A nova Geração Brasil escrita por Cíntia


Capítulo 23
Impulsividade


Notas iniciais do capítulo

Meninas, muito obrigada. Adorei cada comentário, vocês me deixaram muiiiito feliz, valeu... Sei que demorei um pouco para postar, mas é que realmente não deu ( qq coisa leiam o fim ou o cap anterior para relembrar)... Mas agora cheguei de viagem e vou ver se consigo postar mais rápido, mas claro que vocês podem me ajudar e me inspirar com seus comentários... Espero que gostem desse capítulo, fiquem com os nossos 4 narradores....



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Por Verônica

–Jonas, chega ... -falei num momento de lucidez e me desvencilhei dele.

Mas não consegui me afastar muito, já que ele veio dominador, segurou os meus ombros, me mantendo bem perto dele, como ele tinha pegada, nooossa! E me olhando com seus olhos intensos, Jonas disse rouco e ofegante:

–Eu estou sonhando com o gosto do seu beijo desde o momento em que te conheci. E agora que senti, eu quero mais, preciso sentir mais ...- suas palavras me deixaram confusa.

–Tá errado ... - tentei justificar, eu me sentia tão fraca e propensa aos seus encantos, torcia para que ele parasse de me tentar, mas ele não me deixou argumentar.

–Verônica, não me negue isso. Eu preciso te sentir inteira... Só penso em você, se eu não ... Acho que vou enlouquecer ... - Jonas parecia desesperado e me beijou novamente com ânsia e fúria. Eu me deixei levar, e parei de pensar no que era correto. O meu desejo assumiu as meus atos.

Jonas causava sensações em meu corpo que me faziam sentir viva, talvez eu nunca tivesse me sentido tão viva, pois naquele momento era como se ele estimulasse cada célula do meu corpo. Assim estava envolta em seus braços, refém dos seus, dos nossos movimentos. O calor me dominava. Eu estava completamente seduzida, afinal só pensava nele e o desejava há tanto tempo. Não tinha jeito, já que estava no inferno, deixaria a lava me queimar e o fogo me consumir. Como ele, eu precisava senti-lo todo, as suas mãos em meu corpo, as minhas no dele, ahh, por mais que negasse, precisava dele dentro de mim, senão também ficaria louca.

Depois de um bom tempo, interrompemos o nosso beijo. Com a respiração entrecortada, ele me olhou abrasador, entendeu que eu estava dominada e sorriu. Parecia até estar mais calmo...

Jonas tirou o seu roupão rapidamente e o vi com apenas uma cueca boxer preta. Ele não tinha um corpo escultural. Nada de características afetadas ou exageradas. Não era muito musculoso, apesar de ter músculos em algumas partes, como nos braços fortes! Ahh, como eu desejava que eles me apertassem. Na verdade, assim quase nu, ele me parecia muito humano, tinha um pouco de pelo no peito (o que eu gostava), e até uma barriguinha. Não cumpria o ideal de beleza perfeita, mas o achei tão atraente, ainda mais com aquele jeito e olhar intensos, Jonas Marra era personificação do charme para mim. Naquele momento, ele me deixou sem ar e nem precisou me tocar!

Entretanto ele sabia me tocar como ninguém... E voltou a beijar o meu pescoço com cuidado, o que me deixava alucinada. Suas mãos percorriam o meu corpo. Eu também me arrisquei, o apertei, gemi (assim como ele) e disse o seu nome baixinho enquanto espasmos e arrepios atingiam todo o meu corpo. O toque dele era suave, mas suas mãos tinham certa firmeza, e me passavam tanta vontade.

Ao beijar o meu ombro, Jonas abriu o meu roupão, o deixando deslizar pela minha pele, me causando mais sensações intensas. A minha ansiedade era grande. Eu mal conseguia respirar e queria que ele chegasse ao clímax ... Pois a cada movimento e toque dele, a minha vontade e espasmos aumentavam. Meu roupão caiu no chão e ele me viu apenas de calcinha, um sorriso enorme de satisfação se abriu em seus lábios, seus olhos brilhavam:

–Você é tão linda... quantas vezes te imaginei assim, e é muito melhor do que... - ele não terminou a frase.

Mas abaixou os olhos cheios de desejo, e começou a tocar e a beijar os meus seios, uma sensação de êxtase tomou conta de mim, senti as minhas pernas bambearem, não sabia se conseguiria ficar de pé se ele continuasse com aquilo por muito tempo, mas isso não foi um problema, já que Jonas me guiou até a cama e se jogou em cima de mim.

Em pouco tempo, as últimas peças de roupa que ainda separavam as nossas peles foram jogadas ao chão. Jonas me tomou com vontade e em outros momentos delicadeza. Nos amamos torridamente por um longo tempo. E por mais que já tivesse imaginado ou sonhado com aquilo, nunca pensei que seria tão bom... Nunca fora tão bom para mim. Me sentia plena nos braços de Jonas e apesar de todos os problemas que vinham com aquele ato, eu dormi feliz e completamente satisfeita nos braços fortes do meu, pelo menos naquele momento ele era meu e eu era dele, Jonas Marra.

Por Jonas

Acordei sentindo o delicioso perfume de Veronica com aquela pitada de erva doce. Estava amanhecendo e ela ainda dormia serena deitada em meu peitoral. Acariciei o seu rosto, e sorri. Ela estava tão linda.

A noite tinha sido ardente e avassaladora. Maravilhosamente ardente. Que mulher era aquela, ela não me deu sossego, nem eu a ela! Mas também, talvez eu nunca tivesse sentido um desejo tão intenso quanto naquela noite.

Verônica tinha esse poder sobre mim, ela fazia o meu corpo ferver até nos momentos mais corriqueiros. Ao mesmo tempo, que acalmava a minha mente com a sua presença... Ela assumia os meus pensamentos contra a minha vontade. Mesmo com tantas coisas para resolver, tantos problemas, e pouco tempo para isso, mesmo esse sendo o pior momento para eu ter tais sentimentos, para começar um caso... Ahh, eu tentei, resisti o quanto pude, mais do que resisti a qualquer outra coisa ou pessoa em minha vida. Só que eu precisava tê-la. Finalmente a havia possuído, e agora estava estranhamente aliviado. Acima de tudo muito feliz.

De certa forma, pensava que se eu a tivesse, aquele meu desejo louco acabaria. Que eu a queria tanto porque nunca a sentira, e como era um homem obstinado, não conseguiria tirá-la da minha mente até... Já acontecera isso com outras mulheres, não com a mesma intensidade, mas acontecera sim... Só que mesmo depois de levá-la para cama, o meu desejo por Verônica não acabara. Eu ainda a desejava intensamente. Queria beijá-la e senti-la como na madrugada. E só não a acordei, porque também me agradava vê-la dormindo calmamente, me trazia certa paz e alegria. Além do mais, imaginava que ela deveria estar exausta depois dos momentos que passamos.

Eu poderia me conter agora, e realizar o meu desejo depois, se bem que se eu conhecesse Verônica do jeito que imaginava, talvez ela não agisse de maneira cordial ao acordar. Mas de qualquer forma, eu resolveria as coisas quando a hora chegasse se fosse preciso.

Me levantei com cuidado para não acordá-la, e antes de sair do quarto sorri encantado ao vê-la. Não resisti, voltei e beijei o seu rosto com suavidade para não despertá-la. Com os garotos na ilha, eu tinha que ver algumas coisas do concurso, pretendia voltar depois, e torcia para que ela não acordasse até lá. Mas suspeitava que com aquele sono profundo, Verônica não despertaria tão cedo.

Por Megan

Eu estava meio dormindo e meio acordada. Escutava o som de pássaros a minha volta, sentia o corpo mole, adormecido, e resistia a abrir os olhos. Tinha uma sensação estranha, era como se alguém me abraçasse... Aquilo era reconfortante, eu me sentia segura. Só que não me lembrava de ter dormido assim. Dessa forma, a curiosidade foi tomando conta de mim, abri os olhos e vi Davi com os braços a minha volta. Instintivamente sorri não sei nem direito porque, já que eu não gostava dele ou gostava?

Anyway, no dia anterior as coisas tinham sido diferente entre a gente, foi muito bom, pois nos entendemos em muitos momentos, fomos parceiros em algumas ações. Davi me parecia tão protetor, nós conversamos de maneira civilizada e despojada. Jesus, ele com certeza mexia comigo!

Dormindo, ele estava cute, seu abraço era tão gostoso, e eu me sentia so happy. Fiquei aproveitando aquela situação inesperada por alguns instantes, pois imaginava que aquela paz com Davi não duraria muito.

Havia o concurso. Yep, o concurso! E o desafio de encontrar a abelha. Talvez aquele fosse o melhor momento para nos separarmos, nós éramos adversários e preferia que essa situação de cumplicidade fosse encerrada sem discussões.

Me levantei com cuidado, peguei as minhas coisas e fui embora. Não era uma atitude nobre, mas eu e Davi estávamos em uma disputa, não era o momento para ações nobres. Sem contar que gostei a lot quando nos aproximamos. E isso podia se tornar um problema. Davi tinha um lado encantador, e com ele agindo de maneira amigável, maybe eu... Ahhh, shit ... Eu não podia me deixar envolver, não gostava de mim quando ficava emotiva, o concurso não permitia relacionamentos, não que regras me contivessem, mas ele era o Golias, tinha aquele jeito difícil, e ainda havia o meu dad. O melhor era cada um no seu lado mesmo.

Por Davi

Estava um pouco chateado, ou melhor, muito chateado. Me sentia traído, mesmo que eu e Megan não tivéssemos firmado acordo algum, ela não precisava ter partido daquela maneira sorrateira. Ela nem havia se despedido, ora! Nossa, eu não sabia o que pensar daquela garota. Ela sempre agia de maneira inesperada... E o pior é que eu gostava disso. Estava bravo, mas gostava.

Enquanto ia atrás dela, ou melhor, da abelha, já que imaginava que Megan seguira esse rumo, tentava entender porque ela sumira. Será que depois de passar a tarde e a noite comigo, com aqueles bons momentos, ela ainda imaginava que eu roubaria a sua abelha? Ou era tão ambiciosa ou traiçoeira mesmo e só queria consegui-la antes de todos? Antes de mim?

Lembrei do dia em que a conheci. Ela já chegou me abraçando, eu a desejei desde aquele primeiro momento, e no concurso, esse desejo só aumentou. Mas vieram tantas discussões, e não sabia o que ela queria comigo, o que eu representava para ela! O que ela representava para mim?

Ahhh! Esse não era o momento para devaneios sentimentais. Eu tinha que alcançar Megan para provar nem sei o quê ou para quem... Mas algo me dizia que tinha que alcançá-la. E apressei o meu passo.

Após algum tempo, avistei um espécie de paredão que me impedia de continuar subindo naquela margem do rio, de qualquer forma, já havia chegado na altura da abelha. Mas ao olhar para o rio, ele continuava largo, cheio de pedras e com uma correnteza muito forte que inviabilizava a sua travessia, a menos que a pessoa quisesse morrer em sua tentativa.

Notei Megan sentada quieta perto do rio olhando para a outra margem. Nós havíamos chegado a um beco sem saída. Só que eu não me importava tanto com isso. E por um instante, veio um sentimento de satisfação pelo fato de ela ter vindo sem mim, e não ter conseguido nada mesmo assim!

Me aproximei dela, e vi o seu rosto. Ela me parecia tão melancólica, que minha raiva ou minha vontade de dizer bem feito desapareceu. Ao invés disso, eu queria consolá-la. Me agachei e coloquei a mão em seu ombro:

–Megan, vão bora. Não tem como pegar essa abelha, pelo menos não daqui!- disse calmamente.

–Tem que ter um jeito, Davi. Eu cheguei tão perto, tô conseguindo vê-la... Não posso deixá-la escapulir assim das minhas mãos - ela disse um pouco alterada.

–Você se arriscou, eu me arrisquei. Às vezes, as coisas não dão certo. Vamos! Ninguém pegou uma abelha. Ainda há tempo, você pode tentar outra- tentei convencê-la, e até peguei em sua mão puxando-a.

–Não, os outros devem estar mais perto do que eu! Eu tenho que conseguir essa- ela disse obstinada e se levantou com um olhar estranho- Você acha que eu não consigo? Que eu não posso?

–Bad girl, não é isso... Não se trata de você ou de poder. É só que ... me levantei, não sabia o que dizer, ela estava agitada, e um temor começou a se formar em mim.

–Pois eu consigo! Vou mostrar! Há uma maneira de pegar essa abelha.- ela falou rápido e entendi o que ela pretendia fazer, mas não tive tempo para reagir.

Ela correu e pulou no rio, eu não podia acreditar no que via. Ela era não somente uma bad girl, Megan era uma crazy girl. Meus batimentos se aceleram, talvez eu estivesse em choque. A correnteza começou a puxá-la, o perigo que ela corria era enorme. Aquela loucura não acabaria bem, eu tinha certeza.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Muitos acontecimentos nesse capítulo, hein? Será que algo vai acontecer com a Megan? E como Verônica irá reagir depois que acordar?
Se gostou, se tá curiosa e se importa com a continuidade da história. Comentem, favoritem, recomendem (essa história não tem nenhuma recomendação ;(), se gostar, isso me anima e me deixa com vontade e inspiração para escrever...