O Casamento escrita por M Schinder


Capítulo 5
Parte V: Batalha e Coração


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas do meu coração!
Sinto dizer que "O Casamento" chegou ao fim /chora, mas sempre estou pronta pra fazer uma continuação =33
Enfim, espero que aproveitem o capítulo!! Boa leitura



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Kakashi estava sentado à sua mesa. Já era a segunda vez que relia a carta que Hyuuga Hiashi lhe mandara e não sabia mais o que fazer.

Depois que Naruto contara sobre a proposta de casamento, achou que Hinata voltaria correndo para a Vila. Entretanto, saber que ela passaria por testes para ficar com Gaara deixou Kakashi muito orgulhoso. Estava triste por Naruto ter sido traído e agora nem ter uma chance, mas não achava que o antigo aluno merecia aquele doce menina. “Algum dia Naruto vai encontrar, agora espero que você seja feliz, Hinata. Boa sorte” pensou com um suspiro. Ainda se sentia culpado por toda aquela confusão.

***

Shikamaru via a lista de coisas que os velhos escolheram e decidiu que sua ideia tinha sido péssima. “Eu nunca deveria ter sugerido isso. Que problemático” pensou com um suspiro. Hanabi tomou a lista de sua mão e começou a ler em voz alta:

– 1) Saber cozinhar e arrumar; 2) Saber ficar calada e obedecer; 3) Sempre olhar para baixo... – Hanabi nem se dignou a continuar. – Quem eles acham que minha irmã é? Uma empregada?

– Acalme-se, Hanabi – pediu Shikamaru, que fui brutalmente interrompido por Temari.

– Ela não tem que se acalmar! Ela está certa! – gritou irritada.

Quando a discussão ia começar, Gaara entrou seguido por Hinata e Hiashi.

– Podem parar, essa lista ridícula foi jogada fora e temos uma lista séria – avisou o ruivo. Ele passou o papel para Hanabi e ela começou a ler:

– 1) Responder às perguntas honestamente... Bem melhor e mais aceitável que a outra – murmurou a menor ainda contrariada.

– Tudo bem mesmo em fazer isso, Hinata? – insistiu Shino preocupado.

– Está tudo bem sim, Shino-kun – confirmou com um sorriso gentil.

Ela olhou para todos e sorriu tranquila. Sabia que estavam preocupados, mas precisava fazer aquilo por si mesma e por Gaara. Todos a levaram para a porta da sala do conselho e desejaram boa sorte. Hiashi a puxou de canto, longe dos ouvidos dos outros.

– Hinata, vou te dar a última chance de voltar para casa. Lá você tem um futuro garantido e promissor com o rapaz que ama, por que insistir nisso?

– Meu coração está com Gaara-san agora, Otou-sama – segurou-lhe as mãos carinhosamente. – Eu quero ficar; quero decidir e escolher por mim mesma. Pode entender isso, Otou-sama?

Hiashi estava com o coração na mão. Não gostava da ideia de sua menininha ingênua querer ficar longe de si, mas percebeu que não poderia fazer nada. Concordou relutante e soltou suas mãos.

– Se essa é sua decisão final, boa sorte – Hinata sorriu para o pai feliz e começou a voltar para perto do grupo de amigos. – Se você conseguir tem uma coisa que preciso te dizer.

Ela concordou surpresa e continuou andando. Ia entrar direto, mas Gaara segurou sua mão e puxou-a para perto.

– Se você não quiser fazer isso, não precisa. Posso muito bem acabar com essa palhaçada agora – falou sério. Odiava ter que ver sua garota passar por aquilo.

Hinata revirou os olhos e chegou mais perto Gaara, sussurrou para ele: "Apenas confie em mim". Ele concordou com a cabeça. Ação que deixou todos curiosos. Ela se afastou e entrou na sala determinada, deixando todos apreensivos.

***

– Muito bem, garota – começou Kori sério. – Aqui será seu primeiro teste. Responda a tudo com honestidade e talvez passe para o próximo. Entendido?

– Hai!

– Quem é você? – questionou outro velho.

– Sou Hyuuga Hinata. Tenho vinte e três anos e sou a primogênita do Clã Hyuuga, da Vila Oculta da Folha.

– Por qual motivo você veio para Sunagakure no Sato? – continuou o velho.

– Primeiramente, vim acompanhando a princesa Lilian Itsumoto para que ela pudesse ser apresentada ao Kazekage-sama como pretendente.

– Por que seduziu o Kazekage-sama? Queria o lugar das princesas?

– Não – respondeu ofendida. Queria dizer coisas malcriadas, mas se conteve. – Eu não tinha nenhuma pretensão em seduzir o Kazekage-sama. Apenas aconteceu.

– As coisas não acontecem apenas – retrucou Kori irritado.

Hinata entendeu porque as pessoas cometiam assassinatos. Aqueles caras estavam tentando tira-la do sério e estavam quase conseguindo. Lembrou-se porque estava ali e respirou fundo.

– Mas foi o que aconteceu, Kori-san.

O ancião encarou-a irritado. Até ali ela não mentira em nada. Tudas as respostas batiam com o que eles haviam pesquisado e com o que Hiashi e Gaara contaram para eles. Recostou-se em sua cadeira irritado, precisava faze-la mentir.

– Então, Hyuuga-san, você está noiva e mesmo assim deixou que “as coisas acontecessem” com o Kazekage-sama?

Hinata trincou os dentes e teve vontade de usar seu Juuken Ryuu (Estilo do Punho Gentil), mas como era bem calma conseguiu controlar os ânimos. Tinha a resposta perfeita para aquela pergunta.

– Eu estava “noiva” porque meu pai escolheu assim. Ele fez comigo a mesma coisa que você quase fizeram com o Kazekage-sama.

– Qual seu nível ninja? – perguntou o outro ancião, precisavam mudar de assunto antes que Kori falasse algo que não podia.

– Eu sou uma Anbu da Folha.

– Quer dizer que se algo acontecer com você enquanto estiver aqui Konoha vai se voltar contra Suna por causa de seus segredos?

– Claro que não, porque nada vai acontecer comigo enquanto eu estiver aqui.

Kori sentiu que estava começando a perder o resto do conselho, não podia deixar que ela ganhasse a confiança dos outros. “Maldita, você não vai se infiltrar em Suna e pegar nossos segredos”.

***

Gaara estava em sua sala, tentando resolver problemas da vila, mas aquilo parecia impossível. Toda sua atenção estava na sala do conselho, com Hinata. Esperava que tudo estivesse correndo de formar tranquila, mas sentia que Kori iria tornar tudo mais difícil.

Virou-se para observar Sunagakura e suspirou, estava com medo e aquilo o surpreendia. A única coisa que passava por sua cabeça era que não queria perde-la. “Mesmo que aqueles velhos não aceitem eu vou ficar com ela” decidiu sério.

No outro lado do prédio, Temari estava abraçada a Shikamaru, morrendo de preocupação com a nova amiga. Hanabi estava sentada ao lado do pai e parecia igualmente preocupada. Kankuro e Kiba tentavam jogar uma partida de shogi, mas era em vão. Apenas Hiashi e Shino pareciam tranquilos.

– Como conseguem ficar tão calmos? – perguntou Kiba desistindo do jogo. – A Hinata está lá, sozinha, enfrentando uns velhos gagás por causa do maluco do Kazekage!

– Quem é você para chamar meu irmão de maluco? – perguntou Kankuro encarando Kiba.

– Vocês podem parar? – perguntou Shino sério. – Estamos tranquilos porque sabemos que Hinata pode muito bem se defender sozinha. Ela vai ficar bem, Kiba. E não ofenda o Kazekage-sama, também está muito preocupado com a Hinata e pelo que eu vi, realmente gosta dela.

Isso era uma coisa que todos concordavam, que Gaara realmente estava apaixonado por Hinata. Kiba voltou a se sentar e apoiou o rosto em Akamaru. Kankuro se encostou na parede e suspirou. O silêncio voltou a predominar na sala.

***

– Então, Hyuuga-san – começou de cabeça baixa. – Algumas informações que conseguimos, nos dizem que você era o fracasso do Clã Hyuuga e mesmo sendo a primogênita seria rebaixada para a Bouke, nem sei pai acreditava em você. Isso é verdade?

Aquilo foi um grande golpe baixo. Hinata engoliu em seco e desviou o olhar, quando se tratava sobre o que o Clã dela a considerava a menina não sabia como reagir. Vendo que conseguira arrancar murmurinhos suspeitos dos outros conselheiros, Kori continuou.

– Como podemos aceitar ao lado do Kazekage uma mulher que é considerada fracassada em seu próprio Clã e de que foi deixada por todos os outros que tentaram ter algo de relacionamentos com você?

Cada palavra pareceu uma facada. Hinata hesitou, não sabia como responder aquilo. Mordeu a parte interior da bochecha. Kori foi ficando cada vez mais satisfeito com o resultado de sua pressão.

– O que você acha que deveríamos fazer, Hinata-san? – insistiu Kori confiante.

– Acho que vocês deveriam colocar seus ninjas mais poderosos e apostar comigo – respondeu fria.

Hyuuga Hinata atingira seu máximo de paciência, não iria aguentar mais besteiras saindo da boca do velho. Talvez tivesse sido uma fracassada antes, mas agora confiava plenamente nas próprias habilidades.

– Se está tão preocupado com meu poder, então o teste, mas pare de falar mal de mim – defendeu-se fria.

Hinata detestava aquele seu lado. O lado Hyuuga de sua personalidade, mas quando mexiam em suas feridas, não conseguia esconder o orgulho, a frieza e a seriedade. Pego de surpresa, Kori ficou sem ter o que responder. Foi outro representando do conselho que se manifestou:

– Tem certeza que é isso que quer, Hyuuga-san?

– Sim. Prefiro lutar a ter que passar por essa palhaçada.

– Muito bem, então. Se conseguir ganhar dos três mais fortes não faremos mais perguntas.

Estavam em um espaço aberto no meio da areia. Hinata sabia que aquela seria uma grande vantagem para os tais ninjas, mas estava preparada. Surpreendeu-se em ver todos seus amigos ali, para assistir. Seu pai e Gaara estavam perto do conselho, que ficara longe para não se machucarem. “Seus covardes” pensou indignada.

Os irmãos da areia e os ninjas de Konoha quando souberam que Hinata lutaria correram imediatamente para a área de treinamento. Viram a garota parada no meio, encarando os velhos que estavam numa distância segura. Gaara e Hiashi correram para lá, mas logo descobriram que ela mesma quem escolhera aquilo.

Três Anbus pularam em frente à Hinata e se colocaram em posição de ataque. Kiba gritou que três contra um não era uma luta justa, mas ninguém o escutou ou apenas ignoraram.

Hinata fez o selo do Bode: - Byakugan!

O primeiro ninja, que usava uma mascara de cachorro, correu em sua direção dando a deixa para o ataque. Ele lançou diversas Shurikens em sua direção. Hinata desviou, mas viu o segundo ninja – com a máscara de macaco – correu para acertar lhe um chute. A garota virou o corpo e acertou um dos pontos de chakra da perna do homem com a mão direita.

Ela caiu em posição de luta e soltou a respiração. Os dois estavam prontos para atacar de novo, mas Hinata estava mais preocupada com o terceiro Anbu, que usava a máscara de águia. Ela não teve muito tempo para pensar, pois o “cachorro” veio para cima dela e gritou:

– Katon - Shibari no Jutsu (Elemento Fogo, Queimação Violenta).

Enquanto o “macaco” disse:

– Fuuton - Kazekiri no Jutsu (Elemento Vento, Técnica do Vento Cortante).

Os dois jutsos cobriram-na. Os telespectadores olhavam a tudo escandalizados. Temari e Kankuro estavam chocados pelos Anbus terem usado jutsus de alto nível como aqueles. A areia começou a se agitar com força, mostrando que Gaara perdera a cabeça, e Hanabi não conseguia parar as lágrimas.

Quando olharam de novo para frente, a boca de todos caiu aberta. Uma grande esfera de lâminas de Chakra girava velozmente onde Hinata estivera anteriormente e um dos Anbus saiu voando dela quando a velocidade diminuiu. Hinata apareceu em posição de luta e disse:

– Hakkeshou Gutten (Oito Trigramas Ofensivos, Esfera Celestial).

Sem esperar que o outro ninja se recuperasse do choque, Hinata correu até ele e sentenciou:

– Hakke Hasangeki (Oito Trigramas, Esmagador de Montanhas).

Hinata controlou o tanto chakra que retirou para não matar o Anbu, mas deixou que ele caísse desacordado. Voltou sua atenção para o último Anbu, que a observava tranquilamente. A garota parou, conseguia ver perfeitamente as linhas de chakra no corpo dele, mas sentia que algo estava errado.

Quando ele correu em sua direção Hinata pode perceber o que tinha acontecido. Ela caira num Genjutsu fraco e agora era muito tarde para esquivar, concentrou o máximo de chakra que conseguiu em seu abdome e se deixou ser golpeada.

O soco foi em cheio e o ninja empurrou-a longe. Gaara ia interferir, mas Hiashi o impediu e aponto para a poeira que tinha levantado. Hinata tinha um pequeno filete de sangue escorrendo pela boca, mas fora isso estava inteira.

Irritada por ter caído em um truque tão bobo, Hyuuga Hinata avançou antes que o ninja pudesse sequer perceber, sua velocidade foi incrível:

– Hakke Hiasangi (Área Gentil dos Oito Trigramas, Rajada Divina).

O Anbu com a máscara de águia foi lançado longe por uma rajada de chakra e caiu desacordado no chão. Todos que observaram a cena estavam pasmos, principalmente Hyuuga Hiashi, que viu a filha executar com total perfeição vários dos jutsos mais difíceis do Clã. Gaara foi o único que reagiu rapidamente e correu até onde Hinata estava, a segurando pelos ombros e abraçando.

– Ela é a vitoriosa – decretou sério.

***

Kakashi olhava para os três jovens e o líder do Clã Hyuuga parados a sua frente e não conseguia acreditar na história que saíra da boca do mais velho. Naruto, que estava parado a seu lado, parecia tão perplexo quando o próprio Hokage. “Acho que a Hinata-chan realmente cresceu” pensou o loiro com um sorriso.

– Então, depois que tudo isso aconteceu você deixou-a ficar? – questionou Kakashi apenas para ter certeza. Ver que Shikamaru e Hinata não estavam ali era um grande indício para sua resposta, de qualquer maneira.

– Claro que a deixei ficar. Ela provou o quanto estava determinada a ficar naquela luta – respondeu Hiashi ainda frio. Nunca admitiria, mas sentira que era uma pena por ela não se transformar na próxima líder do Clã.

– Que bom que a Hina-chan encontrou alguém! – exclamou Naruto feliz. – E ainda bem que não foi o Kiba!

– O que quis dizer com isso, seu idiota? – perguntou Kiba irritado.

Akamaru latiu em concordância. Kakashi dispensou a todos e ficou olhando para a carta que a jovem Hyuuga e Shikamaru escreveram para si. Depois que todos saíram apenas sobre Shizune como sua companhia.

– Quer dizer que seu plano de juntar aqueles dois deu certo? – perguntou a secretária como quem não quer nada.

– Sim, com algumas reviravoltas, mas deu – sorriu por baixo da máscara. – Mas como você sabia que essa era minha intenção, Shizune?

– Porque era óbvio – falou parando ao lado de sua cadeira. – O que está escrito nas cartas?

Kakashi abriu a primeira, que era de Shikamaru e deixou que a mulher lesse consigo. Estava escrito o seguinte:

“Isso vai ser muito problemático, mas Kakashi-sensei espero que o senhor

Eu escolhi viver aqui por causa da problemática (A.k.a Temari),

então peço desculpas por qualquer inconveniente e se o senhor puder me fazer

um imenso fazer, eu gostaria que levasse essa carta para meus pais e fale que eu

a levarei para que eles a conheçam em breve. Mais exatamente assim que eu

arranjar um lugar decente para morar aqui.

Agradecido, Nara Shikamaru.

S.: Por favor, diga para Kurenai que eu e Hinata vamos visita-la sempre e que estamos preocupados com ela. Obrigado!”.

– Como sempre o Shikamaru é um cara de poucas palavras – comentou Shizune com um risinho. Kakashi concordou com a cabeça, estava feliz demais com o que os dois alunos conseguiram. – Vamos! Abra a carta da Hinata-chan.

“Kakashi-sensei, como vai? Tudo está correndo bem em Konoha?

Espero que esteja! Mandei essa carta para pedir desculpas por não

poder falar com o senhor pessoalmente, Sensei. Enfim, como já deve saber

eu decidi ficar em Sunagakure, porque eu e Gaara estamos juntos agora. Não

vou descrever tudo que aconteceu por aqui, Hanabi vai fazer um

bom trabalho lhe contando. Gostaria de dizer que serei sempre muito

grata por tudo que o senhor fez por mim. E como Anbu, gostaria de garantir que

todos os segredos de Konoha estarão bem gradados aqui comigo!

Gostaria de pedir para que o senhor ficassem de olho em Hanabi, não seu o que ela

pode aprontar.

Ah! Já ia me esquecendo, Gaara mandou-lhe um “oi” e

cumprimentos para Naruto-kun. Sem mais delongas, desejo-lhe um bom

trabalho e boa sorte, Kakashi-sensei!

Com muito carinho, Hyuuga Hinata.

S.: Diga a Kurenai-sensei que eu e Shikamaru iremos visita-la em breve. Diga que

apresentaremos Gaara e Temari para ela! Obrigada!”.

– Como sempre a Hinata-chan é sempre tão delicada – Shizune falou com um sorriso. Vendo que Kakashi parecia emocionado, ela saiu sem atrapalha-lo.

Enquanto olhava para as cartas, Kakashi começou a se preparar para sair. Tinha que ir falar com os Nara e com Yuuhi Kurenai. Aquela ia ser uma noite agitada para o Hokage da Vila da Folha.

***

Em Suna as coisas estavam agitadas. Hinata e Shikamaru receberam seus novos uniformes e agora eram Anbu da Vila Oculta da Areia. Para a sorte (ou azar) dos dois, sua líder de esquadrão seria Temari.

– Que problemático! – foi a única coisa que Shikamaru disse antes de levar um soco.

Hinata saiu de fininho, para deixar os dois sozinhos. Kankuro a acompanhou para fora da sala. Enquanto Shikamaru massageava sua bochecha esquerda, Temari batia o pé de forma irritada no chão.

– Por que você tem que ser assim, seu idiota? – perguntou raivosa.

O moreno revirou os olhos e soltou um suspiro. Aquela mulher deixava-o louco, em todos os sentidos possíveis. Aproximou-se devagar e puxou-a pela cintura. Temari cruzou os braços e fez cara feia.

– O que você quer?

– Que você cale a boca.

– Quem você acha que é...

Temari não teve chance de terminar sua frase. Shikamaru tomou seus lábios e prendeu-a em seus braços. A loira não fez nem questão de lutar, apenas o abraçou pelo pescoço e suspirou com os lábios colados aos dele. Esse era o único tipo de momento em que o ninja tinha o controle das coisas. Quando se separou, viu que Temari tinha as faces um pouco coradas.

– Venha – ordenhou ela puxando-o pela gola da camisa.

– Aonde vamos? – perguntou com um sorrisinho cínico no rosto.

A loira olhou para ele com o canto do olho e devolveu um sorriso malicioso: - Você está me devendo por essa agora e eu vou cobrar.

Shikamaru se segurou para rir. Por mais que sentisse falta de casa e do afilhado, ainda valia a pena. “Essa problemática vale muito a pena!” pensou enquanto via Temari fechar a porta do quarto.

Gaara ouviu batidas bem discretas na porta e sorriu, sabia quem era. Olhou para o relógio e viu que eram quase dez e meia da noite. Disse um “Entre!” e ouviu Hinata pedir licença e abrir a porta. Quase que seus olhos caíram do rosto, a garota usava uma camisola relativamente curta e roxo-bebê, com um robe vermelho-sangue por cima e seu cachecol. Por um momento sentiu ciúmes por terem a visto assim.

– Gaara? Precisa de ajuda em algo?

– Venha aqui – falou afastando a cadeira da mesa. Hinata se aproximou com passos rápidos e esticou sua mão para segurar a dele que estava levantada. Gaara a puxou para que se sentasse em seu colo. – Alguém te viu nesses trajes?

Hinata suspirou quando ouviu-o sussurar e começou a ficar vermelha: - N-n-não, só você.

– Ótimo... Agora, quero que me escute, Hinata.

Virou-se para ele curiosa, Gaara era um homem de poucas palavras, então Hinata sempre prestava muita atenção quando ele tinha algo a dizer.

– Aishiteru.

Os olhos da garota se encheram de lágrimas, mas o sorriso mais lindo que Gaara já vira na vida surgiu em suas faces.

– Aishiterumo – respondeu colocando as duas mãos em seu rosto. Hinata beijou-o delicadamente e Gaara se deixou levar por um tempo, antes de retomar o controle.

– Vamos, acabou o horário de trabalho por hoje – decretou se levantando com ela no colo.

Hinata riu e passou seus braços em volta do pescoço delgado de Gaara. O brilho que seus olhos verdes mostravam não deixava dúvidas do que se passava por sua cabeça, a Hyuuga ficou corada com a ideia, mas não achava nenhum problema nela.

Mais tarde naquela noite, enquanto observava Hinata dormir, Gaara parou para analisar tudo que aconteceu durante aqueles dias e sentiu como se toda a triste que vinha guardando fosse jogada fora, apenas pela simples visão da mulher a seu lado. Por um momento a memória de sua mãe veio a sua mente, sorrindo como se estivesse orgulhosa pelo que ele vinha fazendo e uma lágrima escorreu por sua bochecha.

Gaara bagunçou o cabelo ruivo com a mão livre e virou-se devagar e abriu a gaveta, que havia ao lado de sua cama, dentro estava a caixinha que Baki dissera que era de sua mãe. Pegou-a e deixou ao lado do travesseiro de Hinata, para que quando ela acordasse abrisse. Voltou a se ajeitar e abraçou a garota. Estava com sono. A última coisa que pensou antes de dormir foi: "E pensar que eu finalmente iria encontrar alguém que despertasse o meu coração".


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Notas finais do capítulo

Esse é o pingente que o Gaara deu para a Hinata (dentro da caixinha): http://www.giribeiro.com.br/fotos/68-1/colar-coracao-rubi-p.jpg

Vocês gostariam de um capítulo extra?? Tenho uma ideia, mas vocês tem que me dizer se querem ou não ;DD
Obrigado por terem acompanhando até aqui e espero que acompanhem outros trabalhos



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