O Casamento escrita por M Schinder


Capítulo 4
Parte IV: Pai e Conselho


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!!!
Este capítulo foi uma ideia louca que me veio à mente. Espero que se divirtam!
Boa leitura! =33



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Hinata acordou com os braços de Gaara em volta de si. A menina sentia-se tão confortável que não tinha vontade de levantar, suspirou quando olhou pela janela e viu que era quase meio-dia. “Dormimos demais” pensou alarmada. Quando ia se levantar sentiu-se ser segurada no lugar, virou e viu Gaara a encarando.

– Bom d-d-dia, Gaara – disse com um sorriso animado.

– Bom dia, Hinata – devolveu o ruivo, ele sorria discretamente.

– Você está atrasado, Gaara. Não precisa correr?

O Kazekage olhou para fora da janela e viu que ela estava certa. Suspirou. Não queria levantar ainda, estava com as memórias da noite passada bem frescas em sua mente. Colocou seu nariz no cabelo da garota e respirou fundo. Sentia-se em paz.

– Preciso, mas eles podem esperar um pouco – murmurou sério. – Agora nós vamos fazer outra coisa.

– O quê? – perguntou Hinata confusa. Já estava se preparando para levantar quando se sentiu ser pega no colo como uma noiva. – Gaara!

– Vamos tomar banho – falou com um brilho malicioso no olhar.

***

Kankuro corria de um lado para o outro tentando resolver as coisas entre os Anbus. Com o atraso de Gaara tudo ficara bagunçado e desorganizado. Quando o mais velho estava prestes a perder a paciência com os ninjas, o ruivo entrou na sala com a mesma expressão de sempre.

– Kazekage-sama, ainda bem que você chegou – falou Kankuro entredentes.

– Algum problema, Kankuro?

– Muitos. E você precisa resolve-los sozinho, está na minha hora da patrulha – avisou entregando-lhe vários papéis.

– Onde está Temari?

– Com Shikamaru e Hinata na entrada da Villa. Ela levou os dois para ajudar na vigia – explicou pronto para sair. – Ah, mais uma coisa: os dois ninjas de Konoha terão que voltar para casa uma hora, Gaara.

O ruivo entendeu muito bem o que Kankuro quis dizer. Sabia que teria que apressar as coisas com o conselho, senão acabaria tendo que deixar a Hyuuga voltar para seu clã e ficar sozinho novamente. “Isso é uma coisa que não vou deixar acontecer” concluiu em pensamentos. Mandou que todos os ninjas que estavam ali começassem a reportar suas missões e quais os problemas que precisavam ser resolvidos.

Do outro lado da Vila, Shikamaru observava as defesas com certo interesse. Como estrategista, sua mente voa em mil direções diferentes tentando arranjar um jeito de tornar aquela linha de proteção mais eficiente.

Alguns passos atrás, Temari olhava para Hinata com um olhar sugestivo. A Hyuuga chegara atrasada demais e tinha as faces mais vermelhas que o normal, além de evitar olhar qualquer um nos olhos.

– Então, Hinata-chan, devo imaginar que sua noite foi boa? – insinuou a loira.

– C-c-claro, Temari-chan. N-n-nunca do-o-ormi tão bem – a menor tentou fugir inutilmente do comentário.

– Gaara deve ser um ótimo travesseiro...

Temari se arrependeu no momento em que disse, Hinata ficou tão vermelha que parecia que ia explodir.

– O que você fez com a Hinata, sua problemática? – perguntou Shikamaru se aproximando das duas.

– Nada! Perdão, Hinata-chan. Não quis te deixar desse jeito – falou Temari segurando a menina pelos ombros.

– E-e-está tudo bem, Temari-chan – murmurou Temari envergonhada.

As duas começaram a voltar para o prédio principal, mas Shikamaru parou e olhou por cima da muralha novamente. Sinta que algo estava errado e que teriam problemas em breve. “Acho melhor eu entrar em contato com Kakashi-sensei... Que problemático” pensou com um suspiro.

***

Quando Kakashi recebeu a mensagem de Shikamaru, quase se jogou da janela de sua sala. “O que foi que eu fiz?” pensou desesperado. “Isso vai ser um problema desnecessário para Gaara e Hinata!”.

– Mas que droga... – suspirou inconsolável. – Vou ter que pedir desculpas para Hinata-chan depois dessa...

– Do que está falando, Kakashi? – perguntou Shizune confusa.

– Não é nada, Shizune... Nada ainda...

Ela lançou um olhar de quem dizia: Você é louco! Shizune saiu da sala revirando os olhos e fechou a porta com delicadeza. Achando que teria algum tempo sozinho para pensar em como consertar as coisas, Kakashi se levantou de sua cadeira e encheu um copo com saquê. “Nada melhor para ajudar as ideias”. Quando ia começar a tomar a porta foi brutalmente aberta.

– Kakashi-sensei!

– Naruto, o que está fazendo aqui? – perguntou irritado por ter sido interrompido.

– Ah! Só passei para dar um “oi” – sorriu amarelo. – E para conversar com o senhor, Sensei...

Largando o copo, o ninja de cabelos prateado encarou preocupado o antigo aluno e sentou-se para prestar atenção no que ele diria. Decidira que mais tarde arranjaria uma solução para o problema que ele mesmo causara.

***

– Hinata-chan, precisamos conversar.

Hinata olhou para Shikamaru séria. Ela sabia do que ele estava falando e concordou com a cabeça.

– Eu sei o que quer dizer, Shikamaru-kun...

Shikamaru sentou na escadaria do prédio principal e fez com que a garota se sentasse também. Sentia a hesitação dela e compreendia muito bem o que passava por sua cabeça. “Afinal, eu também estou em uma situação problemática”.

– Precisamos voltar para Konoha uma hora. Nem que seja para falar com Kakashi-sensei sobre o que aconteceu nesses últimos dias.

– Sei disso – afirmou ainda séria. Mesmo que aquela fosse a Hinata doce e gentil, quando um Hyuuga usava expressão de seriedade e frieza deixava qualquer um com medo, com ela não era diferente. – Vamos voltar para casa antes que pensem coisa errada e conversamos com o sensei. Tenho certeza que ele vai nos entender!

Ver a Hinata passar de doce e gentil para assustadora e depois para determinada era muito para o cérebro de Shikamaru, mas ele ficou feliz por ver aquelas mudanças na garota. Concordou com a ideia dela e se levantou.

– Tudo bem. Vamos falar com o Kazekage-sama.

***

– Então é essa a situação, Kazekage-sama – terminou Shikamaru com um suspiro.

– Vocês precisam mesmo voltar – concordou Gaara pensativo. A ideia de deixar Hinata ir para longe não o agradava em nada, mas não podia impedi-la, afinal, ela era uma ninja de Konoha. – O que vocês decidiram fazer? Vão querer ficar ou voltar definitivamente?

Kankuro via de longe que os irmãos estavam apreensivos com a resposta para aquela pergunta específica. Queria poder ajuda-los, mas aquilo dependia unicamente do preguiçoso e da Hyuuga.

– Gaara-san, se nos for permitido nós gostaríamos de poder voltar depois que falarmos com o Hokage-sama – falou Shikamaru coçando a cabeça. – Isso pode ser problemático, mas foi o que decidimos.

Temari jogou os braços em volta do pescoço do Jounnin e o abraçou com força. Hinata sorriu levemente para Gaara, que devolveu com um sorriso discreto. Kankuro relaxou onde estava e suspirou aliviado. Quando a loira ia começara a falar sobre as preparações dos quartos um Anbu apareceu dentro da sala, chamando a atenção de todos.

– Kazekage-sama, com licença!

– Aconteceu algo? – perguntou voltando ao seu tom de voz normal. – Não gosto de ser interrompido.

– É que você tem visitas vindas de Konoha, senhor.

– Konoha? – perguntou Shikamari confuso. Hinata lançou um olhar assustado para Gaara, que apenas devolveu o olhar para tranquiliza-la.

– Quem são? – Gaara perguntou com sua atenção no Anbu.

– São Hyuuga Hiashi e Hyuuga Hanabi, acompanhados por Inuzuka Kiba e Aburame Shino – informou neutro.

Hinata pareceu um gato assustado: - Você disse Hyuuga Hiashi? Meu Deus!

A expressão da garota deixou o ruivo preocupado, teve certeza que terem quatro ninjas de Konoha ali queria dizer que acontecera alguma coisa. “O que será que Kakashi estava pensando?”.

– Hinata-chan, vai ficar tudo bem... Respire fundo – aconselhou Shikamaru ajudando-a a se sentar. Temari correu para pegar um copo d’água para a garota.

– Quem é esse tal de Hyuuga Hiashi, afinal? – perguntou Kankuro confuso.

– O líder do meu clã e... Meu pai – murmurou Hinata de cabeça baixa.

A boca dos dois irmãos mais velhos caiu aberta. Shikamaru começou a murmurar vários “Problemáticos!” e Hinata empalideceu ainda mais por suas reações. Apenas Gaara continuava com a mesma expressão apática.

***

Hyuuga Hiashi era um homem intimidante. Enquanto esperava parado no meio da sala, todos os ninjas da areia que o viam evitavam chegar muito perto. Hanabi estava parada ao lado do pai e observava a construção com curiosidade. “Aqui é tão diferente de Konoha” pensou impressionada. Kiba e Shino esperavam um pouco mais atrás, calados.

Quando viram o Kazekage descer as escadas, seguido pelos irmãos e Hinata e Shikamaru, os homens acharam estranho, mas não disseram nada até que os cinco ninjas e mais três Anbus estivessem a sua frente.

– Hina-chan! – exclamou Kiba feliz. Estava aliviado em ver que nada acontecera com a amiga.

– Hum, hum – murmurou Kankuro com a falta de noção do garoto.

– Kiba, não seja idiota – sussurrou Shino para o amigo. – Kazekage-sama.

O garoto dos insetos fez uma rápida mesura e obrigou o outro a abaixar a cabeça também. Gaara acenou rapidamente a cabeça para eles, mas sua atenção estava toda voltada para o Hyuuga intimidador a sua frente. Não estava com medo, estava curioso com o motivo da visita.

– Bom dia, Kazekage-sama – cumprimentou Hiashi inexpressivo. Como todo Hyuuga com sua educação impecável, Hiashi e Hanabi curvaram-se de modo limpo. – Agradeço por ter nos recebido.

– Tudo pela boa convivência entre Suna e Konoha – sentenciou Gaara frio. Aquela frase deixou um clima estranho no ar e Hinata engoliu em seco. – Mas qual o motivo da visita repentina? Hokage-sama não me avisou sobre nada disso.

– Podemos conversar em particular?

A pergunta de Hiashi deixou tudo mais suspeito para Gaara, que apenas concordou e fez o outro segui-lo até sua sala, escadaria a cima. Temari e Kankuro foram atrás deles e Shikamaru e Hinata ficaram sozinhos com os outros três.

– Hina-Oneechan! – gritou Hanabi se atirando nos braços da mais velha. Depois de tudo que acontecera entre elas quando eram mais novas, Hanabi estava muito grudada a mais velha. – Senti sua falta!

– Também senti a sua, Hana-imoutochan – murmurou Hinata devolvendo seu abraço.

– E ai, Shikamaru – falou Kiba sorrindo.

– Que problemático... O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou com um suspiro.

– Oras, viemos para levar vocês de volta para casa – explicou Kiba como se estivesse falando com uma criança.

– Nós já estávamos voltando – comentou. O ninja mais inteligente de Konoha sentiu um calafrio na espinha. “Tem alguma coisa errada com esse motivo”.

– Ah, então podemos voltar todos juntos! – Kiba estava mais feliz que o normal.

– Kiba, faça menos barulho – pediu Shino silencioso. Hinata se aproximou do amigo calmo e deu-lhe um carinhoso abraço. – Enquanto esperamos, poderia nos levar para dar uma volta, o que acha, Hinata?

– Eu gostei da ideia, Onee-chan! Achei Suna tão bonita – concordou Hanabi agitada.

Os três começaram a falar ao mesmo tempo, o que fez Hinata não ter opção se não concordar. Eles saíram e deixaram Shikamaru ali, parado. Ele estava desconfiado e resolveu fazer uma investigação rápida, precisava descobrir o que estava acontecendo.

***

Na sala do Kazekage o clima estava estranho. Gaara observava o arrogante homem a sua frente de forma incrédula e Temari e Kankuro não sabiam o que pensar.

– Eu acho que não entendi o que você disse, Hyuuga-sama – comentou Gaara neutro.

– Eu disse que vim buscar minha filha porque fiquei sabendo sobre seu relacionamento com ela – repetiu frio. – Não posso aceitar que algo passageiro afete o clã Hyuuga de qualquer maneira. Como você deveria saber, Hinata é a próxima líder e não posso deixar que ela desista por uma coisa infundada.

– Eu acho, Hyuuga-sama, que quem deveria decidir isso é a própria Hinata – retrucou Gaara irritado.

– Ela não tem o que escolher. Eu mesmo já providenciei o par perfeito para ela – respondeu sem perder a postura. – Hinata sempre foi apaixonada por aquele garoto Uzumaki e como o relacionamento dele com a senhorita Haruno não deu certo, por motivos de traição, ele aceitou se casar com Hinata.

Gaara não sabia o que dizer. Escapara por pouco de um casamento arranjando, mas o pior era que Hinata acreditava que o pai a deixaria escolher quem quisesse para se casar. “Quando ela souber vai ficar louca” pensou preocupado.

– E você nem cogita a ideia de deixar sua filha escolher alguém que ela ama de verdade?

A pergunta pegou todos de surpresa. O próprio Hiashi, que ouvira falar do quão cruel poderia ser o Kazekage, ficara sem palavras. Temari e Kankuro, então, ficaram olhando embasbacados para o mais novo. Hiashi foi o primeiro a recuperar a compostura.

– Kazekage-sama, não seja tolo – falou fazendo Gaara encara-lo irritado. – Amor não existe.

***

Kiba e Hanabi arrastaram a garota por toda a Vila. Apenas Shino se mantinha calado, ele era o único que estava realmente preocupado com a reação que a amiga teria quando soubesse das notícias.

– Vamos parar um pouco – pediu Hinata segurando os outros dois. – Na verdade, precisamos voltar para saber se está tudo bem entre Otou-sama e o Gaara-san.

Não passou despercebido para nenhum deles o modo como Hinata chamara o Kazekage. Kiba deixou passar, achando que era da natureza da amiga, e concordou em voltarem. Já Shino e Hanabi suspeitaram que algo acontecera durante a estadia da garota e de Shikamaru em Sunagakure.

Quando voltaram, encontraram os outros mais Shikamaru na porta do prédio principal. A tensão era palpável e Hinata engoliu em seco, alguma coisa dera errado.

– Otou-sama? – chamou em dúvida.

– Hinata, vamos para casa imediatamente.

Sem entender o que estava acontecendo, a garota sentiu-se ser puxada na direção contrária ao prédio. Olhou para trás e viu Gaara. Os olhos verdes pareciam mais tristes que antes e tinham um brilho desolado. Por um momento Hinata se desesperou, quando conseguiu se controlar, puxou o braço com força e encarou o pai. Aquela atitude o deixou pasmo.

– O que significa isso, Otou-sama?

– O que significa essa rebeldia, Hinata? – o tom de voz dele saiu baixo, muito mais ameaçador que o normal. Várias pessoas pararam para observar o que acontecia, Hanabi estava pronta para correr até os dois, mas Shino segurou-a pelo braço. Gaara foi o único que se aproximou, ficando um pouco atrás da garota.

– Não é rebeldia, Otou-sama! Eu só gostaria de saber por que está sendo tão mal educado com Gaara-san. O senhor deveria preservar a imagem dos Hyuugas!

Touché! Hinata pegou no ponto delicado. Hiashi pareceu fazer menção de avançar para cima dela, mas o olhar de Gaara o fez se segurar.

– Hinata, você não vai me envergonhar desse jeito. Você vai voltar para casa comigo, se casar com seu pretendente e se tornar líder do clã – informou cruel. Hinata hesitou, fora pega de surpresa pelo que ele dissera, sentiu-se traída pela ideia de ter que se casar obrigada, mas recuperou a calma.

– E se eu não quiser fazer nada disso? – devolveu séria.

– Sei que você aceitará quando eu disser que seu futuro noivo será Uzumaki Naruto.

A garota foi pega de surpresa. Em sua cabeça ficava tentando entender como Naruto acabara metido em toda aquela encrenca. Vendo o sorriso vitorioso do pai, Hinata só conseguiu ficar mais irritada.

– Eu não quero isso! Quero poder escolher eu mesma o que eu quiser! – se a boca de Hanabi abrisse mais cairia no chão. Kiba estava pasmo e Shino não parecia nada surpreso. Gaara olhava para a garota com orgulho. “Parece que fiz algum bem para ela” pensou satisfeito. – Na verdade, eu já escolhi o que quero.

Hinata não gritou uma única vez durante aquela sentença. Sua timidez não permitia que fizesse isso, mas a determinação que transparecia nos olhos perolados deixou Hyuuga Hiashi chocado, mas não cederia àquilo tão facilmente.

– O que você escolheu, então?

Aquela era a hora da verdade. Desde pequena, Hyuuga Hinata, tinha a vontade de falar tudo que sentia para o pai. Claro que nunca seria desrespeitosa, mas algumas coisas precisavam ser ditas. O problema foi que o olhar de decepção que lhe foi lançado fez com que uma pedra aparecesse em sua garganta, mesmo um pouco ressentida, Hinata não queria que as coisas fossem assim.

Preocupado com a reação da garota, Gaara deu um passo para frente e colocou sua mão no ombro dela, gentilmente. Os observadores ficavam mais curiosos a cada segundo. Hinata olhou para os olhos verdes e conseguiu a coragem que precisava.

– Otou-san, e-e-eu – ela parou no meio da frase, se impedindo de continuar. Respirou fundo e olhou o pai nos olhos. – Eu escolhi ficar aqui.

– Por quê? Isso não faz nenhum sentido – decretou Hiashi furioso. – Você vai voltar para casa imediatamente!

– Ela não pode fazer isso – falou Gaara chamando a atenção de todos.

– E por que não?

– Porque ela é minha – respondeu simples.

Gaara puxou a garota pela cintura e a manteve perto de si. Aquela atitude deixou Kiba e Shino de boca aberta. Hanabi dava pulinhos felizes pela irmã. E Hiashi não perdera a postura, mas não sabia o que dizer.

– E eu não vou deixar o que é meu ir a lugar algum.

Temari abraçou Shikamaru feliz, o garoto apenas murmurou um “Problemático” com um sorriso. Kankuro também estava feliz pelo irmão, mas quando se virou quase teve um ataque. Todo o conselho de anciões de Suna estava parado atrás de si, pareciam querer sangue e aquilo era muito ruim...

***

Estavam todos na sala do Kazekage. Gaara não deixava que Hinata se afastasse de si e não permitia que ninguém chegasse perto. Hanabi olhava aquilo e ficava cada vez mais feliz pela irmã. A Hyuuga menor voltou sua atenção para o velho decrépito que falava de modo brusco.

– Isso é inaceitável! Nunca que permitiremos que nosso Kazekage fique com uma mulher qualquer!

– Quem você pensa que é para falar da Hina-Oneechan assim? – perguntou Hanabi irritada.

– A garota está certa! Tome cuidado com o que diz, Kori – concordou Temari séria.

– Vocês duas fiquem quietas! – exclamou o ancião irritado. – Nunca iremos aceitar isso!

O clima foi ficando tenso. Todos queriam matar o ancião pelo modo como ele falava de Hinata. Shikamaru analisou a cena friamente, também estava irritado com o homem, mas queria ajudar a amiga e precisava rapidamente de uma solução, antes que Gaara matasse o outro ele mesmo.

– Eu acho que tem um jeito de resolvermos isso – Shikamaru se pronunciou calmo.

– Outro forasteiro – reclamou Kori irado. – Qual a sua ideia?

– Já que você acha que Hinata é uma mulher...Uhn... Comum, talvez ela possa provar o contrário – explicou sério. Quando estava no meio de um plano, toda a aura preguiçosa de Shikamaru desaparecia. – Você poderia escolher três tipos de tarefas que ache necessárias para alguém que quer ficar com o Kazekage e ela teria que as executar sendo analisada pelo conselho e pelo próprio Kazekage para chegarem ao resultado. O que acham?

– Isso é um absurdo, Shikamaru! – exclamou Temari irritada. - Eles não deveriam nem estar se metendo nesse assunto!

– Eu também não concordo com isso – falou Kankuro indignado.

Kiba e Hanabi apoiaram os dois. Enquanto Hiashi apenas observava, esperando para ver o que seria decidido. Gaara e Shino olhavam para Hinata, esperando para ver qual seria a reação da garota.

– Bem, essa é uma boa ideia – concordou Kori hesitante. Depois se virou para Hinata e disse: - Se quiser ficar, vai ter que aceitar essa exigência. Iremos testar você.

– Tudo bem – respondeu séria.

Desde que entraram na sala, Hinata agia como uma verdadeira Hyuuga, de forma arrogante, fria e séria. Quando ouviu a ideia de Shikamaru, nunca se sentiu mais segura. Tinha certeza que poderia fazer tudo que lhe impusessem.

Enquanto todos começaram a expor suas opiniões sobre aquilo. Hiashi olhava para a filha com uma nova luz. Podia não admitir, mas estava orgulhoso da mulher que a sua menina havia se tornado.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente, se não ficou claro, sim, a Sakura foi uma vaca e traiu o Naruto n.n; Segundo, Kiba não senti mais nada por Hinata, por isso nada de cenas KibaHina; E por último, enquanto escrevia até eu fiquei com raiva desse Ancião -.-'
Enfim, espero que tenham gostado!

E então, o que acharam?? Deixe-me seus reviews! >



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