Química Perfeita escrita por Matheus Cardoso


Capítulo 2
Capítulo 1-DIEGO




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No sétimo dia de 2014, eu recebo a notícia de que vou ter que me mudar para outro estado . Em uma tarde ensolarada, lá estava eu, meu pai e minha madrasta, que namora o meu pai há seis meses no quintal de casa, sentados:

– Diego, eu e Barbara decidimos que você vai morar com ela no Rio de Janeiro.

– Mas, pai, e a escola?

– Eu já consegui uma transferência.

– Ah, meu Deus! Eu não consigo acreditar! Como é que vocês fazem uma decisão dessas sem falar comigo?

– Você é menor de idade ainda. Não tem que decidir nada.- diz meu pai, friamente.

– Eu vou poder ver meu pai e minha irmãzinha depois de dez anos!- diz Barbara.

– Você tem uma irmã?- pergunto.

– Sim, agora, ela deve estar... Com a sua idade, eu acho.

– Sério? Que legal!- eu digo, com um ar malicioso.

– Seu pai não tem tempo de cuidar de você, nem Brenda...

– Brenda não gosta de mim, essa é a verdade! Ela não gosta de me ter como sobrinho!

– Diego! Não fala assim da sua tia! Ela cuidou muito de você, desde que você nasceu!

– Então, está tudo certo... Eu já comprei duas passagens para o Rio. O voo vai ser dia 2 de fevereiro e meu pai vai nos pegar no aeroporto.- diz Barbara, interrompendo meu pai.

– Ah, eu não vou conseguir acreditar até eu chegar lá! Porque vocês querem me tirar de Curitiba? Só porque fui expulso do colégio?

– Só porque você foi expulso? Não, não é por isso. Você foi expulso por quase matou aquele menino da sua turma por causa de uma garota!- meu pai grita.

– Calma, Augusto, não precisa gritar!- exclama Barbara.

– E a minha banda? E meus amigos, Luciano e Marcelo?

– Você vai ter que acabar com isso. Vai até ser bom porque você vai se concentrar mais nos estudos.- meu pai fala.

– Você vai gostar do Rio, Diego. Você nasceu lá.

– E vim para cá aos dois anos. Eu sei essa história de cor. Só não sei porque eu não posso ficar aqui!

– Diego, eu já disse! Você não vai ficar sozinho em casa por 2 meses e depois de uma semana, por mais 2 meses... Brenda tem a vida dela e não pode ficar com você. Barbara se ofereceu para te ajudar e você vai morar com ela! Quer você goste ou não!- ele se levanta e grita.

– Está bom! Eu já entendi!- eu disse, automaticamente, depois da gritaria. Eu não queria mais ouvir a voz do meu pai. Levantei e fui para o meu quarto.

"Eu tenho que fugir dessa realidade"- penso, enquanto deito na minha casa e coloco meus fones nos ouvidos e ligo o celular.


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