Química Perfeita escrita por Matheus Cardoso


Capítulo 23
Capítulo 12-ALICE




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De repente, de manhã, no dia seguinte do aniversário de Diego, Barbara exclama:

– Eu tenho que fazer um chá de bebê para elas! Eu tenho que comemorar a vinda delas ao mundo!

– O quê? Como assim?- pergunta meu pai.

– Um chá de bebê, ué... Ai, que dor nas costas, meu Deus do céu!- Barbara grita, se levantando.

– Para quando? Mês que vem, né?- pergunto.

– Olha, gente! Elas estão se mexendo! Rápido, ponham a mão aqui!

Meu pai se levanta logo e fala como elas são lindas, fofas e ativas. Se ele já é assim, quando elas estão na barriga, imagina quando elas nascerem. Barbara se senta e explica sua ideia:

– Bom, geralmente, se fazem chá de bebê com 28 semanas. Eu já estou com 28 semanas e parece que minha barriga não vai parar de crescer, mas tudo bem. Eu quero fazer dia 7.

– De julho, né?- pergunta meu pai.

– Claro que não! Sete de junho!

– Mas, sete de junho é sábado agora! Como você quer planejar uma festa em três dias?- Diego indaga.

– Vai ser só para a gente! Eu não conheço ninguém aqui no Rio.

– Uma festa para quatro pessoas?! Fala sério, Barbara!- eu digo.

– Chama a Juliana e o Daniel, aí ficamos seis.

– Tá! Se é assim que você quer, vamos fazer, então.- concluiu, meu pai.

Daquele dia até sábado, preparamos a festinha para celebrar a vinda de Clara e Mariana. Compramos todo o material, tudo necessário para as festas. Sim, as festas. De acordo com uma reportagem que Barbara viu na televisão, os gêmeos devem ser tratados como duas pessoas diferentes e não como uma pessoa só. Por isso, Barbara quis fazer duas festas em uma, uma cada uma das gêmeas. O quintal foi dividido em dois por um TNT preto. Na parte um, havia uma placa rosa pendurada no alto, escrito: "Bem vindo ao chá de bebê da Clara" e na outra parte: "Bem vindo ao chá de bebê da Mariana".

Na parte da Clara, tudo estava rosa, tudo com a letra C e em um painel atrás de uma mesa com bolo, havia um banner com a ultrassonografia mostrando só a Clara.

A mesma coisa, estava na parte da Mariana, sendo que a cor era lilás e tudo estava com a letra M.

De tarde, chegaram os convidados e a surpresa. Juliana chamou a mãe dela Dona Sônia e Daniel chamou a mãe dele também, dona Patrícia, que chamaram suas amigas. Em um minuto, nosso quintal ficou com umas vinte pessoas.

– Primeiro, temos que perguntar a Barbara que podemos ficar... Barbara, podemos?- pergunta Juliana em um microfone.

– Claro que sim!- Barbara grita.

Olhei para meu pai e percebi que ele não gostou muito de ver muita gente em casa. A festinha durou pouco, pois tínhamos poucas coisas, além de só termos começado a planejar a festa três dias atrás, não imaginávamos que iria ter mais do que seis pessoas. Mas, foi tudo muito bom e a frase marcante daquele dia foi de Barbara dizendo, toda hora:

– Ai, como eu estou ansiosa para ver os rostos delas!


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