The Four Revolutions escrita por starqueen


Capítulo 22
Capítulo 22 - O fim dos traidores.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas :)

HOJE É VÉSPERA DE NATAL o/ Véspera de Natal e eu escrevendo loucamente e.e
Anyway pessoas, esse é o capítulo de hoje, espero que gostem :)



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Ponto de Vista do Narrador.

Audrey não acreditava que o seu fim estava próximo.

Seu coração batia velozmente e ela sentia o seu corpo tremer. Seus pensamentos estavam a mil e ela nem sabia mais no que deveria acreditar. Por um minuto, questionou Deus, questionou a ciência, questionou até se a sua própria vida era real ou se tudo aquilo era uma ilusão.

Desde que a guerra tinha iniciado, Audrey tinha certeza que a qualquer hora ela — ou qualquer um metido na guerra — poderia morrer. Mas ela nunca acreditou de verdade. O seu pensamento de que isso só aconteceria com os outros sempre dominou a sua mente. Mas quando Matt e Bennett a contaram que a qualquer hora todos poderiam morrer... Parecia verdade desta vez.

A raiva que ela sentia de Sam era enorme. Poderia ser a sua amiga, mas a dominadora de água foi capaz de fazer a “amiga” desmaiar só pra leva-la em um chalé suspeito, longe do seu governo. Agora todos deveriam pensar que Audrey era uma traidora como Sam, Matt e Helena. Até Travis tinha deixado o governo.

Ela estava arrodeada de traidores e tinha se tornado uma.

— Como conseguiríamos matar Lewis? — perguntou Bennett. — É impossível matar alguém tão bem protegido como ele.

— Isso é exagero. — disse Sam. — Talvez se acertássemos o psicológico dele conseguiríamos mata-lo facilmente.

— E a pergunta é: como acertamos o psicológico dele? — perguntou Helena. — Caso isso acontecesse, ele iria enlouquecer e mandar os soldados nos atacarem de vez. Ele não é burro, caso não tenham percebidos. O jeito dele é diferente.

— Talvez se eu queimasse Lewis vivo... — Matt disse meio pensativo.

Os outros quatro riram mentalmente da cara de Matt por ter falado algo assim. Mas até que poderia ser possível.

— Alguma opinião, Audrey? — Travis perguntou fitado a garota.

Ela bufou de raiva.

— Sam distrai Lewis falando da infância dele, daí Matt finge que vai ataca-lo e quando ele presta atenção em Matt, Travis acerta uma flecha no coração dele. — dizia um plano simples. — Pronto?

— Seria bom se alguém não trouxesse o seu arco. — Helena disse ironicamente para o único arqueiro da sala.

Travis revirou o olho.

— Fugir do governo não é tão simples quanto parece, Helena. — respondeu friamente.

— Eu fugi da Área 51 aos nove anos. — disse Sam. — Explica essa, Springs.

— Se eu fosse explicar ou procurar alguma lógica em qualquer coisa da sua vidinha patética eu provavelmente iria morrer tentando. — retrucou.

— Ao menos eu ainda domino o meu elemento. — ela sorria sarcasticamente, como se estivesse provocando-o.

— Ao menos eu ainda tenho uma família. — respondeu por final.

Sam se calou.

— Bem... — Bennett dizia tentando tirar o clima tenso entre os dois dominadores. — Precisamos destruir Lewis antes que ele mesmo nos destrua.

— E de que isso adianta? — disse Audrey. — Vamos morrer mesmo.

— Pessimismo não é algo bom, sabia? — disse Matt.

— Burrice também não. — Audrey retrucou.

Helena, Sam, Bennett seguraram um riso. Matt revirou os olhos.

— Podemos levar isso a sério? — Travis disse meio irritado.

— Ok. Levaremos isso a sério. — disse Bennett. — Alguém tem uma ideia que preste para matar Lewis?

— Helena poderia fazer alguma dominação de terra ou sei lá e fazer o Lewis ser engolido pela a terra. — sugeriu a dominadora de água.

— Não. — respondeu a vampira com a voz triste. — Vampiros não dominam coisas vivas. A terra é viva.

— Você não domina mais a terra? — a dominadora de água perguntou confusa.

— Não como antes. — respondeu a vampira. — Eu não perdi todo o poder que tinha sobre a terra, raramente até consigo dominar um pouco.

Matt bufou.

— E de volta à estaca zero. — disse o dominador de fogo por final.

Perto de lá, Lewis caminhava juntamente com Stephen, com alguns soldados dos The Owners e vampiros controlados por Stephen. Eles eram velozes, fortes e em questão de minutos já estavam chegando no único chalé da região. Era feito de uma madeira mais escura e parecia ser um pouco mais resistente. A placa “Jones” ao lado da porta era grande. Isso não iria impedir os dois líderes vencedores de destruírem o chalé todo.

O soldado da frente, um homem alto e ruivo, arrombou a porta. As seis pessoas dentro do chalé automaticamente entraram em posições de ataque, olhando fixamente para os soldados e vampiros, preparados para atacarem a qualquer sinal de luta. Lewis sorriu ao ver aquilo. Mal sabiam o que iria acontecer.

— Adoro os jovens. — comentavam Stephen. — Tão tolos.

— Querem lutar? — o dominador de fogo perguntou entre os dentes com seus punhos cerrados.

— Relaxe, garoto. — dizia o vampiro entrando no chalé. — Sinceramente, eu pensei que a minha bisneta tivesse um melhor gosto para homens, porque você é de longe o pior.

Sam e Matt evitaram de falar um típico “Não estamos mais juntos”.

— Não é, Bennett? — Lewis provocava com um sorriso maléfico. — Ou devo me lembrar do falecido Jeffrey Rodriguez?

— Isso é uma guerra ou uma discursão inútil sobre quem eu decido ficar? — Sam disse irritada. — Eu não sou a droga da Taylor Swift pra ficar discutindo sobre ex namorados. — disse a última frase entre os dentes.

Stephen deu uma risada curta.

— Desculpe, bisneta. Depois discutiremos sobre o seu mau gosto. — dizia ainda provocando a híbrida. — De qualquer jeito, eu queria falar com vocês, traidores. Queria que tivessem escolhas.

— Que tipo de escolhas? — perguntou Audrey.

— Oh, então você é a garota do governo. — dizia Lewis. — Falaram que você era a mais leal de lá. É uma pena que tenha virado uma traidora por motivos egoístas.

Audrey sentiu uma corrente de raiva passando por todo o seu corpo, da cabeça aos pés. Teve que se conter e manter a calma como sempre fazia. Para uma hiperativa, tinha de longe o melhor autocontrole que todos ali.

Ela sabia que Lewis estava 100% certo e com toda a razão do mundo dizendo uma coisa dessas. Se dependesse da vontade de Audrey, jamais teria se juntado aos traidores e estaria agora defendendo o seu governo. Mas graças a Sam Watters, agora ela não tinha outra escolha que não fosse servir aos traidores e agir como se fosse uma. O pensamento de trair Sam, Bennett, Travis e os outros passava na cabeça dela quase toda a hora, mas Audrey não seria capaz de fazer isso. Ela era muito leal até para as pessoas que a levaram contra a sua vontade para um grupo perdedor.

— Eu não sou uma traidora. — negou entre os dentes.

— E eu sou Napoleão Bonaparte. — retrucava Stephen sorrindo sarcasticamente. Audrey percebeu que o sorriso dele era exatamente igual ao do Chris e Sam. — É o seguinte, quantos anos você tem? Tem família ou... — deu uma pausa. — Por favor não me diga que é mais uma daquelas órfãs sozinhas na vida. Eu estou cansado dessas coitadinhas órfãs.

— Eu estou entediado. — comentou Lewis. — Tenho uma ideia. Vamos separar vocês em dois grupos: os coitadinhos e não coitadinhos. Estou afim de ficar ouvindo suas histórias antes de mata-los.

— Eu tenho uma ideia melhor. — disse Sam. — Eu arranco seu coração, você morre e tudo isso termina. Aí você terá ótimas histórias para contar aos demônios do inferno ou seja lá o que venha após a sua morte.

— Não. Eu estou entendido demais para fazer isso. — Lewis disse. — Vamos lá, traidores. Missão de paz aqui. Ninguém vai brigar, ok? Eu dou a minha palavra.

— E o que vale a palavra de um mentiroso? — Matt perguntou.

— Creio que vale mais do que a de um traidor. — respondeu Lewis.

— Vamos começar o jogo antes que eu desista e mate todos vocês. — dizia Stephen. — Com quem começamos?

— Ordem alfabética. — sugeriu Lewis com um sorriso maléfico. — Letra A. Audrey.

— Vá em frente. — disse Audrey. — O que querem saber?

Stephen se aproximou da garota, ficando cara a cara com ela.

— Tudo. — silabou olhando fixamente nos olhos dela.

— É uma armadilha. — disse Travis. — Vocês estão nos enganando!

O sorriso de Lewis se desfez.

— Eu pensei que fossem mais burros. — comentou Stephen, dando meia volta e voltando para onde estava antes. — Ataquem.

Os vampiros se juntaram aos soldados e rapidamente correram para atacar os seis traidores. Matt entrou em chamas e conseguiu segurar quatro soldados de uma vez. Audrey o ajudava, apenas com socos e chutes. Eles não iriam mata-los, mas a intenção era segurá-los por um tempo até que os outros decidissem se iriam matar Lewis e todos seus soldados agora.

Sam desviou dos golpes de alguns soldados e lutava ao lado de Bennett contra eles. Alguns vampiros iam na direção deles, mas Bennett torceu o pescoço de todos enquanto ela se focava mais nos soldados. Eram muitos. Parecia que quanto mais matavam, mais deles apareciam para lutar.

Helena e Travis eram de longe o que estavam indo melhor. Eles não eram o foco dos soldados e vampiros, então tinham menos deles para lutar. Travis era melhor na defesa, enquanto Helena... Ela era boa em qualquer ataque ou defesa que fazia.

Stephen cansou de assistir todos lutando. Precisava fazer algo. Seu motivo de estar ali com Lewis era mexer ainda mais no psicológico de Sam e precisava agir rápido. Iria morrer de tédio. A única maneira de parar com todos os rebeldes era se a “líder” deles simplesmente enlouquecesse. Stephen acreditava cegamente que Sam era a “líder”. Mesmo que não demonstrasse nenhum espírito de liderança e também não fosse nada amada ou adorada por eles, ainda assim era o foco. Ela sempre foi o foco.

O líder dos vampiros aproveitou que a atenção dos rebeldes estava em sobreviver a aquela luta e acabou se infiltrando em alguns dos seus próprios vampiros. As emoções de todos estavam tão tensas que ninguém percebeu nada. Quando menos perceberam, Lewis já estava com as mãos no pescoço de Audrey pronto para enforca-la.

Os outros param ao ver aquela cena.

— Se algum de vocês derem um passo eu rasgo a garganta dela. — ameaçou o líder dos vampiros.

— O que você quer, Stephen? — Sam disse o nome dele com desprezo. — Recuperar a sua sanidade é o que não é, então diga logo.

— Olha só quem fala de sanidade. Todos dizem que você enlouqueceu e depois eu que sou o louco? — Stephen perguntou. — Mais um xingamento e eu mato ela.

— Que jogo é esse que você está jogando? — Travis perguntou. — Audrey não tem nada a ver com isso.

— Quem foi que te ajudou a libertar todos os meus escravos mentais naquele dia? Quem interrompeu a lobotomia de Sam Watters? Quem libertou Bennett Moore? — indagava o vampiro. — Ah é, a querida Audrey Harrington e o gênio Matthew Summers.

— Então me mate. Não ela. — disse Bennett. — Eu me ofereço no lugar dela.

— Não. — Stephen negou sorrindo.

— Audrey é inútil. — disse Sam. — Se você matar, não vai servir de nada.

— Eu conheço seus truques, bisneta. — respondeu Stephen. — Quando você diz que alguém não é importante, é porque essa pessoa é.

— Então mate-a se for capaz. — disse Sam. — Você estaria perdendo muitas informações matando ela.

— Renda-se a mim e eu não irei matá-la.

— O que irá acontecer me render a você? — a dominadora de água questionou.

— Isso iremos descobrir. — Stephen sorria sarcasticamente.

Era uma cilada.

Sam olhou para Matt e os outros, como se autorizasse o ataque eles a Stephen. Assim que fez isso, eles avançaram em direção do vampiro, mas o mesmo rasgou a garganta de Audrey e torceu o seu pescoço, jogando-a no chão, morta.

Eles pararam. Stephen tinha um sorriso sarcástico estampado em seu rosto, e aquilo irritava Sam de um modo que ela tinha que se segurar e contar até dez para não fazer nada. Tudo tinha sido tão rápido. Audrey nem ao menos percebera a sua dor antes da morte. Ao menos, ela tinha morrido sem dor.

Sam não teve uma reação definida. Assim que viu Stephen largando o corpo de Audrey ela correu na direção da garota morta, mesmo que isso pudesse custar a sua morte — e as dos outros traidores. Quando percebeu, estava de joelhos, com o corpo morto da amiga bem na sua frente. Forçou sua audição e o som de um coração ou alguma respiração já era inexistente. Ela estava morta.

Sam olhava fixamente para o corpo de Audrey, como se estivesse analisando cada centímetro e imaginando quanto tempo iria demorar para entrar em decomposição. Imaginava onde a garota poderia estar agora. Era doentio imaginar aquilo, talvez seria mais doentio ainda se a híbrida admitisse que não sentiu nada quando a sua amiga morreu. Não fazia mais nenhuma diferença. Morte era mais comum do que parecia.

Nem quando se lembrava dos momentos em que Audrey a fazia rir ou quando ela foi a única pessoa que se dispôs a ajudar o seu plano. Quando ela contava sobre a sua infância e todas aquelas histórias engraçadas sobre a sua avó. Ou quando ela contava sobre seus ex-namorados e xingava-os de mil maneiras diferentes. Sam não sentia nada. Mesmo que Audrey fosse a coisa mais próxima que ela teve de uma amiga na sua vida toda, era como se a sua morte não valesse nada. Sam estava tão acostumada com mortes que até se seu irmão morresse ela nem iria se importar. De algum modo, ela achava que Audrey iria se levantar do chão e voltar a vida como se nada tivesse acontecido.

Respirou fundo e se levantou, olhando fixamente para Stephen.

— Parabéns. — disse friamente. — Agora eu acho que essa deve ser a parte que vocês nos capturam, não é?

— Ao menos você sabe que será capturada e morta. — disse Stephen.

Os soldados atacaram rapidamente. Sam desviou de todos os ataques e matou dois soldados de uma vez. Os outros lutaram, mas eles tinham luvas anti dominação. Helena e Travis foram capturados rapidamente. Bennett foi segurado por dois vampiros. Aquele era o fim dos traidores.

Sam e Matt se entreolharam, sabendo o que iam fazer. Os dois correram entre os soldados, Matt estava com seus braços em chamas, então ia na frente queimando qualquer um que via pela a frente. Eles eram velozes e fortes demais.

Quando tinha saído do chalé, os dois correram o máximo que conseguiam. Alguns vampiros os seguiam — e já estavam alcançando-os. Matthew achava que o seu coração ia explodir de tão rápido que ele corria. Tanto Sam quanto Matthew não conseguiam correr mais do que aquilo. Poderiam não ser humanos mas também não eram divindades gregas impecáveis.

Quando um vampiro os alcançou, Matt não teve escolha que não fosse queimar o rosto dele e jogá-lo no chão. As chamas clareavam toda a floresta fria. Ele odiava matar, mas achava que vampiros eram seres desprezíveis e já estavam mortos mesmo.

O outro vampiro tinha sumido da visão.

— Vamos fugir. — disse o dominador de fogo exausto. — Agora.

— O quê? — Sam estava ofegante. — É impossível.

— Você que é a rainha aqui em fugir das coisas. Sempre deve ter um jeito. — ele disse.

— Não podemos fugir. Estamos perdidos no meio da Alemanha!

— Stephen nos deixou fugir, viu? — ele falou. — Ele está planejando algo pior para nós!

Os dois não trocaram mais nenhuma palavra. Sam finalmente se deu conta do que verdadeiramente tinha acontecido antes.

— Audrey morreu. — disse Sam, contendo as lágrimas. — Ele matou a Audrey!

Quando ela tinha finalmente passado do estado de negação que estava, Matthew apenas a abraçou.

— Eu sei. Stephen é um monstro. — ele dizia. — Nós vamos dar um jeito. Eu prometo. Vamos acabar com Lewis e Stephen e depois tudo voltará a ser o que era antes, ok?

Sam se separou dele, olhando fixamente nos olhos castanho-avermelhados de Matthew, analisando cada milímetro deles.

— Então essa será a nossa utopia. — ela disse. — Tudo vai ficar bem.

Os dois sentaram no chão e ficaram juntos em silêncio. Sam apoiou a cabeça no ombro de Matthew.

Ambos não sabiam o que iriam fazer.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas, o capítulo foi bem menor do que eu tinha planejado e sinceramente eu achei meio bosta, slá e.e Eu imaginei que as coisas iriam acontecer de um modo bem mais interessante e foda e ficou assim '-'

Ok, eu nem imaginava em matar a Audrey, maaaas... É necessário para a última treta xD ~nem queiram imaginar como será a última treta~

Anyway pessoas, feliz Natal (não sei se eu vou postar amanhã ou no dia 26 porque o próximo cap será BEEEM longo) e até o próximo



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