Química Perfeita escrita por Matheus Cardoso
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem!
Bom leitura!
Eu gostei do filme. Gostei mais ainda de ter ido ao cinema com o Diego, pena que não deu para ele sentar perto de mim, mas tudo bem. Pudemos nos olhar e sorrir um para o outro mesmo assim.
Na hora de deixar Juliana e Daniel no prédio deles, Daniel inventa a ideia de querer jogar futebol com o Diego. No início, não gostei da ideia mas deixei rolar. Meu pai permitiu e nos deixou ali mesmo.
Subi com Juliana até o seu apartamento.
– E então, Alice? Só eu, mas você também percebeu que o Diego não parava de olhar para você no cinema?
– É... Eu percebi também.
– Será que ele gosta de você?
– Sei lá, Ju!
– Mas, e você? O quê você acha dele?
– Ah, ele é legal, bonito, interessante...
– E então? Você gosta dele!
– Ele é enteado da minha irmã!
– E daí? Ele não tem nenhum parentesco com você!- ela argumenta.
– Barbara vai ter um filho, esse filho vai ser meu sobrinho e irmão dele!
– E daí? Já vi casos de primo com prima, o que é pior. Vocês não tem nenhum parentesco! Esquece isso!
– Para de bancar o cupido, Juliana!
Mudamos de assunto e resolvemos assistir "A Última Música". Quando dou por mim, já são dez para as sete.
– Juliana! Sua doida! Já são quase sete horas! Eu tenho que ir embora! Tchau!- eu grito, andando até a porta e calçando minhas sapatilhas.
– Calma, Alice! Que pressa é essa? Vai tirar seu pai da forca?
Nem respondi, entrei no elevador e fui até o playground. Encontrei Daniel e vários garotos em volta de Diego, que estava sentado em um banco. Corro até eles e pergunto:
– O quê houve?
– Ele torceu o tornozelo.- Daniel responde.
Olho para Diego. Ele está todo sujo, suado e com uma bolsa de gelo no tornozelo.
– Diego, já está na hora de irmos.
– Tá bom, Alice. Chama o seu pai, então.- ele disse, baixinho.
Ligo para o meu pai, mas não falo nada sobre o tornozelo torcido. Quando volto para lá, Juliana estava lá no meio.
Quando meu pai chegou, falo para ele o quê aconteceu. Ele, Juliana, Daniel e eu pegamos Diego no colo e o colocamos no carro. Nos despedimos de Ju e Dani e seguimos rumo a nossa casa.
Barbara quase morreu quando viu o enteado com o tornozelo torcido, mas depois se acalmou. Ele ficou o resto do dia na cama, com aquela bolsa de gelo no tornozelo, que me fez lembrar aquele dia que eu estava com cólica.
Vi que precisava ajudar o coitadinho, fui até a cozinha e peguei um copo de água e fui para o quarto.
– Oi.- cumprimento.
– Oi.
– Tudo bom? Eu trouxe água para você.
– Ah, obrigado. Não precisava...
Me aproximei dele e coloquei o copo no criado mudo.
– Claro que precisava! Eu me importo com você...
Meu Deus! Eu não acredito que disse isso!
Logo depois, ele tentou se sentar, colocando o tornozelo no chão e gritei:
– Está doido? Você vai cair!
Fui segurá-lo e ficamos frente a frente. Sem reação alguma, ele me beijou. E foi tão bom! Meu primeiro beijo aos 16 anos. Um minuto depois, ele se deita e olha para mim, fiquei sem reação de novo e ouvimos a porta ranger. Olho para atrás e vejo Barbara.
– Desculpa... Eu não queria interromper.
Olhei para Diego e ele estava vermelho de tanta vergonha! Lembrei do beijo e pensei: "Eu estava realizando um sonho, mas ainda estava nele , não acredito que isso aconteceu."
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