Glass Eyes escrita por PsicodeliCahh


Capítulo 6
Verdade Disfarçada de Teoria?


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE!!!
Finalmente eu estou aqui com um capitulo fresquinho que eu acabei de acabar! E eu teria terminado antes, se não tivesse viajado e esquecido o notebook em casa.
Mas vamos parar de enrolar e bora com o capitulo!
Ate!



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Jack e Rebecca passavam horas de cada manha falando cada vez mais sobre suas experiências com creepypastas e crimes em geral, cada um se impressionando mais com o que sabiam.

Mas essa manha foi diferente...

Como faziam toda manha, Jack lia os artigos e Becca comentava sobre eles, sempre mostrando seu ponto de vista e suas teorias para casos não solucionados, e como sempre, eram ouvidas com atenção. Mas uma pergunta mereceu uma resposta diferente.

– Becca? – Jack chamou-a baixo

– Sim?

– Você acha mesmo que tudo isso é real? Quero dizer... Você acha que tudo isso aconteceu mesmo?

– E por que não acharia? Você não ouviu tudo o que eu disse até hoje? Essas historias são reais e ninguém vai mudar minha opinião! – Becca respondeu com uma voz firme e decidida, que fez Jack acreditar que, realmente, ninguém iria mudar a opinião da garota. – O governo pode esconder isso das pessoas, mas de mim não.

– O governo?... O que? – O que ela estava insinuando? Desde quando o governo tinha alguma coisa a ver com isso?

Becca chegou um pouco mais perto dele, abaixando o tom de voz.

– Você vai sair daqui como se nunca tivesse ouvido isso. – Jack assentiu e ela continuou. – E se todas as creepypastas fossem reais e interagissem com o mundo? E se elas espalhassem suas próprias historias na internet para despistar o governo mundial? Eu penso que se todas as pessoas começassem a fazer suas próprias historias com esses “personagens”, a policia acharia que esse determinado assassino simplesmente não existe e procuraria um criminoso que se encaixa melhor no perfil do assassinato. Assim, eles não precisariam se preocupar em ser pegos e poderiam matar a vontade.

Jack ficou parado por alguns segundos para acreditar que Becca havia descoberto quase tudo o que eles tentavam esconder de todos. Bem, quase tudo, ainda havia algumas coisas erradas, e ele se arrependeu de ter aberto a boca.

– Acho que por mim, eles não colocariam as próprias historias, mas sim outra pessoa ou criatura, uma que comanda todos os outros. Pois pensa bem, não são em todas as creepypastas que o assassino realmente gosta de matar, então não seria estranho ele colocar sua própria historia na internet? Se eu fosse um deles, com certeza sentiria pelo menos algum tipo de remorso. – Ele teve vontade de se socar por ter falado isso. “Isso Jack! Abra sua bocona que por sinal é mesmo grande e bizarra! Seu idiota!”.

– Faz sentido... – Rebecca fez uma pausa para pensar. Seus olhos refletindo o rosto de Jack, o que o fez desviar o olhar, não queria se ver de novo, principalmente depois do que aconteceu na ultima vez em que se atreveu a olhar. – Mas então quem seria essa tal criatura por trás de tudo? Com certeza precisa ser alguém poderoso, e precisa existir há muito tempo para controlar todos esses assassinos... Bem, isso nos leva a duas opções... – Jack voltou seu olhar para a garota. – Zalgo ou Sl-

Os dois ficaram quietos e ouviram um leve tilintar de chaves.

Era a irmã da Becca, Katherine, que conseguiu voltar mais cedo do trabalho e estava quase chegando à porta.

– Droga! Droga! Merda! – Rebecca xingava quase sussurrando enquanto se levantava rapidamente da cadeira e começava a recolher todos os papeis de uma vez. – Jack, me desculpa, mas você vai ter que sair agora! Vai pela porta dos fundos e pule a cerca do quintal, talvez você consiga sair sem ser visto, ok? Vai!

Jack estava saindo pela porta quando ouviu um grito abafado e o barulho de um corpo caindo no chão. Era Becca que havia tropeçado na parte dobrada do tapete, derrubando os papeis que estava segurando. Ele não pensou duas vezes e correu para ajuda-la, nem notando a porta da frente sendo destrancada.

– Você esta bem? – Ele perguntou com uma notável carga de preocupação em sua voz, enquanto ajudava ela a se levantar. Ele se preocupava com a segurança da Becca. Ela é a única em que ele realmente se preocupa.

– Claro que eu to bem! Não e um tombinho de nada que vai me machucar assim. – Jack deu um suspiro de alivio e ajudou a garota a recolher toda a bagunça, mas congelou de repente quando ouviu a porta abrir, contudo, o som dela se abrindo foi interrompido por outro vindo do mesmo lugar, que parecia o som de correntes a segurando.

– Droga Becca! Você colocou a corrente de segurança outra vez! – Podia-se ouvir Kath gritando para sua irmã, espiando pela fresta da porta.

– Graças a Deus que eu fiz isso! Agora você precisa ir Jack. A gente se vê outro dia. – Rebecca disse baixo empurrando Jack para a porta dos fundos, e quando ele já estava para fora, ela parou. – Me desculpa por isso, ok?

Ele nem teve tempo de responder, pois a garota já tinha fechado a porta. Então, Jack começou a fazer seu caminho de volta para a Mansão, correndo para não ser visto na rua e adentrando rapidamente na floresta, e parando em baixo de um pinheiro para se recuperar da corrida, quando notou que não havia se alimentado há cinco dias inteiros, e isso estava provocando uma dor extremamente chata no fundo de seu estomago.

Mas, ainda era dia. Ele não poderia caçar sem ser visto, então teria que esperar ate anoitecer, e isso não seria um problema se não fosse pelo fato de que sua fome aumentava com extrema rapidez, até o enlouquecer completamente, tirando todos os seus sentidos. (Autora: Sim, alguém pode enlouquecer por fome, ok?) “Merda! Por que agora?”.

Continuou pela trilha que levava ate a Mansão e parou em frente à porta, dobrou seu corpo bruscamente, apertando seu estomago com os braços. Ele sabia o que viria depois...

Quase chutou a porta e entrou rapidamente, fez seu caminho até seu quarto, ignorando os chamados dos outros, subiu as escadas, nem se preocupou de acender as luzes do quarto, trancou a porta, e rezou para que pudesse aguentar até a noite.

E esse tormento foi em vão...

Na primeira hora, perdeu sua visão, e foi engolido pelas sombras da escuridão. Sua agonia estava apenas começando.

Depois de duas horas, perdeu o olfato, e notou que não sentia mais o cheiro dos conservantes que estavam em pequenos vidros em sua escrivaninha. Ele se contorcia na cama por causa da dor em seu estomago.

Mais três horas passaram, e ele perdeu o tato, parando de se contorcer, pois sua dor se foi. Chegou a duvidar se estava mesmo deitado na cama, pois não sentia seu corpo.

Quatro horas a mais, ele perdeu o paladar, não podendo mais sentir nem o gosto amargo da substancia negra em sua boca. Já se perguntava quanto faltava para enlouquecer completamente.

Com o único sentido que restou, Jack pode ouvir a maçaneta da porta se movendo, mas não conseguindo ser aberta, pouco depois vieram batidas cada vez mais fortes, quando finalmente as pessoas que estavam do outro lado falaram.

– Jack! Abre a porta! A gente tem que falar com você! – Ele reconheceu a voz do Ben, e reuniu todas as forcas para responder, dizer para ele ir embora e o deixar sozinho, mas só saiu um sussurro fraco.

Jack também ouviu ele reclamar da porta com mais duas pessoas, as reconhecendo como Jeff e Toby, até que novamente alguém se direcionou a ele. A audição estava o deixando a esse ponto.

– Jack! A gente sabe que você esta ai! E também sabemos sobre a garota!

Isso foi a ultima coisa que Jack ouviu antes de apagar completamente, para despertar sem consciência do que estava fazendo, onde as únicas coisas que importavam para ele eram: Órgãos frescos e carne humana.

A porta de seu quarto foi arrombada pelos machados do proxy, que entrou rapidamente junto com Jeff e Ben, mas pararam ao perceber que a criatura que agora tinha dentes grandes e afiados, e garras, não era das mais amigáveis, e estava com fome.

– Ben, vá chamar o Slender. Agora! – Toby disse para Ben que assentiu e saiu em disparada pelos corredores, deixando os outros com Jack, que avançou em Jeff e o agarrou pelo pescoço, levantando-o a poucos centímetros do chão, enquanto ele se contorcia tentando se libertar, mas Toby largou seus machados e deu um soco em Jack o fazendo soltar Jeff, que ficou encolhido no chão, respirando profundamente a procura de ar, enquanto o proxy saia correndo escadas abaixo com Jack o seguindo.

Quando os dois chegaram ao hall da mansão, as portas estavam totalmente abertas, revelando a floresta escura e as estrelas, mas e claro que Toby não poderia apreciar, pois tinha um assassino comedor de órgãos a toda velocidade atrás dele.

Tinha o plano de sair daquela mansão e correr até cansar ou subir em uma arvore, mas foi interrompido quando foi puxado para o lado e Jack correu para fora em direção à cidade, e logo depois Slender fechou rapidamente as portas.

– POR QUE ELE ESTAVA ASSIM?!? E POR QUE VOCE O DEIXOU SAIR? – Toby gritou para Slender. Seu cérebro não conseguia processar nem metade do que tinha visto. A única coisa que lembrava era que havia dado um soco em um de seus melhores amigos, que estava agindo de uma maneira assustadora.

– Eu explico melhor amanha de manha, mas por enquanto é melhor não ir atrás dele. – Com isso Slender se teletransportou de volta a seus afazeres como se nada tivesse acontecido, deixando Toby ainda mais confuso.

Enquanto isso nos limites da floresta, Jack continuava correndo e procurando uma vitima em potencial, até que achou uma mulher que acabara de sair de uma boate, e cambaleava nos saltos agulha que estava usando.

Ele esperou que ela estivesse a uma distancia mínima e a agarrou pelo pescoço, a levando para uma rua deserta, enquanto ela tentava gritar por socorro, mas não conseguia por falta de ar.

Jack a atirou conta a parede e ficou parado, vendo a mulher começar a sangrar pelo ferimento na cabeça, logo começou a se aproximar lentamente, ouvindo choros baixos e desesperados, e segurou seu rosto próximo ao dele, até que ela sussurrou em meio aos choros.

– Por favor... Não me mate... Por favor...

Com isso, Jack deu um sorriso psicótico, mostrando seus dentes afiados.

– Não se preocupe. E só você não se mexer, e não vai doer tanto. – Sua voz era arrastada e fria, sem nenhum sentimento, e ele continuou assim enquanto arrancava o coração da mulher com suas garras, e o devorava, junto com os demais órgãos dela, e em pouco tempo não restou nada, além de um corpo totalmente aberto e dilacerado.

Depois disso, Jack partiu floresta adentro, com seu corpo coberto de sangue e deixando uma trilha vermelha entre as folhas, sorrindo de orelha a orelha, e de vez em quando, rindo baixo, se sentou em um pinheiro próximo, e la adormeceu, ainda sorrindo.

A felicidade o deixaria na manha que estava próxima.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Eu espero que sim!
E eu venci a preguiça de novo e criei uma conta no Spirit, onde estarei repostando Glass Eyes, ok?
Link: http://socialspirit.com.br/cahh_eyeless
Byee!!!