A nova Geração Brasil escrita por Cíntia


Capítulo 25
Pegando abelhas


Notas iniciais do capítulo

Meninas, me desculpe pela demora, mas é que o tempo anda curto para mim. Os comentários de vocês me animaram muito e eu queria ter postado essa capítulo antes. De qualquer forma, espero que gostem e que comentem muito, pois isso sempre me anima a escrever.



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Por Megan

Davi e eu ficamos confusos e até preocupados depois do mal funcionamento dos drones. Aquilo poderia nos trazer a liberdade de fazer o que quiséssemos, ao mesmo tempo, certa insegurança, já que se nos deparámos com o perigo, ninguém saberia e não viriam em nosso auxílio. Havia algo mais, me perguntava se isso acontecera apenas com os nossos ou com todos. Também tinha uma pulga atrás da orelha, o que ocasionaria aquele erro, algum bug do equipamento ou fora um ataque programado? Quem sabe uma jogada de algum candidato ou até do meu dad querendo fazer mais testes com a gente.

Anyway, continuamos como se nada tivesse acontecido. Andamos pela trilha e chegamos ao caminho principal. Após um tempo nela, encontramos Danusa e Ernesto. Davi parecia preocupado e perguntou:

– Vocês viram o Vicente?

– Ele pegou uma outra trilha atrás dessa abelha- Danusa a mostrou no mapa do seu Esperto.

Percebi que essa informação não tranquilizou Davi, ao contrário. Assim, ele resolveu seguir os passos do sobrinho. Já começava a entendê-lo, o seu lado protetor era bem exacerbado, ele o demostrara comigo, e agora com Vicente, eu achava um tanto sweet. A sua preocupação com o garoto era genuína e fundamentada, entretanto sua partida me incomodou a little bit, mesmo não falando ou demonstrando, eu sentiria falta da companhia dele, além de ter ficado preocupada sobre seu destino.

Continuei com Danusa e Ernesto, conversamos sobre o momento em que nossos drones caíram, também havia acontecido com ambos, assim chegamos à conclusão de que deveria ter tido um bug em todos.

After a while, nós chegamos num ponto de apoio que tinha algumas motos e bugues da Marra. Percebi certa troca de olhar maliciosa entre Danusa e Ernesto, e entendi o que eles pensavam em fazer, já que não tinha mais drones nos filmando. Ernesto foi o primeiro a se sentar numa moto. Danusa parecia indecisa:

– Vamos, garotas, tem motos para todos – incentivou Ernesto.

– Não sei. Isso é contra as regras e os outros candidatos... – ela tentou argumentar.

– Essa é uma questão de sorte, não duvido que os outros também estão aproveitando a falta das câmeras. É a nossa chance, vocês não querem passar para a próxima fase?

–Ele tem razão, priminha. – concordei – Aproveite- vagarosamente, Danusa foi até uma moto:

– Você não vai pegar uma, Megan? – perguntou minha prima.

–Não. Acho que ela não vai ser muito útil na trilha que pretendo pegar – tentei justificar e Danusa continuou receosa – Vão! Vocês não tem tempo a perder.- falei, e prossegui no caminho enquanto vi Ernesto e Danusa partirem na minha frente.

Não podia acreditar no que estava fazendo. Eu detestava regras, as vezes, achava que vivia para quebrá-las. Mas minha justificativa sobre não pegar a moto, não passava de uma desculpa. Mesmo indo para uma trilha mais fechada, ela poderia me levar de maneira mais rápida até um ponto dela. Eu simplesmente preferi não usar aquela moto para ter uma vantagem indevida, quebrar uma regra que me favoreceria em relação aos outros. Eu não julgava Danusa ou Ernesto. Mas para mim era diferente, eu havia entrado de maneira justa no Geração Brasil, mesmo todos achando que não. Então havia uma mancha sobre mim, sentia um prazer secreto em saber que ela era falsa. Se eu pegasse aquela moto, isso não seria mais verdade. Queria ter a sensação de que passaria os desafios do concurso sem nenhuma vantagem, só pelos meus méritos. Ahhh! Podia ser uma bobagem, se não pegasse umas das abelhas, podia me arrepender, mas naquele momento sentia a secret pride por tal ato.

Continuei atrás da mesma abelha de antes só que por outro caminho. A trilha continuava sendo a mais complicada, mas eu pensava que dessa vez conseguiria, não entrava na minha cabeça que meu Dad colocaria um abelha num lugar impossível de se chegar. Então bem ou mal haveria uma forma de pegá-la.

While caminhava percebi que uma abelha havia sumido do mapa, e um tempo depois outra. Imaginava que Danusa e Ernesto as tinham pegado. Restavam duas abelhas ainda, e o sentimento de urgência me tomou. Eu estava num caminho de uma e aparentemente era a única nele. Secretamente torci para que Davi conseguisse a outra, não queria que ele saísse do concurso. Não ainda, não naquele momento em que eu.... Ahhh, eu estava tão afim dele.

Cheguei numa parte bem íngreme da trilha, um paredão. Pelo mapa do Esperto a abelha estava em cima dele. Mas sem os equipamentos apropriados, eu não conseguiria prosseguir. E não tinha esses equipamentos. Não!!! De novo, não! Não podia ser, meu dad não a colocaria num lugar impossível de chegar ou colocaria?

Estava so angry , chutei a terra e as folhas a minha volta. Eu voltaria com as mãos abanando again? Tinha que pensar! Think Megan! Não podia ser impossível chegar naquela fucking bee! Assim olhei para cima e vi uma árvore mais alta. Ela alcançava o topo do paredão. Era isso!

Não era muito hábil para subir em árvores, mas after algumas tentativas, many quedas, eu estava totalmente dirty (meus amigos da Califórnia nem acreditariam que aquela era Megan Lilly), cheguei ao topo do paredão. Quando vi a abelha a minha frente, a poucos passos, soltei um grito e pulei de felicidade. Corri até ela e a peguei. Eu havia conseguido, sem quebrar regra alguma ou desfavorecer ninguém, eu tinha conseguido!

Por Davi

Megan ficara com Danusa e Ernesto no caminho principal para eu ir atrás de Vicente. Torcia que aquela crazy girl não arrumasse confusão. Muitas vezes, parecia que as confusões brotavam em volta dela. E por isso, talvez não fosse muito prudente deixá-la.

Só que eu temia por Vicente. O garoto era esperto, mas sendo tão novo e menor, em um confronto físico com os outros candidatos provavelmente levaria a pior. Eu havia prometido a Verônica que cuidaria dele, mesmo assim o deixara sozinho, agora tinha a sensação que podia acontecer algo ruim, ainda mais depois que os drones quebraram e não havia imagens dos nossos atos. Se tratando de uma competição, imaginava que a falta de fiscalização pudesse despertar o pior das pessoas. E para completar eu não sabia do paradeiro do candidato mais sinistro e perigoso, Zac Virus.

Apertei o passo, após umas boas horas, cheguei ao meu destino. Via a última abelha que restava na ilha, mas no meu caminho até ela, havia uma cena preocupante: Zac atacava Vicente e esse tentava se defender. Não pensei duas vezes, e fui até os dois, puxei Vicente do confronto, e olhei furioso para Zac:

– Então chegou mais um nerd para pegar a minha abelha? –Zac disse irônico.

– Seu covarde, só consegue bater num menino, é isso? – o provoquei.

– Não seja por isso... Se você quer, te enfrento também!

Seu punho veio em minha direção, mas eu estava preparado, desviei, e o soquei. Zac caiu e vi que sua boca sangrava, ele parecia desorientado. Virei para Vicente para perguntar se ele estava bem, mas senti um pancada por trás e fui ao chão. Aquele cara era um covarde mesmo e pulou em cima de mim. Nesse momento, Vicente tentou me ajudar e começou a bater em Zac. Era tudo muito confuso e não sabia de onde as pancadas vinham. Após algum tempo de briga, já com algumas partes do meu corpo doloridas, escutei um barulho alto, e logo depois vimos uma projeção de Jonas Marra acima da abelha:

– O desafio está terminado! Todos os participantes devem voltar para a praia. – era uma mensagem curta e direta, que tirava as nossas esperanças, aquela prova havia acabado, e como Zac, eu e Vicente não tínhamos uma abelha, sabia que não passaríamos para a próxima fase.

Por Jonas

O momento de aflição já havia passado, mas mesmo assim Verônica ainda continuava muito nervosa. Em certos momentos, cheguei a pensar que ela me mataria, aquela mulher tinha garra, eu reconhecia e gostava disso, mas por outro lado, não gostei de vê-la tão aflita, enquanto eu de certa forma tinha um pouco responsabilidade naquilo.

Assim imediatamente após as coisas se acertarem, me aproximei dela e a abracei. Um abraço carinhoso e apertado. Ela não resistiu, relaxou em meus braços, e apoiou a cabeça em meu ombro. Enquanto estava assim com ela, olhei para Murphy que entendeu o que eu queria e nos deixou a sós.

Depois dos vários acontecimentos, inclusive a noite que passamos juntos, Verônica precisava ser confortada. Nós ficamos naquele abraço gostoso por algum tempo, eu sentia a sua temperatura, ela era tão quente, e o seu delicioso perfume. Era tão bom.

Só que Verônica desfez o nosso abraço e me olhou, apesar de não chorar realmente, seus olhos estavam marejados:

– Verônica, está tudo bem agora – disse calmo, sorri e alisei o seu rosto.

– Não, não está. E as coisas que se resolveram, ainda foi necessário a ajuda do Davi. – ela tinha razão.

– Quanto as coisas que não se resolveram, você está falando da gente? – perguntei tirando a minha mão do rosto dela.

– Não há a gente, Jonas. Somente eu e você, separados. O que aconteceu foi um erro e não pode acontecer de novo!

– Verônica, a sua boca fala isso, mas quando olho para você, parece que seu corpo, seu olhar dizem algo diferente. – intenso, me aproximei dela, e a beijei de maneira doce e calma. Ela correspondeu no início, mas depois se afastou e me olhou firme.

– As últimas horas foram cheias de emoções, me sinto fraca, culpada, destruída... Eu estou agindo assim, mas sei o que devo fazer e não é nada do que você quer. Eu não vou continuar com o seu perfil, não posso! Se pudesse me afastava definitivamente de você, mas tenho que continuar com a cobertura do concurso.

– Verônica... – tentei argumentar, mas ela continuou falando.

– Não, Jonas. Agora que as coisas se acalmaram, e os meninos já vão sair da ilha. Eu vou embora, por favor, chame o helicóptero para me levar e não me procure mais.

– Você tem certeza quanto a isso? Quanto ao perfil também?

– Tenho – ela disse firme.

Percebi que não adiantava argumentar naquele momento. Verônica estava decidida, precisava de um tempo e eu daria isso a ela. Mas não desistiria dela, eu era persistente e obstinado, não podia e não conseguiria ficar afastado, a loucura que Verônica causava em mim ainda me dominava, eu precisava senti-la por inteiro. Só esperava que ficando mais vezes com ela, essa vontade se abrandasse com o tempo. Pois se não... Não, aquela vontade diminuiria, eu conseguiria me acalmar, não tinha espaço em minha vida para uma alternativa.

Após a partida de Verônica, voltei meus pensamentos para o concurso. Esse é que deveria ser o meu foco e não ela. Os participantes já chegavam na praia e eu me preparei para encontrar com eles. Depois que todos estavam em seus lugares, apareci e comecei a fazer o meu pronunciamento:

– O desafio da caça ao tesouro nos trouxe muitas surpresas. Agora, uns estão seguros e outros não tão seguros sobre o seu resultado. Entretanto digo uma coisa, todos serão surpreendidos...


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Que surpresa será essa que Jonas falou? Quem vai continuar no concurso? Esse foi um capítulo mais para resolver algumas coisas, mas foi necessário... Espero que comentem muito, pois tem muita coisa para acontecer ainda e alguns acontecimentos estão bem próximos, eu só preciso preparar antes. Até o próximo gente, não deixem de comentar, espero conseguir postar mais rápido que esse.