O aniversário de Alice foi ótimo e até encontramos Juliana e Daniel na praia, acredita? Mas, infelizmente, tudo que é bom acaba rápido. Chegou a semana de provas e começamos a estudar.

Seu Osvaldo e Barbara fizeram eu e Alice ficarmos separados para não distrairmos, mas até que essa semana passou rápido. Depois dela, mais ensaio da peça. Tínhamos que ficar afiados e saber todas as falas na ponta da língua, como dizia a nossa professora de Português. E para finalizar o mês de maio, nosso professor de História ainda passa um trabalho sobre a comparação entre a Primeira e Segunda Guerra Mundial. Eu e Alice nem tínhamos tempo de ficar juntos, de namorar um pouco. Nem comemoramos nosso terceiro mês de namoro.

Junho chega e com ele, meu aniversário. Dia 4 de junho. Mas, esse não seria um aniversário qualquer, eu iria fazer 18 anos. No dia, fui acordado pela minha namorada:

– Bom dia, aniversariante!

– Oi... Bom dia.

– Parabéns! Tudo de bom para você, meu amor! Eu quero ler um poema para você...

Hoje é um dia muito especial para mim! É o seu aniversário! Neste dia especial, eu quero te falar do meu amor por você. Eu quero te falar que te amo! Eu desejo neste dia, toda a felicidade para você, que tanto tem representado para mim! Obrigada, meu amor... Por você existir! Feliz Aniversário!

Me emocionei muito e abracei Alice muito forte e agradeci. Depois, Barbara e Seu Osvaldo falaram comigo e me deram cinquenta reais de presente. Diferente do aniversário de Alice, no meu, nós não saímos, fomos para a escola.

Na escola, ensaiamos a peça umas três vezes e a manhã passou rápida. Eu estou até gostando de atuar. Quando cheguei em casa, havia uma festa surpresa, com bolo e bexigas e até um painel escrito "Feliz 18 anos, Diego!". Fiquei muito feliz e realmente, me surpreendi. Mas, meu pai não estava lá, era só isso que faltava. Á noite, recebo uma chamada no Skype.

– Pai?

– Oi, filho. Eu queria te desejar um feliz aniversário, muita saúde, paz, alegria e amor! Parabéns pelos 18 anos de vida, meu filho! Eu te amo muito!

– Ah, pai, obrigado! Obrigado por tudo! Eu também te amo muito!

– Sua mãe estaria tão orgulhosa de você, Diego. Você não tem noção de como ela te amava...

– É, eu sei, pai...

– Mas, você tem a Barbara aí... Ela não é sua mãe mas é sua madrasta...

– E nem parece madrasta! Ela está mais para minha irmã!

Ele ri e se despede.

– Tchau.

Nesse dia, todos nós fomos dormir cedo, por volta das nove. No quarto, comento com a Alice sobre a conversa com meu pai:

– Que legal! Mesmo seu pai estando longe, é bom saber que ele se importa com você.

Concordei e dez minutos depois, ela já estava dormindo. Peguei no sono, admirando-a.