falta de uma figura paterna porque eu já a tinha. Henry era meu pai, eu só nunca me atentei a perceber e me importar.

– Me desculpa. – sussurro. Ele suspira e me olha com olhos fraternos cheio de amor.

– Eu sempre lhe perdoei Nicholas.


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Notas finais do capítulo

Gente, acho que esse capítulo foi o mais sentimental que escrevi. Estou definitivamente chorando. Foi tão... *-*
O que acharam? Nicholas chateado/arrependido. Ele não é um fofo?
Ah, essa Angelline... já viram do que ela é capaz com esses poderes.
Ah, e pra quem quer conhecer a história do Henry e da Meli, aqui está o link:

http://fanfiction.com.br/historia/579995/Um_Conto_de_Hope_Imprevisoes/

Estou trabalhando a todo vapor nos capítulos. Hope está na reta final, e eu estou com muitas ideias indo e vindo. Estou tão ansiosa pra passar tudo pro computador e ao mesmo tempo não quero terminar. Mas antes que fiquem triste, quando falo reta final, não quer dizer que falta uns cinco ou seis capítulos. Eu divido minhas histórias do mesmo jeito que faço dissertações ou redações. Introdução, desenvolvimento e conclusão – ou aqui simplesmente começo, meio e fim. Então estou iniciando o fim, o que quer dizer que ainda tem uns dez ou quinze capítulos (talvez até vinte, dependendo do tamanho dos capítulos). Por isso ainda vamos ter um bocado de Hope para ler e muito mistério a ser resolvido. Vou postar agora mais um capítulo super cute.

Quem curti Clouise se prepare, vocês vão ter um Heart Atack (é assim que se escreve? Tô com preguiça de conferir) com o próximo capítulo! Postarei em breve ;)
Kisse
— Lu

P.S.: Atualizei o blog!! Tem até um artigo sobre o baile com fotos ;)